Catarina e Jariri – uma paixão sobre-humana, por Cafezá

Por Cafezá

Aos poquinho, Néja, toda insopada i cum u vistido tudo sujo di tiérra moiada, cunsigiu chegá co gai inté a casa. E falô:

–  Ieu sufrí muitu, maisi cunsiguí trazê eisse bélo gai. U chuávarão num quiria intregá eile, ieu puxava dum lado, maisi eile quiria léva pá otros. Foi una luta boa, u chuávarão quiria arrastá tudo para u rio, inté ieu. A garganta du rio qué ingulí tudo. Glutão.

– Maisi, Néja – priguntô a mãe di Catarina – Pur quar mutivo ucê feizi tudo eisse ésforço? Cuando a chuvona passasse, a jienti pudia i lá i trazê eile, si bem co num sei purquê trazê eile inté aqui.

– Ié vérdadi, Néja – falô Catarina – num tinha pricisão. Ucê si matanu pá fazê eisse sélviçu i nósis aqui veno ucê sofrê.

Entoncis, Néja ficou parada i piensativa.

– Maisi ucêis ãinda num intederu purquê ieu fiz uilsso? Pensa bém, jienti! Ieu tive um mutivo muito fuórti, poisi ieu apércebí una cousa muito impórtanti. Usa u célbru, jienti! Tenta intendê éissa mia luta co gai.

– Ieu tô sintino cucê teve um fuórti mutivo – disse Tuxo. Maisi ãinda ieu num cheguei a concrusão ninhuma. Mestre Bódim déve di sabê.

Entoncis tudos eiles ficaru piensativos, tentanu cumpriendê i oianu pá mestre Bódim. Ispéranu quele dicifrassi u segredo, poisi eiles tinha célteza qui eile divia di sabê a vérdadi.

– Ucêis tão oiano pápápá mim. Ieu seio u pur quê quê quê quê.

 

Redação

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  1. Maravilhosas esculturas de

    Maravilhosas esculturas de Beto Pezão, José Roberto Freitas, artesão e família de artesão da antiga Carrapicho, hoje Santana do São Francisco terra de meu pai, Beto Pezão é um primo que ainda não conheço pessoalmente, pois sou de Santos-SP, mas quando for a Sergipe vou conhecer pessoalmente.

    Estes bonecos tem os pés grande devido a quando iam ser vendidos em Penedo-AL na outra margem do Rio São Franscico e devido a inclinação do cais e os ventos fortes derrubavam e quebravam facilmente os bonecos de pés pequenos, dai o Pezão pra dar arrimo.

    Miguel Freitas.

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