Ex-diretores da PRF são indiciados sob acusação de interferência nas eleições 2022

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

PF concluiu que os agentes atuaram para evitar que potenciais eleitores de Lula (PT) fossem votar

Operação desencadeada no domingo pela PRF tumultuou eleição, mas gerou extra aos agentes. (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal (PF)  indiciou três ex-diretores e dois ex-coordenadores da Polícia Rodoviária Federal (PRF) acusados de tentar impedir o deslocamento de eleitores nas eleições presidenciais de 2022.

Foram indiciados pela PF: 

  • Luis Carlos Reischak Junior, ex-diretor de Inteligência e ex-Superintendente da PRF no Rio Grande do Sul;
  • Rodrigo Cardozo Hoppe, ex-diretor de Inteligência Substituto;
  • Djairlon Henrique Moura, ex-diretor de Operações;
  • Adiel Pereira Alcantara, ex-coordenador de Análise de Inteligência da PRF;
  • Bruno Nonato dos Santos Pereira, ex-coordenador-geral de Inteligência e Contrainteligência da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)

Segundo a PF, esses agentes atuaram para evitar que potenciais eleitores do então candidato à presidência, Lula (PF), fossem votar. 

Os indiciados são acusados pelos crimes de desobediência; prevaricação; restrição ao exercício do direito do voto; e participação, por omissão, de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Os indiciamentos foram encaminhados ao Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro, mas só foram revelados nesta quarta-feira (22), pelo UOL.

Relembre o caso

No dia 30 de outubro de 2022, dia do segundo turno das eleições presidências – disputada entre Lula  e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) -, a  RF realizou uma série de blitzes que impediram a movimentação de eleitores, principalmente no Nordeste, reduto eleitoral do petista. 

Segundo um relatório, divulgado pelo G1, a PRF fiscalizou 2.185 ônibus no Nordeste, contra  571 no Sudeste, entre 28 e 30 de outubro daquele ano. 

No dia do pleito, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, ordenou a suspensão das blitzes, mas a direção da PRF desrespeitou a ordem.

O caso levou ao indiciamento do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e do ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, que na véspera do segundo turno declarou voto em Bolsonaro. Quatro policiais federais também foram indiciados.

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