Advogados apostam que Esquema S será anulada, e Lava Jato já prepara contra-ataque

Se os alvos avançarem na anulação da Esquema S, a força-tarefa da Lava Jato deverá pedir a "suspeição" de Gilmar Mendes

Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – É destaque na Folha de S. Paulo desta sexta (11) que a aposta dos alvos da operação Esquema S é de que a ação será anulada pelas instâncias superiores, porque Marcelo Bretas, da Lava Jato do Rio, não tem competência para julgar o caso envolvendo o Sistema S.

“Advogados e filhos de ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e do TCU (Tribunal de Contas da União) apostam nos tribunais superiores em Brasília para anular a operação contra eles”, escreveu o jornal.

Entre os alvos estão Cristiano Zanin e Roberto Teixeira. Os advogados viraram réus, acusados de tráfico de influência, entre outras tipificações. Zanin afirma que a operação é uma retaliação da Lava Jato por seu trabalho, nos casos de Lula, ter exposto os métodos abusivos e irregulares de procuradores e do ex-juiz Sergio Moro.

Já os advogados Eduardo Martins, filho do atual presidente do STJ, Humberto Martins, e Tiago Cedraz, filho do ministro Aroldo Cedraz, do TCU, são acusados de “vender influência” à Fecomércio em tribunais superiores.

Há outro fator neste enredo. As ações da Lava Jato no Rio são relatadas pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que tem sido implacável com os abusos que ocorrem na operação. “Gilmar já reverteu uma série de despachos do juiz do Rio. O ministro já classificou ato judicial praticado por Bretas como abuso de autoridade”, lembrou Folha.

Se os alvos da Lava Jato avançarem na anulação da Esquema S, a força-tarefa do Ministério Público Federal deverá pedir a “suspeição” de Gilmar, afirmou o jornal.

Além disso, a força-tarefa tem outra carta na manga: os relatos de outro delator, José Carlos Reis Lavouras, ex-dirigentes da Fetranspor (Federação de Transporte do Rio de Janeiro), para reforçar as acusações contra advogados. A delação está nas mãos do ministro do STJ, Felix Fischer, que ainda não a homologou.

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Redação

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