Investigações sobre Witzel indicam esquema de propina no Judiciário no RJ

Afastado em processo de impeachment, governador tentou colocar estado em esquema que envolveu desembargadores da Justiça do Trabalho

Wilson Witzel, governador do RJ afastado em meio a processo de impeachment. Foto: Alan Santos/PR

Jornal GGN – A investigação que levou Wilson Witzel (PSC) a ser afastado do governo do Rio de Janeiro apontou sinais de um suposto esquema de propina paga a desembargadores da Justiça do Trabalho no estado.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, informações da Procuradoria-Geral da República (PGR) revelaram que Witzel tentou incluir a Secretaria de Saúde num esquema pré-existente no TRT-1 (Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região), no que seria um braço de propina. O esquema não se concretizou.

O PGR afirma que a ligação entre o governo do estado e o tribunal foi o desembargador Marcos Pinto da Cruz, citado a partir da delação do ex-secretário de Saúde Edmar Santos – onde, segundo Santos, Cruz o procurou para que dívidas trabalhistas de organizações sociais fossem pagas diretamente à Justiça, o que agilizaria o pagamento de dívidas das entidades e o recebimento de “restos a pagar” do estado.

O esquema só não se concretizou por conta de uma divergência a respeito da divisão da propina com o presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo – apontado como um dos coordenadores do esquema de corrupção no estado.

 

 

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Redação

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