ONU autoriza intervenção na Líbia


ONU autoriza intervenção na Líbia

Por 10 votos a zero, Conselho de Segurança autoriza criação de zona de exclusão aérea

Estadão.com.br/17 de março de 2011 | 19h 34

Link: http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,onu-autoriza-intervencao-na-libia,693415,0.htm

Luiz Raatz – estadão.com.br

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou nesta quinta-feira, 17, a imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia e a adoção de todas as medidas necessárias para impedir o massacre de civis por tropas do ditador Muamar Kadafi. A medida recebeu dez votos favoráveis e cinco abstenções: Brasil, China, Rússia, Índia e Alemanha. Tropas americanas, francesas, britânicas e de dois países árabes devem participar da ação militar. 

A decisão foi tomada um mês depois do início dos protestos pela derrubada do ditador, e uma semana após Kadafi ganhar terreno, em uma ofensiva que retomou diversas cidades do oeste da Líbia das mãos da oposição e chegou às portas de Benghazi, a capital rebelde.

Na cidade, manifestantes pró-democracia celebraram a decisão da ONU, mostram imagens da rede de TV Al-Jazira. Kadafi, por sua vez, em entrevista ao canal português RTP, qualificou a medida de ‘loucura e arrogância’. “Eles nunca terão paz. Faremos de sua vida um inferno”, disse Kadafi, segundo o The Guardian.

Mais cedo, a França indicou que poderia participar de uma ação militar tão logo a ONU desse o sinal verde. “A partir do momento em que a resolução for aprovada, ações militares poderão começar nas horas seguintes”, disse uma fonte diplomática francesa à AFP. “Ataques aéreos poderão começar já neste entardecer, ou amanhã, sexta-feira”.

O ministro da Defesa da Itália, Ignazio La Russa, sinalizou que o país deve liberar a base na Sigonella na Sicília em uma eventual operação. “Não vamos nos esquivar de nossos deveres, ainda que defendamos a moderação”, disse à Ansa.

Na Líbia, Kadafi ameaçou os rebeldes com um ataque final a Benghazi ainda hoje. O ditador fez um discurso via rádio no qual disse que as tropas do governo estão chegando à capital rebelde e lançarão uma ofensiva sem misericórdia.

Luis Nassif

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