Carnaval de rua é mais lucrativo do que desfiles, diz Haddad

Jornal GGN – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse que o carnaval de rua movimenta mais dinheiro na cidade do que o do sambódromo. Enquanto o evento no Anhembi movimenta R$ 250 milhões, a estimativa é que os blocos cheguem a R$ 400 milhões. “O Carnaval de rua gera mais atividade econômica porque são mais dias, são mais blocos, é na cidade inteira”, explicou.

Este ano, o número de blocos teve um crescimento de 36%. “São Paulo é a maior cidade do país, e era uma cidade que dispensava as pessoas na época de Carnaval. Hoje é uma cidade que convoca a população a permanecer na cidade, a brincar o Carnaval”, disse o prefeito.

Do Blog Alalaô, na Folha de S. Paulo

Haddad diz que Carnaval de rua é mais lucrativo que desfile no Anhembi

Por Artur Rodrigues e Fabrício Lobel

Torcedor da Vai-Vai, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou neste sábado (6) que o Carnaval de rua já movimenta mais dinheiro na cidade que o do sambódromo.

De acordo com ele, a estimativa é a de que os blocos movimentem R$ 400 milhões, contra R$ 250 milhões do evento no Anhembi em 2016. A estimativa, da SPTuris (empresa municipal de turismo e eventos de São Paulo), inclui a rede hoteleira e outros gastos do folião com o Carnaval.

“O Carnaval de rua gera mais atividade econômica porque são mais dias, são mais blocos, é na cidade inteira”, afirma.

O número de blocos cresceu 36% neste ano. Segundo o prefeito, o aumento é natural diante das características da cidade.  “São Paulo é a maior cidade do país, e era uma cidade que dispensava as pessoas na época de Carnaval. Hoje é uma cidade que convoca a população a permanecer na cidade, a brincar o Carnaval”, diz.

O investimento no Carnaval de rua também é muito menor –neste ano foi de R$ 10 milhões, contra R$ 34 milhões para o Carnaval no Sambódromo do Anhembi, na zona norte de São Paulo.

Apesar da diferença de retorno, Haddad afirmou que ambos os Carnavais são complementares. O prefeito afirmou ser torcedor da Vai-Vai, que é a quinta a desfilar na segunda noite de desfiles das escolas de samba de São Paulo.

A primeira escola a desfilar no Sambódromo do Anhembi foi a Pérola Negra, que atrasou a sua entrada devido a explosão de um transformador. A vice-campeã do Grupo de Acesso em 2015, a escola da zona oeste vem mostrando a alegria, a sutileza e a ginga do samba em seu desfile deste ano. Com o enredo “Do Canindé ao samba no pé. A Vila Madalena nos passos do balé”, a agremiação irá levar para a avenida um dos mais famosos dançarinos do país, Carlinhos de Jesus.

ZIKA

O primeiro secretário da gestão Fernando Haddad (PT) a chegar no desfile de Carnaval,  Alexandre Padilha (saúde) chamou de oportunista o uso político da crise do vírus da zika no Brasil.

“Mosquito não tem partido”, disse ele. Segundo o secretário de saúde, sete casos de bebês que nasceram com microcefalia na cidade de São Paulo, desde novembro, podem ter ligações por infecções das mães com o vírus.

Segundo o secretário, as mães tinham histórico parecido de visitas aos estados do Nordeste, epicentro da epidemia, e de sintomas da doença. O secretário ainda comentou que cuidados de nebulização foram feitos em locais próximos a casa de dois moradores paulistanos que teriam contraído chikungunya na cidade de São Paulo.

O secretário disse que hoje torcerá pela Gaviões da Fiel na avenida. “Eu sou Gaviões”, disse ele. A escola é a penúltima a desfilar nesse primeiro dia de desfiles no Sambódromo do Anhembi.

 

Redação

3 Comentários

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  1. It is economy !

    “Pensemos” o carnaval de São Paulo, daquí a alguns anos, se houver uma mudança de gestão, no que concerne ao carnaval, uma vez demonstrada, que com a volta dos blocos de rua na cidade, além de não termos que sacrificar as finanças municipais, atrairemos turistas de outras cidades, ao contrário do que ocorria antes, quando a maioria dos paulistanos,”fugia “da cidade.

    Só neste ano, a Sec. de Turismo, está investindo R$ 10 Milhões de Reais, no suporte para o carnaval de rua, com uma espectativa de um retôrno de R$ 400 Milhões, em toda a cadeia que explora o turismo folião, en quanto o Sambódromo do Anhembi,exigiu um investimento de mais de R$ 34 Milhões, para um retôrno imaginado de R$ 250 Milhões, que no “frigir dos ovos” nada sobrarão para os cofres municipais, pois a premiação das Escolas e Blocos que desfilarão, consomem todos estes recursos, e o carnaval no Sambódromo, é meio que proibitivo, para a maioria dos paulistanos, por causa dos preços altos e da falta de comodidade e deslocações, ao contrário do carnaval de rua, nas próprias ruas dos bairros dos paulistanos, que muito mais liberdade, movimentam toda a cadeia envolvida na folia.  

  2. só o fato de incentivar as

    só o fato de incentivar as pessoas a ficar na cidade

    já é um avanço importante…

    se participarem, felizes e alegres, um ganho inestimável…

  3. O Bloco do Figatil entra na avenida e pede passagem

    O Bloco do Figatil entra na avenida e pede passagem

    Se vivo, meu pai teria 90 anos. Era um observador atento do cotidiano, grande contador de histórias. E sobretudo bem-humorado. Sempre que via uma pessoa em estado permanente de mau humor, reclamando de tudo, o diagnóstico era certeiro: “essa pessoa sofre do fígado”

    A cidade de São Paulo, como bem disse o prefeito, empurrava seus cidadãos para fora da cidade no carnaval. Não por acaso a turma do Pasquim gozava os paulistanos dizendo que em São Paulo “bloco era de concreto e cordão só de isolamento”. Em resposta à permanente gozação dos cariocas, Plínio Marcos fundou a Banda Bandalha, em 1972, para provar que em São Paulo havia carnaval. Agora, justo agora que a cidade passa a ter um concorrido carnaval de rua, com cerca de 400 blocos, organização e infraestrutura como nunca houve, surgem os mal-humorados e reclamões de sempre. E se manifestam, como não poderia deixar de ser, pelas redes sociais.

    Um deles, de mal com a vida, reclama de tudo, da Prefeitura bancar parte das despesas e que trocaria tudo isso que está aí por um concerto …na Sala São Paulo. Um dia vou ser chique e sofisticado assim. Outro, do lixo que os blocos deixam pós-folia. O taxista – esses nasceram mal-humorados – que me deixa no boteco onde rola o aniversário de um amigo, diz que o prefeito gosta de “parar a cidade”. Dali a pouco, chegam no boteco uma família inteira fantasiada de Emília, pais e duas meninas, tinham participado do bloco infantil Emílias e Viscondes, que sai na Praça Rotary/Biblioteca Monteiro Lobato. Aproveito para conversar com a amiga Beth, que participou da primeira reunião no final de 2013, com o então Secretário Municipal de Cultura, Juca Ferreira, hoje ministro, para tratar do carnaval de rua. Ela representava o nosso bloco da Vila Buarque, e comparamos o que tinha mudado do carnaval de 2014 para o de 2016. Com quem converso, a opinião é unânime, a quantidade de pessoas nos blocos cresce espetacularmente a cada ano. Após o carnaval, é feita uma avaliação, o que deu certo fica, o que deu errado muda-se para o próximo ano.

    Exemplo: no ano passado, tinha o “rapa” aleatório da Guarda Civil Metropolitana sobre os ambulantes de cerveja e bebidas. Este ano, pela primeira vez desde 1554, os ambulantes são credenciados pela Prefeitura. Conversei com um deles, o processo foi simples demais, bastava entrar na internet e se inscrever, ir no local indicado e fazer um crachá com foto, receber uma camiseta de identificação da cerveja patrocinadora, a Amstel, e um isopor. Taxas: nenhuma, zero, tudo de graça. Resultado: acabou o rapa em 2016. Parece também que amenizaram o impacto sobre a vila Madalena, distribuindo os blocos por outros locais.

    É curioso e divertido andar por São Paulo e ver a quantidade de gente fantasiada nos ônibus, metrô, ou perambulando pelas ruas, indo ou vindo dos blocos. Tem que ser muito chato e sofrer do fígado para reclamar disso. A cidade de São Paulo está apenas liberando a enorme demanda reprimida que havia. E, por fim, recomenda-se que os chatos se reúnam e vão para um retiro espiritual nas montanhas onde poderão trocar receitas de remédios para o fígado e parem de encher o saco. São Paulo tem carnaval, e não tem volta. 

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