O senador Rogério Carvalho (PT-SE) afirmou que o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Jair Bolsonaro (PL), é fruto da não responsabilização dos responsáveis pelos crimes da ditadura militar no Brasil.
A declaração foi dada durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas, que ouve o ex-ministro, na condição de testemunha, nesta terça-feira (26).
Heleno tem um currículo extenso de atuação ao lado de militares da chamada “linha dura” dos anos de chumbo. Em junho, ele afirmou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos do Distrito Federal (DF) que o golpe de Estado de 1964 salvou o Brasil de virar um “país comunista”.
“Nós passamos pelo regime militar. Infelizmente não houve punição e aqui está o retrato da impunidade, sentado à mesa como depoente no dia de hoje, o mesmo que era a favor do endurecimento de um regime, o que significaria mais tortura, mais mortes e mais perseguições”, afirmou o senador Carvalho.
O parlamentar foi mais a fundo e afirmou que espera a devida punição do militar. “Houve tentativa [de golpe] de membros das Forças Armadas, que devem ser punidos, sem anistia. Eu espero que vossa senhoria não tenha anistia pelos crimes que cometeu, por negligência, por insuflar e estimular a realização de um golpe”, completou.
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