Bolsa segue setor externo e fecha em queda de 1,00%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A bolsa brasileira acabou acompanhando o ritmo de queda visto nos mercados internacionais e fechou em baixa, puxada principalmente pela desaceleração das ações da Petrobras e do setor elétrico.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou a terça-feira em queda de 1,00%, aos 57.118 pontos e com um volume negociado de R$ 5,546 bilhões. Com isso, o índice passou a acumular ganhos de 7,43% no mês, 10,89% no ano e de 16,07% em 12 meses.

“O Ibovespa seguiu o mau humor externo e devolveu mais um pouco dos ganhos acumulados em julho, porém sem muita forca, já que o volume foi baixo, com o mercado aguardando o término da reunião do Fomc”, diz o BB Investimentos.

Quanto ao setor elétrico, os papéis foram afetados pela decisão da diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que decidiu adiar até 28 de agosto o prazo para o pagamento das distribuidoras às geradoras de energia. O prazo inicial era de 31 de julho. Desta forma, o governo ganha um pouco mais de prazo para negociar junto aos bancos, incluindo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um empréstimo de cerca de R$ 6,5 bilhões para cobrir os custos adicionais das distribuidoras até o fim do ano.

No setor externo, as bolsas da Europa as bolsas fecharam em alta hoje com a divulgação de resultados corporativos favoráveis, porém diminuíram os ganhos no final da sessão a partir da divulgação de novas sanções à Rússia. As ações americanas também passaram a cair após o anuncio das sanções, apagando ganhos anteriores com resultados corporativos acima do esperado.

Já o dólar comercial (interbancário) fechou em alta de 0,34%, cotado a R$ 2,2305. As operações acabaram seguindo o ritmo de alta em outros países, com os investidores na expectativa pela divulgação de uma série de indicadores nos Estados Unidos nesta quarta-feira – entre os dados que serão divulgados, estão o PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre e a decisão do Federal Reserve (o Banco Central norte-americano) sobre sua política econômica. A grande expectativa do mercado é sobre o início do ciclo de alta dos juros do país, que pode inclusive levar a uma retirada de recursos de mercados emergentes, como o Brasil, para os ativos norte-americanos, considerados mais seguros.

O Banco Central brasileiro também manteve suas atuações diárias. Nesta terça-feira, foi realizado um novo leilão de rolagem dos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em 1º de agosto. Ao todo, foram vendidos 7 mil swaps, sendo 2,500 mil com vencimento em 4 de maio de 2015 e 4,5 mil para 1º de julho de 2015. A operação movimentou o equivalente a US$ 345,8 milhões. No programa de intervenções diárias, foram vendidos 4 mil contratos de swap cambial com vencimento em 2 de fevereiro de 2015, que movimentaram o equivalente a US$ 198,7 milhões. O BC também ofertou contratos com vencimento em 1º de junho do ano que vem, mas não vendeu nenhum.

A agenda macroeconômica será movimentada nesta quarta-feira. No Brasil, serão divulgados os dados de fluxo cambial e o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) do mês de julho. Além da decisão do Federal Reserve e do PIB, serão divulgados os dados de solicitações de empréstimos hipotecários, a variação de empregos do setor privado, consumo e os principais gastos pessoais nos Estados Unidos. Na Europa, o destaque é o índice de preços ao consumidor da Alemanha.

Na temporada de balanços brasileira, aguarda-se a publicação dos resultados de empresas como Arezzo, Totvs, Duratex, Gerdau, Klabin e EDP – Energias do Brasil.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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