Base aliada no Senado quer votar terceirização irrestrita

 
Jornal GGN – No Senado Federal, a base aliada de Michel Temer quer votar, ainda esta semana uma proposta de terceirização ‘irrestrita’ do trabalho, pretendendo recuperar o projeto que foi aprovado pela Câmara dos Deputados em abril de 2015.
 
O texto permite que as empresas terceirizem as atividades-fim, como todos os contratados de uma fábrica, além das atividades-meio, como serviços de vigilância. A proposta é duramente criticada pelas centrais sindicais. 
 
O relator do projeto é Paulo Paim (PT-RS), também contrário ao teor do projeto. O texto do senador veda a terceirização de atividade-fim e também coloca parâmetros para regular a terceirização da atividade-meio.

 
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), e no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), líderes do governo no Senado e no Congresso, querem resgatar o teor da proposta aprovada na Câmara, e votação do projeto tem o apoio de Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente do Senado. 
 
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, Jucá disse que, se a matéria for à votação nesta semana, será apresentado um destaque para tirar as alterações de Paim e votar aquilo que foi aprovado pelos deputados. 
 
“Vamos votar o projeto da Câmara. Se tiver outras modificações a fazer, discutimos isso em outra proposta”, afirmou Jucá. Caso seja aprovado no Senado, o projeto segue para sanção presidencial. 
 
Já Aloysio Nunes diz que, caso o texto seja alterado no Senado, ele voltará a ser debatido pelos deputados. Como a Câmara está focada em discutir a reforma da Previdência, o que atrasaria a conclusão da apreciação do projeto. 
 
Leia também: Reforma de Temer quebrará previdência, alertam entidades
 
Redação

12 Comentários

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  1. TERCEIRIZAÇÃO

    Terceirizar atividade-fim é suicídio empresarial. Os empresários já sabem disso. É legtra morta. Onde esconder o segredo industrial, processos, etc?

    1. Mas não é disso que se trata

      Nunca duvide do capital. Já viu empresário deixar aprovar algo ruim pra eles no nosso Parlamento? Se a turma do governo golpista está correndo pra aprovar, então é bom pro capital.

      Essas coisas como segredos industriais vão continuar muito bem protegidas. O que o projeto atinge mesmo é o grosso, a áres de prestação de serviços. Por exemplo, veja as agências de publicidade: podem muito bem entrar em consenso (que patrão é rápido e esperto pra fazer isso, quando se trata de ferrar o trabalhador pra ganhar mais…) e dispensar todo o pessoal da criação, recontratando somente quem tiver firma individual, pagando menos e se livrando de direitos e obrigações trabalhistas e previdenciárias. Ou num comércio, o gerente é demitido e recontratado como “pessoa juridica” pra prestar serviço de gerenciamento – ganhando menos do que antes e sem que o patrão se preocupe com direitos trabalhistas ou previdenciários.

      Ou o engenheiro da construtora, que pode ser demitido e recontratado como “escritório de engenharia” que presta serviço terceirizado. Ou todos os empregados duma fábrica, que podem ser demitidos e depois recontratados por meio de uma “firma de prestação de serviços” formada por eles mesmos, ganhando menos e livrando o empresário de obrigações trabalhistas/previdenciárias. E por aí vai. A imaginação é o limite, mas o alvo não são os trabalhadores especializados, “de escritório”, que lidam com segredos industriais e processos e são 5% da mão de obra: o alvo é o grosso, o chão de fábrica, o operário e o trabalhador braçais…

      1. a J&J tercerizou a logística,

        a J&J tercerizou a logística, a distribuição, cia empresas de seus antigos funcionários. No começo foi sem problema. Acontece que a demanda por este serviço subiu. E ficou caro demais . Ela já pensa em “desterceirizar”

      2. além do mais, ganhando menos

        além do mais, ganhando menos sobra menos para comprar… sem demanda não há produção. É solução contrair a demanda?

  2. Se com apenas com palavras,

    Se com apenas com palavras, isso já era…

    Para onde esses pessoal está levando o Brasil!

    Se isso passa, nem daqui a 25 anos sairemos do buraco…

  3.  Uma pessoa não muda de

     Uma pessoa não muda de maneira tão radical como esse Aloysio.

    Ninguém me tira da cabeça que ele foi um agente infiltrado na esquerda.

  4. O grande problema do Brasil é

    O grande problema do Brasil é a insegurança jurídica.

    Um Juizeco de não sei onde, deu a um motorista de UBER o reconhecimento de relação de trabalho com a empresa, condenando essa ao pagamento das verbast rabalhisas, jornada de trabalho, horas extras, etc.

    Só faltou apenar o Uber por trabalho escravo.

    1. E então…

      Uma boa ideia como o Uber, que oferece um bom serviço a preços razoáveis e estimula a concorrência, obrigando os taxistas a rever suas práticas e a qualidade dos seus serviços, acaba indo pro brejo, por conta de um juizeco sem noção desses.

      É assim que funciona o capitalismo no Brasil: quando alguém inova pra oferecer um serviço mais barato ou melhor que o concorrente, o concorrente não tenta melhorar a sua própria atividade, mas antes tenta fraudar o inovador.

      Aconteceu com os serviços de streaming (Netflix, Google TV), por reação das TV’s a cabo. Agora está acontecendo com o Uber…

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