Comércio perde força na semana do Dia das Crianças

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A semana do Dia das Crianças apresentou um desempenho distinto para as entidades que apuram o comportamento do varejo. Para a Serasa Experian, que avaliou o período de 06 a 12 de outubro, as vendas cresceram 1,3% em todo o país sobre a semana de 05 a 11 de outubro de 2013.

No final de semana da data – de 10 a 12 de outubro –, houve crescimento de 1,5% na comparação com o final de semana equivalente do ano anterior (04 a 06 de outubro). Na cidade de São Paulo, as vendas realizadas na semana do Dia das Crianças caíram 1,7% ante a mesma semana do ano passado. No final de semana da data, as vendas tiveram queda de 1,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Para os economistas da Serasa Experian, “o fraco movimento do comércio registrado durante a data comemorativa do Dia das Crianças deste ano de 2014 é reflexo da atual conjuntura econômica adversa, caracterizada por inflação elevada, crediário mais caro e baixo grau de confiança dos consumidores”.

Já os dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostram que o volume de vendas a prazo no comércio brasileiro na semana que antecedeu o Dia das Crianças, entre os dias 5 e 11 de outubro, caiu 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado, apresentando o pior resultado para o setor nos últimos cinco anos.

Desde 2010 o comércio vem desacelerando o seu ritmo de crescimento para a data. Nos anos anteriores, as expansões foram de 3,15% (2013), 4,83% (2012), 5,91% (2011) e de 8,5% (2010). Em 2014, com exceção da Páscoa, o comércio apresentou resultados negativos nas demais datas comemorativas, como Dia das Mães, Dia dos Namorados e Dia dos Pais.

Para o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, o atual cenário de menor ritmo de concessão de crédito por conta dos juros elevados, inflação mais alta e inadimplência em crescimento tem desestimulado o consumo a prazo. “Os consumidores estão mais preocupados em não comprometer o próprio orçamento com compras parceladas, por isso que neste ano houve um redirecionamento para os presentes mais baratos e geralmente pagos a vista”, explica Pellizzaro Junior.

Para Pellizzaro Junior, o varejo já não conta com os mesmos fatores macroeconômicos que ajudaram a aquecer o setor nos anos anteriores, como os altos índices de geração de emprego, expansão da renda, incentivos fiscais e a larga oferta de crédito mais barato. “O ciclo de crescimento mais vigoroso do varejo ficou para trás. Apesar do ano mais difícil, a nossa expectativa é que as vendas apresentem ligeira melhora no último trimestre, devido à proximidade das festas de fim de ano, pagamento de dissídios e abono de Natal”, disse.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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