O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, oficializou no final desta quarta, 29, sua saída do cargo, após reportagem do Metrópoles revelar que ele está sendo investigado, sob sigilo, por assediar sexualmente várias funcionárias do banco público. O caso está nas mãos do Ministério Público Federal.
Em carta enviada ao presidente Jair Bolsonaro, Guimarães rebateu as acusações e alegou inocência.
“Na atuação como presidente da Caixa, sempre me empenhei no combate a toda forma de assédio, repelindo toda e qualquer forma de violência, em quaisquer de suas possíveis configurações. As acusações noticiadas não são verdadeiras! Repito: as acusações não são verdadeiras e não refletem a minha postura profissional e nem pessoal. Tenho a plena certeza de que estas acusações não se sustentarão ao passar por uma avaliação técnica e isenta”, escreveu Guimarães..
Na carta, Guimarães destacou ainda que as acusações atingiram sua família – ele é casado há 18 anos e tem dois filhos – e estão na contramão de prêmios que a Caixa recebeu por promover equidade de gênero.
Veja a versão completa da carta aqui.
ENTENDA O CASO
Até o momento, aos menos 5 mulheres já relataram abusos do presidente demissionário. Toques em partes íntimas, convites inapropriados e constrangimento em local de trabalho faziam parte da rotina de Guimarães, segundo os relatos, sobretudo nas viagens pelo Brasil.
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O escândalo caiu como uma bomba no governo Bolsonaro, justamente em um momento delicado da campanha, com o candidato à reeleição amargando alta rejeição entre o eleitorado feminino.
Não está confirmado ainda, mas há expectativa de que o governo anuncie uma assessora de Paulo Guedes, no Ministério da Economia, para substituir Guimarães na Caixa.
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