Engana-se quem acha que esses barões midiáticos e seus asseclas são contra o PT, contra a Dilma ou contra o Lula.
Na ponta do lápis, eles não têm motivos palpáveis para odiarem dessa forma a presidenta e o ex-presidente a ponto de tramarem um golpe de estado.
Então, por que essas pessoas nutrem e esparramam essa raiva toda? O que eles fizeram de tão prejudicial aos interesses dessa turma que merecesse todo esse ódio? Por acaso confiscaram concessão, taxaram as fortunas, cobraram o imposto sonegado, cortaram verbas publicitárias, censuraram, fecharam empresas, quebraram bancos? Não, e muito pelo contrário. O governo Lula salvou ( aí está o ovo da serpente) a Globo da concordata, concordata essa provocada pelo seu protegido, FHC. Hoje em dia os Marinhos estão mais bilionários ainda, os três.
Então o que acontece com essa gente? Por que, novamente, tanto ódio?
A meu ver, só existe uma resposta: o PT ousou confrontá-los com seus pecados, medos, frustações e mentiras. Expos as suas incoerências, egoísmos, ascos e hipocrisias. Desnudou-os diante da nação. Quebrou o “status quo”.
Como? Resgatando a dignidade, a autoestima e a confiança do povo. Devolvendo a cidadania aos pobres e miseráveis.
Isso incomodou a essas pessoas, pois rompeu o mito de que o brasileiro é preguiçoso, indolente, incapaz, desinteressado e ladino. E esse mito é o que mantinham, e mantem, as pessoas quietas nos seus cantos. Sem forças para reagir diante das injustiças. Antes era rezar e beber. Esperança de um futuro diferente era zero.
Os da casa-grande sempre tiveram pavor dos seus escravos. Só através de castigos corporais e leis rigorosas conseguiam mantê-los sob seu domínio. E apesar de todas as atrocidades cometidas esses antigos senhores não tinham problema de consciência, dormiam tranquilamente. A religião lhes dava respaldo espiritual. Preto não tem alma. Preto não é gente. Preto é marcado por Deus, etc.. E de tanto repetir essa ladainha o próprio preto acreditava no seu destino. Foram trezentos anos de escravatura.
E essa elite atual tem o mesmo comportamento. Lá fora, nos países desenvolvidos, a maioria sabe que o Brasil é o país da desigualdade. Sabe, por exemplo, que morriam trezentas crianças por dia de fome(dados de 2000).
E, não raro, o estrangeiro perguntava se eles (a elite)não se sentiam envergonhados, constrangidos. A resposta era não. E justificavam : o brasileiro é preguiçoso, indolente…e tudo mais que foi escrito acima. E também dormiam tranquilamente.
O FHC constantemente em suas viagens passava essa imagem do povo. Era o caipira (palavras dele), no sentido pejorativo. Belo representante de uma nação.
A empregada doméstica, até recentemente tratada como algo pertencente à casa, só agora teve o reconhecimento profissional. E por isso jorrou preconceito nas redes sociais. Um absurdo.
É duro para essa elite e pseudo-elite aceitar que o porteiro do prédio tenha carro. Ver o filho do pedreiro se formar. Ver o trabalhador recusar salários miseráveis. Encontrar a baba em NY. O manobrista no aeroporto. Ouvir o cidadão comum questionar suas mazelas. Ver o outro progredir.
A perda do poder sobre a “massa” incomodou. Por esta razão esses elementos querem retornar ao status de 15 anos atrás. E para conseguir esse objetivo só fomentando o ódio. E um golpe escravocrata.
Eles são contra o que esses dois fizeram pelo país. Eles serão contra qualquer partido ou político que fizer a mesma coisa. Eles são contra o progresso do país. O bem-estar da população.
Só alguém sendo muito inocente ou ter muito ódio da Dilma para achar que esse bando de vendidos é contra o governo federal porque é contra a corrupção. E mais tosco será que achar que eles querem o bem do Brasil.
Pois, se há um representante do “bolivarianismo”(o “bolivarianismo” difundido pela Globo) aqui no Brasil, esse representante é a mídia. Usam os mesmos argumentos, subterfúgios, jogos de palavras, mentiras para induzir aos que não têm ódio a terem ódio.
E quanto à repulsa em relação ao PT, à Dilma e ao Lula é a mesma situação de um assassino profissional diante de sua vítima: não é nada pessoal.
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