Canções de perda e arrependimento

Enviado por jns

 quando chegar setembro
         balada para curtir
         quando terminar a balada

      

         bem, você só precisa da luz quando está escurecendo
         só sente falta do sol quando começa a nevar
         só sabe que a ama quando a deixa ir

         só sabe que estava bem quando se sente mal
         só odeia a estrada quando sente saudade de casa
         só sabe que a ama quando a deixa ir
         e você a deixou ir

Redação

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  1. Uma canção inédita- CHICO

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=TCeIt9hujoU%5D

     

    Uma Canção Inédita

    Chico Buarque

     

    Dentro do seu coração

    Guarde esta canção inédita

    Que num cantinho intocado

    Será pra sempre inédita

    Pode tudo consumir

    O tempo que passa feroz

    Mas esta valsa há de deixar pra nós

     

    Fiz uma canção discreta

    Só para você

    Ninguém pode saber da letra

    Que você lê

     

    A música você desfruta

    Os ouvintes não

    Penetra a orelha e sai por outra

    Cada refrão

     

    Se outro amor surgir um dia, a valsa perde o ar

    Definha

    Mas se você descabeladamente me esperar

    Sozinha no breu

    Pé ante pé

    Abra aos poucos o coração

    E deixe

    Ecoar nossa canção

    E feche

     

    Venha ouvir a valsa oca

    Em primeira mão

    Que a luva distraída toca

    No violão

     

    O público não acredita

    Crítico não crê

    Na inédita canção escrita

    Só pra você

     

    Se você beijar um outro, pode se partir

    A valsa

    Mas se roendo-as-unhasmente me quiser ouvir

    Descalça no breu

    Pé ante pé

    Abra o peito bem devagar

    E deixe

    Sete notas a vibrar

    E feche

     

    Guarde numa caixa preta

    A tímida canção

    No fundo falso da gaveta

    Do coração

     

    É valsa pra se ouvir por dentro

    Pra se ouvir a sós

    Pra não se dissipar ao vento

    Com minha voz

     

    Com minha voz

    Com minha voz

    Com minha voz

  2. Caso do vestido, de Carlos Drummond de Andrade

    Quem recita é o próprio Carlos Drummond de Andrade, no youtube:

    https://www.youtube.com/watch?v=8nLrwOJXJYc

    É preciso prestar atenção

     

    Nossa mãe, o que é aquele
    vestido, naquele prego?

    Minhas filhas, é o vestido
    de uma dona que passou.

    Passou quando, nossa mãe?
    Era nossa conhecida?

    Minhas filhas, boca presa.
    Vosso pai evém chegando.

    Nossa mãe, dizei depressa
    que vestido é esse vestido.

    Minhas filhas, mas o corpo
    ficou frio e não o veste.

     

    Leia mais em

     http://www.algumapoesia.com.br/poesia2/poesianet194.htm

    Para mim, este poema é doido de pedra. Em verdade, a vida é doida de pedra.

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