
Está oficialmente encerrada a campanha de financiamento coletivo do projeto “A caixa-preta da Lava Jato”, que alcançou com sucesso o objetivo de arrecadar fundos para a produção de um documentário inédito que vai narrar os crimes impunes praticados por agentes da Operação Lava Jato.
O documentário terá como ponto de partida o relatório da corregedoria do Conselho Nacional de Justiça e as descobertas oriundas da passagem do juiz federal Eduardo Appio pela 13ª Vara Federal de Curitiba.
Até o momento, o projeto também angariou o patrocínio de duas organizações que lutam em defesa do Estado Democrático de Direito e contra o lawfare: o Museu da Lava Jato e o Coletivo Transforma MP.
Além dos patrocinadores, o GGN agradece imensamente aos mais de mil apoiadores do projeto pelo Catarse e mais de 100 colaborações via PIX.
Como dissemos antes, abrir a caixa-preta da Lava Jato é uma tarefa muito difícil, e sem o apoio daqueles que lutam pela verdade, justiça e progresso do País, e que financiam o jornalismo independente, seria impossível.
O documentário em vídeo entrará agora em fase de produção, coordenado pelo jornalista Luis Nassif e a equipe do GGN, e deverá ser concluído ainda em 2025.
Por que o projeto é relevante neste momento
Há exatos oito meses, a Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu um relatório histórico, produzido pela Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que apontou condutas supostamente criminosas atribuídas a Sergio Moro, Gabriela Hardt e outros expoentes da Operação Lava Jato.
O documento, que está com a PGR de Paulo Gonet, revelou um escandaloso esquema de “recirculação de dinheiro” em Curitiba. O trabalho da Corregedoria aguarda, desde junho de 2024, que a PGR decida se vai ou não apresentar denúncias contra os citados.
Estamos falando de manobras para evitar que as falcatruas da Lava Jato viessem à tona, da gestão caótica dos recursos de acordos de leniência e delação premiada, do esquema de corrupção que a Corregedoria chamou de “cash back”, da subserviência a interesses estrangeiros e articulação para criar uma fundação privada para fazer politicagem com o dinheiro da multa da Petrobras, entre outras transgressões.
Sem atuação da PGR, não só o trabalho minucioso do CNJ como também os esforços do juiz federal Eduardo Appio – que começou a abrir a caixa-preta da Lava Jato durante sua breve passagem pela 13ª Vara – restarão apagados, esquecidos, empoeirados, quando deveriam, na verdade, abrir caminho para se chegar à responsabilização daqueles que desvirtuaram as leis e as instituições no Brasil.
É por isso que o GGN decidiu lançar uma campanha de financiamento coletivo para produzir um novo documentário sobre a Lava Jato, que irá contar em detalhes os bastidores desse capítulo derradeiro. Registrando os fatos relevantes, para que não sejam esquecidos. Ouvindo as vozes que tiveram protagonismo nessa história. Cobrando o posicionamento das autoridades.
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Texto explicativo muito bom,entendi perfeitamente a DIMENSÃO e IMPORTÂNCIA do pq fazer este documentario,nem semprevquem lê é da nossa BOLHA,se for para “errar’q seja por excesso não é isso q diz o ditado?Obs.:O GGN MAIS UMA VEZ FAZENDO HISTÓRIA NO JORNALISMO DE VERDADE BRASILEIROOO !!!