PDT vai ao Supremo para obrigar Janot a pedir inquérito contra Temer

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Foto: Marcos Correa/PR

Jornal GGN – O PDT decidiu apresentar, na terça (9), uma ação ao Supremo Tribunal Federal para obrigar o procurador-geral da República Rodrigo Janot a reconsiderar a blindagem ao presidente Michel Temer na Lava Jato. Janot não inseriu Temer, delatado pela Odebrecht, nos pedidos de inquérito ao STF alegando que o peemedebista tem imunidade em função do cargo. Na ação, o PDT aponta que inquérito é um ato pré-processual e quanto a isso, a Constituição não protege presidentes da República.

Abaixo, a nota completa do PDT.

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e seu vice, deputado federal André Figueiredo, ajuizaram no Supremo Tribunal Federal (STF), ontem, dia 9, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a interpretação dada à Constituição Federal, pela Procuradoria Geral da República, que livrou o presidente Michel Temer de responder inquérito nas investigações da Lava-Jato, mesmo citado 43 vezes nas delações premiadas. Em despacho recente, o procurador Rodrigo Janot argumentou que na vigência do mandato do presidente da República, a Constituição proibiria a instauração de inquérito para investigar infrações penais comuns estranhas ao exercício de suas funções.

A interpretação de Janot contraria a jurisprudência do STF que já decidiu no passado que a imunidade processual prevista no § 4o do artigo 86 da Constituição não inclui os inquéritos, considerados atos pré-processuais para apuração de infrações penais comuns, ainda que não ostentem relação com o mandato presidencial. Em dois precedentes envolvendo o então presidente Fernando Collor de Mello, o Tribunal foi muito claro ao reconhecer a legitimidade da investigação policial ou da investigação criminal promovida pelo Ministério Público contra o presidente da República.

Na ação, o PDT alega que vedar a instauração de inquérito contra Michel Temer é norma de flagrante inconstitucionalidade, também sob o prisma da igualdade. “Impedir o exercício da atividade investigatória é efetivamente absolver e tornar impune um entre os demais cidadãos”, explicou André Figueiredo. Ainda segundo o deputado, é somente com a adoção de providências investigatórias que será possível preservar eventuais elementos de provas indispensáveis à comprovação de crimes, sem relação com o mandato presidencial, inclusive anteriores, mas que só poderão ser processados no futuro.

O PDT pede que o STF declare inconstitucional a interpretação dada pelo procurador-geral da República que impede a investigação criminal do presidente da República e assim reconheça a legalidade de eventual abertura de investigação.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

4 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Estão dizendo o óbvio ao
    Estão dizendo o óbvio ao STF,q se finge de morto,não à toa os negros sofreram mais de trezentos anos Com a escravidão,pelo fechar dos olhos destes probos!

  2. Me desculpem os palavrões
    Me desculpem os palavrões mas… A foto para mim mostra dois lambe-bolas lambendo as bolas um do outro enquanto essa coisa triste que o Brasil chama de exército lambe as bolas de ambos. É bastante comum entre ditadores de repúblicas africanas se encherem de decorações como estão fazendo na foto.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador