Clipping do dia

As matérias para serem lidas e comentadas.

Luis Nassif

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  1. Brasil assina com FMI acordo que disponibiliza mais de US$ 41 bi

    Ministério da Fazenda—Notas Oficiais—13/11/1998

    O ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o presidente do Banco Central, Gustavo Franco, assinaram hoje um ofício dirigido ao diretor do Fundo Monetário Internacional, Michel Camdessus, encaminhando um Memorando de Política Econômica, baseado no Programa de Estabilidade Fiscal do governo brasileiro, que visa reequilibrar as contas públicas, assegurando a normalidade das relações financeiras com o exterior e superando as ameaças trazidas pela crise financeira mundial .

    Aprovado o memorando pela diretoria colegiada do Fundo, o Brasil ficará habilitado a sacar junto àquela instituição – da qual faz parte como país-membro – o equivalente a 600% de sua cota, que correspondem aproximadamente a US$ 18 bilhões. Deste total, 70% virá dentro do mecanismo de reserva suplementar (SRF) e 30% dentro do tradicional sistema stand-by (SBA). Esta combinação permite uma maior e mais imediata disponibilidade de recursos do que seria viabilizada apenas por um acordo stand-by tradicional.

    A formalização do Memorando de Política Econômica, que substitui as antigas “cartas de intenção”, abre caminho para que o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento recomendem às suas diretorias a aprovação de uma provisão adicional de créditos para apoiar o programa brasileiro da ordem de US$ 9,0 bilhões, sendo 50% de cada uma das instituições multilaterais.

    Ao formalizar o compromisso de gerar – dentro do ambiente de reformas estruturais da economia – superávits primários de 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 1999, 2,8% em 2000 e 3% em 2001, o governo brasileiro abriu caminho também para ter à sua disposição uma facilidade adicional de crédito de aproximadamente US$ 14,5 bilhões, proveniente dos governos de um grande número de países industrializados que estão apoiando o esforço brasileiro, sob coordenação do Banco de Compensações Internacionais (BIS).

    O entendimento com a comunidade financeira internacional disponibilizará para o País mais de US$ 41 bilhões, dos quais cerca de US$ 37 bilhões poderão estar disponíveis, se necessário, ao longo dos próximos doze meses. Deste total, US$ 9 bilhões estarão disponíveis imediatamente quando da aprovação do programa pelo Fundo. Outra parcela do mesmo valor poderá estar disponível, no início de 1999, mesmo antes da primeira revisão trimestral do acordo, por solicitação do governo brasileiro através de um novo mecanismo denominado “parcela antecipável” (floating tranche), que pode ser utilizada se o programa estiver se desenvolvendo conforme o previsto.

    O programa acertado com o FMI, Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento e BIS inclui, além das metas fiscais, compromissos com a estabilidade macroeconômica, com a manutenção de uma firme disciplina monetária e da atual política cambial, bem como com a continuação da abertura econômica. O programa baseia-se no forte ajuste fiscal que o Brasil já está implementando este ano, bem como nas reformas constitucionais da Previdência, da Administração Pública e do regime fiscal, incluindo a do sistema tributário….
    URL:
    http://www.fazenda.gov.br/divulgacao/noticias/1998/r981113/?searchterm=fmi
     

  2. 6 notas para compreender o que acontece na Ucrânia

    Esquerda.net

    http://www.esquerda.net/artigo/6-notas-para-compreender-o-que-acontece-na-ucrânia/31448

     

    Nos últimos 3 dias pelo menos 86 pessoas morreram na praça central de Kiev e nos seus arredores. O que causou este banho de sangue?

    Artigo de Alberto Sicília em Kiev, publicado no blogue Principia Marsupia

    Antes de responder à pergunta, permitam-me retroceder umas semanas para recordar qual era a situação na praça.

    No final de novembro, milhares de manifestantes tomaram o centro de Kiev, instalaram um acampamento e protegeram-no com uma espetacular fortificação de barricadas.

    Durante dois meses a situação permaneceu “relativamente” estável (comparada com o que ocorreu nas últimas horas). Os polícias anti-motim esperavam no outro lado das barricadas e davam-se confrontos entre os dois lados, mas o território controlado pelos manifestantes e pela polícia permanecia mais ou menos estável.

    Quando visitei Kiev há três semanas escrevi um post com o título “O que ocorre na Ucrânia?” Talvez seja útil como complemento a este.

    Quando começou a onda de violência sem controle?

    Nesta terça-feira, os manifestantes começaram a marchar para o Parlamento, que se encontra a cerca de trezentos metros da sua última barricada.

    Os Berkut, as forças especiais da polícia, bloquearam o possível assalto ao Parlamento e lançaram um contra-ataque para tomar o acampamento.

    Nessa noite morreram pelo menos 26 pessoas entre manifestantes e polícias.

    De manhã, os polícias anti-motim tinham conquistado metade do acampamento.

    Aqui têm duas fotografias para compreender qual era a situação antes e depois da noite de batalha.

    A) Situação da praça até terça-feira à tarde: ocupada pelos manifestantes como esteve durante os dois meses anteriores. (Fiz a foto há três semanas).

    B) Situação da praça na quarta-feira de manhã: a polícia controla metade.

    Bom, então na quarta-feira de manhã a polícia tinha controlada metade do acampamento. E depois o que se passou?

    Durante a quarta-feira a situação permaneceu estável. Os anti-motim desmontavam as barricadas da zona que tinham conquistado enquanto, a poucos metros, os manifestantes gritavam que não retrocederiam mais.

    O inferno aconteceu às dez da manhã de quinta-feira. Em poucos minutos pelo menos 60 pessoas morreram e centenas ficaram feridas.

    Os anti-motim tiveram que retroceder e abandonaram as posições que tinham recuperado apenas um dia antes.

    (Devo reconhecer que nessa manhã apanhei um susto).

    3 dias e 86 mortos depois, cada lado voltou às suas posições iniciais. A tragédia e o absurdo.

    E aqui quem são os bons e quem são os maus?

    Não creio que haja irmãs da caridade em nenhum dos dois lados. Os confrontos (pelo menos os que eu presenciei) foram entre bárbaros e bárbaros: linchamentos, balas reais, franco-atiradores.

    Alguns meios de comunicação dizem que todos os manifestantes são de extrema direita, é verdade?

    Há muitos militantes de extrema direita. Fotografei vários desses grupos para este outro post. Mas dizer que são a grande maioria parece-me erróneo. Basta descer à praça e falar com as pessoas.

    Conheci bastantes manifestantes que estão simplesmente fartos dos partidos políticos, cansados da corrupção e da falta de oportunidades.

    É certo que o número de moderados desceu notavelmente nos últimos dias: após verem morrer dezenas de pessoas, muita gente razoável preferiu não arriscar e voltou para casa.

    Os que ficam sabem que se estão a arriscar a vida em cada momento. E claro, para isso os extremistas são mais fáceis de convencer. Um deles dizia-me anteontem: “Ou vêm com os tanques e passam-me por cima ou eu não me movo daqui até que Yanoukovich se demita”.

    Alguns jovens universitários que conheci na praça há 3 semanas disseram-me que têm demasiado medo e que por isso se foram embora.

    Isto é uma batalha entre a Rússia e o Ocidente?

    No conflito da Ucrânia sobrepõem-se batalhas a vários níveis:

    A) É um conflito entre a Rússia e o Ocidente pela sua influência na Ucrânia.

    B) É um conflito nacional entre Yanoukovich e a oposição pelo controle do país.

    C) É um conflito social entre os políticos e os cidadãos que não se sentem representados nem pelo presidente nem pela oposição.

    D) É um conflito civil entre grupos da extrema direita nacionalista e a população de língua russa da zona leste do país e da região autónoma da Crimeia. (Este ponto está explicado de forma mais extensa no final deste outro post).

    Quanto mais tempo passo na praça, quantos mais argumentos escuto, mais complicada me parece esta história.

    NOTA: Continuo na praça de Kiev e durante todo o dia vou publicando no Twitter as cenas com que me deparo.

    Artigo deAlberto SicíliaemKiev, publicado no blogue Principia Marsupia. Tradução de Carlos Santos para esquerda.net

  3. Programa de Recompra de Títulos da Dívida Pública Externa

    Brasil decide recomprar US$ 6,64 bilhões da dívida externa e pode reduzir dívida externa em 12%
    23/02/2006 – 14p2—Stênio Ribeiro e Daniel Merli/Repórteres da Agência Brasil

    Brasília – O Tesouro Nacional anunciou que vai recomprar, antecipadamente, US$ 6,64 bilhões de títulos da dívida externa brasileira. Serão resgatados os títulos de tipo Brady – batizados assim por terem sido emitidos como parte de um plano de Nicholas Brady, secretário de Tesouro dos Estados Unidos em 1989. O chamado Plano Brady era uma forma do governo dos Estados Unidos apoiar a renovação de títulos dos governos latino-americanos que haviam feito uma moratória de sua dívida externa – entre eles, Brasil e México.

    O programa do governo brasileiro é, agora, recomprar os Bradies até o próximo dia 15 de abril. Segundo o secretário brasileiro do Tesouro, Joaquim Levy, o resgate antecipado de títulos fará a União economizar US$ 365 milhões em gastos de juros.

    Com a medida, o Tesouro complementa uma série de medidas que pode reduzir em cerca de 12% a dívida externa brasileira – de US$ 183,151 bilhões, em setembro, para US$ 161,973 bilhões, ao final da compra dos Bradies.

    A redução foi alcançada com o pagamento dos empréstimos com o Fundo Monetário Internacional (FMI), de US$ 15,5 bilhões, e com o Clube de Paris – grupo de bancos privados –, no valor de US$ 815 milhões. Também foram quitados US$ 1,5 bilhão do título Global 2006 e foram recomprados de US$ 774 milhões em outros títulos da dívida externa.

    O dinheiro para recomprar os Bradies virá das reservas internacionais – conta em dólares do Banco Central usada para quitar compromissos externos. Atualmente, as reservas brasileiras estão em quase US$ 57 bilhões, segundo nota do Ministério da Fazenda.

    As medidas consolidam a dívida interna como maior débito da União. Com o pagamento e recompra de títulos, dívida externa pode ficar em torno de R$ 347,91 bilhões, pela cotação atual do dólar. Já a dívida interna estava em R$ 984,93 bilhões no mês de janeiro.

  4. Lula e a decisão de quitar dívida com FMI

    Decisão de quitar dívida com FMI mostra que Brasil ”é dono do seu nariz”, diz presidente

    15/12/2005 – 15p4—Carolina Pimentel/Repórter da Agência Brasil

    Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (15), no almoço de confraternização com oficiais-generais das Forças Armadas, que a decisão do governo de quitar a dívida de US$ 15,5 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI) mostra que o Brasil é “dono do seu nariz”.
    “Devolvemos o dinheiro para mostrar ao mundo e ao mercado que este país tem governo e é dono do seu nariz, e a gente vai errar ou acertar da nossa cabeça, pela nossa consciência e pelas nossas tomadas de decisão”, afirmou o presidente.

    Na terça-feira (13), o Ministério da Fazenda antecipou o pagamento da dívida brasileira de US$15,5 bilhões com o FMI, que se refere a parcelas que seriam pagas pelo Brasil em 2006 e 2007.

    Lula disse também que o país tem condições de financiar suas importações sem ajuda do FMI ou de qualquer outro organismo internacional. Ele afirmou que, para o Fundo, seria interessante o Brasil continuar mantendo um acordo.
    “Parecia improvável, impossível, em tão pouco tempo, que o Brasil pudesse tomar uma decisão de não querer repetir acordo com o FMI”, disse o presidente.
     

    URL:

    http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2005-12-15/decisao-de-quitar-divida-com-fmi-mostra-que-brasil-e-dono-do-seu-nariz-diz-presidente

  5. Pichação na sede do PT de

    Pichação na sede do PT de Porto Alegre escancara sequestro dos protestos pela direita

     
    Por Erick da Silva

    Algumas vezes, um aparente pequeno e isolado ato pode ser emblemático para nos ajudar a compreender um processo conjuntural mais amplo e complexo.

    Desde as chamadas “jornadas de junho”, o rumo das manifestações passaram por inúmeras transformações e neste inicio de 2014, avizinha-se uma migração definitiva para um outro caráter político, bastante distinto de uma perspectivava de esquerda. Não pretendemos aqui uma analise conclusiva e definitiva, mas as ações dizem muito.


    Em Porto Alegre, na quinta-feira (20/02), o coletivo “Bloco de Luta pelo Transporte Público” realizou protesto em Porto Alegre que tornou nítido o caráter político que as manifestações podem estar assumindo. Poucas centenas de pessoas protestaram, entre outras pautas, contra a realização da Copa do Mundo.

    Mas não é o mote do “Não vai ter Copa” que se apresentou como “novidade” neste protesto. Ao marcharem pelas ruas da cidade, o grupo passou na frente do diretório do PT de Porto Alegre, embalado por vaias e palavras de ordem contra o PT, um “mascarado” pichou a frase “Dilma = Maduro” na fachada da sede, em clara referência aos protestos na Venezuela.

    Um novo golpe de Estado está sendo gestado na Venezuela, (veja aqui), pretendem derrubar o presidente Nicolás Maduro, democraticamente eleito. Ao pichar a frase “Dima = Maduro”, explicitou a intenção de alguns com relação aos protestos: derrubar o governo Dilma.

    Ainda que aparentemente tenha sido uma ação “isolada” – conforme relatam integrantes do Bloco nas redes sociais, ela é significativa da mutação política que ocorre nestes tipos de protesto. É pouco provável que os integrantes da vanguarda do Bloco de Lutas tenham nos protestos golpistas contra a revolução bolivariana uma referência política. No entanto, o que é inegável é o crescimento de elementos nitidamente conservadores no bojo dos protestos. Não é algo que já não tenha ocorrido em junho, no entanto, frente aos acontecimentos políticos com nossos vizinhos venezuelanos, a situação exige uma atenção redobrada. A frase escancara o sequestro dos protestos pela direita.

    A presença da direita nos protestos não se ocorre apenas de maneira organizada, pelos seus diferentes grupos, mas também é fruto da ação espontânea e despolitizada de alguns. Protestos que, em essência são multifacetados, sem uma pauta política “classista” mais definida, com uma agenda política difusa e pouco organizativa, permitem que uma parcela deste ativismo espontâneo, organizado em rede, seja “sequestrado” de uma perspectiva transformadora e levados para a direita. Pautas como “combate a corrupção” e “democracia” são exemplos claros de como uma agenda “progressista” pode facilmente ser penetrada pelo conservadorismo.


    Dima = Maduro

    A frase pichada é emblemática e correta. Dilma é igual a Maduro. Não pelos seus governos e posturas políticas, que guardam inúmeras e notáveis diferenças. Dilma e Maduro são iguais pelo que representam. Ambos os governos dão continuidade a um processo de integração latinoamericana que busca um caminho autônomo e posneoliberal, que se iniciou em 1998 com a eleição de Hugo Chávez na Venezuela e com a de Lula no Brasil em 2002, seguindo com a vitória eleitoral de inúmeros governos progressistas na América do Sul.

    Frente a ausência de uma oposição consistente, com condições de derrotar eleitoralmente, o golpismo torna-se a opção adotada por setores que almejam o regresso aos tempos de subordinação ao capital internacional, ao imperialismo e aos privilégios para poucos dos tempos de governos neoliberais.

    As recentes pesquisas eleitorais apontam para uma grande possibilidade de vitória ainda no primeiro turno da presidenta Dilma. Os protestos contra a copa podem ser a tão sonhada “bala de prata” da oposição para derrotar a candidata petista, como bem observou Flávio Aguiar, “Ao invés de apostas programáticas – já que os verdadeiros programas de direita no Brasil são inconfessáveis pelos candidatos, embora existam –, só lhes resta apostar nos antiprogramas, nas catástrofes políticas e sociais possíveis e imagináveis. E nas inimagináveis também.”

    Conseguirá se consolidar o sequestro dos protestos pela direita é uma questão ainda em aberto. A própria capacidade de mobilização dos protestos está em xeque. Ser crítico ou radicalmente contrário a Copa do Mundo, ou defensor da mesma não é, por si só, um ponto de clivagem que determina a posição política como mais de “esquerda” ou de “direita”. É um debate necessário, complexo, mas que não é, de nenhuma forma, pontualmente definidor. A necessidade de se politizar a “voz das ruas” é difícil e necessária. Uma saída possível é uma aposta na rearticulação dos movimentos sociais “tradicionais” (CUT, MST, UNE, etc.) em uma agenda de mobilizações por pautas que dialoguem com as necessárias mudanças no Brasil, como a do Plebiscito da Reforma Política. Tornar o tema da Reforma Política uma agenda com uma efetiva mobilização social pode ser um bom caminho, mesmo com as evidentes dificuldades conjunturais.

    Disputar “corações e mentes” para evidenciar que está em jogo, na conjuntura nacional e internacional, vai muito além da realização da Copa é uma tarefa que se impõe. No ano que se completam 50 anos do golpe militar, não podemos permitir que lutas legitimas sejam transformadas em instrumento para golpismos.
    em 2/21/2014

     

    1. E tem gente, inclusive Luis

      E tem gente, inclusive Luis Nassif, dono do blog, sujeito que respeitamos ao máximo, que ainda acha que os marchadeiros de junho contribuiram para a democracia no país. É uma opinião…Mas cada vez mais os fatos decorrentes da dinãmica social provam que não…Em verdade vivenciamos um retrocesso desde junho de 2013.

      1. ESSA REFORMA POLÍTICA TEM QUE SAIR JÁ

        É DISSO QUE PRECISAMOS NO MOMENTO! 

        FICAR PROTELANDO A REFORMA POLÍTICA ELEITORAL VAI ACABAR HAVENDO UMA CONVULSÃO SOCIAL CHAMADA BLACK BLOCS. 

        OS JOVENS ESTÃO NAS RUAS, MAS TEM GENTE GRANDE PRA NÃO FALAR VELHO, QUE ALIMENTA ESSA ANOMALIA HUMANA – INCAPAZ DE ENXERGAR OS PROCESSOS SOCIAIS DEMOCRÁTICOS. OS BLACK BLOCS VÃO ALÉM DA MASSA DE MANOBRA. VA VISÃO DELES, NÃO SE CONFORMAM COM A LENTIDÃO DA JUSTIÇA, POIS ELA É A GRANDE RESPONSÁVEL PELAS DESIGUALDADES NOS E DOS SERVIÇOS PÚBLICOS.

        PRECISA HAVER DIÁLOGO IMEDIATAMENTE. 

        O BLACK BLOCS QUEREM RECONHECIMENTO POLÍTICO. ENTÃO QUE O GOVERNO FAÇO O DIÁLOGO COM SEUS REPRESENTANTES. 

        QUE SE FAÇA UM ENTENDIMENTO, PROJETOS, CONSTRUÇÕES, ESCOLAS EMPREGO ETC…

        O QUE NÃO PODE E FICAR ASSISTINDO O CIRCO PEGAR FOGO 

    2.  
      Já cansei de comentar aqui

       

      Já cansei de comentar aqui (e noutros espaços), não adiatA twittar ou achar que este é um movimento apartidário e idealista .

      A Dilma teria que responder politicamente a estes vândalos, que ela indique o Ciro Gomes (ou o Requião) para que diariamente requisitem espaços nas emissoras de TV e explique didaticamente que todos os grandes países sempre almejaram organizar um evento do porte de uma Copa do Mundo e que a que será realizada aqui no Brasil em 2014 trará bilhões de dólares de lucro através do turismo e através de todo processo econômico envolvido na organização do evento.

      Alguém do governo tem que escancarar que este movimento está sendo manipulado ( as vezes organizados) por politiqueiros oposicionistas .

      Não adianta utilizar APENAS o twitter para discursos românticos sobre manifestantes pacíficos .

      A RESPOSTA TEM QUE SER DURA E POLÍTICA !!

  6. 30 anos da crise da dívida externa

    O Globo Economia

    2005—Dívida quitada

    Lula e o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, anunciam que o governo não renovou empréstimo com o FMI. —-Foto: Jamil Bittar/Reuters

    O governo brasileiro não renova o empréstimo feito em 2002 e, no fim do ano, quita o restante da sua dívida de US$ 15,5 bilhões, livrando-se da cartilha de exigências do Fundo

    Como o Brasil passou pelo setembro negro de 1982, quando o país chegou ao fundo do poço e era visto pelo sistema financeiro internacional como o ‘próximo a quebrar’.

        1973—Primeira crise
        1979—Segunda crise
        1981—Recessão no Brasil
        1982—Moratória mexicana
        1982—Pacote do FMI não vem
        1982—Brasil pede ajuda ao FMI
        1987—Sarney anuncia moratória
        1994—Plano Brady
        1995—Volta ao mercado
        2002—Empréstimo do FMI
        2005—Dívida quitada
        2009—Brasil credor
        2012—Novo aporte brasileiro

    1973—Primeira crise

    Capa do Globo em 18/10/1973. Foto: Reprodução

    Primeira crise do petróleo exige dos governos no mundo grandes ajustes, mas o Brasil preferiu continuar crescendo com empréstimos externos. A dívida externa chegou a US$ 12,6 bilhões no fim daquele ano.

    1979—Segunda crise

    Para contornar a crise do petróleo, surge a bicicleta de 20 lugares. Foto: Reprodução

    O início da segunda crise do petróleo com a revolução do Irã leva os preços a dispararem novamente, mas, diferentemente da primeira crise, essa é mais prolongada, por isso a dívida brasileira começou a disparar

    1981—Recessão no Brasil

    Brasil tem seu primeiro ano de recessão desde o “milagre” diante da queda do preço das commodities e restrição maior de liquidez no mundo, consequência da elevação da taxa de juros dos EUA, ameaça o fluxo de recursos no mercado internacional

    Agosto de 1982—-Moratória mexicana

    Foto: Arquivo O Globo

    Diante da restrição de crédito externo, o México, que também crescia com base em empréstimos externos, decreta moratória e coloca em risco todas as economias em desenvolvimento do mundo

    Setembro de 1982—–Pacote do FMI não vem

    Reunião do FMI, em Toronto. Foto: Reprodução

    Reunião do FMI em Toronto não define um esperado pacote de ajuda aos países subdesenvolvidos. Nesse encontro, o governo brasileiro descobriu que estava no topo da lista de apostas do país que seria o próximo a quebrar

    Dezembro de 1982—–Brasil pede ajuda ao FMI

    Reunião de enviados do FMI com autoridades brasileiras, no Planalto. Foto: Jamil Bittar / Agência O Globo

    O governo brasileiro procura formalmente o FMI em busca de um pacote de ajuda e chama todos os seus credores para renegociar os pagamentos programados. A dívida externa chega a US$ 83,2 bilhões, com US$ 13 bilhões vencendo em até um ano

    1987——Sarney anuncia moratória

    Sarney anuncia a suspensão temporária do pagamento dos juros da dívida externa. Foto Gustavo Miranda / Agência O Globo

    O presidente José Sarney anuncia a moratória da dívida externa, que já superava os US$ 10 bilhões, interrompendo negociação iniciada em 1986.

    1994—–Plano Brady

    Nicholas Brady, Secretário do Tesouro dos Estados Unidos. Foto: Reprodução

    Em abril, o governo adere ao Plano Brady, transformando sua dívida externa com credores privados em títulos negociáveis com prazos e condições financeiras mais favoráveis ao Brasil do que nos contratos anteriores

    1995—-Volta ao mercado

    Depois de quinze anos ausente, o Brasil volta ao mercado internacional de capitais lançando os bônus negociáveis

    2002–Empréstimo do FMI

    Pedro Malan, durante entrevista coletiva sobre o acordo fechado com o FMI. Foto: Arquivo O Globo

    Diante da turbulência internacional, o governo brasileiro volta ao FMI em setembro e recebe empréstimo de US$ 41,75 bilhões, que os candidatos às eleições presidenciais daquele ano se comprometeram a pagar

    2005—–Dívida quitada

    Lula e o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, anunciam que o governo não renovou empréstimo com o FMI. Foto: Jamil Bittar/Reuters

    O governo brasileiro não renova o empréstimo feito em 2002 e, no fim do ano, quita o restante da sua dívida de US$ 15,5 bilhões, livrando-se da cartilha de exigências do Fundo

    2009—-Brasil credor

    Durante a crise internacional, o Brasil é convocado para aumentar sua participação no FMI, de US$ 10 bilhões para US$ 14,5 bilhões, em um esforço mundial para salvar os países em dificuldades financeiras e passa a ser credor do organismo

    2012—-Novo aporte brasileiro

    A presidente Dilma Rousseff recebe Christine Lagarde, Diretora-geral do FMI. Foto: Gustavo Miranda/Agência O Globo

    O Brasil é novamente convocado pelo FMI para fazer um aporte adicional para ajudar os países em dificuldades na zona do Euro, mas coloca como condição uma participação mais efetiva dos países em desenvolvimento nas decisões do Fundo

    URL:
    http://oglobo.globo.com/infograficos/divida-crise/

     

  7. Luis Nassif, Precisamos de

    Luis Nassif,

     

    Precisamos de suas análises sobre o “jovem” Aécio Neves. Até meados do ano passado nós, seus leitores viamos um certo ânimo seu com a candidatura do Senador do PSDB. Sabemos que seu papel como jornalista é o de desanuviar, num quadro em que o PIG, sim o PIG ou aquilo que você chama de velha mídia com extrema condescendência , majoritariamente defenestrou o Serra e optou pelo jovem senador  senhor de platitudes e que mais vive no RJ que em Minas. No entanto lá pelos inícios de 2013 você nos surpreendia com análises sobre o Aécio, sobre a administração de Minas Gerais, talvez querendo criar um contraponto ao Serra, seu desafeto.

    O atual estado da República em Minas Gerais, com o MP servil ao playboy do Baixo Leblon, com jornalistas presos, sem que haja nenhuma movimentação no CNMP ou de outras autoridades operadoras do Direito, me parece que fez você repensar algo que achava ser factível, ou seja Aécio no lugar de Dilma Rousseff. Aécio nos blogs parece estar acima das leis. Nos jornalões do PIG, seus desmandos são invisíveis.

    Daí porque intuindo que você já reviu suas posições sobre o Senador Aécio Neves, mas também intuindo que tenha receios prá lá de bem fundamentados no sentido de evitar carimbos partidários,  mesmo assim (rsrsrsrs), acho que está nos devendo esta sua revisão de postura em um post, qual seja, de ter considerado em tempo relativamente curto do passado o Senador Aécio Neves como alternativa de poder e, hoje não mais. Claramente você mudou de posição a respeito do candidato do PSDB à Presidência e até por isso, gostariamos de ler um post daqueles seus que nos fazem pensar e também retrucar você.

     

    E aí Luis Nassif? Aécio Neves para você continua sendo alternativa ao PT ou é mais um mergulho na instabilidade institucional como Collor foi no início dos 90?

     

    abs!

     

  8. Programa de Resgate Antecipado da DívidaPública Federal Externa

    —-Programa de Resgate Antecipado usualmente envolve menores volumes financeiros por operação e possui um caráter mais frequente, sendo executado pelo Tesouro regularmente desde janeiro de 2006.
    Em 2013, o resultado desse programa foi o resgate antecipado, em valor de face, de US$ 3,27 bilhões em títulos denominados em dólares, montante equivalente a US$ 4,57 bilhões em valor financeiro. O gráfico a seguir apresenta o impacto conjugado do Programa de Resgate Antecipado, em seus oito anos de existência, com as emissões regulares de títulos de referencia (benchmarks) de 10 e 30 anos em dólares——–vale mencionar o efeito do programa de resgate antecipado e da operação de gerenciamento de passivos, que juntos retiraram R$ 10,1 bilhões em títulos da DPFe de circulação, bem como o pré-pagamento de dívida contratual externa no valor de R$ 5,6 bilhões.—–

    O Tesouro Nacional realizou em outubro a emissão de um novo benchmark de 10 anos de referência denominado em USD, o Global 2025, no montante de USD 3,25 bi. Desse montante, US$ 3,2 bilhões foram colocados nos mercados europeu e norte-americano e US$ 50 milhões no mercado asiático. O título foi emitido ao preço de 99,521% do seu valor de face, o que resultou em taxa de retorno para o investidor (yield) de 4,305% com spread de 180 pontos-base acima do US Treasury de mesmo prazo de referência, 10 anos.
    Como meio de pagamento dos novos títulos emitidos, USD 1,55 bilhão foram recebidos em dinheiro e USD 1,72 bilhão em títulos externos já existentes em mercado. Adicionalmente, foram recomprados mais US$ 500 milhões de títulos já existentes com parte dos recursos em dinheiro obtidos com a emissão.—

    Dívida Pública Federal: Relatório Anual 2003— NÚMERO 11(53 páginas .pdf)—–Apresentação(.pdf-21 páginas)
    Ministério da Fazenda—Secretaria do Tesouro Nacional—Janeiro-2014

    —MENSAGEM DO MINISTRO DA FAZENDA
    O ano de 2013 começou com a expectativa de que seria um ano com muitos desafios, ainda reflexo do agravamento da crise internacional iniciada em meados de 2008. Além dessa necessidade de superar as dificuldades econômicas trazidas pelo cenário externo, havia a missão de reduzir as pressões inflacionárias e ampliar o volume de investimentos.
    Ao longo do ano, verificaram-se importantes mudanças no panorama dos países desenvolvidos. Em especial, vale citar o caso dos EUA, onde, a despeito da disputa política em temas fiscais, observou-se recuperação da atividade econômica e do mercado de trabalho. Prova disso foi o início da retirada dos estímulos monetários promovidos pelo Federal Reserve Bank já a partir de dezembro de 2013. Atrelado a esse abrandamento da crise internacional, observou-se evolução no nível de atividade econômica doméstica, em especial devido à recuperação da Formação Bruta de Capital Fixo. Para tanto, o Governo Federal adotou, ao longo de 2013, um conjunto de medidas que não só impactou o investimento neste ano, como deve continuar gerando efeitos positivos nos anos seguintes. Entre as ações adotadas pode-se citar o bom resultado dos leilões de concessão, como o do campo de Libra, dos aeroportos de Galeão (RJ) e de Confins (MG) e de várias rodovias. Esses leilões de concessão proporcionarão incrementos significativos nos investimentos em médio e longo prazo.

    Conjuntamente, a formação de capital foi favorecida pelo Governo Federal via amplas desonerações tributárias. A desoneração da folha de pagamentos, iniciada em 2012 e cujos benefícios já atingiram mais de 40 setores da economia, e o programa de redução da tarifa de energia elétrica são exemplos de medidas adotadas nesse campo. Essas ações não só geraram aumento da competitividade das empresas, como também permitiram ampliação da renda disponível das famílias.
    No mesmo sentido, a desoneração da cesta básica se soma aos esforços do Governo Federal para promover maior justiça tributária e social.

    Importante salientar, ainda, que as diretrizes e os fundamentos que têm guiado a política econômica nos últimos anos continuaram sólidos. Os compromissos com o controle da inflação, a manutenção do câmbio flexível e a geração de superávits primários consistentes foram mantidos.
    Conjugada a essa política econômica, a melhora da atividade produziu, em 2013, a despeito de um ambiente macroeconômico global ainda instável, o menor registro histórico da taxa de desemprego no Brasil, de 4,6%.

    Assim, em 2013 o Brasil concretizou importantes decisões que devem impulsionar os investimentos nos próximos períodos, sem que para isso tenha se descuidado das conquistas sociais alcançadas, do controle da inflação, de resultados fiscais salutares, do regime de câmbio flexível e da administração prudente do endividamento público, como podemos ver refletida neste Relatório Anual da Dívida Pública Federal.
    GUIDO MANTEGA—-MINISTRO DA FAZENDA

    —-Dívida Externa
    Em relação ao mercado externo, foi mantida a política de aumento da eficiência da curva de juros, na qual o Tesouro aproveita condições propícias de mercado para promover emissões qualitativas ou resgatar antecipadamente títulos que não são pontos de referência (benchmarks).
    Referente às emissões, foram realizadas duas ofertas públicas de títulos em dólares para o prazo de referência de 10 anos. A primeira, em maio de 2013, correspondeu à reabertura do título Global 2023, no valor de US$ 800,0 milhões, sendo US$ 750 milhões nos mercados europeu e norte-americano, e US$ 50 milhões no mercado asiático . O título foi emitido a uma taxa de 2,75% a.a., apenas 0,98 pontos percentuais acima do título do Tesouro americano com vencimento em fevereiro de 2023, menor diferença da história para esse tipo de emissão.(16)
    A segunda emissão externa, ocorrida em outubro de 2013, fez parte de uma operação de gerenciamento de passivo externo, que também retirou do mercado alguns papéis mais antigos, conforme detalha o Quadro 3(tabela6). O título emitido foi o Global 2025, novo ponto de referência de 10 anos da curva em dólares, cuja abertura proporcionou ao investidor uma taxa de retorno de 4,305% a.a., equivalente a um prêmio de 180 pontos-base sobre o título do Tesouro americano de mesmo prazo. A emissão atingiu um volume total de US$ 3,25 bilhões.

    Programa de Resgate Antecipado
    Assim como a operação de gerenciamento de passivos descrita no quadro anterior, o Programa de Resgate Antecipado busca o aprimoramento da curva de juros externa, retirando de circulação títulos que não refletem adequadamente o custo atual de financiamento da dívida externa, bem como aqueles que estão próximo ao seu vencimento, de modo a diminuir os riscos de refinanciamento dessa dívida. A diferença em relação a uma operação de gerenciamento de passivo é que o Programa de Resgate Antecipado usualmente envolve menores volumes financeiros por operação e possui um caráter mais frequente, sendo executado pelo Tesouro regularmente desde janeiro de 2006.
    Em 2013, o resultado desse programa foi o resgate antecipado, em valor de face, de US$ 3,27 bilhões em títulos denominados em dólares, montante equivalente a US$ 4,57 bilhões em valor financeiro. O gráfico a seguir apresenta o impacto conjugado do Programa de Resgate Antecipado, em seus oito anos de existência, com as emissões regulares de títulos de referencia (benchmarks) de 10 e 30 anos em dólares:
    Gráfico 13: Resultado da Estratégia Adotada para a DPFe entre 2006 e 2013

    O Tesouro Nacional realizou em outubro a emissão de um novo benchmark de 10 anos de referência denominado em USD, o Global 2025, no montante de USD 3,25 bi. Desse montante, US$ 3,2 bilhões foram colocados nos mercados europeu e norte-americano e US$ 50 milhões no mercado asiático. O título foi emitido ao preço de 99,521% do seu valor de face, o que resultou em taxa de retorno para o investidor (yield) de 4,305% com spread de 180 pontos-base acima do US Treasury de mesmo prazo de referência, 10 anos.
    Como meio de pagamento dos novos títulos emitidos, USD 1,55 bilhão foram recebidos em dinheiro e USD 1,72 bilhão em títulos externos já existentes em mercado. Adicionalmente, foram recomprados mais US$ 500 milhões de títulos já existentes com parte dos recursos em dinheiro obtidos com a emissão. A relação dos títulos aceitos pelo Tesouro na operação é apresentada no quadro abaixo:
    Tabela 6: Títulos comprados ou trocados na Operação 15(17)

    Os títulos relacionados na tabela acima fazem parte do programa de compra antecipada do Tesouro Nacional, por possuírem cupons elevados, não mais condizentes com a condição atual de financiamento soberano no mercado externo. Ao realizar a troca de vários instrumentos já existentes pelo novo título, o Tesouro Nacional permitiu aos investidores manterem seus níveis de exposição ao Brasil, já que o novo título emitido conta com um volume significante em mercado.

    Compra Antecipada de Dólares
    Outra prática utilizada pelo Tesouro Nacional para reduzir os riscos associados ao seu endividamento externo é a compra antecipada de dólares para pagamentos no curto e médio prazos.
    Ao longo de 2013, o Tesouro Nacional adquiriu em adiantamento US$ x,x bilhões, quantia esta que, somada às compras líquidas realizadas em anos anteriores e ainda não utilizadas, é suficiente para pagar 36,6% de toda a dívida externa a vencer até 2017. O gráfico a seguir apresenta o valor adquirido antecipadamente para cobrir os vencimentos da DPFe em cada ano, considerando o montante de dólares comprados até 31 de dezembro de 2013:
    Gráfico 14: Percentual de Dólares Adquiridos para Pagamento da DPFe*

    Impacto das Operações da Dívida Externa sobre o Fluxo de Dólares

    Quanto ao impacto no mercado de câmbio das operações do Tesouro Nacional como gestor da dívida externa, tem-se que, em 2013, a instituição foi responsável por um fluxo líquido de saída de dólares de aproximadamente US$ 5,1 bilhões, conforme descrito na Tabela 7. O saldo dessas operações é calculado pelo balanço líquido de resgates e emissões, bem como pelo resultado das operações relacionadas ao Programa de Resgate Antecipado da DPMFe e pela compra antecipada de dólares para pagamento de compromissos futuros.

    Estoque(18)
    O estoque da DPF encerrou o ano de 2013 em R$ 2.122,8 bilhões, dentro dos limites do PAF 2013. Em relação ao ano anterior, houve um aumento de 5,7%, sendo que os principais fatores dessa variação estão discriminados na Tabela 9, a seguir:

    No que se refere à DPMFi, houve aumento de R$ 111,4 bilhões em seu estoque, devido, em grande parte, à apropriação de juros (R$ 195,1 bilhões) que superou o resgate líquido (R$ 145,4 bilhões) do período. Some-se a isso o resultado das emissões diretas, no montante total de R$ 61,7 bilhões, compreendendo principalmente as operações realizadas em favor dos bancos públicos (BNDES e CAIXA) e aquelas referentes aos aportes à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

    Já a DPFe apresentou acréscimo de 3,7% em reais, passando de R$ 91,3 bilhões para R$ 94,7 bilhões. Em dólares, porém, esse passivo apresentou declínio de 9,5%, saindo de US$ 44,7 bilhões ao final de 2012 para US$ 40,4 bilhões em 2013. Com uma estratégia que privilegia atuações de cunho mais qualitativo no mercado externo, a variação registrada é consequência de emissão líquida no período, no montante de R$ 880,4 milhões, somada à apropriação de juros, que agregou mais R$ 22,9 bilhões ao estoque. Em contrapartida, vale mencionar o efeito do programa de resgate antecipado e da operação de gerenciamento de passivos, que juntos retiraram R$ 10,1 bilhões em títulos da DPFe de circulação, bem como o pré-pagamento de dívida contratual externa no valor de R$ 5,6 bilhões.

    Composição da DPF e Risco de Mercado
    Em 2013, o Tesouro Nacional deu continuidade à substituição de títulos vinculados a taxas de juros flutuantes(especialmente à taxa Selic), por dívida prefixada ou remunerada por índices de preços, avançando, dessa forma, na redução do risco de taxa de juros da DPF. Em comparação com o ano anterior, aumentaram a participação dos prefixados (de 40,00% para 42,02%) e a da dívida vinculada à inflação (de 33,87% para 34,53%). Em contrapartida, houve queda da parcela de flutuantes na DPF (de 21,73% para 19,11%), embora esta tenha encerrado o ano ligeiramente acima do limite superior de 19% definido no PAF 2013.
    Por fim, a dívida cambial apresentou pequena redução no período em análise, passando de 4,40% para 4,35%, valor que se situa dentro dos limites do PAF (entre 3% e 5%). Atualmente, essa parcela do endividamento está majoritariamente associada à dívida externa, que tem representado uma proporção relativamente estável no estoque total da DPF, na medida em que o Tesouro Nacional prioriza uma atuação mais qualitativa em sua gestão.
    A evolução da composição da DPF está associada diretamente à gestão de seu risco de mercado. Este diz respeito à possibilidade de elevação no estoque da dívida devido a flutuações nas variáveis econômicas que afetem os custos dos títulos públicos, tais como: alterações nas taxas de juros de curto prazo, de câmbio e de inflação, ou na estrutura a termo da taxa de juros. Nos últimos anos, a estratégia do Tesouro Nacional foi bem sucedida na redução desse risco, privilegiando-se a colocação de instrumentos de financiamento com custos menos voláteis.

    O Gráfico 15 ilustra que, ao final de 2013, a parcela da dívida resultante da soma de títulos prefixados e remunerados por índices de preços representava 76,55% do total, contra apenas 10% em dezembro de 2002. Nota-se uma evolução considerável nessa composição ao longo do tempo.
    Enquanto os prefixados trazem previsibilidade aos fluxos nominais da dívida, os títulos vinculados à inflação têm vantagens para a gestão de riscos, pois seu custo mostra maior estabilidade em termos reais e tende a ser positivamente correlacionado com as receitas governamentais. Além disso, esses títulos auxiliam no objetivo de prover alongamento do prazo médio da dívida.

    Importa mencionar que o mercado brasileiro de títulos com taxas de juros prefixadas ainda é caracterizado por instrumentos com prazo médio reduzido. Nesse ambiente, a estratégia do Tesouro procura evitar que a substituição de dívida a juros flutuantes (LFT) por prefixados de curto prazo resulte em aumento da parcela da dívida vincenda em 12 meses, pois tal estratégia não representaria uma redução relevante do risco de mercado.
    Diante de tal preocupação, um indicador mais conservador é o percentual da dívida sujeito à repactuação de taxas no curto prazo, isto é, o risco de repactuação. Seu objetivo é avaliar a exposição da DPF a aumentos de custo que decorram de variações na taxa de juros Selic. Para tanto, seu cálculo consiste na soma da parcela da DPF vincenda em 12 meses com o volume de títulos remunerados por taxas de juros flutuantes com prazo superior a 12 meses. Trata-se, portanto, da parcela da dívida que teria seu custo renovado ao longo de 12 meses em caso de alteração nas taxas de juros de curto prazo.
    O Gráfico 16 apresenta a evolução desse indicador ao longo dos últimos anos, mostrando que o Tesouro tem obtido sucesso em sua estratégia de gestão do risco de mercado. Os fatores favorá- veis nesse processo são o alongamento dos prefixados e a colocação das NTN-B, tipicamente de longo prazo, que também sinalizam para a existência de um mercado de renda fixa com considerável grau de desenvolvimento no país, uma base de investidores diversificada e um ambiente macroeconômico marcado pela estabilidade e confiança dos agentes.

    notas:
    (15)-Fonte: Banco Central
    (16)-Pelo mecanismo conhecido como green shoe , a emissão é realizada em horário compatível com os mercados norte-americano e europeu e o emissor se reserva o direito de reabri-la logo em seguida no mercado asiático, com volume e condições predeterminadas. Tal estratégia é especialmente benéfica para expandir a base de investidores, motivo pelo qual tem sido utilizada com frequência nas emissões soberanas brasileiras.
    (17)-O valor de face corresponde ao valor que impacta as estatísticas contábeis de estoque da DPF, enquanto o valor financeiro refere-se ao valor efetivamente gasto com a recompra, baseado nos valores de mercado dos títulos na época de cada operação.
    (18)-Os valores apresentados na tabela levam em conta o estoque apurado com base na taxa interna de retorno (TIR) média das emissões, que é usada como taxa de desconto para determinação do valor presente dos títulos. Esta metodologia é também utilizada para cálculo dos indicadores divulgados no Relatório Anual da Dívida. Por outro lado, os valores contábeis registrados no SIAFI consideram a metodologia por apropriação. Neste caso, faz-se a demonstração dos saldos de valores arrecadados (ou simplesmente reconhecidos) com os juros e deságios apropriados. Este enfoque se caracteriza por ser marcadamente contábil e atender às disposições da Lei 4.320/64, associadas às exigências complementares mais recentes dadas pelos Princípios Fundamentais de Contabilidade (Resolução n° 750/93). Base: Lei 4.320/64.

    URL:

    https://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt/publicacoes/relatorio-anual-da-divida

    https://www.tesouro.fazenda.gov.br/images/arquivos/artigos/Relatorio_Anu

  9. Uma pergunta intrigante e duas notícias correlatas :

    Por que a desgraceira da SECOM ainda não explicou diariamente e didaticamente ao povão que a Copa de 2014 trará grande lucro ao Brasil ?

     

    Será que a Dilma está esperando que os sabotadores internos e externos transformem o nosso Brasil numa Ucrânia, Egito ou Venezuela ?

     

    Ibope: aprovação ao governo Dilma cai de 43% para 39%

    : dilma

    Números são da pesquisa Ibope, realizada entre os dias 13 e 17 deste mês; conduta da presidente é aprovada por 55% dos brasileiros; margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais; aprovação ao governo Dilma apresenta resultados melhores na faixa etária superior a 55 anos (45%), entre os que tem escolaridade até a quarta série (50%) e renda de até um salário mínimo (49%); no Nordeste, a taxa chega a 51%

    21 de Fevereiro de 2014 às 18:27

     

    247 – O índice de aprovação ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) sofreu leve revés entre dezembro do ano passado e fevereiro deste ano, saindo de 43% para 39%, segundo pesquisa Ibope/Estadão feita entre os dias 13 e 17 deste mês. A conduta da presidente é aprovada por 55% (um ponto percentual a menos do que a pesquisa anterior) e desaprovada por 41%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

    O governo tem taxas mais baixas de aprovação entre o eleitorado com menos de 24 anos (35%), escolaridade superior (26%) e renda superior a cinco salários mínimos (34%). Em termos regionais, sua pior avaliação se concentra no Sudeste (33% de ótimo e bom) e no Norte/Centro Oeste (32%). A aprovação ao governo Dilma apresenta resultados melhores na faixa etária superior a 55 anos (45%), entre os que tem escolaridade até a quarta série (50%) e renda de até um salário mínimo (49%). No Nordeste, a taxa chega a 51%. O Ibope ouviu 2.002 eleitores em 141 municípios.

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    Polícia convoca manifestantes a depor em dia de protesto em SP

    : SÃO PAULO,SP,18.06.2013:PROTESTO/PASSE LIVRE/SÉ - Manifestantes em frente a Prefeitura de São Paulo durante protesto contra o aumento das passagens em São Paulo (SP), nesta terça-feira (18), organizado pelo Movimento Passe Livre. Este é o sexto ato contra

    O Departamento Estadual de Investigações Criminais intimou manifestantes suspeitos de “práticas criminosas” para prestarem depoimento neste sábado (22), dia em que está marcada um novo protrsto na Praça da República, contra os gastos para a Copa do Mundo; desde outubro, quando foi instaurado o inquérito para investigar os participantes de protestos, foram ouvidas mais de 80 pessoas

    21 de Fevereiro de 2014 às 20:54

     

    Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil

    O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) intimou manifestantes suspeitos de “práticas criminosas” para prestarem depoimento amanhã (22). Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública de São Paulo (SSP), as oitivas fazem parte de uma série de depoimentos que estão agendados. Desde outubro, quando foi instaurado o inquérito para investigar os participantes de protestos, foram ouvidas mais de 80 pessoas.

    No Facebook, militantes divulgaram fotos das intimações, sem identificação do nome dos envolvidos. No documento, o suspeito é convocado a prestar depoimento às 16h de amanhã em uma investigação sobre os crimes de dano e formação de quadrilha. O texto diz ainda que o intimado deve se apresentar “trajado adequadamente” em uma delegacia na zona norte paulistana.

    Para às 17 de amanhã está marcada uma manifestação na Praça da República, centro da capital paulista, contra os gastos para a Copa do Mundo. Na página do evento, que tem 13,4 mil presenças confirmadas, alguns usuários relacionam o horário dos depoimentos com a hora do protesto, como se houvesse uma tentativa de impedir algumas pessoas de participar do ato.

     

    1.  
      Apenas twitter não basta,

       

      Apenas twitter não basta, os faceburristas acompanham (e se inflamam) com as notícias derrotistas da G roubo News, CBN e etc…. .

      A Dilma já deveria ter indicado o Ciro Gomes (ou Requião) para rebater todos os factóides expelidos por estas organizações golpistas .

    2. Por que a desgraceira da

      Por que a desgraceira da SECOM ainda não explicou diariamente e didaticamente ao povão que a Copa de 2014 trará grande lucro ao Brasil ?

      1) Por que eles também Têm dúvidas?

      2) Por que os números não batem?

      3) Vá que dá errado, terão de explicar tudinho de novo dizendo por que as previsoes não se concretizaram.

  10. Criminosos Fardados
    As Nações

    Criminosos Fardados

    As Nações Unidas informam que um em cada cem homicídios, no mundo, ocorre em São Paulo. É 1%, embora a população represente apenas 0,17%. Assim como afirma que São Paulo e Rio incharam, com tal velocidade que esmagaram os serviços públicos, inclusive a segurança, abrindo caminho para a violência urbana.

    Uma boa parte dessa violência é obra de criminosos fardados, policiais; e a raiz dessa prática criminosa está na ditadura militar, é parte do chamado entulho autoritário. É que os militares, quando não queria sujar as mãos com as tarefas mais evidentemente criminosas da repressão, entregavam à polícia, principalmente à polícia militar, a missão suja. E a PM não sofria restrições, estava autorizada a torturar e matar. Habituados com essas práticas violentas que foram saudadas por conseguirem acabar com a subversão (sem cuidar do preço da vitória), desabituaram-se das práticas policiais e vntraram nos novos tempos democráticosacreditando que seus métodos deveriam continuar na nova luta contra o crime.

    A classe média e a elite só se importam com a violência policial e a tortura quando o branco cheiroso (na denominação criada pelo professor Paulo Sérgio Pinheiro, do Núcleo de Estudos da Violência da USP) é atingido por ela. Se a violência é contra a população da periferia, o que se ouve são aplausos, como os que vimos e ouvimos nas platéis do filme Tropa de Elite para o BOPE que entrava matando e torturando na chamada comunidade.

    O tempo só fez piorar a situação, porque os gestores da segurança pública nunca tiveram interesse em fiscalizar a segurança privada, porque sabiam que encontrariam lá seus comandados, fazendo bico para complementar a renda insuficiente. Sabiam que aquilo era  ilegal, mas imaginavam que fosse legítimo e honesto. Assim como sabiam que os policiais não podiam sobreviver dignamente com o salário que recebiam. E fechavam os olhos, calavam e consentiam,  exatamente para não terem que lidar com as inevitáveis pressões salariais, capazes de perturbar o serviço. O vínculo dos policiais de baixa patente com a segurança privada é que tornqava possível lidar com o orçamento insuficiente, irrealista, nebtiroso, falso, que reserva tão pouco para a segurança pública.

    Em resumo: a segurança privada é que financia a segurança pública. E o tempo só fez piorar a situação, porque policiais de patente superior, porque policiais de patente superior, até mesmo do Alto Comando da PN, tornaram-se donos de empresas prestadoras de serviço. Ou suas mulheres e parentes, funcionando como laranjas.

    Sem entrarmos no mérito dessa evidente ilegalidade e falta de ética, qualquer observador atento logo verifica a ioncompatibilidade: um servidor público não pode nem deve oferecer ao público, que paga impostos para ser servido, um serviço privado que está sendo mal prestado na área pública. Simplesmente porque é evidente que passa a ser do interesse privado, de cada agente individual da segurança pública, a decadência do serviço público oferecido.

    O choque entre o interesse público e o interesse privado se revela pela constatação de que há mais pessoas trabalhando na segurança privada do que na segurança pública; de que o marketing da violênciq cria medo e paranóia para vender segurança; de que fata fiscalização competente dos agentes de segurança privados e seus serviços.

    A passagem da informalidade para a criminalidade foi rápida e fácil. Daí a formação das milícias, que na fachada combateriam o crime mas que, na prática, acabou associado a ele.  Há muitas evidências de que as redes clandestinas de segurança pública têm conexões cada vez maiores com as redes criminosas. Elas cobram pela segurança que oferecem. achacan pessoas e empresas sérias obrigando-as a contribuir, estabelecem códigos de conduta que impedem até o uso de roupas de determinada cor (para alegria da facção criminosa com que se juntaram), toque de recolher, luto obrigatório e outras leis do arbítrio, julgando e condenando as transgressões. Fazem mais: como verdadeiras autoridades dos serviços concedidos, regulam a distribuição de luz, gás, telefone, televisão a cabo, transporte, venda e licença para ampliar construções.

    O Estado Democrático de Direito está perdendo terreno, cada vez mais, para essa Nova Autoridade. E teve muitas áreas inteiramente subtraídas à sua autoridade. Para recuperá-las as autoridades de segurança têm que proibir o bico. Nas, para isso, seria preciso pagar bem às polícias e ter orçamentos verdadeiros e disposição política para enfrentar o problema da violência urbana e da exclusão social. Será que isto ainda é possível, diante do desenvolvimento e da sem-cerimônia do crime cada vez mais organizado?

    http://luizlobo.wordpress.com/2007/10/01/criminosos-fardados/?relatedposts_exclude=34

  11. Promotoria apura se Serra

    Promotoria apura se Serra sabia de cartel

    Inquérito aberto em novembro após pedido do PT investiga se houve omissão no combate a fraudes

    22 de fevereiro de 2014    inCompartiFernando Gallo – O Estado de S.Paulo

    O Ministério Público de São Paulo abriu inquérito para apurar se o ex-governador José Serra (PSDB) se omitiu ou não no combate à atuação do cartel de trens durante sua gestão (2007- 2010).

    O inquérito por suspeita de improbidade administrativa foi instaurado pelo promotor Sílvio Marques em 9 de novembro de 2013 após representação apresentada por quatro deputados estaduais do PT: João Paulo Rillo, Carlos Neder, Adriano Diogo e Francisco Campos Tito. O promotor, responsável por outros inquéritos que apuram fraudes em licitações do setor metroferroviário paulista envolvendo as multinacionais Alstom e Siemens, além de corrupção de agentes públicos, já pediu informações a Serra.

    Segundo Marques, o documento petista afirma que o ex-governador “supostamente sabia que as empresas do ramo metroferroviário, entre elas a Alstom e a Siemens, teriam fraudado as referidas licitações (no Metrô e na CPTM), do superfaturamento dos preços ofertados e do pagamento de propinas a funcionários públicos, tendo, inclusive, sido alertado pelo Ministério Público do Estado e pelo Tribunal de Contas, mas, mesmo assim, não teria tomado as medidas cabíveis”.

    Na representação, os deputados do PT afirmam que três alertas legais dando conta de irregularidades – dois deles feitos pelo Tribunal de Contas (TCE) e um pela Promotoria – foram ignorados pelo ex-governador.

    Os petistas citam como exemplo o fato de que em maio de 2007, no primeiro ano da gestão Serra, o Metrô aditou um contrato firmado em 1992 com a Mafersa (posteriormente incorporada pela Alstom), quando a lei de licitações só permite aditivos até cinco anos após a assinatura dos contratos.

    Os petistas dizem que licitação promovida nos anos de 2008 e 2009 para reforma dos trens das Linhas 1 e 3 do Metrô contém indícios da atuação das empresas do cartel.

    Cobrança. Em outro inquérito do cartel tocado pelo Ministério Público Estadual, o promotor de Justiça Marcelo Milani deu às oito empresas que executam os serviços de reforma das Linhas 1 e 3 do Metrô desde 2008 um prazo de 10 dias para que digam se pretendem entrar em acordo com a Promotoria para pagar os R$ 800 milhões de sobrepreço que ele sustenta haver nos contratos. Milani, que se reuniu com as empresas na quarta-feira, afirma que, caso as empresas não paguem o valor, entrará com ação por dano coletivo e pedirá ressarcimento de R$ 2,4 bilhões.

    A Alstom afirmou que “confia em uma solução que não venha a prejudicar os empregos gerados por estes contratos e a população que precisa dos trens”. A Siemens disse que colabora com as investigações e quer “apuração de eventuais responsabilidades, caso qualquer desvio de conduta seja comprovado”. A Tejofran disse que solicitará perícia para demonstrar “que seus preços originais de proposta eram módicos e que o resultado econômico até o momento do contrato é inferior ao previsto”. A Temoinsa declarou ter 10 dias para formar convicção sobre o caso.

    A Bombardier não se manifestou. Iesa, MPE e Trans Sistemas não foram localizadas ontem pela reportagem.

  12. Vale a pena dar uma lida, são

    Vale a pena dar uma lida, são dados, não é para convencer.

     

    Coluna no GLOBO

    MIRIAM LEITÃO

    O tempo e o vento

    Este ano a economia está muito dependurada no clima. As projeções fiscais, de inflação, balança comercial e investimento dependem do que vai acontecer principalmente no Sudeste. E é justamente no Sudeste que os modelos do Inpe estão com mais baixa previsibilidade. O professor José Marengo explicou que as revisões dos dados estão acontecendo semanalmente. 

    Os modelos conseguem dizer que no norte de Roraima, Amazonas e Pará vai continuar a chover muito acima da média nos próximos três meses. No Nordeste, vai chover bem abaixo do normal. Mas a previsibilidade do Sudeste e Centro-Oeste está baixa, e isso atinge a segurança energética e de produção de alimentos. Afeta, enfim, toda a economia. Comparando dois anos difíceis — 2001 e 2014 —, Marengo diz o seguinte:

    — Em termos de recordes de temperatura elevada no Sudeste e Sul, 2014 é pior. Em escassez de chuva, a comparação de janeiro e fevereiro mostra que 2001 foi pior. Mas, naquele ano, choveu muito em maio e aliviou um pouco a crise energética. Nós não sabemos se vai se repetir o fenômeno e chover em maio, que não é uma época normalmente de muita chuva. Tudo está mudando e por isso temos reuniões semanais para avaliar o que vai acontecer. Este ano, no mundo inteiro, há eventos extremos.

    Ele diz que acha curiosas as previsões da Conab de recorde de safra porque exatamente nas áreas produtoras mais importantes do país é que a previsibilidade do clima é mais baixa. Pode até haver um recorde de plantio, mas, com o tempo severo, é difícil estimar a safra que será colhida.

    Do volume da colheita, dependem o grupo alimentação na inflação e o desempenho da balança comercial, que tem relação direta com os preços e o volume de grãos. A economia cada vez mais depende dos cenários traçados pelos climatólogos e eles estão dizendo que tudo fica cada vez mais imprevisível.

    — A maior dificuldade de previsões está em áreas-chave do país. Mesmo quando choveu agora, neste fim de fevereiro, as precipitações não caíram na Serra da Cantareira como era desejável, mas em áreas urbanas — lembra Marengo.

    O climatologista conta o que houve este ano:

    — Uma alta pressão atmosférica atuou como uma bolha sobre o Sudeste, impedindo que as frentes frias chegassem até aqui e se transformassem em chuva. Mas a chuva bloqueada no Sudeste caiu sobre o oceano. Foi assim durante todo o mês de janeiro e metade de fevereiro. Quando as chuvas começaram, não caíram sobre as áreas que o país precisava. O máximo de chuva acontece entre dezembro e janeiro. Em março e abril, normalmente, não chove tanto. Este ano, o máximo de chuva aconteceu em dezembro e tivemos janeiro e fevereiro anormalmente secos.

    As chuvas que caem sobre o Sudeste vêm das frentes frias ou se formam na Amazônia e encontram no Pantanal parte da umidade.

    — As águas vêm da Amazônia e arrastam a água evaporada do pantanal. E vêm também das frentes frias. O bloqueio atmosférico impediu que as chuvas caíssem. O fenômeno de um ano não pode ser atribuído à mudança climática, mas o aquecimento global provoca isso. A temperatura dos oceanos tem mudado muito e isso afeta a direção dos ventos. O inverno do ano passado teve extremos de temperatura no Sul e agora temos extremos de calor. O Nordeste está em seca desde 2011. Eu não posso dizer que pegamos sarampo, mas posso afirmar que estamos com vários sintomas de sarampo. Assim, o que eu posso dizer é que não precisamos esperar 2050, já temos exemplos que nos alertam que precisamos nos preparar para as mudanças do clima — diz o climatologista.

    Esse é o tempo em que a economia ficará cada vez mais dependendo do clima.

  13. Movimento antivacina gera

    Movimento antivacina gera surto de doenças nos EUA

    Alessandra Corrêa

    De Nova York para a BBC Brasil

    Atualizado em  21 de fevereiro, 2014 – 08:42 (Brasília) 11:42 GMT

    Surtos de doenças como sarampo, caxumba e coqueluche costuma ser associados a países pobres

    Surtos de doenças como sarampo, caxumba ou coqueluche costumam ser associados a países pobres da África ou da Ásia, onde grande parte da população não tem acesso a vacinação e cuidados médicos.

    No entanto, nos últimos anos essas doenças vêm ressurgindo com força nos EUA. Somente no ano passado, foram registrados mais de 24 mil casos de coqueluche no país, segundo dados preliminares do Centers for Disease Control and Prevention (Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças, ou CDC, na sigla em inglês), ligado ao Departamento de Saúde dos EUA.

    No ano anterior, o número chegou a 48,2 mil, o maior desde 1955. Em 2013, o país registrou ainda 438 casos de caxumba e 189 de sarampo, todas doenças que podem ser prevenidas por vacinas existentes há vários anos.

    O fenômeno vem chamando a atenção de especialistas, que relacionam muitos dos surtos ao movimento antivacina, encabeçado por pais que decidem não vacinar seus filhos por motivos que incluem o temor de efeitos colaterais que prejudiquem a saúde da criança.

    “No caso da coqueluche, parte dos surtos parece estar ligada ao problema de que a vacina mais amplamente usada não é tão eficaz quanto costumava ser. Mas os casos de caxumba e, especialmente, sarampo, acho que estão relacionados ao movimento antivacina”, disse à BBC Brasil a especialista em saúde global Laurie Garrett, do Council on Foreign Relations (CFR).

    Garrett é a principal autora de um Clique mapa interativo lançado pelo CFR que mostra os surtos de doenças evitáveis por vacinas ao redor do mundo de 2008 a 2014.

    No mapa, chama a atenção não apenas a alta incidência dessas doenças nos EUA, mas também em países europeus, como a Grã-Bretanha.

    “Os níveis de vacinação na Grã-Bretanha para doenças como sarampo, caxumba e rubéola vêm despencando. Há comunidades inteiras em que a cobertura está abaixo de 50%. No caso de uma doença tão contagiosa como o sarampo, qualquer nível abaixo de 90% é perigoso”, diz Garrett.

    Autismo

    O movimento antivacina ganhou força a partir de 1998, quando o pesquisador britânico Andrew Wakefield publicou um estudo que relacionava a vacina Tríplice Viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) ao autismo.

    Diversas pesquisas posteriores nunca acharam qualquer ligação entre a vacina e o autismo, e em 2010 uma comissão de ética descobriu que Wakefield havia falsificado dados de seu estudo. Wakefield teve sua licença médica cassada e o estudo foi retirado das publicações.

    Mas apesar do descrédito do estudo e de seu autor, a teoria se espalhou, com a ajuda da internet, entre pais temerosos de que a vacina pudesse causar problemas a seus filhos.

    Nos EUA, a onda antivacina ganhou visibilidade com a militância de nomes como Jenny McCarthy, ex-coelhinha da Playboy que se tornou uma das porta-vozes do movimento a partir de 2007, depois que seu filho, Evan, foi diagnosticado com autismo.

    Hoje há no país diversas entidades destinadas a fornecer informações sobre os supostos riscos das vacinas. Uma das mais antigas e influentes é o National Vaccine Information Center (Centro Nacional de Informações sobre Vacinas, em tradução livre), presidido por Barbara Loe Fisher.

    Pioneira do movimento antivacina, Fisher foi uma das fundadoras do centro em 1982 e é autora de três livros sobre o tema.

    Ela diz que seu filho, Chris, sofreu uma reação severa à vacina tríplice DPT (contra difteria, coqueluche e tétano) quando tinha dois anos e meio de idade, em 1980, e ficou com sequelas e problemas de aprendizagem.

    Número de vacinas

    Fisher diz que seu objetivo não é convencer pais a não vacinarem seus filhos, mas lutar pelo direito à informação.

    “Queremos educar as pessoas para que entendam sobre os riscos de complicações das vacinas, para que possam tomar decisões bem informadas”, disse Fisher à BBC Brasil.

    Assim como outros adeptos do movimento, Fisher reclama do poder da indústria farmacêutica e do número de vacinas recomendadas pelo governo americano.

    “Esse número triplicou nos últimos 30 anos. Em 1982, eram 23 doses de sete diferentes vacinas até os seis anos de idade. Hoje, o governo recomenda 69 doses de 16 vacinas até os 18 anos”, afirma.

    As crianças americanas são obrigadas a apresentarem comprovante de vacinação para ingressar na escola. Mas todos os 50 Estados do país permitem isenções médicas, para crianças que, por motivos de saúde, não podem ser vacinadas.

    Em 48 Estados também há isenções por motivos religiosos e, em 18 deles, a chamada isenção por crenças pessoais.

    Segundo o CDC, no ano escolar de 2012-2013 a taxa de isenção média entre alunos do jardim de infância foi de 1,8%. Em alguns Estados, como Oregon, chegou a 6,5%.

    Perfil

    “Estudos mostram que muitas crianças não vacinadas têm pais com altos níveis de educação e renda”, disse à BBC Brasil a epidemiologista Allison Fisher, do CDC.

    Uma análise das áreas onde ocorrem os surtos também dá dicas sobre o perfil das famílias que optam por não vacinar seus filhos.

    “Se nosso mapa interativo englobasse os anos 1950, veríamos que, naquela época, os surtos estavam associados à falta de infraestrutura para levar as vacinas às crianças pobres”, diz Garrett.

    “Isso não ocorre mais. Atualmente o governo federal dos EUA e a maioria dos governos estaduais têm programas de vacinação muito fortes nas comunidades carentes e áreas rurais”, afirma.

    “Hoje, os surtos nos EUA ocorrem entre populações mais ricas. E isso tem relação com comunidades em que há maior pressão política para acabar com as exigências de vacinação para crianças na escola”, diz Garrett.

    Riscos

    Segundo Allison Fisher, do CDC, como certas doenças não eram vistas havia muito tempo nos EUA, alguns pais simplesmente pensam que elas não existem mais.

    “Tentamos chegar aos pais e profissionais de saúde e reforçar que a decisão de não vacinar traz riscos”, diz.

    Garrett observa que, antes da introdução das vacinas, doenças como sarampo estavam entre as principais causas de morte de crianças nos EUA.

    “É imperdoável que hoje em dia, em um país como os EUA, uma criança pegue sarampo”, afirma.

    Acostumada a viajar pelo mundo em áreas onde o sarampo e outras doenças ainda matam milhares de crianças, por falta de acesso a vacinas, Garrett diz que costuma ouvir nesses países a mesma reclamação.

    “Me perguntam por que não têm acesso a vacinas como nós temos nos EUA, pedem por isso”, diz.

    “A ironia é que você volta aos EUA e ouve todas essas pessoas dizendo: ‘Não queremos vacinas’.”

     

    Brasil também tem adeptos do movimento antivacina

    Mariana Della Barba

    Da BBC Brasil em São Paulo

    Atualizado em  21 de fevereiro, 2014 – 08:47 (Brasília) 11:47 GMT

    Excesso de vacinas e possíveis efeitos colaterais preocupam pais

    Se nos Estados Unidos, pais que são contra vacinas fazem até festa para as crianças pegarem catapora, aqui no Brasil esse movimento é mais tímido, e o debate se dá muitas vezes em grupos de discussão online.

    Excesso de vacinas, desconfiança com suas possíveis reações colaterais e pressão da indústria farmacêutica são alguns dos motivos que levam muitos pais e mães no país a decidirem não vacinar o filho.

    Esse movimento antivacina entrou no radar do governo, quando uma pesquisa encomendada pelo ministério da Saúde detectou que a média da vacinação no Brasil era de 81,4%, enquanto que na classe A era de 76,3%.

    “Essa queda no estrato mais alto se dá justamente porque alguns pais não vacinam, o que é um problema grave”, disse à BBC Brasil Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

    Ele cita casos de sarampo que surgiram em 2011, na Vila Madalena (zona oeste de São Paulo), que começaram com uma criança não vacinada por opção da família e que atingiram bebê menores de um ano, já que somente após essa idade é indicada a vacina.

    “É preciso pensar na imunidade coletiva ou doenças já erradicas podem voltar”, diz Barbosa. “A criança bem nutrida pode não sofrer com a doença, mas, sim, ser a ponte para que o filho da doméstica ou do porteiro sofra com ela.”

    Consequências

    A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) vê como “irresponsável” essa decisão de não dar as doses às crianças, segundo um de seus membros, o infectologista e pediatra Arondo Prohmann de Carvalho.

    “Orientados de maneira errônea, esses pais põem em risco não apenas a própria criança, mas toda a população”, diz, lembrando que mesmo doenças consideradas simples, como catapora e sarampo, podem ter consequências graves em crianças que já sofrem com problemas como doenças pulmonares.

    No entanto, para o pediatra e neonatologista Carlos Eduardo Corrêa, “é preciso não tornar o consultório uma questão de saúde pública.”

    “Sarampo, em criança bem nutrida, não fica grave. Há o pacto social, mas isso é um elemento a mais na discussão, não te obriga a dar todas as vacinas”, diz o médico, que defende que sejam dadas as vacinas do calendário do governo.

    ‘Pressão mercantil’

    Para a terapeuta floral V., que tem dois filhos, a decisão de aplicar ou não as injeções acabou pendendo que fica longe das vacinas.

    Muitos pais se informam pela internet sobre efeitos de vacinas

    “Meus filhos só tomaram as primeiras doses, depois decidimos não dar mais”, conta.

    “Já fui muito criticada, principalmente quando eles eram menores, mas ignoro. Nem conto para a minha família. Acredito que com tantas vacinas, estamos criando gerações de imunidade cada vez pior, criando um sistema imunológico burro.”

    Segundo a terapeuta, a decisão vai na linha do princípio de vida da família. “Eu e meu marido temos como princípio não ter medo de doença. Acreditamos que ao ter uma alimentação adequada, hábitos mais saudáveis, estamos promovendo a saúde, que é o contrário da doença.”

    “E nunca tivemos provas do contrário. Meus filhos são saudáveis e lidam tranquilamente com as gripes e viroses eventuais.”

    Ela diz não ser contra a vacina, mas, sim, contra a obrigatoriedade de se vacinar e critica o que chama de “pressão mercantil”, que faz com que pais deem cada vez mais vacinas e reforços nos filhos.

    Se informar

    A profissional do turismo P., de São Paulo, diz que mudou de opinião sobre as vacinas à medida que a segunda filha foi crescendo e que foi obtendo mais informações sobre o tema, especialmente na internet.

    “Comecei a questionar tantas vacinas quando a pediatra disse para eu não dar a vacina de rotavírus, porque ela era um medicamento muito recente, que ainda não havia sido muito estudado.”

    Ela defende pesquisar sobre vacinação ao invés de apenas acatar as determinações dos órgãos de saúde pública. “É preciso pesquisar os elementos das vacinas, esclarecer os prós e contras. O bom de viver na nossa época é justamente encontrar muita informação disponível”, conta P., que deu as vacinas obrigatórias iniciais nas filhas, mas que não dá mais os reforços, a de gripe (influenza) e não pretende dar na filha a vacina de HPV, que o governo faz campanha atualmente.

    Vacinas espaçadas

    A opção de não dar as vacinas que não são obrigatórias pelo calendário do governo – caso da varicela (catapora) e da gripe, encontra respaldo na visão de alguns pediatras.

    “Creio que o programa de vacinação da Secretaria da Saúde é correto e suficiente. Mas tenho restrições contra as vacinas fora do calendário”, diz o pediatra e geneticista Jordão Corrêa.

    “Tenho horror à vacina da gripe, vejo muita pneumonia depois de pacientes serem vacinados. Também acho um problema a contra catapora, que pode dar reação, produzindo a mesma bolha da doença só que menos intensidade.”

    O pediatra, que recomenda que seus pacientes sejam vacinados com as doses obrigatórias, conta que já teve pacientes contrários a todos os tipos de vacinas. “Não concordo. Acho que essas pessoas deviam, por exemplo, ver os pacientes de pólio internados. É uma doença horrível.”

    No entanto, ele vê problemas na concentração de muitas vacinas nos três primeiros meses da criança.

    “É muita vacina para um bebê. São muitos elementos agressores de uma vez só. Prefiro espaçar um pouco essas doses ao longo dos meses. Se for criança saudável, sem doença crônica, não tem problema. É só não ficar indo em shopping, supermercado, igreja lotada.”

     

  14. Pesquisa Vox P a ser

    Pesquisa Vox P a ser divulgada amanhã dá 41% para Dilma no primeiro turno.

     

    CARTA CAPITAL

     

    POR QUE DILMA EMPACOU?

    Pesa na balança a “economia miúda”, ou, por outra, a elevação do custo de vidapor Mauricio Dias — publicado 22/02/2014 08:03    Dilma

    Aécio e Eduardo não herdaram o que Dilma perdeu

    Leia também Fogo amigo no PSDB PT e PSDB colocarão os escândalos em debate? Hoje, Dilma venceria no primeiro turno nos dois cenários Dilma escolhe o adversário

    Após a ameaçadora queda de intenções de voto para Dilma Rousseff, ocorrida no rastro das manifestações populares de junho de 2013, a presidenta, candidata à reeleição, recuperou a metade do apoio perdido, além de parte da avaliação positiva do governo que também tinha se esfumado. Nos últimos quatro meses, as pesquisas mostram o processo de recuperação dela e uma curiosa estabilização em torno do índice de 43%.

    Esse resultado tem se repetido nas pesquisas de todos os institutos. Parece um número emperrado. As variações de 2 ou 3 pontos para mais ou para menos ficam na margem de erro adotado.

    A mais recente sondagem, divulgada na terça-feira 18 pela CNT-MDA, sobre as intenções de voto em Dilma, indica que, se a eleição fosse hoje, ela teria 43,7% do eleitorado. Nessa mesma direção aponta o Vox Populi (41%) em pesquisa a ser divulgada no domingo 2 de março, no site de CartaCapital (www.cartacapital.com.br). Foi igualmente em torno desse porcentual o resultado obtido pelo Ibope, em novembro. O Datafolha, em dezembro, apresentou número maior, porém muito próximo dos concorrentes.

    Por que as intenções de voto em Dilma empacaram tão distante do porcentual (53%) anterior à grande queda de junho de 2013?
    Curioso nessa trajetória é o fato de a presidenta, ao longo desse tempo, manter a vitória no primeiro turno em qualquer cenário apresentado. Ou seja, os adversários Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) não herdaram os votos perdidos por ela.

    A situação, contudo, já não é tão cômoda. É um sinal de instabilidade do eleitor. E o tempo de sete meses para a eleição permite especulações. Abre espaço, por exemplo, para a construção de cenários e para a imaginação de alianças políticas esperançosas de, pelo menos, haver segundo turno.

    O Brasil navega em mar proceloso provocado pela crise econômica mundial. Embora até agora conduza bem o barco, há um sinal realmente perigoso capaz de provocar impacto eleitoral. Nas feiras, nos mercados, nas padarias e no boteco da esquina, entre outros, o porcentual que emerge após o número que escapa do centro da meta inflacionária (4,5%) dói no bolso das classes mais pobres. Cria em uma grande parte delas um sentimento de desconfiança. Ficam mais arredias aos governantes. Relutam em abrir o voto tão cedo para o pesquisador.

    Veio da boca do vice-presidente, Michel Temer, a definição mais precisa desse problema. Nada de PIB, nada de balanço de pagamentos, déficit primário e coisas assim, capazes de gerar pânico nos economistas. Temer batizou com precisão essa questão como “economia miúda”, derivada dos efeitos do “custo de vida”, esse, sim, capaz de derrubar, de um sopro só, os palanques eleitorais mais sólidos.

        

  15. Bang Bang Mineiro

    SUL DE MINAS

    Nove assaltantes são mortos em operação policial em Itamonte

    Um grupo de 25 suspeitos vindo de São Paulo pretendia assaltar vários caixas eletrônicos em cidades como Caxambu, Passa Quatro e Itamonte; Pelo menos outros 14 bandidos fugiram e ainda são procurados

    LUCAS  SIMÕES | PUBLICADO EM 22/02/14 – 07p5Osvaldo RamosUma operação conjunta entre a Polícia Civil de São Paulo e a Polícia Rodoviária Federal de Minas Gerais (PRF-MG) acabou com nove bandidos mortos durante uma troca de tiros entre policiais e criminosos na cidade de Itamonte, na região Sul de Minas, no início da manhã de hoje (22).

    Segundo a Polícia Militar (PM), um grupo de 25 criminosos estava sendo monitorado há mais de dois meses pela polícia paulista. Eles são suspeitos de outros assaltos a caixas eletrônicos em Minas Gerais e pretendiam arrombar equipamentos em várias cidades do Sul de Minas, como Caxambu, Passa Quatro e Itamonte.

    Os bandidos saíram do estado de São Paulo no início da madrugada, por volta de 0p0, em cinco veículos: um Honda Civic, um Eco Sport, uma Duster e um Palio. Porém, quando os criminosos chegaram na Praça Padre Francisco Mira, no centro de Itamonte, por volta de 5p0, foram surpreendidos por um grupo de policiais civis e militares.

    Houve troca de tiros entre os suspeitos e os policiais e dois bandidos foram presos. Outros quatro criminosos foram baleados dentro do Honda Civic e cinco deles foram atingidos por tiros em uma perseguição policial na entrada da cidade, na BR-354, na altura dos km 754 e 758. Ao todo, nove bandidos morreram na hora. Um policial civil também ficou ferido, mas não corre risco de morrer.

    Segundo as primeiras informações da PM de Passa Quatro, pelo menos 14 criminosos usaram um carro e um caminhão para fugir pela BR-166, mais conhecida como rodovia Dutra – principal rodovia do Brasil, que liga o Sul ao Norte do país. Até o momento, não há pistas dos suspeitos.

    Com os criminosos, a polícia apreendeu fuzis, pistolas, bananas de dinamite, um pé de cabra e outros materiais para arrombamento de caixas eletrônicos.

    ***

    Informações em blogs contabilizam, até agora, 10 assaltantes mortos.

    Às 2:30 horas da madrugada de hoje (22/02), uma quadrilha especializada em roubo a bancos teve seus planos alterados por policiais Civis de Minas Gerais e São Paulo.Assim  que um dos carros da quadrilha parou em frente ao Banco Santender de Itamonte, foram recepcionados por policiais civis que os aguadavam no local. A ação bem planejada pelos policiais fechou a cidade de Itamonte. Os ladrões que pararam em frente ao banco foram alvejados pelos policiais. Houve intensa troca de tiros com 15 minutos de duração. Todos os bandidos do veículo Honda em frente ao Santander foram mortos na troca de tiros.Ao mesmo tempo que os ladrões se posicionavam em frente ao banco, dois bandidos iam para o quartel da PM a fim de manter os policiais militares sem ação. Um destes bandidos foi alvejado por um atirador de elite da Policia Civil de São Paulo com um tiro de precisão a 175 metros de distância. O outro foi ferido.Policiais militares davam a devida proteção ao quartel e também houve intensa troca de tiros. Enquanto isso, em outro teatro de operações, próximo ao radar na saída de Itamonte para o Rio de Janeiro, mais quatro ladrões foram mortos pela polícia.No total, 10 assaltantes foram mortos no confronto com a Polícia Civil. Dois ladrões foram feridos. Um policial civil do estado de São Paulo foi ferido no braço e passa por cirurgia no Hospital de São Lourenço. Um helicóptero Águia da Polícia Civil de São Paulo vai levar o policial ferido tão logo saia da cirurgia para seu estado.O Hospital de São Lourençpo está sob forte escolta policial. Dois bandidos feridos foram levado para o PS de São Lourenço.Dois bandidos feridos estão no interior de uma residência agora em Itamonte. Não há informações se existem reféns no interior da casa. Polícias civil e Militar estão no local agora.A operação policial continua na região. Existem fortes indícios que mais foragidos do frustrado assalto ao banco de Itamonte estejam soltos. Os 10 mortos devem vir para o IML de São Lourenço. Não há confirmação, ainda, de suas identidades.Pelo menos 15 armas entre pistolas e fuzis foram apreendidas na operação. Uma operação tensa pois os bandidos usavam coletes e toucas do tipo ninja para confundir-se aos policiais civis. http://blogsaolourenconews.blogspot.com.br/

     

     

  16. O Ponto muito fora da Curva

    Pouco a pouco vamos encontrando razão nas palavras do Vicentinho, de que o Pizzolato, com a sua fuga, envergonha e constrange o PT. A compra de 03 imóveis na Espanha (com a investigação apenas começando) caracteriza um tipo de fuga que nada tem de estratégico, em termos de “procurar justiça” nas cortes Italianas. Pizzolato corre para salvar o seu patrimônio antes do que o seu prestigio ou do partido que representa. Pizzolato age como culpado, perante as suas próprias ações pessoais aqui no Brasil, mas fala como inocente, apenas no relativo ao mal chamado mensalão, no qual entendemos que todos eles sejam inocentes. Não devemos confundir as coisas.

    http://www.brasil247.com/pt/247/poder/131099/Pizzolato-comprou-tr%C3%AAs-im%C3%B3veis-no-sul-da-Espanha.htm

  17. Ser ou não ser Modigliani

    O Tempo

    http://www.otempo.com.br/diversão/magazine/ser-ou-não-ser-modigliani-1.792931

     

    Pinturas do artista italiano, talvez mais do que qualquer outro, ilustram confusão de autenticidade de obras de arte

     

    PUBLICADO EM 22/02/14 – 03h00
    Patricia Cohen
    The New York Times

    Nova York, EUA. Três fatos assustadores confrontam qualquer um interessado em comprar um dos característicos retratos alongados de Amedeo Modigliani. Eles costumam ter preços multimilionários; eles são favoritos de falsificadores; e, apesar da abundância de especialistas, nenhum inventário de sua obra é considerado ao mesmo tempo confiável e completo.

    Christian Parisot, por exemplo, autor de um catálogo e presidente do Instituto Modigliani em Roma, irá enfrentar julgamento sob a acusação de autenticar intencionalmente obras falsas.

    Marc Restellini, acadêmico francês que está compilando outra pesquisa sobre a obra de Modigliani, descartou parte de seu projeto, há alguns anos, após receber ameaças de morte.

    E mesmo aqueles que defendem uma listagem de 337 quadros, criada pelo avaliador e crítico Ambrogio Ceroni, reconhecem que ela possui lacunas significativas. A iniciativa de estabelecer um registro oficial da obra de Modigliani “parece uma novela”, escreveu Peter Kraus, um negociante de livros antigos, em um artigo publicado há uma década.

    Autenticar arte de todos os tipos se tornou mais complexo nos últimos anos. Um círculo cada vez mais amplo de estudiosos e fundações de artistas se recusam a oferecer opiniões ou publicar um catálogo raisonné – o compêndio definitivo da obra de um artista – por medo de serem processados por compradores ou vendedores descontentes com suas conclusões.

    Todavia, as pinturas de Modigliani, talvez mais do que qualquer outro artista, ilustram a confusão que essas autenticações trouxeram a um mercado inundado de dinheiro, compradores ávidos e falsificações. O resultado, segundo negociadores de arte, é um mercado repleto de incertezas.

    Vendedores esperam possuir um Modigliani genuíno, mas menos conhecido. Porém, sem uma opinião adotada como definitiva, fica difícil prever quanto os possíveis compradores poderão pagar.

    “É muito diferente do mercado de seus colegas Picasso e Braque”, declarou o negociador David Nash, de Nova York, “onde a obra é extremamente bem-registrada”.

    E não ajuda o fato de que Modigliani costumava doar pinturas e ilustrações, sem documentar sua criação ou proprietários, para pagar suas contas.

    Alguns marchands (negociadores de arte), como Michael Findlay, classificaram o catálogo de Ceroni – atualizado pela última vez em 1972 – como o único “aceito e confiável no geral”. Casas de leilões respeitadas, como Christie’s e Sotheby’s, raramente concordam em vender obras de fora desse catálogo, embora trabalhos bem-documentados também cheguem a leilão.

    Em 2012, por exemplo, a Bonhams vendeu “Jeune Fille aux Cheveux Noirs” por US$ 1,3 milhão. A obra não aparecia no catálogo de Ceroni, mas a casa de leilões indicou que Restellini pretendia incluí-la em seu inventário e que ela já teria pertencido à coleção Rockefeller.

    Uma pintura citada por Ceroni é geralmente “vendida por três ou quatro vezes” a quantia inicial de obras de qualidade similar que não estejam incluídas em seu catálogo, explicou o financiador e marchand Asher Edelman, de Nova York. Ele está colocando à venda “Jeune Femme au Petit Col Blanc”, de Modigliani, de 1918. A obra foi autenticada por Restellini e possui um histórico documentado de proveniência e exposições, disse Edelman, que se recusou a citar seu preço.

    Um italiano intenso e imensamente talentoso, Modigliani, descrito por um amigo como “um jovem deus”, lutou com a pobreza, o vício e a rejeição na Paris da virada do século, antes de morrer aos 35 anos de meningite tuberculosa. Ele bebia demais, jogava-se em festas que duravam a noite toda e mantinha casos tempestuosos com dezenas de mulheres, incluindo a poeta russa Anna Akhmatova. Uma amante grávida de 21 anos, Jeanne Hébuterne, chocada por sua morte em 1920, pulou de uma janela dois dias depois.

    Como reconhece sua biógrafa Meryle Secrest, Modigliani continua sendo uma figura esquiva dentro do mito.

    O trágico romantismo apenas aumentou o valor de mercado de sua obra, que é altamente valorizada por compradores – mesmo tendo uma recepção fria dos críticos. Em fevereiro, um de seus retratos de Hébuterne, por exemplo, atingiu US$ 42 milhões em um leilão em Londres.

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