Volatilidade também deve dar o tom da bolsa em abril

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou o mês de maio com uma leve desaceleração (baixa de 0,84%), muito por conta dos receios dos agentes com a desaceleração econômica e a inflação afetando negativamente o mercado acionário.

Em linhas gerais, a volatilidade deu o tom das operações no período: em março o mercado viu o Federal Reserve (o Banco Central norte-americano) retirar o termo paciência de seu pronunciamento mas, na avaliação dos analistas da Ativa Corretora, tal posicionamento animou os investidores, pois a maioria dos membros do Fomc acredita que a taxa de juros atingirá os 0,625% ao final do ano, em vez dos 1,125% da última projeção. Na Europa, o BCE (Banco Central Europeu) pôs em prática o seu Quantitative Easing, o que impulsionou os índices das principais bolsas no continente. Apesar disso, a renegociação da dívida grega seguiu pesando sobre o mercado dado que a Troika exige medidas de responsabilidade fiscal pelo governo grego, tendo o prazo agora até o final de abril.

No Brasil, o governo teve conquistas importantes na defesa do ajuste fiscal, mas também foi forçado a retroceder em alguns momentos, e a crise institucional segue pesando sobre a bolsa de valores local. “O governo continua em queda de braço com o PMDB para tentar aprovar medidas fiscais e tributárias para ajustar as contas públicas”, dizem os analistas.

Para a equipe da Um Investimentos, a recente desvalorização do real favorece a entrada de investidores estrangeiros na bolsa brasileira. Ao mesmo tempo, a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do quarto trimestre de 2014 evidenciou a desaceleração econômica, que deve se aprofundar no primeiro trimestre deste ano, com maiores impactos das políticas restritivas nos âmbitos fiscal e monetário.

Investidores aguardam a divulgação de dados econômicos e a evolução da situação crise hídrica, que são os pontos de atenção dos próximos meses – inclusive, em março, se viu algum alívio no que diz respeito à situação hídrica no país, pois as chuvas de março conseguiram elevar consideravelmente o nível dos reservatórios no país.

Os investidores também estão atentos às dificuldades de aprovação das medidas fiscais impostas pela oposição – recentemente, a agência de classificação de risco S&P manteve a nota de crédito do país, com perspectiva estável, dando um “voto de confiança” às medidas adotadas e ao Ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Confira as recomendações para o mês

Diante da instabilidade do quadro institucional brasileiro, e seu impacto sobre as expectativas para a economia do país, os agentes efetuaram poucas alterações em suas carteiras de recomendações para o mês.

“Olhando para frente, com dólar na casa de R$ 3,20 e (Joaquim) Levy obtendo mais vitórias que derrotas nas negociações com o Congresso, acreditamos que o ingresso de recursos estrangeiros na bolsa deve seguir forte”, dizem os analistas da corretora Socopa. “Os múltiplos próximos de patamares de 2008 também favorecem esta tendência”.

Confira abaixo as indicações de investimentos em ações de algumas corretoras. Contudo, antes de tomar sua decisão, entre em contato com sua corretora de valores ou seu banco, que poderão traçar um plano mais adequado ao seu perfil de investimento.

Um Investimentos – América Latina Logística ON (ALLL3), Alpargatas PN (ALPA4), BB Seguridade ON (BBSE3), B2W ON (BROW3), Fleury ON (FLRY3), Itaú Unibanco PN (ITUB4), JBS ON (JBSS3), Multiplus ON (MPLU3), Pão de Açúcar PN (PCAR4), Ser Educacional ON (SEER3), Sonae Sierra ON (SSBR3) e Suzano Papel e Celulose PNA (SUZB5).

Coinvalores – AMBEV ON (ABEV3), CPFL Energia ON (CPFE3), Embraer ON (EMBR3), Itaú Unibanco (ITUB4), JBS ON (JBSS3), M.Dias Branco ON (MDIA3), Odontoprev ON (ODPV3), Petrobras PN (PETR4), RaiaDrogasil ON (RADL3), Smiles ON (SMLE3), Suzano Papel e Celulose (SUZB5), Ultrapar ON (UGPA3), Vale PNA (VALE5) e Valid ON (VLID3).

Socopa – BRF ON (BRFS3), Cielo ON (CIEL3), Itaú Unibanco PN (ITUB4), Cosan ON (CSAN3), Suzano Papel e Celulose PNA (SUZB5) e Ecorodovias ON (ECOR3).

Ativa – Raia Drogasil ON (RADL3), Itaú Unibanco PN (ITUB4), Suzano Papel PNA (SUZB5), Pão de Açúcar PN (PCAR4), Bradesco PN (BBDC4), Ambev S/A ON (ABEV3), BRF SA ON (BRFS3), Equatorial ON (EQTL3), Aliansce ON (ALSC3) e Cielo ON (CIEL3).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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