Cinegrafista agride manifestante após ser ameaçado

Sugerido por Gão

http://www.youtube.com/watch?v=5KORQoASUfs width:640 height:480 align:center

Luis Nassif

85 Comentários

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    1. Tem razão, mas vá por mim:

      Tem razão, mas vá por mim: eles querem quebrar. fazer barulho não tem graça.

      Tudo indica que a polícia e a imprensa finalmente terão sua vingança. 

  1. Não vi agressão alguma. O que

    Não vi agressão alguma. O que vi foi um ato de defesa ante as ameaças do blackbloqunho. 

    Agressão é dizer “o proximo será vc” .

    1. Já filmou o cara, então

      Já filmou o cara, então registra a queixa por ameaça e facilmente o imbecil valentão é identificado

      Defendendo esta reação então vc acha que toda vez que um cidadão é ameaçado VERBALMENTE responde com agressão ???

       

      1. “Ocorre que como mostrada por

        “Ocorre que como mostrada por outras emissoras, o cinegrafista para quem foi dirigido à ameaça também era da Band e conhecia e era amigo do Santiago. Fosse eu no lugar dele, naquela momento, naquela situação,  teria feito o moleque engolir a camera.”

          Comentário do Marcos ST, das 20:36. E eu concordo com ele.

        1. O que mais me irrita nesta

          O que mais me irrita nesta historia é que o Sr. Boecharddd e o Sr. Marcelo Resende aplaudiram de pé tudo isto. Achavam o maximo até que a aqua bateu na bunda deles.

          Boechadd( sei lá) quando morreu o cara da Band.  Marcelo Resende em junho aplaudindo tudo ao vivo de repende sua camera mostra carro da Record incendiado, o carra mudou de opinião ao vivo

  2. “Não sou da Globo, sou camelô!”

     

    http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2014/02/11/camelo-usa-drone-em-protesto-e-quase-e-agredido-ao-ser-confundido-com-imprensa.htm

    Camelô usa drone e é ameaçado ao ser confundido com imprensa no Rio

    O camelô Gérson Oliveira quase foi agredido após ser confundido como membro da imprensa e ameaçado por manifestantes

    O camelô Gérson Oliveira quase foi agredido após ser confundido como membro da imprensa e ameaçado por manifestantes

    O camelô Gérson Oliveira, que operava um drone durante o protesto desta segunda-feira (10), no centro do Rio de Janeiro, por pouco não foi agredido por manifestantes que o confundiram com os profissionais de imprensa. A confusão só terminou depois que Oliveira conseguiu convencer as pessoas que o cercavam de que ele era um comerciante. “Não sou da Globo, sou camelô!”, exclamou.

    O camelô disse ao UOL ter tomado a iniciativa de levar o drone à manifestação para “captar imagens de violência”, referindo-se a eventuais excessos cometidos pela Polícia Militar. “A população vai conhecer o drone do bem. Estou aqui para fazer imagens pacíficas”, declarou ele, em tom profético.

    O equipamento completo, segundo Oliveira, custa cerca de R$ 5 mil, e é vendido em sua loja, no tradicional mercado popular da Uruguaiana, no centro do Rio. O drone é uma pequena aeronave que possui quatro hélices e uma câmera do tipo “Go Pro” acoplada em sua base. Ele tem autonomia para voar durante cerca de 15 minutos contínuos.

    “Já esperava que fosse chamar atenção. Eles poderiam achar que eu era da reportagem da Globo ou um P2 [serviço de inteligência da PM] infiltrado. Mas eu só um camelô”, declarou.

    Oliveira disse ainda que essa não foi a primeira vez que ele usou um drone durante um protesto no Rio. “Em junho do ano passado, eu coloquei um helicóptero com a máscara do ‘V de Vingança’ [em alusão ao personagem Guy Fawkes, do filme ‘V de Vingança’]. Tenho tudo no YouTube”, gabou-se.

    1. O medo de serem identificados explicaria o assassinato ?

         É isso que motiva o ódio aos câmeras, nada a ver com a imprensa , eles até repetem  o trololó do pig direitinho.

  3. olha a qualidade do PiG

    olha a qualidade do PiG respingando na blogosfera.

    “manifestante”?

    Manifestante parece ter virado uma classe social específica, um “tipo de pessoa”. Que jornalismo é esse que chama uma pessoa fora de qualquer contexto de manifestação de “manifestante”???

    O vídeo diz “cinegrafista agride ‘black bloc'”, black bloc o rapaz que estava ali?? ué… olha, eu já fui em manifestação, já vi os black blocs de perto, coisa que muita gente que fala e fala e fala não fez ainda. A única razão que vejo para o uso dos termos black bloc e “manifestante” nesse post é para criar misticismo, a imagem de um inimigo, o “comunista que come criancinha”, qualquer um que seja inimigo.

  4. Que lixeira! 
    Tô sentindo

    Que lixeira! 

    Tô sentindo falta dos ungidos defensores dos black blocs, vazaram?

    Há sempre uma tese para explicar etc..mas largar os “irmãos na estrada

    é feio, me lembrei do Paulo Preto. Mas o efeito colateral é terrivel, ver o 

    pior da mídia  crescendo, crescendo.Enfim , é culpa da Dilma e tá resolvido.

     

  5. Foi agressão   sim e

    Foi agressão   sim e covarde,pelas costas e um  peso super pesado contra peso leve.

    Vou xingar o  Nassif ou qualquer um aqui – tomar  tiro pela defesa da honra?

    Alguém com  unha encravada – manifestação pelas  redes sociais do  Leblon,Ipanema,Higenópolis,… Fora Dilma,queremos podólogos gratuitos.

    Revolucionários de MER_A!!!

    ,Pedro Luiz

     

    1. “Foi agressão   sim e

      “Foi agressão   sim e covarde”:

      Nao, agressao covarde eh acertar a cabeca pelas costas e cortar a olhelha aa base da dentada, que o cinegrafista nao fez.  Ainda.

      Mas ainda ha tempo.  E esperancas mil…

  6. Essas manifestações são

    Essas manifestações são provocação pura, os fascistas querem criar um clima de caos para justificar as “intervenções” que todos conhecemos.

     

    1.   Daytona, se na rua

        Daytona, se na rua estivesse o Ali Kamel, o Saad encarando os Black Blocs, eu ficaria muito tentado a concordar com você. Mas não é.

  7. As dificuldades do momento

    O momento é tão complicado que tenho arriscado poucos comentários. E olha que comentar é fácil, pois, em tese, implica pouca responsabilidade com as consequências, ainda mais para um anônimo como eu.

    Por dias reluto em fazer qualquer comentário do tipo “caracterização” do Black Bloc, ainda é muito complicado e prematuro fazer qualquer afirmação profunda sobre tais, na verdade tenho até dificuldade de identificar quem é ou deixa de ser BlackB, pois a Imprensa Empresarial colocou nesse bolo todo mundo que não está nas organizações tradicionais, mas não me parece que por não estarem nessas sejam automaticamente BlackB, enfim, é tudo muito complicado de entender porque estou longe do centro dos acontecimentos (em BH) e a manipulação da mídia complica tudo ao extremo.

    Mas mesmo sem entender por completo o BlackB é possível chegar a uma conclusão, esse movimento-não-movimento (ou não organizado, ou não informal, ou não hierarquizado) virou o “fantoche” ou “Cavalo de Tróia” da Imprensa Empresarial, não o único, obviamente, mas o principal. A que serve o BlackB, quais foram as conquistas do BlackB, qual o rumo tem tomado os movimento com presença deles?

    Eles cumprem uma única função, criar o clima de instabilidade necessário para a manipulação da Imprensa Empresarial, com tal instabilidade é fácil, com base na comoção e no medo, manipular a realidade, esconder os temas importantes e interditar os debates necessários. A mesma Imprensa Empresarial que saudou a “rebeldia”, “a superação das velhas formas de manifestação” e tudo mais, é a mesminha que cria toda uma comoção e se coloca como vítima, tentando assim se legitimar em um tempo que ela mesma é questionada.

    Veja que bacana, a própria Imprensa Empresarial alimenta o “monstrinho” que agora lhe “ameaça”. Não parece um pouquinho com aquela dinâmica de criar um “inimigo” para que possamos combater, a melhor forma de “unir” uma “nação”?

    Então tá tudo muito difícil de compreender, o fato é que o Estado não sabe como lidar com a questão, a Polícia é pra lá de despreparada para lidar com a questão, a Imprensa Empresarial manipula tudo que pode.

    Outrora foram os comunistas que ameaçaram o Brasil, seria agora o BlackBlock? Pelo que parece sim, veja o cinegrafista como se comporta? Parece um guarda-costas.

    Não devemos diminuir o significado da morte do trabalhador Santiago Ilídio Andrade (meus sentimentos à família), mas também não podemos superdimensioná-la. Não podemos nos esquecer dos Amaríldos e de tantos outros mortos, fruto da violência policial. Como também não podemos nos esquecer da violência da mídia. Ou essa não é violenta?

    Os jornalões falam como se a morte do cinegrafista fosse deliberada, orquestrada, planejada. Nada disso, algum inconsequente, no calor da manifestação, fez aquilo e provocou um acidente. O cara não planejou “hoje vou matar alguém da imprensa”.

    Então precisaremos de muitas mentes lúcidas e muita luta pra sair dessa, porque nosso país avançou, mas esse peso morto da Imprensa Empresarial nos atrasada e nos ameaça de naufrágio.

    É, to longe de entender tudo isso.

    1. Voce esta lúcido e certo, a

      Voce esta lúcido e certo, a imprensa golpista não tem staff para por na rua

      e sempre foi claro para muitos que usaria as armas do inimigo contra     o

      inimigo,  a ponto de clamar pela democracia( dela).Feito, basta culpar     o

      governo, gritar pelo desmando e assim permanecer usando “esquerdistas

      (?) de gabinete como fantoches. Mas nada esta perdido.

    2.  
      Caceta, oc caras estão

       

      Caceta, oc caras estão qebrando tudo desde o ano passado pra quem quiser ver. E vc vem falar em imprensa empresarial. Agora que morreu o cinegrafista, todos os machões sumiram. Ah vá,  catar coquinho.

  8. Caro Nassif e demais
    Tem

    Caro Nassif e demais

    Tem alguma outra reportagem, do mesmo tema, de um outro ângulo?

    Seguramente, estou precisando de novos óculos e de um aparelho auditivo.

    Em qual momento da reportagem aparece a ameaça? Vi apenas o cinegrafista, mais que narrando, de forma antecipada, como por exemplo, a questão da reunião dos três, e depois o retorno e pedindo silêncio, para se ouvir melhor.

    Num dado momento, onde não ouvi a ameaça, ele parte por cima de um rapaz, se dizendo ameaçado, que não sei o que falou, se é que falou, dando bordoada.

    Não quero a morte de ninguém, mas já tivemos muitos casos criados, a da bolinha de papel do Serra, entre outros. Mesmo o dito julgamento do chamado mensalão. 

     Se alguém tiver a mesma reportagem sob outro ângulo.

    Agradeceria

    Saudações

    1. “Em qual momento da

      “Em qual momento da reportagem aparece a ameaça? Vi apenas o cinegrafista, mais que narrando, de forma antecipada”:

      Nao senhor.  Voce viu um cinegrafista sendo distinta e claramente ameacado aos 44 segundos enquanto outro cinegrafista narrava COM OUTRA CAMERA E DO ESTUDIO, MUITO DEPOIS DO FATO.

    2. Está bem audível no vídeo. O

      Está bem audível no vídeo. O blackbloquinho vai se afastando e diz “os próximos serão vcs”. Ocorre que como mostrada por outras emissoras, o cinegrafista para quem foi dirigido à ameaça também era da Band e conhecia e era amigo do Santiago. Fosse eu no lugar dele, naquela momento, naquela situação,  teria feito o moleque engolir a camera.

      Parabéns ao cinegrafista que teve sangue frio o suficiente para não partir totalmente para a ignorância.

      1. toma que tia chica te mandou!!

        o cinegrafista foi irresponsável, não vale o preço da camera.

        apesar de que se teve estrago na camera, o pessoal da redação vai fazer uma vaquinha pra ajudar.

  9. Cinegrafista cometeu crime de agressão

    O cinegrafista tem que ser processado, ameaçando ou não, não poderia agredir. Agressão só em legitima defesa

    Estes caras da Record, inclusve o Sr. Marcelo Resende, achavam o maximo estas manifestações” pacificas”, agora esta “brigando contra a imagem”( termo  usado quando vc diz uma coisa e a gravação mostra outra) 

      1. Mas aí seria ato não punível

        Mas aí seria ato não punível por exclusão da culpabilidade. O ato é típico. A inexigibilidade atua no campo da culpabilidade, não da tipicidade (adequação da ação concreta à ação abstrata positivada na norma penal). A legítima defesa atua no campo da ilicitude (antijuridicidade, como é mais chamado pela doutrina), retirando-a da ação (não há crime porque não há contrariedade a direito, isto é, é uma ação justa, albergada pelo direito, apesar de típica – ajusta-se ao tipo penal; quem age em legítima defesa pode matar alguém, ação que tipifica o crime de homicídio, por exemplo).

        Um homicídio praticado em legítima defesa é típico, lícito e, por isso, não punível (nem sempre um ato típico caracteriza crime).

        Uma conduta inexigível do ponto de vista moral pode ser típica, ilícita, mas não punível por exclusão da culpabilidade em decorrência da inexigibilidade de conduta diversa.

        1. bela correcao argolo,

          bela correcao argolo, parabens. Vc identificou bem meu equivoco, troquei conduta nao delituosa por atipica.

          So te passaria que a inexigibilidade de conduta diversa não é valorada do ponto de vista moral, como vc colocou, mas sim via valoração jurídica do fato.

          Logo, não é inexigível sob aspecto moral, mas jurídico,que como vc deve saber são coisas diversas (moral e direito).

          1. Sim, Direito e Moral não se

            Sim, Direito e Moral não se confundem, mas estão intrisecamente relacionados. No caso do que se conhece por inexigibilidade de conduta diversa, a análise moral da ação é fundamental. Não significa que esse aspecto deixe de ser tratado juridicamente, mas a avaliação moral sempre se faz presente (não são coisas dissociadas, antes mesmo o contrário, a juridicização do fenômeno apenas lhe empresta específicos efeitos, sem retirar os inequívocos contornos morais).

            Na verdade, a análise da inexigibilidade de conduta diversa, principalmente pelo alto teor subjetivo de que é portadora, necessariamente implica avaliações morais. O que não surpreende, pois todos os atos em que a vontade atua como elemento cérnico são previamente submetidos a uma espécie de avaliação moral. Isso faz parte do próprio conceito filosófico de moral como embasado na razão (moral seria não só o conjunto de costumes, regras, valores, entendido como correto pela sociedade, mas também aquilo que é praticado pelo indivíduo visando a cumprir um dever como consequência da manifestação da vontade). Não se pode imaginar que alguém considere que era inexigível outra conduta se você não faz uma análise moral da ação. Análise moral aqui, neste contexto, é tomada no sentido tradicional, como análise racional das ações individuais, sempre num contexto coletivo, social (muitos filósofos importantes trataram desses temas, como Hume, Kant, Hegel etc).

          2. No Direito Penal, por

            No Direito Penal, por exigência do princípio da legalidade penal estrita, ou vedação de indeterminação, as condutas típicas, exculpantes etc são sempre valoradas do ponto de vista estritamente jurídico, sem qualquer conotação moral.

            Isso porque a moral detém e se pretender deter conteúdo coletivo, plural e variado, que a partir daí é entendido pelo seu aspecto social.

            Já o conceito de culpabilidade, e de reprovabilidade, vai se apoiar, ao revés da moral, no conteúdo meramente individual do sujeito e de seu ato, como classe social, contexto em que a conduta se desenvolveu, histórico familiar, grau de instrução etc. Vale dizer, dados objetivos, e não meramente subjetivos, ou vinculados a uma ‘moral’ pouco definida.

            Ou seja, a noção de reprovabilidade do agente, afora a exigência de legalidade estrita (que já repudia o aspecto moral), é ainda pessoal, ao passo que o conceito de moral, diversamente, demanda valores coletivos que seriam difundidos a determiando grupo. O indivíduo passa pela ética, ao passo que o coletivo pela moral. Essa a diferença crucial.

            No caso do cinegrafista as dirimentes que apoiam a inexigibilidade de conduta diversa são concretas, e não meramente subjetivas, todas atreladas ao contexto objetivo da conduta e dos agentes envolvidos:

            A vítima era companheira de profissão e conhecida do agressor.

            A morte se deu via conluio de agentes.

            A morte se deu via impossbilidade de defesa da vítima, atingida por trás.

            A morte se deu quando a vítima trabalhava.

            A morte se deu em pleno Centro do RJ, à luz do dia, na frente de inúmeras pessoas, e, por fim, foi televisionada.

            As cenas da vítima atingida foram divulgadas reiteradamente pela mídia.

            A vítima deixou uma mulher doente e uma filha, tb jornalista, que admirava seu pai.

            As condições de trabalho da vítima poderão ser objeto de questionamento por parte do MP do trabalho.

            O salário da vítima, para uma atividade de tamanho risco era bastante limitado.

            O evento na Delegacia ocorreu logo após a confirmação da morte.

            O agredido falou para o agressor que a próxima vítima seria ele.

            Em seguinda ocorreu a agressão.

            Portanto, todos esses pontos são concretos e objetivos, não subjetivos, sendo desvinculados de qualquer aspecto moral. Se vinculam, como dito, à ética própria do agente, não a valores morais difusos.

            E são eles os capazes de, via valoração jurídica concreta identificar se o agressor agiu sob uma causa exculpante, ou seja, se ele devia atender ao direito, repito, direito (como eticidade do agente), não moral, quando agrediu o sujeito.

            Assim, com apoio em vários dados concretos, estranhos a qualquer tipo de valoração meramente moral ou subjetiva, se constata a atuação via exculpante.

            De fato, a moral sinaliza uma conduta coletiva a seguir. A dirimente, ao revés, cuida de uma conduta a não seguir (ato típico e anitjurídico), que, no caso em concreto, pelas pecualiaridades concretas, não morais, causam uma ressalva à prática do crime.

             

          3. Todos os fatos objetivos são

            Todos os fatos objetivos que compõem as circunstâncias em que se pratica a ação são valorados moralmente no momento de se concluir que não era exigível conduta diversa (no sentido aqui usado, ato é uma espécie de fato, justamente aquele que nasce com a ação humana). O que você está fazendo é uma pequena confusão entre fato e valor. A norma jurídica apenas positiva isso e cria determinados efeitos. A valoração moral não deixa nunca de existir. O direito é o plus, é a positivação, que torna a regra obrigatória e tudo o que advém a partir disso.

            Não concordo com a seguinte frase: “Portanto, todos esses pontos são concretos e objetivos, não subjetivos, sendo desvinculados de qualquer aspecto moral. Se vinculam, como dito, à ética própria do agente, não a valores morais difusos.”

            Para mim, a parte em negrito é falsa.

            Os fatos concretos e objetivos não são desvinculados de qualquer aspecto moral, no sentido que você colocou aí. Muito pelo contrário, os fatos são sempre valorados moralmente em Direito (esse ponto nada tem a ver com Direito não se confundir com Moral, frise-se). Essa valoração inclusive é anterior ao Direito. Ou seja, a norma jurídica já positivaria uma prévia valoração moral, que pode ser válida ou inválida (e aqui vem o célebre dilema de Antígona: nem sempre o que é legal é moral, o que acontece quando a valoração prévia dos fatos é positivada de forma inválida numa norma jurídica). Essa noção é importante.

            Por outro lado, a ética própria do agente deve ser avaliada num contexto social, vinculando-se ao que você chama de “valores morais difusos”. Por mais pessoal ou individual que seja um ato, sua pertinência, tomada num contexto social, sempre será analisada. Fora isso, não teremos como considerar o ato válido em termos penais. Uma das formas de se chegar à conclusão de que a conduta é adequada e que não se poderia exigir outra do agente é justamente fazendo essa análise da ação inserida num contexto social. Quantas pessoas no lugar do homem efetivamente agiriam diferente, depois de ser ameaçado por um integrante do grupo cujo outro integrante matou um colega de profissão? É socialmente compreensível que um homem faça o que ele fez? E, o mais importante, podemos exigir dele que agissse de outra forma? São boas perguntas para entender o que eu estou dizendo.

            O que você fala a seguir de valoração jurídica é outra coisa e não tem necessariamente relações com o conceito de inexigibilidade de conduta diversa, até porque muitos dos fatos que você citou não eram do conhecimento, por exemplo, de quem acendeu o rojão (a análise sobre se era exigível conduta diversa também atua sobre a ação de quem acendeu o rojão). Quem acendeu o rojão não tinha como saber se o cinegrafista morto, por exemplo, deixou uma mulher doente e uma filha, também jornalista, que admirava o seu pai.

            No entanto, estamos aqui falando sobre a inexigibilidade de conduta diversa do cinegrafista que agrediu o Black Bloc. Para chegarmos a essa conclusão, uma avaliação moral do fato será sempre necessária. Por mais dados objetivos que se tenha, para chegar a dizer “é inexigível que ele agisse de outra forma”, uma avaliação moral deve ser feita. Trata-se de julgar o ato como válido ou não. Na maior parte dos casos, não existem regras objetivas que digam quando uma ação diferente era exigível. Sempre será feita uma análise essencialmente moral dos fatos.

            Existem os fatos e existe a valoração moral sobre os fatos. Os efeitos jurídicos disso estão previstos em normas. Mas a análise valorativa que é realizada não prescinde jamais de aspectos morais. Será sempre preciso fazer essa cognição, qual seja, se o ato era moralmente aceitável e se não era moralmente exigível que ele agisse de outra forma.

            Eu entendo o que você tentou dizer, mas é que, acredito, está existindo uma pequena confusão entre fato e valor. As normas jurídicas e seus efeitos atuam condensando esses dois aspectos.

  10. O garoto falou sim. Repeti

    Muito nojo ao ouvir a voz do Marcelo Rezende.

    O garoto falou sim. Repeti várias vezes e ouvi. Enfim, um bando de irresponsáveis causando tumulto.

      1. Um dos que defendem e

        Um dos que defendem e incentivam as manifestções ao vivo e a cores e defende também a pena de morte Ivan, enfim, um hipócrita com todas as letras.

  11. Cinegrafista:  “Nas costas da

    Cinegrafista:  “Nas costas da cabeca, viu?  Eh justica poetica.  Pera la que sua orelha ta inteira ainda e eu vou arrancar la na dentada.  ESPERA AI, FILHO D…”

  12. eureka

    Os black block deviam agradecer, e não depredar.

    Além de tudo, ná época da direitalha psdbista no poder manifestação assim nem pensar! 

    Professores, camelôs, sem terra, grevistas, polícias civis e militares, sociedade civil, não tinha idéia. era bala de borracha,borrachada e bomba todo tipo morria…

    oque  eu nunca vi mesmo foi manifestação de âncoras de tv, e parlamentares 

    os blackblocs são as consequências dos piores políticos do mundo. o perfil jovem e perplexo de como julgam as aberrações do país entregam a negligência geral. A imprensa é culpada.

    Se tem algo errado, começa pela esperteza do cinegrafista sair em meio a uma puta confusão. Ele realmente tem todo direito de filmar. Mas se misturar ao campo de batalha – não tem outra circunstância – foi insano.

    Tem que haver investigação. Pra tudo.

    1. “Se tem algo errado, começa

      “Se tem algo errado, começa pela esperteza do cinegrafista sair em meio a uma puta confusão.”

        Só posso concluir que você não viu uma única foto ou filmagem do protesto. Isso ou está culpado o cinegrafista por “ser morrido”.

      1. Faça uma pesquisa entre
        Faça uma pesquisa entre cinegrafistas.
        É mais eficiente. Eu fiz minha opinião.
        Acho que as imagens tem qie ser analisadas pra ver se foi com intenção de matá-lo, ou no mínimo um tiro a esmo. Nao há acidente.

        1. É o velho dilema entre

          É o velho dilema entre homicídio culposo ou homicídio por dolo eventual. Tudo se resume à reação do autor. Se ele, depois do resultado da ação, fica perplexo com o resultado, homicídio culposo (a reação significa que ele quis a ação, mas era alheio ao resultado). Se ele, antes do resultado da ação, consegue visualizar o que pode acontecer, mas mesmo assim segue adiante, homicídio por dolo eventual. O que você acha que passou pela cabeça de quem acendeu o rojão? Acho que ele anteviu o que poderia acontecer, antes mesmo de praticar o ato (a visualização do resultado posterior ao ato, mas quando o ato ainda está em continuidade, em seus desdobramentos – no caso, quando o rojão ainda não tinha alçado vôo -, ou quando o resultado antevisto ainda não foi produzido, é relevante também, pelo menos se o resultado pode ser evitado – quem acendeu o artefato explosivo poderia, por exemplo, redirecionar, chutar o objeto para longe do cinegrafista ou para outra direção) . Ou seja, anteviu o resultado, mas mesmo assim deu continuidade à ação (a vontade se dirige à ação e é indiferente ao resultado, mesmo prevendo-o como possível). No mínimo, quem acendeu o rojão (o artefato explosivo, coloquemos assim) claramente assumiu o risco de matar alguém, especialmente, o cinegrafista. No mínimo. PS: Existe até uma piada para diferenciar as duas reações hehe. O homicida culposo pensa “fodeu” depois do resultado. O homicida por dolo eventual pensa “foda-se” antes da ação.

      2. É bem isso mesmo. E a tal de

        É bem isso mesmo. E a tal de Sininho explicou que o cinegrafista morreu pq não usava trajes e equipamentos adequados para cobrir a manifestação… Ah que gracinha, os caras entram em lugares lotados de gente e quem levar rojão na cabeça é pq não estava em trajes adequados.

  13. O cinegrafista não tem sangue

    O cinegrafista não tem sangue de barata. Qual é a do cara de ameaçar o cinegrafista, com os ânimos ainda tão acirrados com a morte do outro cinegrafista? Que é isso? Os caras estão completamente sem noção. Mas é só ver o naipe para ver que eles não tem a menor noção do que estão fazendo. Parece que saíram de alguma reunião de grêmio estudantil, embalada a muita leitura romântica dos clássicos políticos, e acham que estão fazendo “revolução”.

    Um homem morreu estupidamente, trabalhando, e nêgo ainda vem querer justificar valendo-se de argumentos infantilóides do tipo “uma pessoa morreu atropelada e vocês não falam nada”? Hello! Isso é ridículo!.

    Com o perdão da expressão chula, é o tipo de gente que nem fode nem sai de cima. Ou é revolucionário e está contra o status quo e tudo o que isso significa ou então não queira contemporizar as coisas, ora.

    Querer dizer que a imprensa esconde os mortos, enveredando pela famigerada contabilidade de cadáveres para ver se justifica quem matou de modo menos comprometedor, é negócio de retardado mental. Nem discurso esse pessoal tem. Noção nenhuma do que estão fazendo.

    O problema não é a morte do cinegrafista, mas sim as mortes que a imprensa não cobriu, como se uma coisa justificasse a outra. É o ad hominem preferido dos selvagens, argumento tu quoque, apelo à hipocrisia.

    O que eles tinham que fazer, para, no mínimo, serem coerentes, é considerar a morte normal no estado de coisas que eles criaram. Querer justificar uma coisa com a morte dos outros, como se fosse uma mea culpa, é um tanto ridículo.

    O que é que eles pensam? Que o Estado vai amenizar com gente armada nos protestos? Foi preciso alguém morrer para esses panacas entenderem o que estão fazendo. Eles acham que rojão, coquetel molotov etc, não são armas? Quem em sã consciência poderia endossar esse despautério? É cada uma. Esses caras não têm a menor noção de nada. Não estão preparados para o que estão fazendo.

    Só me vem à mente Marx acabando reuniões com lideranças proletárias esmurrando a mesa, na Alemanha do século XIX. Nada deixava o “cabeça de leão” tão fora do sério quanto tipos como esses que aparecem no vídeo. Noção nenhuma de mobilização política, de enfrentamento do status quo, do processo revolucionário.

    1. Especialmente nessa parte:

      Especialmente nessa parte: “Só me vem à mente Marx acabando reuniões com lideranças proletárias esmurrando a mesa, na Alemanha do século XIX. Nada deixava o “cabeça de leão” tão fora do sério quanto tipos como esses que aparecem no vídeo. Noção nenhuma de mobilização política, de enfrentamento do status quo, do processo revolucionário.”

        Pronto. Fiz mais um comentário apenas para você dar uma estrelinha de novo. Fico feliz em desagradá-lo, meu caro.

  14. Do facebook do black bloc

    Do facebook do black bloc preso. Muito politizado o assassino. Um autêntico revolucionário

    Não se espantem se nossa impoluta imprensa começar a tratá-lo como um coitadinho…

    Olha o que diz o Fábio Raposo, o block bloc preso, na sua página no Facebook sobre Joaquim Barbosa decretar a prisão de João Paulo Cunha. O tal black bloc é anti-PT. Confira nesse link: facebook.com/fabio.raposo.10

     

  15. Morte de jornalista dá mais Ibope

    Agora que o pessoal dos protestos têm certeza que morte de jornalista dá mais Ibope do que quebrar vidraça de banco, o clima para a imprensa ficou muito mais pesado.

    As agências de noticia que empregam repórteres e cinegrafistas para estes eventos têm o dever de fazer seguro de vida para eles e fornecer equipamentos de proteção para a jornada.

    As consequências são assimétricas e muito mais desfavoráveis para os que trabalham cobrindo estes eventos.

     

  16. Como em 1964

     

    Assistindo, ouvindo e lendo sobre tudo isto, só me vem à cabeça o Golpe de 1964.

    O presidente João Goulart tomava pressão de tudo que era lado. Direita, esquerda, centro, sindicatos, camponeses, capitalistas, comunistas, EUA, URSS,  enfim, todo mundo queria gritar, oprimir, queria ser ouvido.

    Uns faziam isto por acharem estar lutando por seus direitos. Mas outros… faziam para criar o caos no Brasil. E conseguiram. Financiados pela CIA, conseguiram.

    E para “arrumar a casa”, surgem os militares golpistas, também financiados. E parece que a situação, pelo menos no início, “acalmou”. Mais na frente mataram uns estudantes revoltosos (“terroristas”), mandaram uns passearem em outros países, deram uma fechadinha no Congresso (afinal, são todos corruptos não é mesmo?), bloquearam o judiciário, censuraram os jornais, rádio e TV, e por fim, tivemos a década de 70 com certa “paz”. Cantávamos: “Este é um país que vai pra frente!” 

    Hoje, quem pesquisa, não tem dúvidas que aquele caos foi criado. Haviam mentes inteligentes e perversas por detrás da violência e ódio daquele tempo. Os militares pegaram o país com 90% de inflação ao ano e entregaram com 220%.

    E o que está acontecendo em nossos dias, não é a repetição daquela mesma tática, a tática do caos?

    Hoje li na mídia que a ONU já está preocupada com a violência nas manifestações. O cerco está apertando.

    Qual o pretexto para invadir o Iraque? Sadan está matando seu próprio povo até com armas químicas! Como arranjaram a desculpa para também ficarem com o petróleo da Líbia? Kadafi está usando sua força aérea para matar civis!

    Ninguém está se entendendo mais no Brasil!

    Quando assistimos um cinegrafista bater com sua câmera na cabeça de um manifestante –  por detrás, covardemente  – e quando lemos aqui pessoas aprovando tal atitude, pessoas “cultas”, entendidas em História, política, etc… parece que não estão compreendendo a situação brasileira.

    Jesus falou que “um pouco de fermento leveda toda a massa”.

    É muito ódio por este país afora…

    Na internet, na rádio, nos programas de TV, nos jornais… só ódio, violência, terror.

    Nos comentários das matérias do G1, Folha, Estadão, Brasil247, Noblat, etc, no Facebook, há comentários que estão ali com apenas uma missão: Gerar ódio, criar o caos. A pessoa sabe o que está fazendo.  Foi treinado para isto.

    E para dar sabor ao “caldo”, aquelas notícias econômicas de que o Brasil está quebrado, aquelas sobre a desistência dos médicos cubanos, aquelas dos reservatórios secando, aquelas do Joaquim Barbosa (que dizem ser honesto) x Lewandowsky (que dizem ser petista), que prenderam o maior bandido do Brasil na Itália, um fugitivo do “mensalão”.

    Todos estão brigando contra todos!

    Continuem assim brasileiros… o plano está dando certo.

    Aqui em minha cidade, até um ventilador que não funciona na sala da escola municipal, dizem que “a Dilma não mandou verbas”. Pior: Os dois únicos vereadores petistas da cidade, se escondem para não defender o goveno do seu partido. É de chorar…

    O Governo Federal, tem um programa onde ele envia verbas diretamente às escolas. Um gestor escolar faz um projeto, envia para o MEC e se for aprovado, o dinheiro vai diretamente para a escola. E foi assim que uma escola municipal de minha cidade conseguiu a cobertura de sua quadra esportiva. Estão lá construindo ainda. Assim, foi colocada uma placa do Governo Federal, em frente ao educandário, anunciando o programa e o valor ali investido. Mas o ódio por Dilma é tanto, que alguns alunos deram um jeito de remover toda a tinta daquela placa. E os 2 vereadores petistas? Eles nem sabem onde fica aquele colégio!

    Eu não acredito que os militares serão novamente os “apaziguadores”, também não acredito que será o Aécio, até porque o mensalão mineiro está na pauta do dia… seria então o Eduardo com a “irmã” Marina? Seriam estes nomes os ungidos dos EUA?

    O fato de nenhuma empresa deste Império,  ter conseguido participar com vantagens no Leilão do Poço de Libras, como sempre acontecia, somando-se ao fato de que uma companhia chinesa ter participado, além de Lula e Dilma terem criado a Petrosal, agência 100% brasileira que está cuidando dos negócio do petróleo do pré-sal, deve ter sido a “gota d’água” que os enfureceu.

    Quer ajudar Dilma? Não espalhe ódio… pois já tem que o faça.

    1. Eu particularmente não faria

      Eu particularmente não faria o que o cinegrafista acima fez. Mas eu sou capaz de entender perfeitamente a reação dele. O que não quer dizer que você não esteja certo em relação aos altíssimos graus de violência e de instabilidade social que acometem o nosso país. Tem algo de muito diferente, de estranho no ar. O clima no Brasil está literalmente contaminado. Eu não reconheço mais o Brasil. Não que o Brasil não seja violento há muito tempo. Mas ultimamente, a coisa ganhou uma dimensão coletiva de descontrole absurdo. Você está na rua e pensa que uma tragédia pode acontecer a qualquer momento. Ninguém se entende. Todos brigam. Discutir coisas banais virou um desafio de quem está disposto a ganhar inimigos para o resto da vida. Soltaram o vírus da discórdia no Brasil. Todos suspeitam de todos. Ninguém está moralmente apto para defender nada. Tudo vira motivo para polêmica. Não há tolerância e interesse pelo bem comum. A sociedade “surfa” legal na onda da instabilidade. E vem aí a Copa do Mundo…

      PS: O que você disse aí sobre a ausência dos EUA nos leilões de campos petrolíferos eu já tinha dito há muito tempo em post anterior (comentei exatamente sobre isso e sobre a presença chinesa certamente não agradar os EUA). Penso que pode haver o dedo internacional nesses protestos. E a causa é geopolítica. Eu acredito piamente que o papa argentino é o Carol Wojtyla da América do Sul. Homem do ano da Time, capa recente da Rolling Stones. Ano passado, chegou ao Brasil, em plenos protestos, dizendo que não acreditava em juventude que não protesta. Cavalo de tróia e tanto o papa argentino, que dizem que era dedo-duro de militante de esquerda na Argentina na época da ditadura militar. É o novo papa da CIA. Quem quiser que compre esse gato por lebre. No entanto, é bom ter em mente o seguinte: para parar o que você disse, somente uma revolução popular dá conta da reação externa e seus aliados nacionais. Ou seja, o cenário provável é a mesma guerra civil que se viu nos países citados (Líbia, Síria etc), isso se setores importantes não quiserem simplesmente sucumbir à pressão. Se esse momento chegar, estará mais do que na hora do Brasil enfrentar a realidade como um país adulto e não se omitir quando for preciso assumir as rédeas da situação, preservando a autonomia, a independência e a soberania de um país autenticamente livre. Chega um momento que discurso apenas não resolve. É preciso partir para a ação.

       

  17. A “revolucionária e ativista” Sininho

    Eis a ficha da garota que “luta por um país melhor”

    Tem 2 Rgs diferentes

    Tem 2 endereços diferentes

    Não trabalha

    Já foi detida várias vezes, uma delas por ter chamado um policial de “macaco”

     

    Sininho é chamada de ‘patricinha hipócrita’ ao deixar delegacia

    Ativista Elisa de Quadros prestou depoimento à polícia sobre a morte de Santiago AndradeJovem acumula passagens pela polícia, uma delas ter chamado de ‘macaco’ um policialA ativista Elisa Quadros prestou depoimento à polícia nesta terça-feira Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo

    A ativista Elisa Quadros prestou depoimento à polícia nesta terça-feira Gabriel de Paiva / Agência O Globo

    RIO – A ativista Elisa de Quadros Pinto Sanzi, de 28 anos, conhecida como Sininho, prestou depoimento à polícia nesta terça-feira sobre a morte do cinegrafista Santiago Andrade. Quando deixou a 17ª DP (São Cristóvão), por volta de 16p0m, houve muito tumulto, já que, cercada por cinegrafistas e fotógrafos, ela correu pelas ruas no entorno da delegacia. Elisa passou por um ônibus que parou para que ela atravessasse a via. De dentro do veículo, dois passageiros gritaram, dizendo que ela não poderia entrar no coletivo e que era uma “patricinha hipócrita”, além de ironizar a inscrição “favela” que ela tinha na blusa.

    Sininho acumula fichas na polícia desde o início das manifestações, em junho do ano passado. A última delas aconteceu em 19 de janeiro, quando foi levada à 5ª DP (Mem de Sá) sob acusação de ter chamado de “macaco” um policial militar durante discussão na Lapa. Antes desse episódio, onde acabou indiciada por desacato e foi liberada, Sininho já havia sido presa outras duas vezes por formação de quadrilha.

    A ativista é natural de Porto Alegre e afirmou, ao ser presa em 2013, que não trabalhava. Mesmo assim tem dois endereços no Rio: um em Copacabana e outro no Rio Comprido. A Polícia Civil também descobriu que a ativista possui duas carteiras de identidade, com números diferentes.

    Em depoimento nesta terça-feira, Sininho disse que não conhece Caio Silva de Souza, suspeito de ter atirado o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade, da Rede Bandeirantes. Ela prestou depoimento por cerca de uma hora e meia, e afirmou ainda que sua relação com o deputado Marcelo Freixo (PSOL) já foi esclarecida.

     

  18. A historia envolvendo o

    A historia envolvendo o Marcelo Freixo pode até ser inverídica, mas a posição do Psol nos acontecimentos envolvendo black blocs é bastante ambígua, diferente de outros partidos de esquerda como o PSTU que se posicionaram claramente contra desde o início das manifestações. O texto do Psol citado no artigo sumiu do site do partido.

     

     

     

     

     

    A conivência do Psol com os Black Blocs

    A conivência do Psol com os Black Blocs

     

    Ao contrário do que pretendia, não é o Psol que parece estar influenciando os Black Blocs. São os Black Blocs que estão dando a linha do Psol.

     

    O Psol cometeu o grave erro de se associar aos Black Blocs. Das duas, uma: ou o partido assume o equívoco publicamente, revê sua aliança explícita com os mascarados e se afasta desse grupo de uma vez por todas, ou ele que se prepare para ser duramente rejeitado na política pelos setores democráticos.

    Se o Psol tem uma convicção a defender, que o faça. O que se viu desde a morte do cinegrafista Santiago Andrade é um partido que finge que não tem responsabilidade sobre o ocorrido e, tal qual um Black Bloc, mascara suas posições na hora de enfrentar a sociedade.

    Após as manifestações de junho de 2013, quando foi expulso dos protestos como tantos outros partidos, o Psol estreitou sua relação com os Black Blocs. Mas continua posando de bom moço na hora de dar entrevistas. 

    Membros de sua Executiva defendem as táticas de violência de rua dos Black Blocs, enquanto seus deputados citam candidamente a não-violência de Gandhi e lamentam a morte do cinegrafista.

    Ao contrário do que pretendia, não é o Psol que parece estar influenciando os Black Blocs. São os Black Blocs que estão dando a linha do Psol.

    Pouco importa se o sujeito que disparou o rojão que vitimou Santiago Andrade é ou não do gabinete de Marcelo Freixo (Psol-RJ), se é ou não filiado ao Psol, se votou ou não no Psol, se receberá ou não assistência jurídica de algum parlamentar do Psol. 

    O que importa é a posição política, oficial ou oficiosa, que o Psol tem empunhado nas ruas, não apenas ao lado, mas de mãos dadas com os mascarados.

    Por mais que tente tapar o sol com a peneira, está evidente que o Partido flertou com os Black Blocs. Brincou com fogo e se queimou, mas ainda não se arrependeu.

    O cinegrafista da Band era, antes de tudo, uma pessoa comum, um cidadão brasileiro, um trabalhador.

    O criminoso que tirou a vida dessa pessoa e que irá provavelmente reclamar da criminalização dos protestos não atacou ícone algum da imprensa burguesa.

    Não fez sequer cócegas em qualquer corporação midiática.

    Não chegou nem perto de atacar qualquer rede de comunicação.

    Ele simplesmente atacou e destruiu um trabalhador. Alguém que era feito da mesma substância que as crianças, jovens, idosos, trabalhadores e estudantes da estação de trem onde também foi explodido um rojão desse mesmo tipo, horas antes.

    As pessoas da estação tiveram a sorte que faltou ao cinegrafista.

    Na página do Psol, até romper o dia da morte de Santiago Andrade, não havia sequer uma única nota do Partido sobre o episódio.

    Até mesmo os Black Blocs do Rio de Janeiro divulgaram um comunicado lamentado a “infelicidade” pela morte do cinegrafista. O Psol não chegou a tanto.

    Seus parlamentares juram que são adeptos da não violência, mas esperaram o cinegrafista estar em coma para dar as primeiras declarações.

    Marcelo Freixo demorou ainda mais. Só abriu o bico para esboçar alguma explicação quando alguém lançou contra ele a acusação de ter relações diretas com o agressor.

    Ou seja, resolveu romper o silêncio com  intuito de defender a si próprio. Já não se fazem mais revolucionários como antigamente.

    Enquanto aguardamos a nota oficial do Partido sobre o incidente, é possível entender qual é a do Psol com os Black Blocs com a leitura do esclarecedor texto “Tática Black Bloc: condenar, conviver ou se aliar?”.

    O texto é assinado por ninguém menos que o Secretário de Organização da Executiva Nacional do PSOL, Edilson Silva.

    A resposta do membro da Executiva é a de que o Psol deve conviver e aliar-se para tentar ganhar adeptos entre os Black Blocs.

    O Secretário Nacional do Psol é um verdadeiro apaixonado pelos mascarados. Certamente contagiou muitos outros de sua organização.

    Diz que os Black Blocs têm como “diferencial mais saliente, e porque não dizer sedutor” “a coragem e o desprendimento com que se lançam diante da repressão estatal.”

    Acrescenta: “não nos parece que o conceito da tática Black Bloc seja algo retrógrado ou mesmo indesejável em essência e propósitos originais. É algo progressivo, politicamente moderno, trazido pelas mãos da dialética na história”.

    Vale grifar o “progressivo” e o “moderno”.  O “trazido pelas mãos da dialética na história” bem poderia ter sido abreviado com um “inexorável”.

    “A tática existe e veio pra ficar, gostem ou não a direita, a esquerda e quem mais quiser dar palpites”, diz Edilson Silva.

    Tendo citado a direita, a esquerda e os palpiteiros, ao Psol só sobrou mesmo o centro. Ou seja, sobrou espaço suficiente para tocar fogo em rojões, mirando a cabeça das pessoas, e lançar coquetéis molotovs sobre policiais, durante a noite; e de dia fazer acordos com o PSDB, o PPS e o DEM nas votações do Congresso, como tem sido a praxe do partido.

    O Secretário do Psol enaltece os Black Blocs e denuncia “as escaramuças de falsos representantes em uma esfarelada democracia de faz de conta”.

    Acho que Randolfe Rodrigues, Chico Alencar, Marcelo Freixo e tantos representantes esfarelados do Psol precisam dizer alguma coisa para se defender. De preferência, algo que não seja faz de conta, como quer o entusiasta dos fogos de artifício.

    A recomendação expressa, até que apareça alguém que diga algo em contrário, é a de colocar “os movimentos e partidos da esquerda coerentes, como o PSOL, dialogando com a tática Black Bloc, respeitando todas as táticas e o máximo possível as sensibilidades mais positivas da opinião pública e da consciência das massas”, “disputando a hegemonia”.

    Interessante o texto falar em coerência, sensibilidade e consciência, três coisas que andam em falta no Psol.

    “Talvez esteja aí o nosso desafio nesta questão da tática Black Bloc”, conclui a bula psólica.

    “Quem mais deve estar preocupado com isto são os governos que já estavam acostumados com conflitos de resultados previsíveis”.

    Engraçado; por um momento, imaginamos que quem deveria estar preocupado com esses resultados previsíveis deveria ser o Psol.

    Nada disso. Os estandartes do Psol estão muito à vontade servindo de pano de fundo da ação direta dos cavaleiros das trevas, dos justiceiros das ruas que agem contra tudo e contra todos: contra o capital e contra os trabalhadores – trabalhadores como Santiago Andrade e como o Seu Itamar Santos, aquele que teve o fusquinha queimado com a família dentro, escapando por pouco de uma tragédia.

    Eis a turma que o Psol acha progressista, moderna e que veio pra ficar.

    Aí está o que o Partido Socialismo e Liberdade hoje defende, seja quando fala, seja  quando cala.

    Está na hora de uma mobilização suprapartidária que condene a violência como tática de luta política. Quem sabe o Psol adira e isso sirva para passar um recado efetivo, à sua militância, de abandono da aliança com os mascarados. 

    Mas se, ao contrário, o Psol está cansado de ser um partido que duela com as armas da democracia e preferiu virar um grupelho que ataca o primeiro que aparece pela frente, que fique com seus Black Blocs e faça bom proveito.

     
    (*) Antonio Lassance é cientista político.

     

    http://www.cartamaior.com.br/?/Coluna/A-conivencia-do-Psol-com-os-Black-Blocs/30230

     

  19. porque?

    Isso desdo ano passado, nenhuma providência foi tomada, o governo com seu ministro da justiça que não serve para nada, deixou isso acontecer. Muito blábláblá e atitude nenhuma. Agora, precisa de uma morte para que se tome uma atitude, por que não fizeram antes.

  20. parece que a globo a record

    parece que a globo a record disputam o caso e de forma misteriosa… a band silencia. a globo saiu na frente e quer por que quer resolver o caso. a recod vai na contramão? podiam respeitar a familia do jornalista.

  21. E a tv não incita a violência…?

     

    A agressão verbal respondida com a física. As emissoras deveriam contratar pessoas mais equilibradas..

     

    É claro que o rapaz deve prestar queixa.

     

     

     

     

      1. Acho que não seria o caso de

        Acho que não seria o caso de agredir pelas costas, fora isso a agressão parecia inevitável, até pq parece que o cara era colega do cinegrafista morto.

        1. O Covarde Falou Mas Não Encarou

          Foi agredido pelas costas porque estava fugindo.

          Cadê a valentia do Black Bloc?

          A valentia não estava presente, né? Os coleguinhas depredadores que atiram artefatos pelas costas e incendeiam carros com famílias dentro não estavam presentes. 

          1. tomara que tome um processo

            tomara que tome um processo por agressão. provas não vão faltar. se o manifestante denunciar, réu primário este babacão não vai ser mais. tomara que já não seja, aí cadeia mesmo. 

          2. Não vai acontecer nada se for

            Não vai acontecer nada se for processado. Pode até ganhar uma honraria hehe. Ademais, o Black Bloc, grupo que não anda com a popularidade lá muito em alta, ameaçou o cinegrafista. Provocou injustamente. A conduta do cinegrafista não é passível de punição. Chama-se inexigibilidade de conduta diversa, dadas as circunstâncias. Um colega dele de trabalho tinha morrido por um ato praticado por um Black Bloc. Compreensível a reação. Ele se sentiu ameaçado, agiu por impulso e forte emoção. Nenhum juiz iria condená-lo. E vai ficar por isso mesmo. Aquele Black Bloc foge da justiça como o diabo foge da cruz rsrs. A última coisa que ele faria é levar o que aconteceu à justiça, que ele pode ser tudo, menos idiota a esse ponto. No mínimo, ele responderia por ameaça, além de evidenciar que o “grupo” (eles preferem que se diga “tática” rsrs) Black Bloc tem mesmo perfil criminoso que atenta contra a vida das pessoas.

          3. pois é. outro paradoxo de

            pois é. outro paradoxo de nossa justiça. o que ficou claro é que um foi “agredido” por palavras e outro foi agredido com uma camara de uns 20 kilos ou mais na cabeça e pelas costas. e o cinegrafista não era exatamente um magricela. quer dizer que nossa justiça tolera agressões físicas desde que justificadas por agressões de palavra? Quem não percebe que isto é um incentivo à agressões físicas? Além de ser um desincentivo a falar o que se pensa? Não sei o que a justiça vê de tanto errado em crimes de palavra e seja tão tolerante a crimes de agressão física. já ouvi falar em herança escravocata. Acho que é por aí.

             

  22. Conquista

     Nosso país ainda precisa melhorar muito, mas ainda precisa de tempo, foram 38 anos no anonimato e espera, hoje, conquistamos muita coisa, coisas que nem sonhávamos em conquistar. Eu estou satisfeito com essas conquistas, mesmo desempregado há 14 anos. Que culpa tem esse governo do meu desemprego do passado? Nenhuma! Já me encontraram assim, então, por que vou protestar. Não posso. Meu protesto é para os que fizeram deste país um lixo,  não voltarem nunca mais.

  23. Pense

    Acho que não é hora de agirem desta forma! É momento de reflexão. O cinegrafista da Bandeirantes morreu para que todos reflitam, aquele rojão não tinha endereço certo, poderia ser qualquer  um, ter entrado em um ônibus, seria muito pior. Não é hora de agredirem uns aos outros. Violência gera violência, o exemplo está neste vídeo.

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