Fora de Pauta

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Redação

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  1. A IMENSA FRAGILIDADE DO PLANO

    A IMENSA FRAGILIDADE DO PLANO GOLDFAJN –  A politica economica do novo governo não tem um comando central como foi Delfim Neto ou a dupla Campos/Bulhões.  Henrique Meirelles nunca foi por treinamento ou profissão um formulador de politica economica, sua carreira é de executivo de banco, algo que não tem nada a ver com politica economica de Pais.

    Por decantação o eixo da politica economica cairá no colo do presidente do Banco Central, Ilan Doldfajn, cujo discurso de posse hoje se concentrou exclusivamente na meta de inflação como unica marca da politica economica que está na sua cabeça.  “”Trazer a inflação para o centro da meta” é seu lema, o segundo é a “estabilidade do sistema financeiro”.

    A pobreza desses objetivos é chocante. Não há a mais remota vinculação com a economia produtiva, nem preocupação, nem metas, nem objetivos. Basta-lhe “trazer a inflação para o centro da meta” como um alfaiate cuja unica especialidade seja fazer uma linda casa para os botões do paletó, o resto da confecção do terno não lhe interessa.

    No discurso de posse de hoje Goldfajn disse que o controle da inflação beneficia os mais pobres porque mantem o poder de compra da moeda. Mas e se o pobre não tem moeda no bolso porque está desempregado, uma realidade para milhões de trabalhadores, de que vale o “poder de compra da moeda”?. Para ter a moeda é preciso ter fonte de renda, uma economica em brutal recessão corta na carne a renda do pobre pela falta de emprego mas e dai? E dai não é porblema do Senhor Goldfajn, afinal o nosso Banco Central, ao contrario do americano, não tem como obrigação assegurar o “maximo emprego”, expressão literal que está nos estatutos do Federal Reserve como uma de suas obrigações fundamentais, não é só estabilidade monetaria,  é isso e MAIS assegurar o maximo emprego.

     

    Para esse alvo tão mediocre será necessario o obvio: travar a economia ao maximo, enxugando a liquidez e bloqueando a expansão monetaria, mantendo os juros nas alturas, está no brilho dos olhos do Senhor Goldfajn a vontade quase incontrolavel de subir a taxa Selic, se não faz é por razões politicas que prejudicariam o governo que o indicou.

    Desse mato não sai coelho e dessa formula unica do Banco Central não saimos da recessão a tempo de salvar da miseria milhões de brasileiros que querem trabalhar e não encontram postos de trabalho.

    Sempre achei o biotipo de economista de mercado do qual Goldfajn é um exemplo claro um padrão de mediocridade mas

    não imaginei que fosse tão mediocre, o discurso de posse que ouvi hoje na Voz do Brasil é pior do que meus maiores pesadelos. Poderia dar algum pitaco sobre a produção e o emprego mas o Senhor Goldfajn nem tocou no assunto.

    Para “trazer a inflação para o centro da meta” existem duas ferramentas classicas, ambas péssimas para a economia da produção: manter os juros nas alturas e apreciar o cambio, valorizando o Real, exatamente o contrario que faria quem tivesse interesse em tirar o Pais da recessão. Desvalorizar o Real é essencial para a recuperação industrial, é a ferramenta classica que a China usa para tornar sua economia competitiva, para sair da recessão é a primeira receita.

    A armadilha é achar que “restabelecendo a confiança” voltam os investimentos, mas volatariam para que?

    Quem vai investir numa nova fabrica de qualquer coisa se não há dinheiro no bolso dos consumidores para comprar seu produto? Alguem vai investir numa fabrica de caminhões se as que ja existem tem 60% de capacidade ociosa?

    A confiança foi restabelecida e dai? Quem vem investir numa economia de cemitério?

    Já escrevi aqui recentemente uns cinco artigos sobre a fantasia contida nessa lenda de “vamos fazer isso porque restabelece a confiança”. Não vai acontecer. Em primeiro lugar a confiança depende de muitos mais fatores do que “trazer a inflação para o centro da meta”, o que só pode ser feito com mais recessão.

    Depende de maior estabilidade politica, depende de oportunidades de investimento geradas por demanda não atendida,

    algo que não existe em nenhum setor da economia brasileira, toda ela com excesso de capacidade sem uso.

    Tomo como exemplo historico o Governo JK, inflação alta, nem banco central existia, a economia crescia sem parar, pleno emprego, um boom de novas fabricas, engenheiro saia da faculdade já empregado, as fabricas todas tinham placa de “Procura-se” no portão, qual o segredo? Objetivos claros de crescimento (O PLano de 30 Metas), liderança puxando a economia, Juscelino foi à Alemanha tres vezes buscar investidores (ver Moniz Bandeira em O Milagre Economico Alemão e o Brasil), tudo era feito para atrair fabricas novas, JK tambem fez muitas estradas, refinarias e aeroportos, a economia bombava, a Casa da Moeda trabalhava dia e noite.

    Os economistas do padrão Goldfajn usam cartilhas velhas e gastas, falam mal, não entusiasmam um camelô para comprar tabuleiro novo, so conhecem gente do mercado financeiro, unico lugar onde trabalharam na vida, isso não vai tirar o Brasil da crise, falta o elan, o charme, o papo, a visão de Pais, a economia brasileiro precisa de cozinheiros de cardapio variado, que saibam fazer muitos pratos ao mesmo tempo, o Goldfain só sabe fritar ovo com pouco sal.

     

  2. Ideologia & Manipulação de opiniões

    A ideologia é permitida a qualquer cidadão. Pode-se ter essa, aquela e até mesmo nem ter ideologia. Mas quando um grande conglomerado de mídia e notícias multibilionário se permite trabalhar tenazmente por sua ideologia, e essa ideologia, além de não ser nada nobre, ainda é incutida na sociedade de maneira prepotente, intolerante e dissimulada na defesa de seus próprios interesses, com o condão de distorcer, ocultar, inventar, criar fatos e manipular opiniões, dado ao seu papel “informativo”, o resultado é esse que vemos no vídeo abaixo.

    José Wilker, um grande monstro das artes cênicas, revela o que pensa da Rede Globo, que por diversas vezes foi sua empregadora. Wilker sempre foi gigante! E esse vídeo é uma prova cabal disso:

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=uBU2Be_iwRQ%5D

     

  3. Janaína Paschoal quer o impeachment de Janot. Que bom!

    Revoltados pedem impeachment de Janot. E se Renan for como Cunha com Dilma, doutor?

    Por · 13/06/2016

    kicis

    Do site Noticias ao Minuto:

    Um pedido de impeachment foi protocolado no Senado Federal nesta segunda-feira contra o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot.
     

    De acordo com a advogada Beatriz Kicis, o requerimento é de sua autoria juntamente com Patrícia Bueno e Cláudia Castro.
    A informação foi divulgada pela jornalista Joice Hasselmann em um vídeo publicado no YouTube. O assunto vem sendo compartilhado nas redes sociais.
     

    Segundo a jornalista, Janot tratou com diferença a presidente afastada Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (???) e merece sofrer um pedido de impeachment.

    Beatriz é a ‘Janaína Paschoal’ do grupo Revoltados Online e  a que aparece na foto ao lado de pedagogo Alexandre Frota, na histórica visita do grupo ao Ministério da Educação.

    Pergunta ao Dr. Janot: e se Renan Calheiros agir como Eduardo Cunha agiu com Dilma Rousseff e aceitar o pedido, se isto for legalmente possível?

    E se ele, Jucá e a montanha de senadores que está de rabo-preso na Lava Jato e em outras investigações da PGR tiverem maioria para aprovar a abertura de seu impeachment?

    E se o senhor for afastado por ter sido artificiosamente impedido de desempenhar suas funções?

    Aí é golpe?

     

  4. Prefeita de Pauini, AM, foi presa pela PF

    Pauini, no Amazonas

    A prefeita do município, Maria Barroso da Costa,  foi presa pela PF (operação Cartas Chilenas)  em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU).

    Maria é acusada de ser a líder de uma organização criminosa que desviou cerca de R$ 15 milhões de verbas públicas de educação e de saúde. O esquema fraudulento tinha também a participação do vereador Antônio Barreiros Venâncio (PR), mais conhecido como Chiba, e do secretário municipal de Saúde, José Augusto Salvador, que também foram presos, e outros secretários de governo e servidores da prefeitura.

    Leia mais,

    http://portalempauta.com.br/prefeita-de-pauini-no-amazonas-foi-presa-pela-pf-por-liderar-uma-organizacao-criminosa/

    Reprodução

    Maria Barroso da Costa, PMDB/AM

  5. Orlando: a dor indizível de

    Orlando: a dor indizível de um proto-genocídio que “ousa dizer o próprio nome”   

     ROMULUS   TER, 14/06/2016 – 07:40

    Por Romulus

    Orlando: a dor indizível de um proto-genocídio que “ousa dizer o próprio nome”

    Ocupado denunciando o golpe no Brasil, não escrevi nada sobre o massacre de Orlando ainda. Bem, devo dizer que o golpe aqui não deixa de ter a ver com o assunto. Na base de apoio do golpe na sociedade e no Congresso há um forte contingente de homofóbicos – de verdade ou que jogam para a plateia* – e disseminadores de discursos de ódio.

    [*Há, por exemplo, um proeminente deputado evangélico, pai de uma estrela da música gospel que ataca de profetiza do apocalipse em véspera de eleição, que é também pai de criação de um rapaz gay – e muito bem resolvido com isso. Bem resolvida com a orientação sexual do rapaz também é essa família. Quer dizer… isso da porta de casa para dentro. Da porta para fora hipocritamente promove o discurso de intolerância em que não acredita, mas que é sucesso de venda.]

    Para coroar esse retrocesso, José Serra, não satisfeito em tentar fazer cada perninha de cada viagenzinha gerar manchetes – por que será, né? – não quis desagradar a base obscurantista do governo. Assim, fez mais mal ao Itamaraty, obrigando-o a emitir nota abjeta sobre o massacre que não menciona homofobia.

    Oi?!

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  6. Documentário sobre o choro em Londrina-PR

    Faltam apenas 4 dias para encerrar a campanha de financiamento coletivo para o documentário longa-metragem “Londrina Sorri para o Choro”. A proposta é contar a história de mais de 50 anos do Clube do Choro de Londrina (um dos mais antigos do país), a partir do depoimento de chorões veteranos, aspirantes e entusiastas. Já foram realizados 9 dias de filmagens no mês de julho de 2015, com mais de 15 pessoas envolvidas na equipe de produção, captação de 17 entrevistas e mais de 20 rodas de choro filmadas.

    O projeto é uma inciativa da produtora Metafixa Produções em parceria com o próprio Clube do Choro de Londrina e e ainda está em produção, mas busca agora financiamento para a sua finalização. Por isso a campanha de financiamento coletivo foi lançada no Kickante com o objetvo de arrecadar 15 mil reais. Todo o dinheiro arrecadado será usado para: Montagem, Correção de Cor, Desenho de Som, Kits de divulgação (xícara, caneca de chopp, camiseta e impressão do cartaz), Cópias do filme em DVD, Campanhas de divulgação do projeto e Porcentagem do Kickante. Há várias recompensas para quem colaborar como xícara de café com motivo londrinense (produzido pela artista plástica Mariana Galera), caneca de Chopp com estampa do Clube do Choro de Londrina, camiseta do documentário, DVD do documentário, etc.  Para colaborar é muito simples, basta clicar aqui, escolher o valor da contribuição, a recompensa ao lado direito e depois escolher a forma de pagamento, que pode ser por boleto ou cartão de crédito. Após colaborar é possível também ajudar o projeto divulgando a campanha nas redes sociais. Saiba mais sobre o documentário aqui: http://migre.me/u07hSPágina no Facebook: http://www.facebook.com/clubedochorodocVídeo de divulgação da campanha: http://www.youtube.com/watch?v=8UKsKsmG_Rs

     

  7. Eis como a gente vive

    Eis uma descrição precisa de como a gente vive.

    E aí, vai encarar??? 😉

    “8 razões pelas quais a classe média Miami no fundo detestaria morar nos EUA”

    “Os Estados Unidos são o destino favorito dos brasileiros que viajam para o exterior. E são também o país mais apontado por certa classe média como o ‘paraíso na Terra’. Mas será que essas pessoas, mal-acostumadas do jeito que são, conseguiriam mesmo morar lá? Duvido. Passar férias é uma coisa, viver num lugar sabendo que não se terá os mesmos privilégios que se tem aqui é outra.

    Listei algumas das razões pelas quais não acredito que a classe média que adora Miami conseguiria viver nos EUA.”

    Fonte: http://www.socialistamorena.com.br/classe-media-miami-detestaria-morar-nos-eua/

     

  8. O que é ser industrial no Brasil, para iniciantes…

    Vou contar o que é ser industrial no Brasil: A cadeia produtiva do leite se resume ao pecuarista, a industria láctica e o consumidor final. Desde meu tempo de universidade escuto que os pequenos produtores rurais estão fadados a sair desta cadeia. Contudo os criadores de vacas leiteiras saem e voltam a atividade de acordo com o preço do leite e o preço da carne, pois é apenas vender as vacas e comprar animais de corte. A indústria láctea vê isto mas não toma a iniciativa de manter fiel o seu fornecedor da matéria prima.  

    A atividade tem um problema sazonal, excedente de produção de lácteos a preços baratos no verão e diminuição de produção no período de inverno, além do custo maior. Isto acontece desde que o Brasil foi descoberto, pois o alimento das vacas no Brasil é abundante no verão e escasso no inverno.

    Tudo bem então. 

    E daí a paçoca?

    E daí que a indústria láctea não consegue se organizar a ponto de ter a matéria prima de forma que atenda em 100% a capacidade instalada da fábrica. Neste momento conheço dois laticínios que estão sem matéria prima, caminhões de coleta de leite parados…Que capitalismo é este? E os custos comendo por trás…

    Sem falar que a demanda por lácteos é crescente no Brasil e temos a maior área de pastagens obsoletas do mundo.

    O Brasil é importador de lácteos desde a colonização portuguesa uma situação absurda para os estudiosos entendidos do ramo. Mas este ano quero ver quem vai importar leite com o dólar neste patamar.

    Este exemplo com certeza pode ser transferido para outra cadeia produtiva no Brasil.

  9. Moradores constroem com R$ 5.000 ponte orçada em R$ 270 mil no R

    Moradores constroem com R$ 5.000 ponte orçada em R$ 270 mil no RJ

    MARIA LUÍSA DE MELO
    COLABORAÇÃO PARA O UOL, NO RIO

    14/06/2016  14p5Compartilhar16 mil Mais opçõesPUBLICIDADE 

    Após esperar por duas décadas que a Prefeitura de Barra Mansa (RJ) construísse uma ponte ligando os bairros de Nova Esperança e São Luiz, moradores da região se mobilizaram e conseguiram resolver o problema em um mês.

    Em regime de mutirão, reuniram mais de cem pessoas para construir a ponte de 24 metros, com concreto e ferro, que ficou pronta no último dia 4. O grupo também ficou responsável por arrecadar todo o material usado na construção. A estimativa é que a obra custou R$ 5.000. A prefeitura da cidade informou que havia orçado a ponte em R$ 270 mil.

    A iniciativa partiu das donas de casa Juracy da Conceição e Manoelina dos Santos. Elas contam que só de um lado da ponte há posto de saúde para atendimento médico e retirada de remédios. E, sem a obra, era necessário dar uma volta de quase dois quilômetros para chegar de um bairro a outro.

     Divulgação Ponte ligando os bairros de Nova Esperança e São Luiz, em Barra Mansa Ponte ligando os bairros de Nova Esperança e São Luiz, em Barra Mansa

    “Eu moro neste bairro há 49 anos. Sempre tivemos que improvisar com pedaços de madeira para atravessar o riacho. O problema é que ficava muito frágil e perigoso”, lembra Manoelina, 62. “Quando a chuva vinha, destruía tudo, porque o nível da água subia muito. Não dava nem para visitar os amigos ou ir à igreja, que também fica do outro lado.”

    O filho de Manoelina, Adalto José Soares, 52, foi um dos que ajudou na construção. “Quem tinha dinheiro ajudou com dinheiro. Quem não tinha ajudou com mão de obra. A gente brinca por aqui que foi a obra do cadinho”, brinca o comerciante. “Cadinho de um, cadinho de outro. Arregaçamos as mangas, porque se tivéssemos esperando pela prefeitura estaríamos sem a ponte até agora.”

    Demorou um mês para que a ponte, de três pilares, ficasse completamente pronta porque o trabalho dos moradores acontecia apenas aos sábados e domingos. Ou seja, foram necessários na realidade oito dias de trabalho para que a ponte fosse construída.

    “Fizemos a ponte com três pilares, com três metros de profundidade cada um. É toda de concreto e ferro, bem segura. Desde 2014, a prefeitura só nos dizia que não tinha como fazer a obra, porque não tinha verba, faltava dinheiro, o país estava em crise”, afirma Soares. “E nós conseguimos deixar tudo pronto em apenas um mês. Brincadeira, né?”

    VARIAÇÃO DO RIO

    A Susesp (Superintendências de Obras e Serviços Públicos de Barra Mansa) explicou, por meio de nota, que a ponte construída pelos moradores é “uma iniciativa válida”. Mas, “como foi feita sem o aval da prefeitura, não tem como garantir que houve um projeto elaborado com um cálculo estrutural eficiente, prevendo, por exemplo, a variação do nível do rio, a incidência de arraste de objetos pela correnteza e especificação de materiais condizentes com o projeto. Também não foram observadas normas para a acessibilidade”. 

     

  10. Petrobrás

    Querem destruir a empresa dos sonhos dos brasileiros: a Petrobrás

                                                                

    A Petrobrás é a única empresa brasileira que nasceu nas ruas, nos braços do povo, quando o petróleo era apenas um sonho dos brasileiros. Esse foi o maior movimento cívico que este país conheceu, intitulado de “O Petróleo  é Nosso!”. Isso aconteceu na década de 40/50, quando não existia televisão, internet, mas a campanha uniu brasileiros de norte a sul, de leste a oeste, militares, civis, comunistas, conservadores, estudantes, movimentos sociais inclusive As Ligas Camponesas, a voz que vem dos campos. É bom lembrar de Francisco Julião, mentor das ligas camponesas, que muito influenciou o Movimento dos Sem Terra. A ligação do MST com a campanha do petróleo é histórica!

    Na ocasião, brasileiros foram perseguidos, presos e mortos na campanha, isso quando não se sabia da existência de petróleo no Brasil, era apenas uma hipótese. Houve defensores ilustres do nosso petróleo como o General Horta Barbosa, general Bux Ball,  General Felicíssimo Cardoso, tio de Fernando Henrique Cardoso, apelidado de “General do Petróleo”. Como também Monteiro Lobato, um dos maiores escritores brasileiros, cuja obra invadiu o mundo. Lobato chegou a ser preso!

    O “Petróleo é Nosso!” resultou na criação da Petrobrás e do monopólio estatal do Petróleo. A médica Maria Augusta Tibiriça, coordenadora da campanha  escreveu o livro O Petróleo é Nosso, em 1983. No livro, a visionária Maria Augusta dizia que a luta do petróleo não termina nunca! Realmente, pois a luta pela cobiça de nosso petróleo se intensificou agora, com a descoberta do pré-sal, que já produz um milhão de barris de petróleo por dia.

    Tem que ficar claro que nenhuma empresa brasileira chega perto do que a Petrobrás faz por nosso país: nossa empresa de petróleo, além de abastecer ininterruptamente o país de derivados de petróleo por mais de 60 anos; representa 13% do PIB brasileiro e financia 80% das obras do país, com os impostos que paga. E o Brasil é o segundo canteiro de obras do mundo, só perdendo para a China, representando assim milhões de empregos!

    O pré-sal  eleva nossas reservas de petróleo para no mínimo de 100 bilhões de barris e garante a nossa autossuficiencia em hidrocarboneto, pelo menos para os próximos 50 anos. Qual a outra empresa oferece isso ao Brasil?

    A mídia e setores retrógrados do Brasil enganavam a sociedade dizendo que queriam acabar com a corrupção, na verdade era só para dar o golpe, tanto que tudo resultou no governo interino de Temer, o mais corrupto da República. No caso da Petrobrás, os petroleiros já denunciavam esses corruptos há muito tempo e ninguém se interessava em apurar nada. Hoje, quando se apura, há vazamento seletivo no intuito de derrubar o governo Dilma e principalmente manchar a imagem da Petrobrás com o claro intuito de permitir sua privatização, como fizeram com a Vale do Rio Doce, a maior mineradora do mundo, vendida a preço de banana! Muito bom que os corruptos sejam presos e que haja devolução dos valores desviados, mas de forma alguma que isso leve à destruição da empresa!

    Os golpistas queriam tirar Dilma não por conta dos erros, mas pelos acertos, para estancar os programas sociais, fazer a reforma previdenciária e trabalhista que, na verdade, é para tirar direito dos trabalhadores! E porque, tanto Dilma quanto Lula, sempre valorizaram a Petrobrás, então, para entregar o petróleo aos gringos, teriam primeiro que derrubá-la.

    Os governos de Lula do PT, quando assumiram, afastaram o perigo de privatização, fizeram a recomposição do quadro técnico que, com o FHC chegou a 33 mil funcionários, e hoje já chegou a 85 mil, além de terem retomado a indústria Naval. E principalmente por desenvolver em seu governo, na Petrobrás, tecnologia inédita no mundo que resultou na descoberta do pré-sal.

    Lamentavelmente no governo golpista de Michel Temer quem está comandando a Petrobrás é o ex ministro de FHC, Pedro Parente, gerente do apagão e participou do governo que tentou, de todas as maneiras, privatizar a Petrobrás. Só não conseguiram privatizar porque a categoria petroleira se mobilizou, na época, senão tinha sido entregue, como a Vale do Rio Doce!

    Quando eles falam em flexibilizar o pré-sal é para engabelar o povo, pois isso significa, na verdade, a entrega de nosso ouro negro. Como também é entrega a venda de ativos da Petrobrás, como a BR, termoelétrica, dutos, as fábricas de fertilizantes, terminais, navios petroleiros. A frota de navios da empresa é de 49 navios uma das maiores do mundo! Tudo conseguido com dinheiro do povo! Querem acabar também com o conteúdo local da Lei de Partilha, que representa, na verdade, fechar os estaleiros no Brasil, coisa que FHC fez em seu governo, construindo navios, plataformas, sondas, em Singapura. Os tucanos, aliados aos golpistas, querem transferir a industria naval para o estrangeiros para exportar empregos e renda para os gringos.

    Ao invés de diminuir o tamanho da Petrobrás, de empresa de energia para empresa somente de petróleo, a União teria que pagar a dívida que tem com a Petrobrás, que outrora bancou a conta de importação de diesel e gasolina para suprir o mercado. A Petrobrás, por seis anos, comprou a gasolina e o diesel  mais caro e vendeu mais barato para os consumidores para evitar impacto na inflação. Se a União pagar a conta, a Petrobrás volta ao patamar de antes da crise, que começou em outubro de 2014.

    Concomitantemente, a Petrobrás precisa concluir a obra das duas refinarias do Ceará e Maranhão, o que nos daria a autossuficiência no refino, inclusive com a exportação do excedente refinado. Como também, terminar o braço petroquímico do Comperj. O setor de petroquímico é o mais lucrativo do setor petróleo. Com essa medidas a Petrobrás, no mínimo, dobraria sua participação no PIB.  Mas o governo interino quer é entregar a empresa!

    Quando o petróleo era apenas um sonho o povo brasileiro foi para as ruas e garantiu a criação da Petrobrás! Será que agora, que o petróleo é uma realidade, nós vamos permitir a sua entrega aos gringos?             

    Rio de Janeiro, 15 de junho de 2016 

    Autor: Emanuel Cancella, – OAB/RJ 75 300              

    End: Praia do Flamengo nº 100, apto. 905, CEP 22210-030;               

    Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). 

    OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

     

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