Dodge agrada Bolsonaro defendendo que decisão sobre Coaf se restrinja a Flávio

PGR argumentou em recurso ao STF que decisão sobre proibir uso de relatórios da Receita e do Coaf em investigações, sem autorização prévia da Justiça, não deve ter repercussão geral

Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – É destaque no Painel da Folha desta quarta (24) que a procuradora-geral da República Raquel Doque mata dois coelhos com um único golpe no recurso contra a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, que vetou o uso de relatório da Receita e do Coaf em investigações sem prévia autorização da Justiça.

Segundo a coluna, Dodge argumentou que a decisão deve ficar restrita a Flávio Bolsonaro, que foi quem moveu o recurso acolhido por Toffoli.

Com esse posicionamento, Dodge agrada tanto os Bolsonaro quanto o Ministério Público. De um lado, porque a decisão de Toffoli seguiria blindando o filho do presidente, que é investigado no Rio de Janeiro por esquema envolvendo o ex-braço direito Fabrício Queiroz. De outro, a PGR aplaca as reclamações de procuradores que afirmam que inúmeros processos seriam prejudicados pela repercussão geral.

Trocando em miúdos, Dodge “responde à expectativa da carreira sem queimar as pontes que vem firmando com o presidente.”

Ainda segundo a coluna, “Dodge e o subprocurador Mário Bonsaglia ganharam a simpatia de aliados importantes de Jair Bolsonaro na corrida pelo comando da Procuradoria-Geral da República.”

“Pessoas próximas ao presidente dizem que ele busca alguém que compreenda as linhas gerais do governo, e que os dois teriam causado boa impressão. Ainda assim, o Planalto analisa o histórico de todos os 72 subprocuradores que estão aptos a assumir a cadeira. A definição deve sair até a segunda quinzena de agosto.”

Redação

8 Comentários

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  1. Não li os fundamentos do recurso da Raquel mas, em tese, ela tem razão.
    A decisão do Toffoli foi de suprema, digamos gentilmente, falta de néscio e a extensão do dano causado por ela coloca em risco todas as operações policiais e processuais em curso

    1. Como assim? Se todas as operações em curso partiram do mesmo erro ou ilegalidade, todas têm que ser interrompidas. E quem cometeu a ilegalidade deveria ser punido por causar prejuízo e por infringir a lei. Agora a gente sabe o porquê da impunidade no Brasil: simplesmente porque as autoridades não cumprem as leis.

      1. O problema, Artemísia, foi a burrice do Toffolli ao valer-se de dispositivo legal equivocado para fundamentar a medida que beneficiou o processo do bozinho.
        A defesa do bozinho pediu uma medida estrita ao seu processo.
        Toffoli, mencionando outro dispositivo legal para não apreciar o pedido da defesa do bozinho, adiou o a apreciação do assunto, suspendendo todos os processos em andamento entre os quais aqueles que tiveram autorização judicial para a quebra de sigilo bancário por informações do COAF.
        Perigamos virar um paraíso fiscal em breve tempo.
        Reiterando – O erro foi do Toffoli, que errou ao fundamentar a sentença.

  2. heheheh… essa senhora ainda vai acabar sendo homenageada pelo dono do Bahamas Bar, Oscar Maroni.
    Ela dá um belo exemplo de como as garotas lá trabalham: o cliente sempre tem razão.

  3. Eu não acredito no que estou lendo e vendo.
    A procuradora quer restringir o direito ao filho do Presidente da República.
    Do qual ela será posteriormente beneficiada, pelo mesmo, para reocupar
    o cargo de Procuradora Geral da República.
    Crime mais escancarado não há.
    O Brasil desceu mais ainda…

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