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O programa TVGGN 20H da última terça-feira (19) contou com a participação do deputado estadual e policial civil Leonel Radde (PT/RS) para comentar o principal assunto do dia: o plano golpista dos kids pretos, que chegaram a planejar o assassinato do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Logo que a denúncia veio à tona, o senador Flávio Bolsonaro (PL) publicou na rede social X que “pensar em matar alguém não é crime”, a fim de livrar os golpistas que incluem, inclusive, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“É típico da canalhice dos Bolsonaros, porque mesmo que não tivesse o financiamento, mesmo que não tivesse o monitoramento das autoridades, mesmo que o grupo não tivesse se organizado, feito todos os atos preparatórios, já era crime”, comenta o deputado estadual.
Radde ressalta que, de acordo com a Lei Antiterrorismo, de 2016, apenas o ato de planejar um atentado contra o Estado já configura crime, como determina o artigo 5°.
“Flávio Bolsonaro sabe dessas informações e tenta agora diminuir a responsabilidade, diminuir a gravidade como tudo, né? Eles têm feito desde 8 de janeiro, desde 24 de dezembro, com a tentativa de explosão do Aeroporto Internacional de Brasília, desde o atentado no dia de diplomação do Lula”, lembra o entrevistado.
G20 Social
Leonel Radde participou ainda do G20 Social, evento realizado no Rio de Janeiro em que os movimentos sociais entregaram demandas aos líderes da Cúpula do G20 para reivindicar mais políticas públicas alinhadas com as necessidades da população.
Em relação à segurança pública, segundo Radde, foram apresentadas as propostas de:
- fortalecimento das instituições democráticas;
- transparência nas decisões governamentais;
- interlocução internacional para frear o fascismo e governos autoritários.
Radde ressaltou ainda a importância dos conservadores na luta pela manutenção e fortalecimento da democracia. “A direita democrática tem de estar no jogo também, porque se ela for optar pela lógica extremista nesse contexto, ela será engolida logo ali na frente, porque ou ela adere à lógica extremista ou já será considerada comunista e vai ser eliminada como os demais. Isso já aconteceu, a história demonstra isso.”
Polícia
Já em relação às polícias e a consequente contaminação pelo fascismo e pela extrema-direita, o policial afirma que apesar de ser uma contaminação considerável, a Polícia Civil tende a ter outras mentalidades e não se compara à Polícia Militar.
“As forças de segurança têm uma contaminação bem considerável, mas acredito que isso varia de estado para estado. Tem estados que isso fica mais evidente, tem estados que ficam dentro do jogo democrático”, acrescenta.
Porém, é fato que as corporações precisam entrar no debate eleitoral dos partidos progressistas, assim como uma proposta clara para a segurança pública.
“Não abordarmos isso no campo progressista, ter um debate um discurso claro sobre o que nós pensamos como política pública, como segurança pública, o que vamos fazer, quais são os nossos programas, qual é o nosso objetivo, o nosso foco é muito negativo e tem cobrado um grande preço nos processos eleitorais e nos debates com a sociedade, que permite mais ainda essa contaminação política de extrema direita nas corporações”, conclui.
Confira a entrevista completa em:
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Acredito que não caiba a aplicação de penas envolvendo terrorismo nos atos apontados pela Operação Contra Golpe. A lei anti terror aplica-se apenas a casos envolvendo xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião. Os atos apontados pela investigação policial estão relacionados à tentativa de abolição do Estado Democrático e, principalmente, associação criminosa.