O helicóptero do presidente Ebrahim Raisi foi forçado a fazer um “pouso forçado” neste domingo (19), de acordo com autoridades iranianas. Uma operação de resgate está em andamento nas montanhas perto da fronteira entre o Irã e o Azerbaijão.
“As coisas estão sob controle e as equipes de resgate estão fazendo seu trabalho. Esperamos que isso seja feito o mais rápido possível”, afirmou o ministro do Interior do Irã, Ahmad Vahidi.
Os trabalhos de busca, porém, são impactados pelo mau tempo e nevoeiro que atinge a região.
Nem a agência de notícias estatal Irna nem a televisão estatal ofereceram qualquer informação sobre o estado de Raisi, mas foram transmitidas orações pela segurança do presidente, que viajava pela província iraniana do Azerbaijão Oriental.
Viajaram com Raisi o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, o governador do Azerbaijão Oriental e outras autoridades.
Quem é Ebrahim Raisi?
Raisi é presidente da República Islâmica desde junho de 2021, sucedendo ao moderado Hassan Rouhani.
Ele tomou as rédeas de um país dominado por uma profunda crise social e por uma economia pressionada pelas sanções dos EUA contra Teerão devido ao seu contestado programa nuclear.
O Irão assistiu a uma onda de protestos em massa desencadeados pela morte sob custódia de Mahsa Amini em Setembro de 2022. Em março de 2023, os rivais regionais Irã e Arábia Saudita assinaram um acordo surpresa que restaurou as relações diplomáticas.
A guerra de Israel contra Gaza fez com que as tensões regionais aumentassem novamente e uma série de escaladas de retaliação levaram Teerão a lançar centenas de mísseis e foguetes diretamente contra Israel a partir do Irã, em abril.
Raiasi, nascido em 1960 na cidade sagrada de Mashhad, no nordeste do Irão, ascendeu cedo a altos cargos. Com apenas 20 anos, na sequência da revolução islâmica de 1979 que derrubou a monarquia apoiada pelos EUA, foi nomeado procurador-geral de Karaj, ao lado de Teerão.
Foi procurador-geral de Teerão de 1989 a 1994, vice-chefe da Autoridade Judiciária durante uma década, a partir de 2004, e depois procurador-geral nacional em 2014.
*Com informações do The Guardian.
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