GGN Covid: um Raio X dos 300 mil mortos, por Luis Nassif

Na curva de médio prazo de óbitos, percebe-se uma queda a partir de 11 de abril. Mas o último dia, 29 de abril, registra um aumento da média diária semanal, que salta de 2.387 para 2.576.

Acompanhe um relato completo da pandemia, do início à marca dos 400 mil óbitos.

O ritmo de novos casos e óbitos

Dos 4 milhões aos 6 milhões de novos casos passaram 78 dias. Depois disso, a marca de mais 2 milhões de casos foram alcançadas sucessivamente com 49, 41, 32 e 29 dias.

Em relação ao ritmo dos óbitos, os primeiros 100.000 levaram 165 dias para acontecer – a conta do primeiro dia de notificação. Os 200.000 chegaram 152 dias depois. Os 300.000, 76 dias depois e os 400.000 apenas 36 dias depois.

As curvas de médio e curto prazo

Na curva de médio prazo dos casos, há uma reversão a partir de 12 de abril, mas uma elevação ontem. 

Na curva de médio prazo de óbitos, percebe-se uma queda a partir de 11 de abril. Mas o último dia, 29 de abril, registra um aumento da média diária semanal, que salta de 2.387 para 2.576. O fato do cálculo ser a média da semana evita distorções ou volatilidades.

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Os piores e melhores casos estaduais

Para serem precisos, os cálculos devem levar em conta a proporção da população – a conta per capita.

Em relação aos casos, os melhores desempenho são do Maranhão (3.757,71 casos por 100.000 habitantes), Pernambuco (4.234,23), surpreendentemente, o Rio de Janeiro (4.273,65), Alagoas (5.187,37) e Pará (5.457,76).

Os piores desempenhos são do Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Distrito Federal e Rio de Janeiro.

Em relação aos óbitos per capita, os melhores desempenhos foram Maranhão, Bahia, Alagoas, Pernambuco e Pará – 4 estados do Nordeste.

Os piores desempenhos foram Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Distrito Federal e Rio de Janeiro.

A variação do crescimento

Os gráficos abaixo são interessantes. Mostra a evolução da variação da média de casos e óbitos em relação a 14 dias atrás.

Quando fica abaixo da linha de zero, significa uma queda no ritmo de alta dos casos (não dos casos propriamente ditos).

Repare que os dados de hoje mostram uma reversão na queda tanto na variação de casos quanto de dias.

Projeções de casos e óbitos

Montamos três cenários: a média semanal de casos e óbitos variando respectivamente 0%, 2,5% e 5% por semana.

No início de junho, no melhor cenário  haveria 16,8 milhões de casos e 494 mil óbitos. No pior cenário, 18,4 milhões de casos e 578 mil óbitos.

O acumulado de 2021 sobre 2020

Em 2020 houve 7,4 milhões de brasileiros infectados. Em 2022, até ontem foram 6.9 milhões. A diferença é de apenas 534 mil. 7 estados já superaram todo 2020 em número de casos; e 12 estados bateram 2020 em número de óbitos.

As tendências atuais

O indicador utilizado é a soma de casos per capita nos últimos 14 dias.

As piores situações são do Ceará, Mato Grosso, Sergipe, Espirito Santo e Rondonia.

Em relação aos óbitos, a situação mais grave é de Roraima, Distrito Federal, Espirito santo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Luis Nassif

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