IGP-M perde força e sobe 0,15% em abril

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) encerrou o mês de abril em alta de 0,15%, ficando abaixo da variação de 0,21% apurada em março, dos 0,85% vistos em abril de 2012 e também do prognóstico estimado pelos analistas financeiros no último relatório Focus, do Banco Central – que estimava um fechamento na ordem de 0,30%. Com o resultado, o indicador que regula os reajustes dos contratos de aluguel acumula no ano um aumento de 0,98%, enquanto a variação em 12 meses é de 7,30%. Os números foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

 

Um dos destaques de queda ficou com o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que apresentou uma deflação de -0,12% no período, revertendo o avanço de 0,01% apurado no mês anterior. Parte dessa redução se deve ao índice de Bens Finais, que caiu de 1% em março para 0,86% puxado pela desaceleração do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de 7,89% para 6,19%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de Bens Finais (ex) registrou variação de 0,14%. Em março, a taxa foi de 0,06%.

 

O índice referente ao grupo Bens Intermediários variou -0,19%, pouco acima dos -0,28% vistos em março. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura foi o ponto de referência do avanço do grupo, ao passar de -1,14% para -0,78%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou -0,38%, ante -0,65%, em março.

 

Já o índice de Matérias-Primas Brutas variou -1,20% em abril, ampliando seu ritmo de queda em relação a março, quando a deflação foi de -0,78%. Os itens que puxaram a desaceleração do grupo foram milho em grão (de -3,36% para -10,21%), aves (de -1,18% para -8,84%) e cana-de-açúcar (de 0,29% para -1,40%). Por outro lado, os produtos que aumentaram seus preços no período de análise foram minério de ferro (de 5,88% para 8,33%), mandioca (aipim) (de -9,94% para -1,96%) e café em grão (de -5,91% para -1,24%).

 

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) encerrou o período em alta de 0,60%, perdendo força ante os 0,72% em março. Neste caso, o principal destaque de queda partiu do grupo Transportes, que caiu de 0,61% para 0,26% devido ao item gasolina, cuja taxa passou de 2,17% para -0,38%.

 

Outras quatro classes de despesa computaram decréscimo em suas variações: Educação, Leitura e Recreação (de 0,30% para -0,27%), Alimentação (de 1,37% para 1,26%), Comunicação (de 0,47% para 0,04%) e Vestuário (de 0,70% para 0,53%), por conta de itens como show musical (de 2,68% para -2,42%), aves e ovos (de 3% para -0,65%), tarifa de telefone residencial (de 0,77% para -0,78%) e roupas (de 0,73% para 0,69%), respectivamente.

 

Em contrapartida, os grupos que ampliaram suas taxas de variação no período foram Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,58% para 0,80%), Habitação (de 0,48% para 0,52%) e Despesas Diversas (de 0,20% para 0,25%), devido ao desempenho dos itens medicamentos em geral (de 0,30% para 1,41%), tarifa de eletricidade residencial (de -1,62% para 0,23%) e acesso à internet em loja (de -0,49% para 1,29%), nesta ordem.

 

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,84% em abril, ficando bem acima dos 0,28% computados no mês anterior. Segundo a FGV, o desempenho foi puxado pelo custo da mão de obra, que saltou de 0,14% em março para 1,15% em abril. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,50%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,42%.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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