Governo Milei segue com intenção de lançar ações do Banco de La Nacion no mercado

Dolores Guerra
Dolores Guerra é formada em Letras pela USP, foi professora de idiomas e tradutora-intérprete entre Brasil e México por 10 anos, e atualmente transita de carreira, estudando Jornalismo em São Paulo. Colabora com veículos especializados em geopolítica, e é estagiária do Jornal GGN desde março de 2014.
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Apesar da retirada da lista de privatização, governo Milei reforça intenção de fazer banco oficial operar aos moldes do Banco do Brasil

Ministro do Interior, Guillermo Francos confirma que governo Milei segue com a intenção privatista com o Banco Nación. Foto: Divulgação. Twitter Guillermo Francos.

A retirada do Banco de la Nación Argentina e mais seis empresas da lista de alvos para a privatização da Lei de Bases (a Lei Ómnibus) foi uma manobra para que a Câmara de Deputados não derrubasse a iniciativa por completo – mantendo assim os planos com relação a abertura de capital do Banco Nación (BNA). 

Em entrevista à rádio argentina Mitre, o Ministro do Interior argentino, Guillermo Francos, afirmou que a instituição segue “mantendo o estado como acionista majoritário, porque obviamente é a nave insígnia do crédito argentino”.

Nesse sentido, Francos declarou que o país está “em um conceito absolutamente velho de não permitir o trabalho conjunto do capital privado e público”. 

A referência usada pelo governo Milei seria a aplicação do modelo usado pelo governo brasileiro, durante o segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, o Banco do Brasil passou a ter ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York.

“Se um banco público no Brasil, sob a presidência de Lula se tornou uma empresa que cotiza na Bolsa e inclui capital privado, por que não podemos fazer o mesmo aqui?”, completou o ministro. 

Em sua conferência de imprensa, o porta-voz do governo, Manuel Adorni, corroborou as declarações de Francos. “Para nós, todas as empresas públicas são passíveis de serem privatizadas em algum momento porque entendemos que não é necessário que determinadas funções sigam funcionando por parte do Estado”, afirmou Adorni. 

Porém, o porta-voz ponderou que este seria um processo longo, ainda que a atual gestão “sempre vai governar com essa lógica”. 

Enviada ao Congresso pelo presidente Javier Milei ainda em dezembro de 2023, a Lei Ómnibus consiste em um pacote de reformas que pretende mudar as regras de regulação de uma grande quantidade de setores econômicos, como o trabalhista, o comercial, o imobiliário, o aeronáutico e a saúde.

Originalmente, o projeto considerava declarar como “sujeitas à privatização” todas as empresas do setor público, incluindo aquelas que fossem mistas ou com participação majoritária do Estado. 

Com informações do site Pagina12

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Dolores Guerra é formada em Letras pela USP, foi professora de idiomas e tradutora-intérprete entre Brasil e México por 10 anos, e atualmente transita de carreira, estudando Jornalismo em São Paulo. Colabora com veículos especializados em geopolítica, e é estagiária do Jornal GGN desde março de 2014.

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