Flávio Bolsonaro não confirma ida ao Ministério Público para explicar caso Queiroz

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil
 
 
Jornal GGN – O depoimento do senador Flávio Bolsonaro sobre ex-motorista Fabrício de Queiroz está marcado para quinta (10), no Ministério Público do Rio de Janeiro, mas ele não confirma à imprensa se pretende comparecer à oitiva. O MP convidou o filho do presidente da República para comentar o caso de Queiroz, que foi relatado pelo Coaf por ter movimentado de maneira suspeita cerca de R$ 1,2 milhão só em 2016. A primeira-dama Michelle Bolsonaro recebeu R$ 24 mil naquele ano, da conta de Queiroz.
 
Segundo o jornal O Globo desta segunda (7), o MP do Rio não foi contatado por Flávio Bolsonaro, que recebeu o pedido para prestar esclarecimentos ainda em 21 de dezembro. “A assessoria do senador eleito disse que não conseguiu localizá-lo para responder se ele compareceria ao MP-RJ.”
 
Queiroz revelou em entrevista ao SBT que já faltou 4 vezes em depoimentos agendados pelo MP. Somente as duas últimas foram divulgadas na imprensa, sob a justificativa de que o ex-assessor parlamentar tem problemas de saúde. As duas primeiras faltas se deram por orientação da defesa, que alegou não ter recebido os documentos completos do Coaf.
 
Pelas informações divulgadas até agora, Queiroz é suspeito de operar uma “conta de passagem”, que recebia depósitos em dinheiro de outros 9 funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro, sempre em dias próximos ao pagamento na Assembleia. Na mesma data do depósito ou poucos dias depois, Queiroz sacava o dinheiro. 
 
Ao SBT, ele se recusou a explicar por que recebia dinheiro de outros assessores parlamentares. Além disso, ele afirmou que comprava e revendia carros para somar em sua renda de R$ 24 mil (soma do salário de assessor e policial militar). Queiroz só foi exonerado do gabinete de Flávio no meio do segundo turno da eleição presidencial, poucos dias antes da operação Furna da Onça deflagrar uma operação na Assembleia.
 
Na entrevista, ele também confirmou a versão de que o dinheiro para Michelle Bolsonaro era pagamento de um empréstimo que totaliza R$ 40 mil. Jair Bolsonaro não declarou o empréstimo no imposto de renda.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. Como todo vagabundo, o filho

    Como todo vagabundo, o filho de Bolsonaro está com medo do Ministério Público. Se a condução coercitiva ou a prisão preventiva dele for decretada o SubCoiso entregará o papai mafioso em troca de benefícios?

  2. DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS?

    E aí caro Moro? Onde estão as Conduções Coercitivas ? Até as pedras sabem que os Parlamentares empossam uma dúzia de Assessores e tomam pelo menos metade do seus Salários. E esperávamos durante 30 anos de farsante Constituição Cidadã, uma realista Representação Política, proveniente de canalhas e punguistas? Somos Lunáticos !! Só que agora o Capitão se auto-intitulou ” Dom Sebastião da Direita “. O discurso de ‘ não sabia, não tenho nada a ver com isto ‘, não servirá. Melhor perder os anéis, mesmo dos filhos, que perder os dedos. Ou pior, os filhos. Não é mesmo Capitão?!

  3. Eu presto atenção no que os Bozos dizem mas eles não dizem nada

    Em nota, o deputado Flávio Bolsonaro diz que “não fez nada de errado”, e “reitera que não é investigado”: “ESTARÁ À DISPOSIÇÃO DAS AUTORIDADES COMPETENTES, POR SER O PRINCIPAL INTERESSADO NA ELUCIDAÇÃO DOS FATOS”.

    Talvez o MP não seja autoridade competente.

     

    Se tudo passa, talvez o Flávio Bolsonaro Laranjeira passe pelo MP.

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