Jornal GGN – Quase a metade da população da Síria teve que abandonar suas casas por causa da violência e há mais de 3 milhões de pessoas refugiadas em outros países, o que constitui a maior crise humanitária da nossa era, declarou ontem a Agência da ONU para Refugiados, a ACNUR.
Cerca de 6,5 milhões de sírios deslocados permanecem no país. Mais da metade dos que foram forçados a abandonar suas casas são crianças, ressaltou a Agência.
A grande maioria dos refugiados sírios se concentram em países vizinhos e o Líbano acolhe o maior número deles, mais de 1,14 milhão. Turquia abriga a 815 mil sírios e, na Jordânia, chegaram a 608 mil desde que começou o conflito, há mais de três anos.
Além dos 3 milhões de refugiados registrados, um milhão a mais do que o registrado há um ano, calcula-se que centenas de milhares de pessoas mais saíram da Síria fugindo do conflito.
“Há sinais preocupantes que indicam que o progresso na Síria é cada vez mais difícil. Temos sido informados de que muita gente se vê obrigada a pagar subornos em postos de controle, que proliferam na fronteira, com valores cada vez mais elevados”, disse Melissa Fleming, porta-voz da ACNUR em Genebra.
A Agência da ONU informou que a comunidade doadora contribuiu com mais de US$ 4,1 milhões às sucessivas petições de fundos que se têm feito desde 2012, mas enfatizou que serão necessários mais de US$ 2 milhões para atender, durante este ano, às necessidades de toda a população afetada pela crise.
A enviada especial da ACNUR, Angelina Jolie, manifestou, em um comunicado, que três milhões de refugiados “não é mais uma estatística, mas uma dolorosa acusação de nosso fracasso coletivo em colocar fim à guerra na Síria”.
Ela acrescentou que as resoluções do Conselho de Segurança são ignoradas, que se cometem diariamente crimes de guerra, que os países na região sofrem com a carga humana que acolhem e que refugiados sírios morrem no Mediterrâneo tentando chegar à Europa.
“Precisamos ver uma nova tentativa de resolver o conflito e maiores esforços para apoiar aos mais de 13 milhões de sírios que precisam de ajuda desesperadamente”, disse a atriz.
“A reputação e a credibilidade do sistema internacional está em jogo, com tantas milhares de vidas ameaçadas na Síria”, concluiu Jolie.
Com informações da ONU
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Pois é… a ONU resolveu
Pois é… a ONU resolveu denunciar a situação calamitosa na Síria, mas não criticou o verdadeiro responsável pela desestabilização daquele pais que levou aos conflitos iniciais e, depois, a guerra civil aberta com todas as suas consequencias (destruição, morte, mutilação, perseguição religiosa, torturas, estupros, etc…). O mesmo processo está ocorrendo na Ucrania, mas a imprensa ocidental prefere culpar a Rússia em razão daquilo que começou da mesma maneira que a tragédia na Síria (com uma guerra suja financiada pelos EUA). No Brasil, uma parte da imprensa trata a questão Síria de maneira absolutamente ultrajante. Ontem, por exemplo, o IG colocou a chamada para a matéria sobre a denuncia da ONU sobre a crise humanitária na Síria ao lado da chamada para uma notícia sobre a morte de um ator pornô contaminado por AIDS nos EUA como se as duas coisas fossem semelhantes (https://www.facebook.com/photo.php?fbid=853905157966647&set=a.345737828783385.85599.100000415136357&type=1&theater ). O racismo evidente dos jornalistas do IG me fez provocar o MPF, mas não acredito que o PGR vá fazer alguma coisa.
ianques são especialistas em produzir catástrofes humanitárias
O fracasso é coletivo.
Mas o pavio, sabemos muito bem, quem acendeu foi os eua.
“Há sinais preocupantes que
“Há sinais preocupantes que indicam que o progresso na Síria é cada vez mais difícil. Temos sido informados de que muita gente se vê obrigada a pagar subornos em postos de controle, que proliferam na fronteira, com valores cada vez mais elevados”, disse Melissa Fleming, porta-voz da ACNUR em Genebra.”
O capitalismo e a taxa Selic continuam arraigados em outros setores.
crises humanitárias
A maior crise humanitária da nossa era?
O que é esse “nossa era”? Onde começa?
Se formos buscar crises humanitárias somente do século XX pra cá, cito uma infinidade.
A da Síria é só mais uma.
Esse pessoal da ACNUR, não obstante as boas intenções, carece de historiografia.
E a origem?
Como se iniciou este desastre? Lembro-me da frança, também a frança, logo a frança (se a frança chegou a este ponto o que pensar do resto?) dizendo que apoiaria os rebeldes. Independente do fato que mesmo que os rebeldes fossem santos e imaculados esta decisão só levaria a síria, o povo da siria, ao desastre que hoje vemos. E vai piorar.
Não havia outra maneira de se opor ao possível bandido, se for, que governava a siria senão esta que destroi o país? Claro que sim.
Acho que não há dúvidas, ao governo da frança, do sr holande ( da esquerda, será?), para não citar outros paises sobejamente conhecidos no amor à guerra, é devida toda esta barbárie.
E ninguem fala na origem do desastre???? Que inocência mais assassina.
(Sem título)
[video:https://www.youtube.com/watch?v=2F3Sf4DycVI%5D
Uai
Sírios matando sírios. Em primeira e última análise este é o fato. Ficar culpando europeus e americanos como se os próprios fossem apenas joguetes é uma eterna desculpa.
Está muito mal informado.
Não são sírios matando sírios. São radiais islâmicos de várias nacionalidades financiados pela Arábia Saudita e Catar e apoio da Turquia (OTAN) que serve de porta de entrada para esses lunáticos.
http://dialogo-americas.com/pt/articles/saii/features/main/2014/06/23/feature-01?source=recent
Que haja dinheiro de algumas
Que haja dinheiro de algumas nações árabes pode ser verdade, mas é difícil acreditar que não há sírios envolvidos. E se você leu bem a entrevista, releia o trecho:
” Francamente, eu não fui extremista ou radical em nenhuma fase da minha vida. Eu gostava de jogar futebol e ir à praia para me divertir com meus amigos. Era um jovem normal.
Era viciado em sites de rede social, especialmente o Facebook, e costumava passar horas navegando em sites da internet.
Infosurhoy: O que o fez pensar em ir à Síria para lutar?
Rachid Lemlihi: Eu ficava muito triste toda vez que via ou ouvia sobre o sofrimento do povo sírio. Os noticiários, canais por satélite e sites da internet transmitiam essas notícias dia e noite e mostravam como eles estavam sendo mortos e deslocados em seu próprio país.
De qualquer forma, viajei para a Síria… para ajudar.
Infosurhoy: Como você chegou à Síria?
Rachid Lemlihi: Conversei com um dos meus vizinhos que esteve lá antes de mim e que me incentivou a ir. Eu estava em contato com ele pelo Facebook e por telefone para organizar e fazer os arranjos finais antes do início da viagem.”
E o cara é pai de quatro filhos que abandonou para ir lutar na Síria. Ou eu realmente não compreendo uma cultura completamente diferente ou a história está mal contada.