Contextualizando o fenômeno Eduardo Campos

Comentário ao post “O jogo de xadrez da oposição para 2014

DEVAGAR COM O ANDOR – É preciso contextualizar melhor o “fenômeno” Eduardo Campos enquanto governador de Pernambuco, a partir de 2006, e a sua subsequente ‘afirmação’ no cenário nacional.

Contextualizar melhor é fazer uma análise sobre os cenários para 2014 levando em conta e falando um pouco mais sobre a situação em que surgiu a figura de Eduardo Campos. Ou seja, é impossível falar de eleições no Brasil sem citar, por exemplo, o fenômeno Lula, que varreu o Nordeste de ponta a ponta e destruiu o então PFL em Pernambuco e na Bahia no ano de 2006. 

O fenômeno Lula levou consigo vários governadores, dentre eles, Jaques Wagner (que venceu já no primeiro turno) na Bahia e Eduardo Campos em Pernambuco, ambos, friso novamente, em 2006. Vejamos:

Pernambuco, eleições 2006 – 1º turno: 

Governador (votos válidos): Mendonça Filho (PFL) 39,3%; Eduardo Campos (PSB) 33,8%; Humberto Costa (PT) 25,1%.

Presidente (votos válidos): Lula (PT) 70,9%; Alckmin (PSDB) 22,8%.——————

Pernambuco, eleições 2006 – 2º turno:

Governador (votos válidos): Eduardo Campos (PSB) 65,4%; Mendonça (PFL) 34,6%.

Presidente (votos válidos): Lula (PT) 78,5%; Alckmin (PSDB) 21,5%.

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Muito mais do que a “genialidade”, o “tirocínio” ou a herança que Eduardo Campos conservou de seu avô, o grandiosíssimo responsável por levá-lo ao cargo de governador de Pernambuco tem nome e sobrenome. O grande responsável chama-se Luiz Inácio Lula da Silva. Isto é um fato inegável e indesmentível, os números estão aí para quem quiser ver! 

O furacão Lula foi tão, mas tão poderoso em 2006, que fez inclusive com que as candidaturas de Alckmin (no Brasil) e de Mendonça Filho, em Pernambuco, minguassem e perdessem parte dos votos conquistados no 1º turno da disputa!

As pessoas tem todo o direito de tentar classificar Eduardo Campos como um “mito” da nova geração… O que as pessoas não podem, a bem da verdade, é desprezar a figura de Luiz Inácio Lula da Silva e os seus méritos, incomensuráveis, em levar junto consigo a figura de Eduardo Campos. Pois bem, é Eduardo Campos ou é Lula quem tem a força real no Nordeste brasileiro? 

Eu não tenho dúvida alguma que entre Eduardo Campos e Lula, o povo desta importante região do Brasil optará por Lula, ou pela pessoa indicada por ele, em 2014. E é bom lembrar também que o PT apoiou a reeleição de Eduardo Campos em 2010, PT e PSB ainda não bateram de frente nas eleições estaduais da terra de Miguel Arraes…

O mito, àquele que tem força social e enraizamento popular de fato, e de longa data, é Lula, não é Eduardo Campos… Eduardo Campos é pernambucano, Lula, como todos sabemos, extrapola as fronteiras regionais, ele não é pernambucano, nem paulista, nem catarinense, goiano ou amazonense, Lula é brasileiro! Essa é a grande diferença existente entre os dois. 

Eduardo Campos, em sendo candidato, vai entrar em luta fratricida com o PSDB e com Aécio Neves, não com Dilma ou Lula. Ocorre que ele pode sair desfigurado e sem identidade política dessa luta pelo espólio oposicionista.

Luis Nassif

1 Comentário

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  1. Não concordo com o texto pois

    Não concordo com o texto pois em 2006 se Lula fosse mais importante que eduardo o Senador Humberto costa tinha ganhado de eduardo no primeiro turno e conseguido seu apoio no segundo e vencido a eleição, o que se viu foi ao contrario eduardo cresceu de forma assustadora e atropelou humberto, claro que no segundo turno ficou claro que quem votou em Humberto não votaria em mendoça. nas eleições para prefeito do recife contra o PT mais uma vitoria de Eduardo que colocou umcandidato que ninguém conhecia e venceu a eleição, dai saiu o odio de Lula que vai fazer de tudo para vencer Eduardo em PE, acho que não consegue.

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