Em 1927, Patrício Teixeira gravou, de Donga e João da Bahiana, o samba DONA CLARA (Não te quero mais), disco Odeon nº 10.084-a.
Em 1928, Benício Barbosa gravou também o samba NÃO TE QUERO MAIS, da autoria de Dário A Ferreira, lançado pela Parlophon com o número 12865-B, o que nos levaria a uma suposição de que seriam dois sambas diferentes, com nomes iguais.
Absolutamente não é isso. O samba interpretado por Benício Barbosa possui a melodia absolutamente igual à melodia de Dona Clara, que fora gravado por Patrício Teixeira um ano antes.
Essa segunda gravação tem predominância instrumental e uma pequena letra absolutamente diferente da letra de Dona Clara, que cita Exu, Xangô, Ogum, Oxalá e fala em macumba e feitiço. Há que se frisar que a gravação atribuída a Dário Teixeira, de 1928 e interpretada por Benício Barbosa tem a participação da Orquestra Típica Pixinguinha-Donga.
Sinceramente não consigo atinar no que ocorreu. Simples plágio não foi, uma vez que essa gravação foi realizada com a Orquestra que levava inclusive o apelido do compositor Ernesto dos Santos, que, por óbvio, dela participava.
Seria o caso de venda do samba? Estranho também porque interpretado somente um ano após a gravação de Dona Clara.
O pesquisador Samuel Machado Filho aventa a possibilidade de Dário A. Ferreira ser um pseudônimo. Não sei. Consta como autor, além do samba referido, de Candomblé e Não Te Quero Mal. Vamos desvendar esse mistério?
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A de 27 tem letra mais
A de 27 tem letra mais autentica, Luciano. Mas mesmo considerando a enorme diferenca de vocabularios, eu diria que a mesma pessoa escreveu ambas. A razao eh que a de 27 eh na-sua-cara a respeito do assunto do qual trata, e a de 28 eh toda comportadinha. Ta com cara que foi exigencia da gravadora -uma vez que o autor trocou de gravadoras no meio tempo- e a letra original foi modificada para maior aceitacao no mercado.
Nao haveria perigo de acusacao de “plagio” dessa maneira.
Ao amigo Ivan!
Interessante é que, nesse tempo todo, essa lebre não havia sido levantada, né mess?
Aí vai mais uma interpretação do Benício Barbosa, em dueto com Henrique Chaves!
[video:http://youtu.be/419bBnjlHc4%5D
A primeira “cita Exu, Xangô,
A primeira “cita Exu, Xangô, Ogum, Oxalá e fala em macumba e feitiço”. Quem sabe, mudaram a letra por isso, Luciano.
Amigo Jair!
A mudança da letra é de somenos importância. Várias e várias composições posuem mais de uma letra porém o criador da melodia é preservado. O cerne da questão é que os compositores João da Bahiana e Ernesto dos Santos (Donga), simplesmente desapareceram. Um ano após ter sido gravada por Patrício Teixeira, aparece em gravação de Benício Barbosa, com um simulacro de letra e apareecendo como compositor outra pessoa totalmente diferente…
Mistéeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeerioooooooooo!!!!!!