Bancos e Vale puxam bolsa, que fecha em alta de 1,94%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – As operações da bolsa brasileira fecharam em alta pelo segundo pregão consecutivo, se descolando do enfraquecimento da bolsa nos Estados Unidos. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou em alta de 1,94%, aos 47.365 pontos e com um volume negociado de R$ 7,714 bilhões.

Segundo informações da agência de notícias Reuters, o relativo alívio apurado ao longo do dia, com a ajuda de feriado na China, levou a um novo quadro de correção de diversas ações do mercado doméstico, mesmo com a instabilidade do quadro político e a piora de perspectivas para a economia.

Um ponto de instabilidade visto durante o dia foi o cancelamento do embarque do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para a Turquia, onde participaria de reuniões de ministros das Finanças e presidentes do Banco Central do G20, grupo das maiores economias do mundo. Segundo a assessoria de comunicação da Fazenda, o motivo do cancelamento da viagem foi uma reunião de Levy com a presidenta Dilma Rousseff, que também contou com a presença do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa e o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. A confirmação da presença de Levy em eventos na Espanha e na França nos próximos dias ajudou na retomada dos negócios.

O índice foi puxado pelo desempenho das ações da Vale e dos bancos, que possuem grande peso no Ibovespa. As ações preferenciais da Vale (VALE5) avançaram 4,25%, a R$ 15,20, e as ações ordinárias (VALE3) subiram 3,42%, a R$ 18,73. Pelo lado dos bancos, o Itaú Unibanco (ITUB4) ganhou 3,81%, a R$ 27,54. O Bradesco (BBDC4) fechou em alta de 2,5%, a R$ 23,35. O Banco do Brasil (BBAS3) valorizou-se 2,47%, a R$ 17,83.

No câmbio, a cotação do dólar comercial chegou a atingir R$ 3,81 ao longo do dia, mas perdeu força e fechou as operações em patamar estável, a R$ 3,76 na venda, interrompendo uma sequência de quatro altas consecutivas.

As operações foram influenciadas pela entrada de dólares e pela aprovação, na Câmara dos Deputados, de medida provisória que aumenta a tributação de bancos e instituições financeiras: a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) subirá para 20% até 1º de janeiro de 2019, ante os atuais 15%, de acordo com o texto-base aprovado. Contudo, as contas públicas ainda eram motivo de preocupação.

O mercado também acompanha a possibilidade de o Banco Central ampliar a atuação no mercado de câmbio, uma vez que a alta do dólar tende a pressionar a inflação. Nesta quinta-feira, a autoridade monetária negociou a oferta total de até 9.450 contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) para a rolagem do lote que vence no próximo mês. Ao todo, um total de US$ 1,369 bilhão já foi rolado, ou aproximadamente 14% do total de US$ 9,458 bilhões. Caso o ritmo seja mantido, todo o lote será recolocado.

Para sexta-feira, os analistas aguardam a publicação do IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) referente ao mês de agosto no Brasil; taxa de desemprego e criação de vagas na economia dos Estados Unidos; pedidos de fábrica e PMI (índice dos gerentes de compras) de varejo na Alemanha; e o PMI do setor de varejo na França e na zona do euro.

 

(Com Reuters e Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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