O que a Esquerda se recusa a entender sobre Trump, por Arkx

por Arkx

o que a Esquerda se recusa a entender sobre Trump:

1. Sanders foi o grande catalisador das imensas insatisfações sociais aprofundadas pela não superação da crise de 2008. contudo, o “socialista democrata” não foi capaz de derrotar a viciada máquina de seu partido. tampouco enfrentou à altura o esquema Clinton. pior, a ele capitulou ao apoiar Hillary. deixou seus seguidores à deriva;

2. a tática Democrata de focar o processo político na defesa do “direito da minorias”, nunca passou de cortina de fumaça para ocultar a causa das crescentes desigualdades sociais: uma economia girando em torno dos interesses dos 1% para pauperizar todos os demais;

3. quando a Esquerda (Sanders) fracassa e se omite em apontar causas e rumos, num cenário de grave escalada rumo a guerra nuclear (promovida pela sionista Hillary), Trump (com seu viés neofascista)  se impõe como a única alternativa. não somente para os anseios populares como para setores do próprio establishment que propõe não haver qualquer estabilidade, interna ou externa, dentro do falido modelo de um mundo unipolar;

4. Trump foi o ponto para o qual convergiu simultaneamente a insatisfação dos de baixo e dos de cima. aquela circunstância na qual, em meio a uma acentuada crise econômica, nem os de baixo nem os de cima já não mais podem viver como antes;

5. a mudanças são incontornáveis e inadiáveis. seja pela guerra de extinção, seja pela construção de um mundo multipolar. todos estamos no meio de um turbilhão nesta encruzilhada. no mundo e no Brasil a hora é agora. summer is coming.

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Redação

37 Comentários

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  1. Via de regra não concordo com

    Via de regra não concordo com você, mas nesse artigo específico aqui tenho que concordar em tudo.

    O item 2 merece ser emoldurado e pendurado na parece

    2. a tática Democrata de focar o processo político na defesa do “direito da minorias”, nunca passou de cortina de fumaça para ocultar a causa das crescentes desigualdades sociais: uma economia girando em torno dos interesses dos 1% para pauperizar todos os demais;

    Temos uma esquerda pós-lulista e pós-junho de 2013, que quer a hegemonia da esquerda com a destruição do PT (promovida por ela , alias…), mas que faz exatamente isso, centra o processo político na defesa do “direito da minorias”. Eu acho que essa esquerda precisa se aprofundar nas reais necessidades do povo, principalmente por que as próximas décadas prometem ser tenebrosas. O povo vai se preocupar com empregos e renda, e não com um terceiro banheiro para transsexuais…

    1. o que a Esquerda se recusa a entender sobre Trump

      sim… mas não estou afirmando que a luta das minorias é secundária e pode ficar prá depois. apenas argumento que ela não pode se sobrepor a luta geral contra a desigualdade. ou seja, há uma opressão geral sobre os 99% (por assim falar, ok). mas mesmo entre os 99% há opressões específicas – inclusive de uns sobre os outros.

      o que se coloca então são duas abordagens sobre o poder. numa o poder é centralizado. na outra o poder está nas relações. não é nem algo que se possua, tampouco um lugar que se ocupe.

      ao mesmo tempo é possível ser oprimido e opressor. um trabalhador precarizado pode também oprimir sua mulher. ou seu filho trans.

      abraços

      p.s.: um boçal exemplo ocorre justo agora na ALERJ. os mesmos puliça atingidos pelo austericídio do Pezão e Cia., e que ocuparam o plenário na semana passada, reprimem uma manifestação dos demais servidores. aliás, vc comentou sobre isto.

      -> Os mesmos policiais que reprimiriam qualquer manifestação de outra categoria e que gritavam uh é bolsonaro… uh é bolsonaro…

      1. Quanto a referido exemplo, é

        Quanto a referido exemplo, é por aí mesmo… E acrescento que parece até que alguns policiais desistiram de reprimir os protestos… queria ver fazerem isso se não tivessem policiais envolvidos. Acho que ali foi mais auto-preservação que tudo.

        Reprimir estudante e professor é uma coisa. Reprimir gente armada é outra bem diferente, e como sabemos, eles não estão ganhando para isso.

        E parece que teve principio de confusão dos policiais protestando contra o pessoal do PUTS… ops, PSTU, pois estes (os policiais, evidente) chegavam com carro de som com faixa pedindo intervenção militar…

        Tá ruim para a população em geral como para reaça pobre… lembrando também que a turma da intervenção militar invadiu a câmara federal… (Ah, se fosse o MST…)

        De qualquer forma, para mim fica cada dia mais claro que esse pessoal só respeita a força, e que se o lado de cá não largar o pacifismo, a coisa não vai andar… este fds mesmo discuti com o pessoal do MBL no face, eles começam se fazendo de vitima, vindo com um discurso que lembra do PSOL, e é só a gente não cair, que a máscara deles cai e o discurso abertamente fascista vem a tona. Até de militantes do NOVO, que querem se mostrar como uma direita mais democrática… 

         

         

        1. o que a Esquerda se recusa a entender sobre Trump

          -> E acrescento que parece até que alguns policiais desistiram de reprimir os protestos…

          dois PM do Batalhão de Choque abandonam a repressão.

          https://www.facebook.com/midiaNINJA/videos/vb.164188247072662/762204670604347/?type=2&theater

          -> De qualquer forma, para mim fica cada dia mais claro que esse pessoal só respeita a força, e que se o lado de cá não largar o pacifismo, a coisa não vai andar…

          de fato, o pacifismo é uma armadilha. estão aí os grandes exemplos de Ghandi (até hoje persistem as imensas desigualdades na Índias, até mesmo as castas) e Dalai Lama (este deixou o próprio povo ser imolado pelo exército chinês enquanto fugiu para o exílio).

          só que fora do “pacifismo” tudo também são armadilhas. e a luta armada seria o nosso melhor e mais próximo exemplo.

          só o que pode se contrapor a uma ditadura (e estamos num tipo de ditadura) é um gigantesco movimento de massas. e isto já ocorre no Brasil (ok, sei que vc não concorda). o que falta é unificar todas as lutas setoriais sob uma bandeira comum.

          e aqui cabe uma ressalva: unificar não implica em homogeneizar. as lutas setoriais se mantém, mas sob uma perspectiva unificada interconectando uma com todas as outras.

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          1. “só o que pode se contrapor a

            “só o que pode se contrapor a uma ditadura (e estamos num tipo de ditadura) é um gigantesco movimento de massas. e isto já ocorre no Brasil (ok, sei que vc não concorda). o que falta é unificar todas as lutas setoriais sob uma bandeira comum.”

            De fato, creio ser essa a única saída. Botar uma quantidade de gente na rua tal (casa dos milhões de pessoas) que seja impossível ser detida sem um imenso banho de sangue, e mesmo assim, com pesadas baixas para polícia/Exército. E será que o exército acha que esse governo Temer vale o banho de sangue ?? ver esse artigo aqui

            https://jornalggn.com.br/noticia/globo-prepara-o-terreno-para-corte-na-aposentadoria-militar-por-j-carlos-de-assis 

            “o que falta é unificar todas as lutas setoriais sob uma bandeira comum.”

            Temos contra o governo:

            Frente Brasil Popular

            Frente Povo sem medo

            Secundaristas

            Sindicatos

            CUT

            CTB

            Conlutas (morenista)

            Força sindical (contra algumas reformas específicas)

            Estudantes universitários

            PT, que se subdivide em

            PT majoritário (Podemos chamar de PT Lulista)

            PT mensagem

            PSTU (morenistas)

            PSOL que se divide em

            MES (morenistas)

            CST (morenistas)

            Demais correntes

            PCB

            PCO

            Rede (Incluída aqui essencialmente por ser opor a PEC 51)

            Demais movimentos de esquerda que não são de partidos registrados.

            E em alguns estados em maior crise

            Servidores estaduais, que se dividem em

            Servidores da Educação

            Servidores da Saúde

            Bombeiros e policias.

            Movimentos Sociais

            MST e MTST, por exemplo

            Temos as seguintes pautas:

            – Contra PEC 241

            – Contra a Lava-Jato/Possível prisão arbitrária de Lula

            – Fora Temer

            – Eleições Gerais já

            – Contra Reforma Trabalhista

            – Contra reforma da previdência

            – Contra pautas conservadoras.

            – Contra o golpe, que meio que resume todas (Exceto reforma da providência) 

            Voce não consegue agrupar os movimentos por nenhuma dessas pautas. A pauta mais abrangente, que é contra o golpe, e a mais importante, é a que agrupa menos gente… Tem gente insatisfeita dentre os grupos que citei que defende intervenção militar (Justamente o único grupo com acesso a armas).

            Se unificarmos as lutas, ficamos mais perto de termos um gigantesco movimento de massas, mas unificar esses grupos por uma bandeira comum parece quase um milagre… o ideal é trazer gente que ainda não estaá no jogo para levantar a bandeira contra o golpe e prescindirmos de alguns desses grupos. Os PM´s por exemplo, não estarão do nosso lado nunca.

             

             

          2. o que a Esquerda se recusa a entender sobre Trump

            -> Botar uma quantidade de gente na rua tal (casa dos milhões de pessoas) que seja impossível ser detida sem um imenso banho de sangue

            não precisa ser tanta gente. ao menos em uma única manifestação. 50/100 mil pessoas é muita gente. enche totalmente a av. Rio Branco (ainda mais agora, com o VLT). ocupa a Cinelândia. bloqueia a av. Antonio Carlos, em frente a ALERJ.

            é muito mais uma combinação de quantidade e qualidade de pessoas nas manifestações, do que somente milhões de pessoas.

            (veja bem, estou compreendendo e concordando com seu comentário. apenas acrescento alguns pontos a respeito).

            -> ver esse artigo aqui

            tinha visto de manhã. vai pegar prá todo mundo. os golpistas vão conseguir o milagre: unificar o Brasil contra o Temer. ficarão isolados. momentos dramáticos e perigosos.

            (summer is coming. como em Game of Thrones. antes do golpe, escrevia: winter is coming. agora: vem vindo o verão. não exatamente a “revolução”, como algumas vzs vc me admoestou – numa boa. muito mais: a chapa vai ferver.)

            -> Voce não consegue agrupar os movimentos por nenhuma dessas pautas.

            excelente inventário de grupos e lutas setoriais. mas como unificar? ninguém tem o poder de fazer esta, digamos assim, mágica – ou milagre. apenas a dinâmica do próprio movimento de resistência ao se transformar em re-existência.

            e como isto se concretiza: com certeza não somente pela bandeira do “abaixo”, “fora” e “não”. é preciso ser propositivo. afirmativo. tem até uma matéria da Naomi Klein hoje no GGN, nesta linha.

            pelo lado do “contra”, o que unifica? acho que: “abaixo o neoliberalismo”, “não ao arrocho”, “os trabalhadores não pagarão o pato”. por aí.

            (não é uma discussão teórica. é a pauta mais importante no momento: como unificar)

            mas pelo lado propositivo, como seria? mais difícil, não? o que propor sem cair nos velhos clichês, de modo que todos entendam e abracem? esta deveria estar sendo a grande discussão nas Esquerdas.

            mas não tenho dúvida que até a entrada do Verão isto vai acontecer. vai unificar!

            -> Os PM´s por exemplo, não estarão do nosso lado nunca.

            na minha idade e com a minha experiência de vida, por favor não me tome por ingênuo. não me iludo com a Direita, com a lumpenburguesia e muito menos com os agentes do aparelho de repressão.

            mas… não devemos nunca deixar de levar em conta que junto com o papel social que representam, sejam policiais ou Ministros do STF, os agentes da ordem são também “pessoas” – com todas as suas complexidades.

            as defecções ocorridas ontem na ALERJ são um bom exemplo.

            valeu!

            p.s.:

            permita-me aqui. penso que é mais do que tempo de deixar ir o que já morreu. seja o que for. laços que precisam ser superados. ciclos que já se encerraram. senão a renovação e novos ciclos não podem ser iniciados.

            no vídeo abaixo uma cena do filme “Capitão Fantástico” (nada a ver a partir deste título a narrativa presumível): a cremação da mãe, atendendo ao seu desejo, após ser desenterrada pelos filhos e marido.

            [video:https://www.youtube.com/watch?v=3rdNdzzVkUU%5D

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  2. Tem algo aqui que eu esqueci.

    Tem algo aqui que eu esqueci. Há umas duas semanas, estive no colégio Pedro II do Centro, levando mantimento para os ocupantes. Me chamou a atenção um cartaz falando que as manifestações eram apartidárias. E também até onde sei, parece que elas não se articulam com movimentos contra o golpe, talvez com medo de serem associadas ao PT e isso depor contra as ocupações, ou para evitar rachas, lembrando que parte dos estudantes possivelmente apoiou o impeachment ou pelo menos não se opôs… (Turma do Fora Todos !!!!)

    Voltemos a Junho de 2013. Nos atenhamos ao fato que aqueles protestos, pelo menos no médio prazo (Agora), produziram resultado oposto ao que os manifestantes iniciais desejavam. Lembremos de alguns conceitos caros a aqueles protestos (Horizontalidade, apartidarismo). Será que esses condeitos não acabaram por facilitar a cooptação daqueles movimentos ??

    Lembremos da PEC do ministério Público, que a direita vendeu na época como uma tentativa de impedir investigações, mas que na verdade limitava os poderes do ministério público que acho que hj ninguém nega que são excessivos… essa bandeira foi abraçada pelos protestos sem maior reflexão e de forma inconsequente ??? Assim como algumas outras bandeiras ???

    Já que auto-crítica é a palavra da moda, acho que deve ser feita uma auto-crítica daquele movimento, se não dá para desfazer o qeu foi feito, mas para evitar que erros cometidos naquela ocasião sejam cometidos novamente.

    1. o que a Esquerda se recusa a entender sobre Trump

      ->Voltemos a Junho de 2013. Nos atenhamos ao fato que aqueles protestos, pelo menos no médio prazo (Agora), produziram resultado oposto ao que os manifestantes iniciais desejavam. Lembremos de alguns conceitos caros a aqueles protestos (Horizontalidade, apartidarismo). Será que esses condeitos não acabaram por facilitar a cooptação daqueles movimentos ??

      não concordo com isto. mas sem polêmicas estéreis.

      por favor, leia o meu “p.s.” em resposta ao seu comentário anterior. e veja o vídeo (é rápido). tem uma porrada de coisas (e pessoas, e relações e coisas nossas mesmo) que já morreram – ou moribundas estão. chegou a hora de deixar que elas se vão.

      vamos enterrar (ou cremar, melhor ainda) nossos mortos com respeito, com alegria, com música, com dança, com uma bela homenagem, com todo o sentimento de nosso coração. e vamos rejuvenescer. para abrir um novo ciclo.

      é como sinto e penso.

      (em seguida sobre como a PEC do MP foi o momento em que Junho de 2013 começou a ser aparelhado pela Direita. já postei sobre isto aqui no Nassif.)

      -> Lembremos da PEC do ministério Público, que a direita vendeu na época como uma tentativa de impedir investigações, mas que na verdade limitava os poderes do ministério público que acho que hj ninguém nega que são excessivos… essa bandeira foi abraçada pelos protestos sem maior reflexão e de forma inconsequente ???

      Junho de 2013: tudo ainda gira na encruzilhada de Junho de 2013. por isto é preciso avançar em um novo ciclo.

      notas sobre Junho de 2013: crítica e autocrítica

      em 18/06/2013, no vácuo aberto pela irrupção nas ruas, ocorre a primeira tentativa explícita de capturar as manifestações para impor uma pauta unificada a um movimento marcadamente horizontal e  descentralizado.

      é postado um vídeo do Grupo Anonymous Brasil  reivindicando 5 causas: arquivamento da PEC 37/2011, a saída de Renan Calheiros da presidência do Congresso Nacional,  investigação e punição de irregularidades nas obras da Copa, pela PF e MPF, criação de uma lei que trate casos de corrupção no Congresso como crimes hediondos, fim do foro privilegiado.

      causas absolutamente  incongruentes com o Anonymous, que apesar da pluralidade característica de coletivos não centralizados, converge para uma linha de ação direta e atuação não institucional.

      todas as “5 causas”  apontando  na direção contrária e com um sentido coerente com o defendido por setores do MP e da PF.

      nem Anonymous e demais coletivos envolvidos com Junho de  2013, tampouco o Governo e o PT, se deram conta da óbvia manobra em curso.

      Junho de 2013 nunca foi o problema. ao contrário, era parte da solução.  até  mesmo as “5 causas” não eram incompatíveis nem com Junho de 2013 e menos ainda com as exigências de aprofundamento da Democracia Brasileira.  

      vídeo “As 5 causas”:

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=v5iSn76I2xs%5D

      as infiltrações nas manifestações pelos órgãos de segurança já ocorriam. vídeo abaixo com militar atuando no ataque dos manifestantes ao Palácio Itamaraty.

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=ndUCBsSOVVU%5D

      ainda no contexto de Junho de 2013, é impossível não considerar o mega vazamento efetuado por Edward Snowden, revelando como a NSA espionava a Petrobrás, grandes empresas brasileiras e a própria Dilma Roussef. frise-se também que o país preferido para asilo político por Snowden era o Brasil – evidentemente que o Brasil não oferece a menor condição de independência segurança para isto, o que demonstra o quanto a Esquerda tradicional ficou aquém de sua missão no governo.

      frise-se aqui como foi a um jornalista “brasileiro” (Glenn Greenwald) que Snowden escolheu entrar em contato. apenas coincidência?

      quanto ao caso Snowden em 2013, é imprescindível assistir ao documentário “CitzenFour”.

      vários coletivos produziram seus documentos de análise e autocrítica sobre Junho de 2013. alguns podem ser acessados em:

      LUTANDO NO BRASIL – Sobre grandes mobilizações e o que fazer quando a fumaça se dissipa.

      LUTANDO NO BRASIL – Parte II: RECIFE, SÃO ROQUE E RIO DE JANEIRO

      para um visão do ponto de vista dos participantes das insurreições mundiais:

      Aos Nossos Amigos

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      1.  sem polêmicas

         sem polêmicas estéreis.

        vamos enterrar (ou cremar, melhor ainda) nossos mortos com respeito, com alegria, com música, com dança, com uma bela homenagem, com todo o sentimento de nosso coração. e vamos rejuvenescer. para abrir um novo ciclo.

        Você é muito cínico. Deve ser policial disfarçado.

  3. o ideal é trazer gente que

    o ideal é trazer gente que ainda não estaá no jogo para levantar a bandeira contra o golpe e prescindirmos de alguns desses grupos

    O que falo aqui são as classes populares que ainda não adentraram a Luta. A única participação deles no processo foi nas recentes eleições, dando votos em massa para as candidaturas golpistas…

  4. Quando você diz “o que a
    Quando você diz “o que a direita não entende” você quer dizer “o que a Globo não entende” ou “o que o PSOL” não entende?

  5. Esquerda, direita, nada disto importa…

    O discurso deveria ser no porquê não temos um sistema capitalista pleno?

    A direita pensa num sistema neo-colonial e a esquerda quer um sistema pós-socialista mas se o capitalismo não se desenvolver de forma plena nunca teremos uma economia sólida e um sistema político que se desenvolva livremente…

    E tem que acabar com a mania das pessoas usarem o serviço público como trampolim político, que é muito fácil de fazer…

  6. Esquerda?

    Acho que os ditos de esquerda não se entende mesmo, no final eles passam a se agredir e abrem espaço para os verdadeiros e organizados ditos de direitas; Digo mais; Os Esquerdas são traíras, basta ver os ditos aqui nessa merda de Brasil. Trump, vai terminar igualzinho o Lula, se ele ajudar os mais pobres, todo mundo gosta dos pobres, só que a direita sabe melhor aproveitar desse lixo.

  7. o chao e o trumpismo

    Alguem sabe os nomes dos presidentes dos países latino americanos, do Uruguai ao México? E já sabe até o que Trump pensa. Se os arejados são desse nível, estamos sem chão.

  8. Só perdendo a noção da

    Só perdendo a noção da realdiade para a firmar que o Trump é a saída do establishment norte americano. A candidatura da Hillary sempre foi a candidatura de Wall Street. Sanders a apoiou unicamente para barrar Trump. Foi uma estratégia ruim? Podemos discutir, mas de todo não é uma culpa da capitulação de Sanders ou da esquerda. Muita água ainda vai rolar debaixo dessa ponte e surpresas podem acontecer.

    1. Uma ressalva…

      Wall Street não aposta em um cavalo só, embora seja correta a noção que preferisse a aparente “estabilidade” dos Clinton.

      Mas não ficará infeliz com as oscilações que poderão vir com o krusty-trump, é só uma questão de realinhamento dos portifólios e posições.

      O complexo bélico-industrial-financista-petróleo dos EUA funciona por moto-próprio, e a gestão Obama e seus fracassos nas agendas sociais, com aumento das desigualdades, apesar da leve recuperação econômica são provas disso.

      O que ameaça(va) o establishment estadunidense é o mundo que começava a se desenhar com Brasil, Venezuela, Rússia, África do Sul, China, Turquia, Irã, Índia, discutindo a “desdolarização” das trocas internacionais e a criação de fundo mútuo de auxílio, fora das entidades já conhecidas.

      A mera suposição de que poderia haver um crescimento de produto interno sistemático nesses países, acompanhado de alguma melhoria na distrubuição de renda e padrões de consumo básicos já seriam suficientes para ameaçar a previsibilidade dos EUA no que diz respeito a fontes energéticas e outros recursos primários.

      Inseminando golpes e instabilidades no cone sul, mantendo a tensão que imobiliza o Oriente Médio (Turquia, Irã, Israel, etc), isolando a China e Índia, e por último, colocando a Rússia no seu papel de rival preferencial para agradar a Europa, os EUA conseguem remontar seu eixo de poder por mais alguns anos.

      O problema é que o estilo trump tem efeitos colaterais, como a aproximação da China com outros países do extremo oriente (Japão e Coreia), bem como pode haver reações indesejáveis (e em cadeia) das populações dos países de seu quintal, aumentando a volatilidade social a ponto de atrapalhar os interesses dos EUA e sócios menores.

    2. o que a Esquerda se recusa a entender sobre Trump

      -> Só perdendo a noção da realdiade para a firmar que o Trump é a saída do establishment norte americano.

      para recuperar um pouco da noção de realidade:

      Trump or not Trump é uma disputa interna dos 1%. Trump, como bilionário que é, faz parte do 1%.

      só que esta turma está meio que rachada. alguns, como Killary Rodomski, acreditam piamente que algum bunker subterrâneo os protegerá do armagedon.

      outros, como Zbigniew Brzezinski, sabem que o inverno nuclear, assim como a hecatombe ecológica, não poupará ninguém, nem mesmo as baratas e os reptilianos…

      sobre a ascensão de um mundo multipolar:

      Tabuleiro quebrado: Brzezinski entrega o Império, por Mike Whitney

      sobre as baratas reptlianas:

      Going underground: village complete with golf course, spas, helipads and an equestrian center

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=CffqYvGrjLo%5D

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  9. Auto-crítica de contrabando

    Não satisfeito em disseminar a lenga-lenga aqui no blog sobre os “erros da Esquerda”, o autor vem trazendo de fora seu contrabando.

    Comentário um pouco mais sofisticado com gráficos e injunções sociológicas sobre a questão de classe distribuição de renda nos EUA.

    Alguma coisa se aproveita, mas a base do comentário está sob premissa falsa.

    1- Desconsidera que no voto popular direto, Hillary ganhou (ainda que por margem de menos de 0.3%) o candidato republicano.

    2- Essa consideração é crucial, porque o autor leva em conta o resultado tomando como referência um voto indireto e de colégio eleitoral.

    3- De acordo com os números (ler Carta Capital dessa semana, estou sem paciência para bricolagem de gráficos e números), a parcela mais pobre e os negros e latinos votaram em massa em Hillary. Ou seja, a questão de classe e racial continuam bem delimitadas no cenário de lá, o problema é outro, vejamos…

    4- A questão crucial, que remonta o funil eleitoral de lá desde sempre, mas que teve cores mais dramárticas com a eleição de bush jr em 2000, e novamente agora em 2016, é que boa parte dos excluídos economicamente também é impedido de votar por estar vinculado a algum procedimento criminal (condicional, sursi, etc).

    5- Sanders talvez tivesse mais chances em um cenário tão polarizado, haja vista que o não comparecimento entre democratas foi muito maior que entre os republicanos. 

    Então, essa história de que foi a Esquerda que errou é tolice.

    O sistema estadunidense (seja o establishment democrata ou republicano) nunca admitiria Sanders, seja lá a tática ou estratégia adotada por ele, salvo se fizesse as “rendições antecipadas”, como Lula na Carta aos Brasileiros.

    Aí poderia até ganhar, mas ficaria refém dos humores parlamentares, mesmo entre os seus, acostumados com o modus operandi de trocas e financiamentos.

    Teríamos que “exportar” a esquerda-alice para lá (bem, acho que eles também tem esse tipo por lá) para chamar Sanders de traidor…

    Vou repetir o que disse:

    trump não é mais do que um reagan mais espalhafatoso, ou um bush mais idiota.

    É o soluço rotineiro do esquema de representação das plutocracias capitalistas quando recém saídas de períodos de refluxo de capitais, quando se prerapara para impor o mundo uma nova expansão da grana, em busca de ativos e países pagadores de juros e compradores de sua moeda.

    Se andar sde acordo com o roteiro, vai acentuar tudo o que vem sendo feito pelos EUA desde muito tempo (com vaselina ou sem vaselina no big stick).

    Caso contrário, se desagradar algum setor mais radical, leva um tiro…ou é impedido e/ou “renuncia”.

    1. o que a Esquerda se recusa a entender sobre Trump

      quer um pouco de atenção, né… mas o tilintar de suas múltiplas cabeças se batendo umas contra as outras continua turvando seu raciocínio. de que lhe vale tantas cabeças se não conseguem pensar em conjunto?

      -> a lenga-lenga aqui no blog sobre os “erros da Esquerda”, o autor vem trazendo de fora seu contrabando.

      antes de tudo, se é “contrabando”  tem que vir de fora.  mas com várias cabeças, parece que algumas estão ainda mais por fora do que as outras…

      o que a Esquerda se recusa a compreender sob Trump é muito simples (muito embora nenhuma das cabeças demonstre ter raciocinado a respeito): gostemos ou não, Trump se tornou o último homem entre nós e a guerra nuclear.

      exagero? coloque as cabeças prá pensar. concluirá que não é…

      e já que o assunto principal é a guerra, e não exatamente Trump, um resumido histórico de como o “sionista discreto” Bernie Sanders hipocritamente se posicionou a respeito. é também um bom exemplo da “infabilidade da Esquerda”.

      – Sanders não apenas apoiou a guerra em Kosovo (o que levou a renúncia de um de seus assessores) como chamou a polícia para prender ativistas anti-guerra que em protesto ocuparam seu gabinete;

      – Sanders não apoiou o voto isolado de Barbara Lee contra guerra no Afeganistão;

      – Sanders apoiou o emprego da maquina de guerra dos EUA na  “guerra mundial contra o terror”;

      – Sanders apoiou o financiamento da guerra no Afeganistão;

      – Sanders votou favorável a verbas para o Department of Homeland Security;

      – Sanders votou em favor de pacote de US$ 1 bi em apoio ao governo neoliberal pró EUA da Ucrânia;

      – Sanders defendeu o “direito” do estado terrorista de Israel atacar com mísseis a população civil da Faixa de Gaza;

      – Sanders conclamou a família real saudita a enviar sua tropas ao Iraque, Síria e Líbia;

      – Sanders votou várias vezes favorável a pacotes de “ajuda” a Israel;

      – Sanders, através de um assessor, renegou suas declarações anteriores, ainda na década de 80, acerca de suspender o fornecimento de material bélico pelos EUA a Israel;

      – Sanders defendeu manutenção da “ajuda militar” a Israel e rejeitou qualquer apoio ao movimento BDS;

      – Sanders apoiou o uso de drones para assassinato seletivo de suspeitos de terrorismo;

      – Sanders apoiou a punição a Snowden sem nunca ter se posicionado do mesmo modo acerca dos envolvidos (inclusive Hillary como Secretária de Estado) nos crimes por Snowden denunciados.

      Sanders e o bombardeio de Isarel contra a Faixa de Gaza:

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=Vf2cCdgwgoM%5D

       

      p.s.:

      -> estou sem paciência para bricolagem de gráficos e números)

      é a idade. perda de humor e irritabilidade são sintomas da senilidade precoce.

      .

  10. O que a esquerda não quer entender

    É que a terceira posição bate à porta e principalmente os nacional-bolcheviques tem um discurso extremamente sedutor às massas desamparadas.

    A opção entre a Srª Clinton e Trump é a não opção.

    O sistema político partidário estadunidense não abre uma brecha para que seja feita qualquer escolha que não esta dicotomica entre Republicanos e Democratas, no fundo um corte único no espectro partidário.

    Trump é um outsider. Como Sanders de certa maneira também o é.

    A diferença é que as hostes republicanas foram previamente dissolvidas e cooptadas por Trump, e a Srª Clinton opera com destreza a máquina democrata.

    Mas se serve de consolo melhor Trump do que Ted Cruz.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Terceira_posi%C3%A7%C3%A3o

  11. A esquerda

    brasileira (TODA A ESQUERDA) está totalmente desorientada e tragada por uma violenta disputa interna por PODER. Até agora Ela foi incapaz de realizar uma análise séria e profunda sobre o GOLPE. 

    1. o que a Esquerda se recusa a entender sobre Trump

      -> tragada por uma violenta disputa interna por PODER.

      a Esquerda tradicional não está mais em condição de exercer nenhum poder. tem uma nova Esquerda florescendo por toda parte, mas ainda não é capaz de exercer poder suficiente para pender a correlação de forças na sociedade a seu favor.

      em torno, tudo está em colapso. com cenas de canibalismo explícito cada vez mais violentas. na guerra de famiglias, é cobra devorando cobra. e aí sim está a violenta disputa interna por PODER.

      .

  12. o que a Esquerda se recusa a entender sobre Trump

    Trump: a queda da Nova Ordem Mundial.

    afinal, quem é Trump? ou melhor: por que o deep state norte-americano garantiu a eleição de Trump? ou seria possível um discurso como o abaixo sem aprovação prévia das forças que deram suporte a Trump dentro do próprio establishment?

    Trump: qual o novo “sistema mundo” em ascensão?

    dossiê Trump: a guerra de famiglias nos EUA

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=FVvHiQsYWsI%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=shqblcQW2RI%5D

    .

  13. o que a Esquerda se recusa a entender sobre Trump

    dossiê Trump: “Sou eleitor de Bernie Sanders… Aqui minhas razões para votar em Trump”

    “Eu nunca votei no Partido Republicano em minha vida, a começar pelo meu primeiro voto nos 1960s. E sempre apoiei Bernie Sanders para presidente (mesmo antes dele entrar na disputa). A razão para esse apoio é seu histórico em cargos públicos, especialmente em relação as seguintes  dez questões-chave, onde as ações de Sanders em cargos públicos contrastam fortemente com as ações de Hillary Clinton. (cujas declarações políticas são muitas vezes mentirosas, mas suas ações nunca enganaram – as ações sempre expressam a verdade.)”

    .

  14. o que a Esquerda se recusa a entender sobre Trump

    dossiê Trump: “O fim da Destruição Múltipla Assegurada (D.M.A.) – E o Início da Loucura”

    “Os EUA e seus aliados na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) estão trilhando o caminho da guerra contra a Rússia, acelerando a inevitabilidade de um ataque russo, em manobra autodefensiva. É exatamente disso que tratam os dois avisos que já foram dados pelo Presidente Vladimir Putin. Atingido o ponto de ebulição, terá início a fase do dedo no gatilho – e não haverá nova advertência.’”a.’” 

  15. o que a Esquerda se recusa a entender sobre Trump

    dossiê Trump: a Rússia com o dedo no botão

    como todos nós estaríamos se tivéssemos participado de um treinamento em larga escala, numa preparação para um provável conflito com uso de armas de destruição em massa?

    como nos sentiríamos após uma mobilização envolvendo 50 milhões de brasileiros, junto com 250 mil especialistas e 60 mil equipes de resgate e socorro em caso de ataque químico, biológico e nuclear?

    no ocidente e no Brasil todos estamos dentro de uma enorme bolha, mantida pela mídia corporativa, e completamente alienados do crucial momento e de suas fatais conseqüências.

    enquanto o mundo está literalmente à beira de uma guerra, com os ICBM cortando os céus, no Brasil tudo isto parece tão remoto quanto o genocídio do povo sírio. mas mesmo a Síria é aqui:

    “A explosão da violência e das mortes violentas no Brasil tem crescido tanto nos últimos anos, que o total de mortes contabilizadas no país, entre 2011 a 2015, já supera o de mortos na Síria: 278.839 aqui contra 256.124 lá.”

    fonte: https://br.sputniknews.com/brasil/201611116796707-seguranca-violencia-homicidios-taxas-pesquisa-crime-organizado/

    “Quando as relações entre a Rússia e os EUA se desintegram em consequência da escalada na guerra proxy na Síria, a qual culminou hoje com uma paralisação por Putin do esforço de limpeza do Plutónio em conjunto com os EUA , pouco antes de o Departamento de Estado dos EUA ter anunciado que cessaria negociações com a Rússia sobre a Síria, amanhã (5/Out) um número sem precedentes de 40 milhões de cidadãos russos, bem como 200 mil especialistas de “divisões de resgate de emergência” e 50 mil unidades de equipamentos começarão a tomar parte num ensaio com quatro dias de duração de defesa civil, evacuação de emergência e preparação para desastres, informou o ministro russo da Defesa Civil no seu sítio web .”

    Quarenta milhões de russos tomam parte em ensaio de “desastre nuclear”

    – Os media ocidentais praticamente ignoraram esta notícia

    por Tyler Durden

    http://resistir.info/russia/desastre_nuclear_04out16.html

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      1. o que a Esquerda se recusa a entender sobre Trump

        já te disse antes: me deixe fora dessas comemorações.

        boa essa do Chomsky!  e aqui tá outra, mas não sei se tem em português…

        e tem mais que todo mundo ficar muito preocupado mesmo! inclusive aqui no Brasil, olhaí… desmoronando geral. quem vai segurar essa barra! grau zero. e olha que ainda nem teve a “deduração premiada” do fim do mundo.

        HALLE/CHOMSKY: AN EIGHT POINT BRIEF FOR LEV (LESSER EVIL VOTING)

        (defendendo o voto útil em Hillary – muito boa discussão)

        .

          1. o que a Esquerda se recusa a entender sobre Trump

            -> propósito, não foi voce que declarou que anulava o voto desde 1989?

            me “provocando”? aceito. mas antes, se vc gostou da defesa de Chomsky do voto útil em Hillary faz parte tb ler os contraponto a ele feitos. são tão sólidos quanto. e aí? como fica?

            então vem a parte mais legal. tenho pensado muito a respeito de algo (óbvio que não sou nenhum “acadêmico”, sou apenas alguém que tenta pensar com a própria cabeça – e me basta apenas uma para isto) , sobre este trabalho de produção coletiva de informação. pois bem, ontem li no Alok uma reflexão do Coletivo Vila Vudu a respeito. impressionante.

            a “verdade” não é “pós”, ela tem muitos lados porque a própria “realidade” é heterogênea e multifacetada. então o que podemos fazer?  desconstruir a informação oficial e reconstruí-la de acordo com outros prismas. a construção coletiva da contra informação gerando uma outra informação: a mídia somos nós. o texto somos nós. a informação somos nós.

            e isto é muito mais importante do que a velha luta pela hegemonia, a falida disputa para ver “quem está com a razão”.

            analisar e reanalisar. discutir e rediscutir. então tomar uma decisão. depois analisar e reanalisar esta decisão com base em suas conseqüências. discutir e rediscutir as consequencias dela. para prosseguir tomando decisões e agindo.

            agora sobre a “provocação”.

            em 1978 participei de uma reunião semi-clandestina em Niterói. tínhamos que chegar aos poucos. 2 ou 3 de cada vez. para não levantar suspeitas e sermos dedurados como “aparelho” para a repressão.

            todo mundo muito novo, mas já trabalhando e ainda estudando. alguns também já tinham sido presos e torturados (esclareço: não eu). e pelos menos um egresso da luta armada (uns 12 anos mais velho, o que naquela idade é muita coisa. e bem caquerado, tinha até platina nos ossos por causa disto).

            todos éramos incisivamente críticos da luta armada (evidentemente) e víamos a via parlamentar como absolutamente secundária, mas sem abdicar dela. era consenso que só um poderoso movimento de massas teria capacidade de transformar a sociedade.

            objetivo da reunião: articular a candidatura de um deputado estadual (ainda pelo MDB). resultado: o cara foi eleito (mudou para o PT logo na fundação). conseqüência: progressivamente se tornou um dos maiores exemplos de como a profissionalização da política conduz inevitavelmente à cooptação e, como dizíamos na época, ao “aburguesamento” da militância.

            sim, a partir de meu voto em Lula no segundo turno de 1989, optei por anular. mas embora eu seja contrário ao voto útil, nenhuma posição deve ser tão fechada que se torne um dogma.

            .

          2. Sim e não

            -> a “verdade” não é “pós”, ela tem muitos lados porque a própria “realidade” é heterogênea e multifacetada… isto é muito mais importante do que a velha luta pela hegemonia, a falida disputa para ver “quem está com a razão”.

            Concordo que em se tratando de questões e reflexões filosóficas, ninguém deveria pretender afirmar “uma verdade”. Porém, em relação a fatos concretos, uma pessoa pode mentir descaradamente. Não foi à toa que a palavra “post-truth” entrou para o dicionário Oxford, que, por sinal, foi dedicada a Trump e Brexit. Você pode dizer que essa “hoonraria” poderia muito ber ser dedicada a propria mídia corporativa ou a tantos outros personagens. A própria palavra “pos-verdade” é derivada de um fato que todos nós podemos comprovar, cada um pode atribuí-la ao escolhido que preferir. Contanto que seu escolhido tenha de fato espalhado boatos, falsidades. Caso contrário, será a própria pessoa que acusa a comprovar (por absurdo) a veracidade do termo.

            Voltando ao caso particular que nos trouxe até aqui, este se encaixa no caso das questões filosóficas. Eu tendo a concordar com o Chomsky, mas respeito quem escolha votar nulo. Aliás, eu mesma já anulei o voto em algumas (poucas) ocasiões. Sempre prefiro o voto útil, mas em certos casos não existe utilidade alguma em votar em um dentre dois candidatos. Na últiuma eleição, por exemplo, se o segundo turno fosse entre Pedro Paulo e Crivella, eu anularia o voto.

          3. o que a Esquerda se recusa a entender sobre Trump

            -> Sempre prefiro o voto útil, mas em certos casos não existe utilidade alguma em votar em um dentre dois candidatos.

            um voto nulo, mas sem dogmas. é uma opção política – e pessoal – tomada caso a caso.

             

            Dilma x Aécio = nulo;

            Crivella x Pedro Paulo = nulo;

            Crivella x Freixo = Freixo;

            Hillary x Sanders = Sanders;

            Trump x Sanders = Sanders;

            Trump x Hillary = nulo;

             

            p.s.:

            sobre Dilma x Aécio minha opinião, na época repetidamente expressa ao pessoal do PT, foi que uma vitória de Dilma a colocaria no mesmo rumo de Getúlio, em 1954 (o que se confirmou). e a vitória de Aécio, com suas “medidas impopulares”, apenas manteria o processo político sob a falsa polarização PSDB x PT. enquanto a vitória de Dilma escancararia as contradições internas do lulismo, provavelmente conduzindo o Brasil a uma crise sem precedentes.

            quanto a Sanders, mesmo com todas a restrições, seria uma importante experiência para os EUA, e o mundo. não há como saber até que ponto ele iria se contrapor a política da “guerra sem fim” do Império unipolar. assim como Trump agora, só que evidentemente as ligações de Trump com o establishment são muito mais orgânicas do que as de Sanders. resumido: Hillary = guerra. Trump e Sanders = incerto.

            .

  16. Ótimos links e análises,

    Ótimos links e análises, Arkx. Sair dicotomia PT vs PSDB e olhar o mundo. É o que é necessário para tentar entender o que vivemos, inclusive o golpe no Brasil.

    1. o que a Esquerda se recusa a entender sobre Trump

      a intenção principal aqui foi apenas pensar fora da caixa. sem se preocupar em fechar posição e chegar a conclusões definitivas. valeu!

      .

      1.  “por que o deep state

         “por que o deep state norte-americano garantiu a eleição de Trump?”

         

        Já me peguntei sobre a posição do deep state (que, é claro, não é homogêneo). Na verdade, não acredito em outsiders na política dos EUA. É certo que Trump teve de derrotar o establishment do partido republicano, mas se trata daquele establishment que se consolidou principalmente a partir da era dos Bush. Isso não é suficiente caracterizá-lo como outsider. Algum apoio fundamental nas estruturas do poder dos EUA seguramente ele tem.

        A suspeita (mas é apenas uma suspeita) que tenho é que Trump de alguma forma teve o apoio dos “velhos” anglo-saxões, que perderam o domínio da política externa e de defesa com a ascensão dos neoconservadores. Mas não pesquisei ainda sobre o assunto.

        1. o que a Esquerda se recusa a entender sobre Trump

          -> É certo que Trump teve de derrotar o establishment do partido republicano, mas se trata daquele establishment que se consolidou principalmente a partir da era dos Bush. Isso não é suficiente caracterizá-lo como outsider. Algum apoio fundamental nas estruturas do poder dos EUA seguramente ele tem.

          pois é!!!

          minha participação aqui no Nassif sempre se norteou por um fundamento: pensar e analisar fora da caixa. o mais independente possível. óbvio que tenho minhas posições e mesmo minhas idiossincrasias.

          só que temos um poderosíssimo instrumento e ainda não aprendemos a aplicá-lo, nem mesmo em suas possibilidades iniciais. a web é uma mente coletiva! porra, é a oportunidade de uma cacetada de gente, com todas as necessárias divergências, serem capazes de processamento de dados numa escala monumental para produzir análises absolutamente impossíveis para o indivíduo, e até para grupos restritos e fechados – geralmente patrocinados e com pouca independência (think tank).

          num momento em que tudo está derretendo (aqui e fora também), ou se volatizando. nunca foi tão importante pensar e agir em conjunto.

          abração.

          p.s.: olhaí quem o show-man Trump (seria este o papel dele no conjunto da obra?) nomeou. como conselheiro sobre Segurança Nacional: Michael Flynn.

          No Estado Profundo: Medo e ranger de dentes

          Michael Flynn will be a disaster as national security adviser

          .

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