Palocci responde à Veja

Fica claro a razão da revista não ter procurado Palocci antes da publicação da denúncia: ela não se sustenta. Não existe essa história de, na hora de alugar o apartamento de uma imobiliária, o inquilino pedir os documentos de propriedade do mesmo.

Quando li as primeiras notas sobre o episódio, supus que se tratasse do apartamento comprado por Palocci – aí sim, seria uma denúncia grave. Quando sai a denúncia, é uma falsificação: trata-se do imóvel alugado através de uma imobiliária.

A revista continua firme no exercício de avacalhar qualquer denúncia.

Palocci nega irregularidades em aluguel de imóvel

Apartamento em que vive o ministro estaria registrado nome de empresa de fachada, diz revista

iG São Paulo | 04/06/2011 12:39

Um dia depois de falar pela primeira vez sobre a polêmica em torno de sua evolução patrimonial, o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, respondeu neste sábado à notícia de que o apartamento em que vive seria de propriedade de uma empresa de fachada. A notícia foi divulgada neste sábado, em reportagem da revista Veja

Foto: AE Ampliar

Palocci vive em um apartamento no bairro de Moema, região nobre da capital paulista, avaliado em aproximadamente R$ 4 milhões, segundo a revista. O imóvel, diz a reportagem, está registrado em nome da empresa Lion Franquia e Participações Ltda. O texto aponta que os donos da empresa seriam Dayvini Costa Nunes, de 23 anos, com 99,5% das cotas, e Filipe Garcia dos Santos, de 17 anos, com 0,5%. Dayvini, segundo a revista, ganha salário de R$ 700 e seria apenas um laranja na operação.

Logo após a veiculação da matéria, a Casa Civil divulgou nota alegando que o imóvel foi alugado em 1º de setembro de 2007, por indicação da imobiliária Plaza Brasil, contratada pelo ministro. Segundo a nota, o contrato foi firmado “em bases regulares” entre Palocci e os proprietários, que seriam “Gesmo Siqueira dos Santos, sua mulher, Elisabeth Costa Garciam, e a Morumbi Administradora de Imóveis”. Ainda segundo a Casa Civil, o contrato foi renovado em 1 de fevereiro de 2010, entre Palocci e a Morumbi Administradora de Bens, empresa que sucedeu a Morumbi Administradora de Imóveis.

De acordo com o ministério, todos os aluguéis são pagos regularmente, por meio de depósitos bancários dos quais o ministro possui todos os comprovantes. “O ministro e sua família nunca tiveram contato com os proprietários, tendo sempre tratado as questões relativas ao imóvel com a imobiliária responsável indicada pelos proprietários”, prossegue a nota.

“O ministro, assim como qualquer outro locatário, não pode ser responsabilizado por atos ou antecedentes do seu locador”, continua o texto. Segundo a assessoria, Palocci não prestou esclarecimentos à revista porque não foi informado sobre o teor da reportagem.

Mais tarde, o advogado de Palocci, José Roberto Batochio, disse que a reportagem é uma “temeridade” e um “despropósito”, por atribuir ao inquilino responsabilidades que deveriam ser cobradas da administradora responsável pela locação do imóvel. Batochio comparou a situação de seu cliente à de um consumidor em relação ao dono do armazém onde ele faz suas compras. “Você não pode ser responsável pelos antecedentes do dono da mercearia onde adquire seus produtos de necessidade básica”, afirmou. “Eu acho essa matéria um despropósito.”

*Com informações da Agência Estado

Luis Nassif

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