Após ser repreendido por Toffoli, Moro diz que “aparentemente” estava “equivocado”

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Lula Marques

Jornal GGN – O G1 divulgou na tarde desta terça-feira (3) o posicionamento de Sergio Moro após ser repreendido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, que cassou decisão do juiz de piso que impunha a José Dirceu uma série de medidas cautelares, incluindo a tornozeleira eletrônica.

Segundo Toffoli, Moro desrespeitou a decisão da segunda turma do Supremo, que concedeu habeas corpus de ofício, em caráter liminar, para que Dirceu fosse colocado em “liberdade plena”, enquanto a Corte não conclui o julgamento de seu recurso contra a prisão a partir de condenação em segunda instância. Em nenhum momento o STF definiu que Dirceu deveria retornar à situação anterior, que era de liberdade condicionada a medidas cautelares.

Além disso, Toffoli expôs que Moro não só desrespeitou o Supremo como ainda “usurpou” a competência do Juízo do Distrito Federal que é o responsável pela execução da pena de Dirceu, cumprida na penitenciária da Papuda, em Brasília. Ou seja, Moro não tinha sequer poder para impor medidas cautelares ao ex-ministro petista.

Apesar do puxão de orelha de Toffoli, Moro emitiu nota em que, segundo o G1, afirma que “estava aparentemente equivocado” sobre o habeas corpus de Dirceu. “O juiz federal lamentou que o fato de ter restabelecido as medidas cautelares tenha sido interpretado como ‘claro descumprimento’ da decisão do STF, quando ele na verdade buscava cumpri-la”, diz o portal, sem mencionar se houve alguma explicação de Moro sobre ter usurpado a função de outro magistrado.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

25 Comentários

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  1. Quem deveria usar

    Quem deveria usar tornozeleira é o próprio Moro que passa mais tempo passeando pela Europa e EUA do que trabalhando. O pior é que longe de ser uma exceção, Moro representa a média de um Judiciário que se corrompe para ser bem aceito pela alta classe. 

  2. Juiz incompetente cumprindo uma decisão que não lhe diz respeito

    Como um juiz incompetente pode cumprir uma decisão que não lhe diz respeito?

    A competência para executar a sentença é a justiça do DF.

  3. Equivocado coisa nenhuma.

      Ele é costumeiro em povocar o STF com suas ilegalidades. Quando cai nas mãos de Fachin, Barroso, Fux ou Moraes, passa.. Desta vez se ferrou. O juiz de província precisa entender que está três degraus abaixo dos juízes da suprema côrte. 

  4. Esse cara não desreitou o

    Esse cara não desreitou o supremo, esse cara desrespeita todo o sistema judiciário brasileiro. Esse sujeito se coloca acima do bem e do mal.

    Ele se acha dono de duas almas, dois seres humanos, simplesmente por quê os considera seus inimigos. 

    Esse cara não tem remorso, consciência, deveria ser impedido, se houvesse sistema de justiça acima dele. Moro é o supremo dono do poder judiciário brasileiro. 

    Deveria ser alçado como o supremo imperador do poder judiciário brasileiro. Acima inclusive de Deus.

    Vai para os quintos do infernos, desgraçado.

     

  5. Quanta disfaçatez desse juiz,

    Quanta disfaçatez desse juiz, “aparentemente” se assemelha ao arrependimento da divulgação ilegal do grampo ilegal, “foi em quer querendo…” Quanta hipocrácia e desapego ao direito lega.

  6. “ele na verdade buscava”

    “estava aparentemente equivocado” , “tenha sido interpretado”

    -Falou nos autos! Diretamente na globo! Santo homem que vale todo centavo que recebe, mesmo acima do teto!

    Inclusive quando condena sem provas! Mesmo quando não ouve o Tacla Durán. Quando proteje os direitistas.

    Gente phina, amigo de Laércio, Aidimin, Çerra, Alvaro Dias 16 milhões e demais patriotas brasileiros.

    Ademais, quem mais representaria com tanta galhardia o Brasil nos EUA e em Mônaco?

     

  7. A cretinice e a canalhice

    A cretinice e a canalhice desse biltre ainda lhe fará muito mal: o futuro é o futuro, fora das considerações abrutalhadas desse pastiche-de-carniceiro.

  8. O que ele fez, na verdade se
    O que ele fez, na verdade se chama “dar uma de João sem braço” ou se colar, colou. Tofolli deu uma botinada nele e ele para não artefatos falou em “equívoco aparente” seja lá o diabo que isso quer dizer. Ele não é jurista?

    Tem mais é cara de malandro!

  9. CARTA DO PRESIDENTE LULA À NAÇÃO :

    CARTA EM DEFESA DA DEMOCRACIA

    ​Meus amigos e minhas amigas,
    Chegou a hora de todos os democratas comprometidos com a defesa do Estado Democrático de Direito repudiarem as manobras de que estou sendo vítima, de modo que prevaleça a Constituição e não os artifícios daqueles que a desrespeitam por medo das notícias da Televisão.
    A única coisa que quero é que a Força Tarefa da Lava Jato, integrada pela Polícia Federal, pelo Ministério Público, pelo Moro e pelo TRF-4, mostrem à sociedade uma única prova material de que cometi algum crime. Não basta palavra de delator nem convicção de power point. Se houvesse imparcialidade e seriedade no meu julgamento, o processo não precisaria ter milhares de páginas, pois era só mostrar um documento que provasse que sou o proprietário do tal imóvel no Guarujá.
    Com base em uma mentira publicada pelo jornal O Globo, atribuindo-me a propriedade de um apartamento em Guarujá, a Polícia Federal, reproduzindo a mentira, deu início a um inquérito; o Ministério Público, acolhendo a mesma mentira, fez a acusação e, finalmente, sempre com fundamento na mentira nunca provada, o Juiz Moro me condenou. O TRF-4, seguindo o mesmo enredo iniciado com a mentira, confirmou a condenação.
    ​Tudo isso me leva a crer que já não há razões para acreditar que terei Justiça, pois o que vejo agora, no comportamento público de alguns ministros da Suprema Corte, é a mera reprodução do que se passou na primeira e na segunda instâncias. 
    Primeiro, o Ministro Fachin retirou da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal o julgamento do habeas corpus que poderia impedir minha prisão e o remeteu para o Plenário. Tal manobra evitou que a Segunda Turma, cujo posicionamento majoritário contra a prisão antes do trânsito em julgado já era de todos conhecido, concedesse o habeas corpus. Isso ficou demonstrado no julgamento do Plenário, em que quatro do cinco ministros da Segunda Turma votaram pela concessão da ordem.
    Em seguida, na medida cautelar em que minha defesa postulou o efeito suspensivo ao recurso extraordinário, para me colocar em liberdade, o mesmo Ministro resolveu levar o processo diretamente para a Segunda Turma, tendo o julgamento sido pautado para o dia 26 de junho. A questão posta nesta cautelar nunca foi apreciada pelo Plenário ou pela Turma, pois o que nela se discute é se as razões do meu recurso são capazes de justificar a suspensão dos efeitos do acordão do TRF-4, para que eu responda ao processo em liberdade.
    No entanto, no apagar das luzes da sexta-feira, 22 de junho, poucos minutos depois de ter sido publicada a decisão do TRF-4 que negou seguimento ao meu recurso (o que ocorreu às 19h05m), como se estivesse armada uma tocaia, a medida cautelar foi dada por prejudicada e o processo extinto, artifício que, mais uma vez, evitou que o meu caso fosse julgado pelo órgão judicial competente (decisão divulgada às 19p0m).
    Minha defesa recorreu da decisão do TRF-4 e também da decisão que extinguiu o processo da cautelar. Contudo, surpreendentemente, mais uma vez o relator remeteu o julgamento deste recurso diretamente ao Plenário. Com mais esta manobra, foi subtraída, outra vez, a competência natural do órgão a que cabia o julgamento do meu caso. Como ficou demonstrado na sessão do dia 26 de junho, em que minha cautelar seria julgada, a Segunda Turma tem o firme entendimento de que é possível a concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário interposto em situação semelhante à do meu. As manobras atingiram seu objetivo: meu pedido de liberdade não foi julgado.
    Cabe perguntar: por que o relator, num primeiro momento, remeteu o julgamento da cautelar diretamente para a Segunda Turma e, logo a seguir, enviou para o Plenário o julgamento do agravo regimental, que pela lei deve ser apreciado pelo mesmo colegiado competente para julgar o recurso?
    As decisões monocráticas têm sido usadas para a escolha do colegiado que momentaneamente parece ser mais conveniente, como se houvesse algum compromisso com o resultado do julgamento. São concebidas como estratégia processual e não como instrumento de Justiça. Tal comportamento, além de me privar da garantia do Juiz natural, é concebível somente para acusadores e defensores, mas totalmente inapropriado para um magistrado, cuja função exige imparcialidade e distanciamento da arena política.
    Não estou pedindo favor; estou exigindo respeito.
    Ao longo da minha vida, e já conto 72 anos, acreditei e preguei que mais cedo ou mais tarde sempre prevalece a Justiça para pessoas vítimas da irresponsabilidade de falsas acusações. Com maior razão no meu caso, em que as falsas acusações são corroboradas apenas por delatores que confessaram ter roubado, que estão condenados a dezenas de anos de prisão e em desesperada busca do beneplácito das delações, por meio das quais obtêm a liberdade, a posse e conservação de parte do dinheiro roubado. Pessoas que seriam capazes de acusar a própria mãe para obter benefícios.
    ​ É dramática e cruel a dúvida entre continuar acreditando que possa haver Justiça e a recusa de participar de uma farsa.
    Se não querem que eu seja Presidente, a forma mais simples de o conseguir é ter a coragem de praticar a democracia e me derrotar nas urnas.
    Não cometi nenhum crime. Repito: não cometi nenhum crime. Por isso, até que apresentem pelo menos uma prova material que macule minha inocência, sou candidato a Presidente da República. Desafio meus acusadores a apresentar esta prova até o dia 15 de agosto deste ano, quando minha candidatura será registrada na Justiça Eleitoral.

    Luiz Inácio Lula da Silva
    Curitiba, 3 de julho de 2018

  10. decarregando o peso mor(t)o?

    Na engenharia, medicina, judiciário etc. os equívocos são catastróficos.

    Juizeco de m#$%@ não percebes que uma ponte a ruir um paciente a fenecer e uma sentença criminosa a impactar pessoas e a nação são ações criminosas?

  11. contra o PT vale tudo

    esse juiz ficará para história como golpista! Aproveite hoje pois amanhã sua reputação será o lixo da história! Mal exemplo a ser estudado em todas as escolas de direito do MUNDO!!!

  12. se continuar assim, muitas surpresas desagradáveis pela frente

    só existe um lugar onde não se deve fazer guerra psicológica,

    em jogo de cartas marcadas com baralho incompleto

  13. Pior que a tornozeleira é essa “craniozeleira” nacional…
    Nassif, o G! republicou o que saiu no Globo desta terça-feira – que não estampou a manifestação de Deltan Dallagnol, veiculada após o fechamento da edição – mas o “jornal hoje” da Globo recolocou tudo nos devidos lugares, adotando o tuíter de Dallagnol como verdade absoluta e omitindo até a declaração de Moro dizendo que “aparentemente” poderia estar “equivocado”. A repórter Gioconda Brasil centrou a matéria na versão de que Toffolli agiu parcialmente em defesa de seu ex-chefe e protetor, José Dirceu, o que pode levar o “JN” a propor a queda do ministro do STF, caso este não se retrate e obrigue Dirceu a cumprir as determinações de Moro. Como o CNJ e CNMP não se manifestaram ainda em defesa de Toffolli, vale o que o procurador Dallagnol escreveu na rede social, aonde se declara seguidor de Jesus – o que equivale a dizer que entre a bíblia e a CF, obedece à religião que professa e não as leis brasileiras que é pago para defender – e, fazendo de conta que não usufruiu de um programa social destinado aos mais pobres, comprando duas casas populares por pura especulação financeira, chega ao desplante de lamentar: “Não é só o fato de nos sentirmos roubados. À nossa volta vemos pobreza, falta de infraestrutura, estradas deploráveis, segurança deprimente, serviços públicos de baixa qualidade… Pagamos altos impostos confiando que o Estado dará conta deles, mas não é isso que acontece.” Termina essa lamentação (descabida, pois é graças à Operação Lava Jato que a crise econômico-financeira brasileira se tornou calamitosa) com a palavra de ordem “Na luta contra a corrupção, vencer ou perder é pessoal”, que equivale a se confessar inapto para o cargo de procurador de justiça, que exige impessoalidade acima de tudo, uma vez que não há verdades absolutas que resistam à eclosão de novos fatos no dia-a-dia. Sobretudo quando a falta de provas concretas não o impede de efetuar prisões e condenações arbitrárias, como a de Lula, deixando os verdadeiros criminosos – como os do PSDB – impunes, na certeza de que a “craniozeleira” que o golpe jurídico-midiático impôs à nação garante sua militância partidária.

    1. A que ponto de chega…
      Além do juiz provinciano querer enquadrar o STF , agora o mocinho que comprou 2 apartamentos do MCMV para alugar, em detrimento dos pobres, também tenta ameaçar a Suprema Corte? Socorro!!!

  14. Não vai ser fácil desmontar a

    Não vai ser fácil desmontar a onipotência e a arrogância não apenas desse juiz mas de todos os juízes quando se tentar restabelecer um estado de direito no nosso país. Abusos como esses culturalmente viram algo como direito adquirido facinho. Vai ser difícil arrancar o osso…

    Os juízes – bem como os ministérios públicos e as polícias – não estavam preparados para uma ordem como a que trouxe a Constituição de ’88, não agiram com responsabilidade e senso de consequência compatíveis com a autonomia e “liberdade” com que foram agraciados. Aliás tomaram a autonomia mais como brinde do que como responsabilidade.

    Como será que se fará para impor a essa turma o comedimento, a sensatez e o apartidarismo necessários para suas funções? Como fazer para que juízes tenham juízo?

    (***)

    Isso sem falar em molecagens explícitas como as que fazem Dallagnol, Santos, procuradores e policiais em geral ao atravessarem todas as diretrizes de decoro que balizam o Direito em sua melhor forma.

  15. Esse cara é um filho da
    Esse cara é um filho da puta.
    Ele faz tudo para fuder o PT/Lula.
    Se colar, colou. Se não colar ele dá um de migué, e diz uma merda qualquer. Mas não pede desculpas.

    Que Deus me perdoe, mas quero que esses desgraçado morra.

    Perdão meu Deus !

  16. Tome tento, ministro!

    Nassif: digam o que disserem, mas aquele sorriso do Verdugu dos Pinhas, que vai do cínismo à hipocresia, é impágavel. Verdadeiro astro global. Inclusive, na parceria com Aecim do Terço.

    Mas, no fundo, tô preocupadodo mesmo é com esse ministro que ousou atrair a ira do Dono da Justiça sulista. Dizem que aquela secretária dele, a que redige os dicisuns contra o MelianteNordestido (versão Judiciário_Elite) já redigiu a minuta e mandou à conclusão. Ele só tem que botar a rubrica.

    E olhe, até concordo. Onde já se viu o ministreco do Çu-premu enfrentar uma pessoa com trânsito em alguns Consulados, que conta com apoio da corja dos políticos e amado pela casarna ser admoestado publicamente? 

  17. O que?

    Ah! Ele lamentou?

    Mesmo?

    Logo ele?

    Sérgio Moro?

    Tu tá de sacanagem!

    Tá não?

    É verdade? 

    O que?

    Ele disse que se equivocou?

    Coitado, né?

    O que vamos fazer?

    Um mimo pra ele?

    Ou o que?

  18. „Aparentemente equivocado“

    Moro estava „na verdade tentando cumprir a decisão do STF“. afirmou ele.  Primeira conclusão: ou não leu a decisão, ou, se leu, não entendeu, o que denota incompetência. 2a. conclusão: leu, entendeu mas agiu como o Juiz Deus Moro que não respeita nem leis nem hierarquias.

  19. Juiz sortudo
    Que juiz sortudo o Torquemada de Curitiba. A cada cagada que faz o maior dos oligopólios midiáticos do Brasil abre espaço para ele “esclarecer” a opinião pública os motivos pelos quais a cagada, em verdade, era um trolete primoroso, joia reluzente exarada por um redentor da República.

  20. Já ouviu falar do princípio

    Já ouviu falar do princípio jurídico das Bocas de Fumo cariocas aplicado pelos nóias do  e da J para desobedecer decisões válidas e eficazes do ? “Tá tudo dominado, mano… É nóis na fita, maluco… Essa boca é nossa, porra…” O Direito dos justiceiros só tem artigo calibre 38: “Perdeu, vagabundo…” Curiosamente o STF ainda não fez nada contra os nóias da Lava Jato que usam a imprensa para colocar suas pistolas nas caras dos membros da Corte. Vai Braziiiiillll…

  21. ‘Facínorazinhos’ e ‘Facínorazões’, à Fossa Negra da História

    Observando atitudes desses tiranetes de ‘judiciário’, guindados pelo comando golpista no norte a operadores em chefe da ‘lavajateira’, visando retornar o país a colônia, fico imaginando o extremo do horror de um, Calígula, Nero, Pol Pot e por aí segue o enterro desumano desses farrapos carniçeiros, explícitos e não explícitos, como os nominados.

     

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