País deveria estimular uso da energia solar, aponta pesquisa da PROTESTE

Fontes de energia alternativa ajudariam a reduzir o custo da conta de luz, por isso o Brasil deveria investir mais para estimular a energia solar. Foi o que apontaram 69% dos participantes de pesquisa feita pela PROTESTE Associação de Consumidores com 1.171 participantes, para mostrar a opinião de pessoas com pelo menos um sistema de energia alternativa instalado em casa.

Entre os participantes da pesquisa, 84% se mostraram interessados em energia alternativa. Os painéis solares obtiveram mais de 70% da preferência, entre diversas formas de energia alternativa sugeridas. E 58,4% apontaram que estão dispostos a investir em painéis solares de energia, sendo que 31,7% para poder manter o mesmo consumo a um custo inferior, e 54% tanto para reduzir o consumo quanto o custo da energia.

Hoje a maior parte da energia elétrica no Brasil é produzida por usinas hidrelétricas, e quando há escassez de chuva e os reservatórios estão com nível baixo, o governo precisa acionar outras fontes, como as térmicas, encarecendo a conta de luz. Mais da metade dos participantes da pesquisa (53,6%) consideram ser muito rentável manter a energia solar.

Dos que afirmaram ter painel solar, 85% o utilizam apenas para aquecer a água e 8% dos que tem o sistema fotovoltaico é também para produzir eletricidade. Quem tem painel solar o utiliza com outro sistema, geralmente com resistência elétrica nos painéis (44%). E têm como principais fontes de informação os fabricantes e instaladores dos equipamentos.

No caso de painéis instalados em combinação com uma resistência elétrica, o que é comum opção no Brasil, tal resistência é principalmente equipado com um sistema de programação. Os painéis são quase sempre instalados no telhado (99%).

Aquecedores solares com reservatório de 200 litros custam em torno de R$ 2,5 mil, e a produção média mensal de energia, segundo o Inmetro, pode chegar a 182 kwh/mês para sistemas de aquecimento de água para o banho. Considerando uma família de quatro pessoas tomando um banho de oito minutos por dia, o consumo mensal médio seria de 56 kwh/mês. Já com o painel solar, não haveria custo energético para aquecer a água para o banho.

Redação

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  1. Fonte : IPT obtém silício para uso em células solares

     

    Silício grau solar

    Engenheiros do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT) desenvolveram uma tecnologia nacional para obtenção do silício grau solar (SiGS), material empregado na produção de células solares fotovoltaicas, utilizadas para a conversão da energia solar em energia elétrica.

    Até o final da década de 1990, o silício grau solar era obtido como subproduto da produção do silício grau eletrônico (SiGE), um grau mais puro do silício, usado na fabricação de processadores de computador.

    O projeto do IPT, no entanto, desenvolveu o produto a partir de uma rota metalúrgica alternativa, de menor custo, chegando a um silício de alta pureza ( >99,999% ).

    “Com o estabelecimento de uma indústria produtora da principal matéria-prima empregada na produção de células solares fotovoltaicas, haverá condições favoráveis para projetos de implantação e expansão de indústrias fabricantes de células e painéis solares fotovoltaicos no Brasil, barateando toda a cadeia da energia solar no País”, afirma o pesquisador João Batista Ferreira Neto, do Laboratório de Processos Metalúrgicos, coordenador do projeto.

    Rota metalúrgica

    O Brasil já é um dos maiores produtores mundiais de silício grau metalúrgico, com capacidade de produção de aproximadamente 200 mil toneladas a cada ano – o silício grau metalúrgico é usado principalmente na fabricação de ligas de alumínio.

    A proposta é agregar valor a este produto com o desenvolvimento do silício grau solar, que atualmente é comercializado por aproximadamente US$ 20 o quilograma. O Brasil ainda não possui uma indústria de células solares e painéis fotovoltaicos, importando tudo o que utiliza.

    Segundo os pesquisadores do IPT, o próximo passo será conseguir parceiros para viabilizar o projeto em escala industrial. Os estudos de viabilidade financeira realizados pela equipe mostram que uma planta com produção de 100 toneladas de silício grau solar ao ano teria, apenas em sua fase piloto, um faturamento anual aproximado de US$ 2,1 a US$ 2,4 milhões.

    Uma equipe da Unicamp também obteve recentemente silício grau solar seguindo uma rota tecnológica desenvolvida inteiramente no Brasil.

     

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