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Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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As matérias para serem lidas e comentadas.

Lourdes Nassif

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  1. Proibir falar de Cláudio é um atentado contra a democracia

     

    Do Diário do Centro do Mundo – Link http://www.diariodocentrodomundo.com.br/proibir-falar-de-claudio-e-um-atentado-contra-a-democracia/

    Postado em 18 out 2014

    por : Paulo Nogueira

    Publicar o pecado não pode

    A decisão do TSE de proibir menções ao aeroporto de Cláudio me lembrou uma das melhores frases de Machado de Assis.

    “O maior pecado depois do pecado é a publicação do pecado”, escreveu Machado.

    Quer dizer: o problema, sob a estranha lógica do TSE, não é a existência de um aeroporto de uso privado construído com dinheiro público no governo Aécio em Minas.

    O problema é falar nele.

    É uma pancada na democracia. Não basta a mídia não cobrir o assunto, em seu esforço épico para eleger Aécio. Agora, também na propaganda eleitoral o caso não pode ser explorado.

    Quem acredita na explicação do TSE, como dizia Wellington, acredita em tudo. A campanha tem que ser propositiva, esta a alegação.

    É uma bobagem que vem envolta em pretensos ares civilizatórios.

    O real objetivo das campanhas é permitir que os eleitores conheçam os candidatos.

    Num mundo menos imperfeito, isso seria feito pela mídia. Mas não é o que acontece.

    Quando a mídia informou a sociedade sobre as rádios de Aécio – um palanque permanente e indecente?

    Quando a mídia contou que aos 25 anos Aécio, o Senhor Meritocracia, ganhou o cargo de diretor da Caixa Econômica Federal?

    Quando a mídia noticiou que aos 17 anos Aécio tinha um emprego público em que deveria estar em Brasília no mesmo momento em que estudava no Rio?

    Nunca.

    O TSE exorbitou. Caso algum candidato se sinta vítima de calúnia no programa eleitoral, que recorra à Justiça.

    Aécio ao longo de toda a vida foi protegido. Em Minas, a mídia foi sempre controlada, por meio de publicidade, para não publicar coisas ruins sobre ele.

    Jornalistas locais disseram que já sabiam faz tempo do aeroporto de Cláudio, mas eram impedidos de escrever sobre o assunto.

    Democracia? Liberdade de expressão? Transparência? Meritocracia?

    Quer dizer: justo quando os brasileiros podem conhecer um contendor para a presidência, o TSE ajuda na blindagem.

    É um gesto simplesmente indefensável.

    Se falar em Cláudio não é “propositivo”, falar na Petrobras é?

    Desde que vi os togados do STF na televisão no julgamento do Mensalão, perdi todas as expectativas sobre a Justiça nacional.

    Mas, ainda assim, pela mão do TSE, ela conseguiu se superar em obtusidade nesta decisão.

     

     

  2. Para frente ou para trás

    sexta-feira, 17 de outubro de 2014

     

    A política internacional brasileira dos últimos 12 anos trouxe uma esperança impressionante para os povos que buscam sair da condição de subordinação.

    Theotonio dos Santos (*)

    Daqui do México, tenho a impressão de que o mundo está muito preocupado com o que passa no Brasil. Em contato com muitos amigos de vários países em um Congresso Internacional em que participo e no hotel que comparto com os membros de uma reunião da OEA tenho a oportunidade de sentir a preocupação generalizada com o processo eleitoral brasileiro. A política internacional brasileira dos últimos 12 anos trouxe uma esperança impressionante para os povos que buscam sair da condição de subordinação e dependência, particularmente os latino-americanos.

     Para eles, o Brasil parece ter-se alinhado entre os protagonistas da política internacional representando os interesses da região. Contudo, está muito claro que os setores mais poderosos que controlam a imprensa e os meios de comunicação não veem com bons olhos este novo quadro internacional. Eles não querem mais poderes autônomos no mundo que ate agora controlavam. Por isto se pode observar um súbito alento para estes senhores com a perspectiva de volta ao governo do PSDB no Brasil. Podemos contar com todo tipo de acoes para garantir esta alternativa.

    México é um lugar privilegiado para observar este fenômeno. Neste momento, as forcas hegemônicas do sistema mundial veem no México uma alternativa para disputar – pelo menos na America Latina – este protagonismo do Brasil. É impressionante constatar a diferença de tratamento para com o governo mexicano enquanto movem uma guerra psicológica no Brasil há mais de um ano na busca da derrota do PT. Vejam os leitores algumas pérolas deste tratamento:

    México mantem uma das mais baixas taxas de crescimento nos últimos 12 anos (1,5%) mas melhorou para 2,4% em 2014, segundo previsões que se entusiasmam com a possibilidade de um 3,5% em 2015. Todos conhecemos o fracasso das previsões do FMI, mas no Brasil se fala de um “fracasso” do governo do PT com taxas de crescimento muito superiores durante o mesmo período.

    Quanto ás previsões, não são muito diferentes para os próximos anos. Mas, segundo o FMI, o México tem a vantagem de estar em “livre” associação com os Estados Unidos que estaria se recuperando da brutal crise que jogou para baixo a economia mexicana de 2008 até o ano passado pelo menos. Querem que o México assuma a liderança de uma tal de Alianca do Pacífico e aprofunde a subordinação que vem tendo com os Estados Unidos (com baixo crescimento, moeda em desvalorização, endividamento igual ao seu PIB, déficit fiscal e comercial permanente sem saída estrutural á vista).

    México tem déficit fiscal há muito tempo, enquanto o Brasil tem superávit fiscal por pressão destas mesmas forcas políticas. Incrível, os reis dos “superávits” fiscais que nos impedem de investir e atender as necessidades de nossos povos, revelam uma disposição impressionantemente positiva com o novo governo do México. O departamento fiscal do FMI nos surpreende com as seguintes ponderações: “É legítimo que México utilize o déficit fiscal quando se tem momentos de baixo crescimento e, sobretudo, quando se usa para facilitar a acomodação orçamentária de reformas estruturais como as que se concretaram”

    Em palavras mais simples para o leitor entender de que se trata com estas afirmações que aparentemente se colocam contra toda a teoria que manejam estes órgãos neoliberais: o México acaba de PRIVATIZAR O PETRÓLEO, havendo sido o primeiro pais da região a criar o monopólio estatal do petróleo no início da década de 1940, logo, tem direito a tudo. Para os amigos dos decadentes donos privados do petróleo mundial tudo vale. O FMI está pronto para voltar a meter-se no Brasil e ajudar a completar a obra privatizadora dos dois governos do PSDB. No fundo, este duplo tratamento que notamos aqui são partes da mesma política.

    Querido leitor, seja qual seja sua origem social, étnica e de gênero: No Brasil estão jogando suas cartas duas correntes mundiais:

    Uma que se coloca do lado de uma tentativa de “ELIMINACAO” da pobreza, de uma democracia participativa, apoiada na sociedade civil organizada, da soberania de todos os povos para defender suas riquezas naturais e só explorá-las de acordo com as melhores condições de vida dos povos afetados pela sua exploração, do planejamento do desenvolvimento humano e sustentado de todos os povos, da verdadeira liberdade de opinião e de informação, da associação cooperativa de todos setores sociais e de todos os povos, sobretudo dos povos latino-americanos e caribenhos organizados na CELAC, na UNASUL, na ALBA, na Comunidade Andina e particularmente no MERCOSUL que transformou profundamente o comércio brasileiro e a dinâmica da relação brasileira com o mundo americano. Este enfoque se entronca com a crescente unidade dos BRICS ( Brasil, Russia, India, China e África do Sul ) que abre caminho para uma nova economia mundial. Este é o novo BRASIL que a aliança de forcas comandadas pelo Partido dos Trabalhadores está tentando avançar no nosso país com um forte apoio de forcas sociais mundiais que estão em plena ofensiva no mundo.

    Do outro lado, estão as forcas que respondem aos interesses do grande capital internacional e dos Estados Nacionais, partidos e grupos sociais que os apoiam e seguem. Eles são terrivelmente poderosos, mas como seus interesses entram em contradição com a grande maioria da humanidade não podem exercer este poder impunemente. Claro que lhes interessa sobretudo controlar a opinião pública mundial com o domínio monopólico dos meios de comunicação para impor a versão adoçada das vantagens do seu mundo. Eles utilizam como instrumento privilegiado desse controle as “guerras psicológicas” que visam criar o ódio contra as forcas do avanço da humanidade e o progresso. Eles comandam a maioria dos órgãos de poder mundial para sustentar a economia mundial desigual e combinada que impõem sobre o conjunto do mundo. Mesmo assim não podem impor totalmente suas idéias e seus interesses. Exemplo disto é a decadência do Grupo dos 7 que pretendeu comandar a economia mundial a serviço da Trilateral, organização criada pelos grandes grupos econômicos internacionais dos Estados Unidos, Europa e Japao. Atualmente eles estão em plena decadência enquanto os povos que eles pretenderam deter estão em ascenso . Estados Unidos assiste sem entender, a China passar o seu Produto Interno

    Bruto em 2014. Alemanha e Japao – que disputavam o segundo lugar entre os maiores PIBs do Mundo – lutam para não cair mais diante do avanço do PIB da India. Franca, Italia e Inglaterra lutam para manter os próximos lugares diante do crescimento do Brasil, da Turquia, da Russia e outras potencias emergentes. Eles estão em plena decadência e querem levar consigo os povos sobre os quais exercem uma influencia decisiva baseado nos seus colaboradores e agentes no interior de quase todos os países do mundo. Mas não se enganem. Eles não tem quase nada a oferecer aos povos, principalmente os mais pobres. O grupo que quer voltar ao poder são os mesmos que privatizaram a preco de banana as principais empresas estatais do pais para consumir entre eles mesmos as sobras desta operação de corrupção generalizada.

    Agora querem fingir que estão do lado da Petrobrás que não puderam privatizar totalmente mas não se iludam: estão lutando violentamente para controlar o petróleo do Brasil que surpreendeu o mundo com o pré-sal, resultado do esforço tecnológico da universidade brasileira. Eles necessitam de um governo que os ajude a dominar toda esta riqueza. O PSDB já mostrou de que lado está. Voce vai permitir isto?
    (*) PREMIO MUNDIAL DE ECONOMISTA MARXIANO (2013) DA WORLD ASSOTIATION FOR POLITICAL ECONOMY(WAPE).

     

    http://theotoniodossantos.blogspot.com.br/2014/10/para-frente-ou-para-tras.html   

  3. O Tribunal do “bons” decide o que o povo pode ouvir

    Tijolaço

     

    18 de outubro de 2014 | 21:22 Autor: Fernando Brito  

    elitejudicial

    Não existe censura no Brasil.

    Ou não existia.

    Porque o Tribunal Superior Eleitoral acaba de decidir o que o povo brasileiro pode e não pode ouvir.

    Ou melhor, sobre quem pode ouvir.

    Sobre o Governo, pode-se dizer tudo: que rouba, desvia, se corrompe.

    Tudo, claro, “comprovado”pelas acusações  -até agora genéricas e improvadas – de um homem que admite ser um ladrão – e seu comparsa, que já foi definido pelo próprio juiz do caso como “um bandido profissional”, ambos se beneficiando de um perdão judicial quanto mais acusarem.

    Mas de Aécio não se pode dizer, sequer, que desapropriou, como governador, uma nesga de terra dentro da fazenda do tio e investiu dinheiro público para fazer um aeroporto numa pequena cidade, onde só serve para seus passeios a fazenda da família.

    O fato é que o Judiciário brasileiro, salvo honrosas exceções, parece ter sucumbido aos tapetes que frequenta e adotado, com cada vez menos rebuços, a identidade com uma classe média alta, que se julga possuidora de todos os méritos e à cuja ditadura moral o país deva se submeter.

    Não escandaliza ninguém que um juiz, com vencimentos brutos de perto de R$ 30 mil,  se contado seu auxílio-moradia imune a tributos, escreva num processo que está trabalhando como “escravo”.

    A elite do funcionalismo público, que tem suas posições conquistadas por saber do qual não se duvida, deveria que ser mais lúcida que a elite econômica à qual tantas vezes se alinha em opinião e entender que este é um país carente, arrochado por um brutal garrote financeiro e  que os recursos que faltam ao Judiciário mais ainda faltam à saúde, à educação, à assistência social.

    Não o pensar o que “estou aqui porque mereço e quem não está não merece”. Isso é a selva, não a civilização.

    A cegueira e o ódio,  instalaram-se de forma doentia e obcecada em muitas mentes.

    Neste grupos, só se pode repetir do discurso monolítico da mídia, no qual todos os pecados pertencem a um lado, embora o outro seja um colecionador de imoralidades e desvios de conduta sabidos de todos.

    Este blog, que recebe contribuições dos leitores e anúncios do Google disponíveis a qualquer um, é “sujo”.

    O governador Aécio Neves, que determinou a destinação  verbas publicitárias de seu governo para as rádios que ganhou durante o Governo Sarney, é “limpo”.

    O conservadorismo brasileiro e a classe média cheia de ódio que se construiu aqui acham preferível um desqualificado que rebaixe os pobres a seu lugar do que uma mulher que, com todos os defeitos políticos que seu governo possa ter, é honrada e austera, embora esteja, há dois anos, sendo diariamente enxovalhada pelos jornais.

    Estamos diante do impensável e, entretanto, ele está aí.

    Escrevi, há dias, que o povo brasileiro estava só.

    Seu Governo, agora que resolveu se defender, depois de anos de inércia, está com “baixarias”, porque dos atos baixos do PSDB é deselegante falar e, agora, proibido.

    Estamos chamados a um esforço final para livrar nosso país de um período de trevas que virá se esta mistificação continuar.

    Mas o Brasil e seu povo valem este esforço, ah, se valem.

    Porque não há tribunal, mídia, elites que nos possam tirar esse amor, essa causa, este desejo de justiça e felicidade que eles não têm.

    Quem mede sua felicidade pelo sofrimento alheio está fadado ao veneno do ódio.

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=22248

     

  4. Os promotores públicos também são mentirosos, Aécio?

    Tijolaço

     

    18 de outubro de 2014 | 09:40 Autor: Fernando Brito 

    12porcento

    Aécio Neves, por duas vezes, disse nos debates de televisão que Dilma Rousseff era “mentirosa” por afirmar que o Estado de Minas Gerais não investia em saúde o mínimo constitucional, de 12%, entre 2003 e 2008.

    Não é mentira.

    Primeiro, o provaram os relatórios do próprio Tribunal de Contas – presidido pela mulher de um apoiador do tucano, Clésio Andrade, que a instituição tentou fazer sumir da internet por algumas horas, o que se revelou inútil.

    Há uma ação pública sobre isso, estranhamente paralisada pela alegação formal de que, como se trata de um Governador de Estado, a denúncia não poderia ser apresentada senão pelo procurador-geral. Que o seja, então, não é?

    Agora, noticia a insuspeita Folha, outra promotora,  Josely Ramos, responsável pela área da saúde no MP mineiro,  aciona o Estado pela mesma razão e em outro período, o de 2009.

    O Estado, embora já houvesse normal para que não o fizesse, atinge o mínimo apenas porque inclui como investimentos os gastos efetuados pela Cia de Saneamento de Minas, a Copasa.

    A promotora não discute que saneamento é benéfico à saúde pública.

    Mas informa, singelamente, que estes gastos não foram do Tesouro do Estado, mas financiados pelas contas d´água, por dinheiro federal (BNDES e FGTS), e da venda de ações da empresa, que é uma Sociedade Anônima.

    Ou seja, com dinheiro de fora do Orçamento que deve servir de base ao cálculo dos 12%, até porque, salvo pela simbólica dotação de mil reais, o Estado de Minas não destina recursos do Tesouro para a empresa.

    Feitas as contas, Minas investiu em Saúde, no ano de 2009, 7,84% de seu Orçamento em Saúde, quando a Constituição Federal.  O índice, portanto, fica abaixo de dois terços do que seria obrigatório.

    Será que Aécio pode responder a isso com algum argumento que não seja “a senhora é mentirosa”?

    Ou será que o senador vai dizer para a promotora, também, “a senhora é mentirosa”, virar as costas e seguir em frente, confiante na impunidade que sempre gozou na Justiça Mineira?

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=22212

     

  5. Nova fraude da Sensus vem com vergonha e reduzindo Aécio

    Tijolaço

     

    18 de outubro de 2014 | 10:23 Autor: Miguel do Rosário 

    AecioAeroportoPrograma

    A Istoé divulgou nova pesquisa fraudada. Mas desta vez, com notório constrangimento.

    Nem deu destaque.

    É aquela pesquisa que a Sensus disse terminar no dia 17, mas divulgar no dia 15…

    ScreenHunter_5250 Oct. 18 10.13

    O próprio site Brasil 247, que havia posto a pesquisa em manchete, também se constrangeu dessa vez e a divulgou timidamente.

    O texto da Istoé transpira vergonha.

    É bom lembrar o que já escrevemos sobre a pesquisa anterior da Sensus. O PSDB, até alguns anos trás, processava a Sensus por fraude. De um momento para outro, o partido passa a contratar o instituto para fazer pesquisas para si.

    Chega a ser cômico. Na semana passada, o Sensus dava Aécio quase 18 pontos à frente de Dilma e seu presidente, Ricardo Guedes, afirmava que ele já era vencedor.

    Agora, o mesmo instituto reduz a diferença para 13 pontos, e não arrisca mais nenhuma previsão.

    Pior, o texto da Istoé vem curto e confuso. Sequer mencionam o básico: que a diferença foi reduzida em cinco pontos. Se você não ficar atento e não lembrar da pesquisa anterior, não saberá disso.

    Ao contrário, a matéria induz o leitor a achar que Aécio cresceu, porque compara os votos válidos de agora (56%) com os votos totais da pesquisa anterior (52%).

    É pra rir ou pra chorar?

    Eles nem escondem. A matéria só fala da campanha tucana em tom de autoajuda, como se fosse um texto produzido exclusivamente com o intuito de “estimular” a militância de Aécio.

    Aécio achou que, comprando pesquisas, iria desestimular a militância de Dilma. Ocorreu o contrário. A tensão na campanha de Dilma cresceu vertiginosamente.

    A desmoralização total da Sensus veio com a publicação das pesquisas Ibope e Datafolha, não apenas confirmando o empate entre os dois candidatos, como mostrando um forte aumento da aprovação do governo e de Dilma Rousseff.

    E aumento da rejeição a Aécio.

    A Sensus se viu, de repente, divulgando números completamente destoantes dos principais institutos.

    Confirmou-se a fraude.

    Entretanto, um fato grave. A pesquisa foi divulgada pela Band, canal de TV aberta.

    A fraude ajuda o eleitor que estava prestes a abandonar Aécio Neves a permanecer mais um pouco, por achar que ele conta com o apoio da maioria da população.

    E depois Aécio vem falar em “campanha suja”, e tentar se vitimizar.

    Fraudar pesquisa é o pior crime que se pode cometer numa campanha, porque é uma tentativa de ludibriar a vontade popular.

    O TSE, que investe tanto dinheiro fazendo propaganda demagógica na TV sobre “votar limpo”, sempre usando atores da Globo, bem que podia combater pesquisas fraudadas, para variar, hein?

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=22228

     

  6. Quatro anos esta semana

    Carta Maior

     

    18/10/2014 00:00

     

    Quatro anos esta semana

     

    O arrastão conservador exige um mutirão progressista contra os que tentam enterrar o futuro do país em um mar de lama cenográfico, de recorrência bem .conhecida

     

    por: Saul Leblon

     
        

         

    Arquivo

     

    Um dia após o debate em que atribuiu à adversária a responsabilidade por uma campanha de calúnia e ódio, Aécio Neves comparou a disputa eleitoral contra o PT como um desafio ‘não menor’ do que acabar com a ditadura no Brasil .

    Disse-o sem ruborizar.

    O candidato que hoje une dos Marinhos aos Bornhausen, passando pela The Economist –a ‘revista dos exploradores’, como diz Lula, e os detentores da riqueza financeira local e internacional, emitiu o paralelismo em entrevista na sexta-feira, ao lado da nova entusiasta da ‘mudança’, a doce Marina Silva, que não pisco, nem tossiu.

    Esse é o patamar afável em que as coisas se dão do lado do conservadorismo.

     

    Mas a campanha do PT destila agressividade.

    A uma semana do escrutínio de 26 de outubro, a sofreguidão ‘mudancista’ ainda poderá melhorar esse desempenho.

    Com as pesquisas a indicar um desfecho incerto, é improvável o refluxo de uma escalada que na verdade começou em 2003 e nunca cessou.

    Mas foi a partir de 2005 que ganharia torque inaudito.

    O universo conservador então, já com um pé na rampa do Planalto embalado pelas denuncias do chamado mensalão, , tropeçou no prestígio de Lula; perdeu as eleições de 2006, como perderia novamente quatro anos depois, com a vitória de Dilma, em 2010.

    As urnas pareciam impermeáveis à contrariedade das elites com o rumo de um país que, desde 2008 com maior nitidez, ousava colocar a questão do desenvolvimento social acima dos interesses plutocráticos e não hesitara em atravessar a linha vermelha ao instituir uma regulação soberana e industrializante para a exploração das maiores reservas de óleo descobertas no planeta nos últimos 30 anos, o pré-sal.

    A partir do julgamento da AP 470, iniciado em 2 de agosto de 2012, que se estenderia até 13 de março de 2014, assiste-se então a mais longa, feroz e orquestrada campanha conservadora pela retomada do poder, que agora ingressa em sua derradeira e decisiva semana do assalto.

    De lá para cá foram 25 meses e 28 dias de maciça, unilateral, asfixiante propaganda diuturna em rede nacional contra o PT, a sua história, suas principais lideranças, seu projeto, sua base social, seu legado ao país.

    Antes, durante e depois da AP 470, o vocábulo ‘quadrilha’ foi o que de mais elegante se ouviu nesta página da história que mirava não propriamente os réus ou seus supostos delitos

    .
    O que se semeava ali –e vive agora a etapa da colheita — era um degrau superior no ódio de classe modulado por um jogral ensurdecedor.

    Togas, mídias, colunistas isentos, mercados financeiros, agencias de risco e forças da coalização conservadora liderada pelo PSDB foram meticulosamente mobilizadas a operar a plenos pulmões.

    Cada dente da engrenagem se oferecia ao desfrute do outro, em encadeamento destinado a fomentar na sociedade a sensação de um consenso condenatório que já havia lavrado sua sentença muito antes do direito de defesa e ao largo das provas e autos do processo, como se viu.

    O ritual de exceção observado até por analistas não alinhados ao PT incluiria uma jabuticaba jurídica. O domínio do fato, importado do Direito alemão, foi devidamente violado à luz de holofotes, por entre aplausos calorosos da mídia.

    Não havia pejo, nem pudor; para servir aos fins antecipadamente definidos, valia qualquer meio.

    Consumou-se assim o moinho destinado ao esmagamento político que levaria o escritor e jornalista Bernardo Kucinski a enxergar na marcha dos pelotões em passo de ganso, um politicídio focado no firme e desabrido propósito de abduzir o PT da vida política nacional (leia ‘O politicídio contra o PT’).

    Na Copa do Mundo veio o sinal de guerra aberta.

    No coro de uma elite assumidamente vulgar em seu grito de guerra dirigido à Presidenta Dilma, pulsava a rejeição à ideia de que a democracia consiste em incorporar direitos sociais para se tornar, de fato, um espaço de todos. Sobretudo, dos que nunca tiveram espaço nem voz na vida política nacional.

    ‘Hoje temos outro desafio, que não é menor do que aquele (de derrubar a ditadura), que é o de encerrar o governo que aí está, que perdeu a capacidade de governar pelo fracasso na economia, na gestão do Estado e no descompromisso com a ética”.

    Nas palavras de Aécio, nesta 6ª feira, ao lado da sempre doce Marina Silva, condensa-se agora o espírito desse tecido social incompatível com os ideais que no século XVIII anunciavam a sociedade como comunidade de direitos, capaz de reconhecer em cada cidadão as mesmas prerrogativas desfrutadas pelo outro –inclusive e principalmente a de modificar a repartição da riqueza através de maiorias históricas construídas democraticamente para esse fim.

    É esse o contexto da escalada que emoldurou o debate virulento do SBT, diante do qual a emissão conservadora se porta como um cronista enojado, sendo na verdade o esteio da crispação e do linchamento político que agora se condensam na fala algo deslumbrada de Aécio Neves.

    A poderosa frente de interesses reunida ao longo dessa sedimentação é, paradoxalmente, restritiva ao debate das grandes questões do desenvolvimento, o que ajuda a entender o diagnóstico monotemático de seu candidato.

    Em uma narrativa primária, infantilizada na descrição dos desafios brasileiros, mas palatável a uma classe média e alta que se informa pelo Pânico e pela Veja, Aécio afirma que os gargalos nacionais derivam de uma mesma origem: o PT.

    A visão tosca tem seu apelo nas mentes atrofiadas pelo longo incentivo ao não pensar.

    Deixe que Willian Bonner faça isso por você. Ele é pago para isso.

    Aos mais exigentes, oferece-se Miriam Leitão, por exemplo.

    Ou não terá sido ela que há 10 dias, em debate entre Armínio Fraga e Guido Mantega decretou o fim da crise mundial, com gesto soberbo de mão: ‘A crise acabou em 2009’, apartou um ministro da Fazenda que lhe dava aula sobre a gravidade e persistência dos efeitos do colapso global.

    Em vão.

    A dimensão internacional dos problemas brasileiros, seu impacto na correlação de forças que desafia a ação política para o desenvolvimento, inexiste no canto gregoriano do conservadorismo.

    O problema do Brasil é o PT. O intervencionismo da Dilma.

    Medicada com doses adicionais da poção que a originou, a desordem neoliberal arrasta a humanidade no sexto ano de arrocho e incerteza.

    A cada sinal de dados encorajadores uma recaída espreita na esquina da mais longa e frágil convalescença de todas as crises vividas pelo capitalismo nos últimos 100 anos.

    Mesmo nos EUA, onde os dados positivos adquirem maior nitidez, o subtexto da recuperação –inconteste no gestual da analista de O Globo—é feito de empregos de má qualidade, fastígio financeiro, estagnação na renda da classe média (hoje, cristalizada no mesmo patamar de 15 anos atrás) e drástico avanço da desigualdade.

    Diferente dos analistas brasileiros, que esquece de consultar, a presidente do Federal Reserve (banco central dos EUA), Janet Yellen, disse na última nesta sexta-feira que o crescimento da desigualdade de renda e de patrimônio nos EUA a preocupa “demasiadamente”. Está perto do seu nível mais dramático em um século, informou.

    Yellen não ignora as intercorrências dessa espiral na trajetória de uma sociedade. Ao contrário do jogral conservador por aqui ela sacode a indiferença ao dizer: ‘Os norte-americanos deveriam perguntar se isso é compatível com os valores dos Estados Unidos’.

    No mesmo dia em que a presidente do Fed arguia o futuro que o ajuste neoliberal está construindo, os mercados financeiros viviam um novo capítulo de abalos sísmicos.

    Temores de uma terceira onda recessiva na Europa, agravados pelas evidências de uma longa estagnação nas economias ricas, da qual não se livra nem mesmo a poderosa Alemanha, que vê minguar suas importações e o crescimento (expectativa de expansão do PIB no último trimestre é de 0,3%), desencadearam uma explosão de ordens de venda nas bolsas de todo o planeta.

    A deriva e a desordem do capitalismo internacional é tão grave que o seu principal bunker financeiro, o FMI, converge rapidamente para se transformar em defensor de incentivos fiscais e do investimento público, para mitigar o horizonte de um longo estancamento mundial da renda e do emprego.

    Tudo aquilo que o governo petista tem feito pioneiramente desde 2008 –com resultados substantivos na oferta de emprego e redução da pobreza– mas é tratado agora como ‘fracasso’ pelo candidato dos mercados.

    A campanha eleitoral conservadora passa ao largo dessas miudezas que podem calcificar o século XXI brasileiro.

    Seu diagnóstico guarda notável identidade com o gesto imperial da colunista do Globo: ‘A crise acabou’.

    Ou, como prefere o ‘mudancismo’: ‘O problema do Brasil é o PT’.

    O que se segue daí omite questões estruturais, abstrai conflitos, elide relações objetivas de causa e efeito, não enxerga o pano de fundo mundial. O risco desse diagnóstico leviano conduzir o país a soluções desastrosas é alto.

    Por isso é necessário compensar a indigência intelectual e política daquilo que expressa a boca tosca de Aécio com uma oratória exaltada, carregada na tintura fantasiosa de um Brasil ‘devastado’.

    O salvacionismo tucano impressiona durante algum tempo; em seguida satura.
    Não há aderência racional entre o que se diz e o cotidiano da maioria da população: 78% dos eleitores consideram o governo Dilma ótimo, bom ou regular, diz o Datafolha.

    Para contornar a decomposição desse produto de prazo de validade estreito, o discurso do ódio ideológico recusa ao eleitor o direito de refletir sobre o saldo das conquistas, equívocos e desafios acumulados nos últimos anos, de modo a formar o discernimento maduro das opções oferecidas ao passo seguinte brasileiro.

    O arrastão conservador exige um mutirão progressista contra aqueles que tentam enterrar o futuro do país em um mar de lama cenográfico, de recorrência conhecida na história.

    Nunca como desta vez a luta voto a voto teve tanto peso na disputa política.

    São sete dias que valem por quatro anos.

    Junção de tempos suficiente para que cada voto progressista lute para dobrar seu peso na urna de domingo.

    À luta.

    http://www.cartamaior.com.br/?/Editorial/Quatro-anos-esta-semana/32032

  7. O TSE viola o processo eleitoral brasileiro de forma grave

    Carta Maior

    18/10/2014

    Antonio Lassance

    O TSE acaba de violar o processo eleitoral brasileiro de forma grave

     

    O Tribunal agiu como censor e proibiu que depoimento da ex-presidenta do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, Eneida da Costa, continuasse sendo veiculado

          

     

    Atendendo a uma representação da candidatura de Aécio Neves, o Tribunal agiu como censor e proibiu que o depoimento da ex-presidenta do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, Eneida da Costa, continuasse sendo veiculado pela propaganda eleitoral da candidata Dilma Rousseff.

    Pior do que retirar a propaganda do ar, a decisão do TSE representa um retrocesso ao processo que tem por obrigação revelar quem são os candidatos, seu passado e o que eles representam.

    O Tribunal acaba de criar a sua Lei Falcão – aquela lei da ditadura que proibiu que o horário eleitoral fosse usado para a crítica à ditadura.

    Coincidente e tristemente, justo ao julgar um programa que falava em ditadura e desrespeito à liberdade de imprensa. .

    A acusação feita pela jornalistas de Minas Gerais era a seguinte:

    “Tudo que desagradava o governo Aécio era como no tempo da ditadura, era um telefonema e o repórter, o fotógrafo, o jornalista, em qualquer posto, estava ameaçado de perder o seu emprego porque contrariou os desejos do Palácio da Liberdade, do governo de Minas, dos tucanos”.

    A maioria do Tribunal, na sessão (relizada no dia 16), derrubou o voto do relator e de mais duas ministras, que negavam provimento ao pedido de Aécio e mantinham a propaganda.

    A maioria contrariou também a recomendação do Ministério Público de que uma intervenção do Tribunal no debate eleitoral teria um efeito perverso.

    Mais acintoso é o fato de que a representação feita por Aécio nem se deu ao trabalho de contestar os fatos. Ou seja, o advogado de Aécio não o defendeu da acusação de perseguir jornalistas.

    Um dos que votaram pela retirada do programa considerou as acusações como de caráter pessoal. E defendeu, cheio de arroubos, que “nós não podemos gastar o dinheiro público para esse tipo de propaganda eleitoral”.

    Está certo o ministro. O dinheiro público precisa ser economizado para se pagar o auxílio moradia de juízes e para fazer caixa para, se aprovada a PEC 63, pagar, apenas aos doutos membros  do Judiciário, salários acima do teto constitucional.
    Se a acusação de perseguição de jornalistas foi considerada pessoal, imagine o que será da acusação de nepotismo, de construção de aeroporto em terras do tio e de patrocínio a rádios da família?

    O presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, reconheceu que o julgamento daquela noite mudou a jurisprudência do Tribunal – isso a uma semana das eleições. 

    A partir de agora, fica decidido que “os programas eleitorais gratuitos e as propagandas têm que ser programáticas, propositivas, e que o debate pode ser ácido ou duro, mas relativo a questões programáticas e questões de políticas públicas”.

    E quando a perseguição a jornalistas é a política pública? E quando o nepotismo e a construção de aeroportos em terras de famíliares são a política pública?

    O TSE fez o que não deve fazer: legislar no lugar do Congresso. Nas palavras do próprio Toffoli, com a decisão, “é um novo modelo que se está sinalizando para a propaganda eleitoral gratuita”.

    O pior de tudo é que um dos ministros mais enfáticos na censura da propaganda de Dilma é o mesmo que já mandou inúmeros recados de que tornou-se desafeto da presidenta por que ela nunca o consultou sobre indicações de nomes para os tribunais superiores.

    Um ministro que usa suas decisões como troco para a sua mágoa, isso sim é pessoal.

    O problema da decisão tomada pelo TSE revela não o baixo nível do debate eleitoral. Revela o baixo nível do próprio Tribunal.

    Assistam aqui ao vídeo do julgamento e tirem suas próprias conclusões
     
    (*) Antonio Lassance é cientista político.

    http://www.cartamaior.com.br/?/Coluna/O-TSE-acaba-de-violar-o-processo-eleitoral-brasileiro-de-forma-grave/32030

  8. Num país razoável sério, os

    Num país razoável sério, os donos de institutos de pesquisas Sensus e Vox Populi estariam presos há muito tempo.

       É substimar demais a inteligência do povo.

  9. O estranho caso dos vídeos proibidos

    Do site outras mídias, link http://outras-palavras.net/outrasmidias/?p=46089

    Judiciário tira da internet três obras (entre elas, um trabalho acadêmico) que denunciavam atos de Aécio Neves. Lei brasileira dá a políticos e juízes “direito” de censura

    Por Kiko Nogueira, no DCM

    O documentário “Helicoca — o helicóptero de 50 milhões de reais”, produzido pelo DCM, foi retirado do YouTube por causa de uma reivindicação de direitos autorais.

    O responsável pelo pedido, um certo “Jorge Scalvini”, não existe. É um perfil fake da internet. Recorremos ao Google há uma semana, mas até agora nada. Isso é resultado de uma prática kafkiana chamada “notice and take down”, em que o autor é obrigado a provar ao YouTube que existe, enquanto o denunciante só necessita de um CPF.

    A derrubada do “Helicoca” está longe de ser um episódio isolado. Há pelo menos dois casos similares. Ambos envolvem Aécio Neves.

    O primeiro é o do instigante “Liberdade, Essa Palavra”, filme sobre o qual já falei aqui. Foi o trabalho de conclusão do curso de jornalismo de Marcelo Baêta. “Liberdade…” trata da relação da imprensa mineira com o governo de Aécio em seu primeiro mandato (2003/2006).

    São várias histórias sobre a pressão da administração aecista sobre jornalistas e as demissões que decorreram dela. Andrea Neves, irmã e braço direito, é um dos personagens principais. Na época, o PSDB mineiro colocou no ar uma resposta acusando Baêta de “petista” e seu trabalho de “manipulação” e “fraude”.

    O original de “Liberdade, Essa Palavra” (um verso de Cecília Meireles) foi abatido do YouTube por causa de — adivinhe — reivindicação de direitos autorais.

    A trajetória de “Gagged in Brazil” (“Amordaçados no Brasil”) não é muito diferente. Foi escrito e dirigido por Daniel Florêncio para a Current TV, canal por assinatura e portal da web criado por Al Gore.

    Tema e período são os mesmos da obra de Baêta. Daniel mostra a cumplicidade da mídia com o projeto de poder de Aécio. Uma editora da TV Globo aparece, sem ser identificada, relatando que a emissora esperava que Aécio estivesse “do lado da Globo”.

    Uma matéria no Jornal Nacional elogiava o “déficit zero” nas contas públicas do estado. Logo após a “notícia” narrada por Fátima Bernardes, entrava nos comerciais um anúncio do governo de MG repetindo quase ipsis verbis o que a âncora relatara.

    “Gagged” foi ao ar na Current TV no Reino Unido e nos EUA em maio de 2008. Uma semana mais tarde, foi postado no YouTube, com legendas, e bombou em pouco tempo.

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    Quatro meses depois, sairia da Current.com. Florêncio — que mora em Londres há dez anos — escreveu no Observatório de Imprensa que sua editora lhe esclareceu o seguinte: “Os executivos seniors do canal nos EUA receberam cartas com severas considerações e críticas sérias em relação ao filme. As cartas foram enviadas pelo PSDB de Minas Gerais. O PSDB afirmava que meu filme tinha caráter político-partidário, que não representava a realidade no estado e questionava minha conduta ética”.

    Por desejo do diretor de programação David Newman, o gerente de jornalismo Andrew Fitzgerald deu início a uma investigação. “Elaborei dossiês, contatei minhas fontes no Brasil, e escancarei meus procedimentos para Andrew Fitzgerald”, diz Daniel. Fitzgerald o avisaria, afinal, que “Gagged in Brazil” estava de volta à Current TV.

    No YouTube, porém, o desfecho foi outro. No dia 3 de fevereiro deste ano, Florêncio recebeu um alerta de um desconhecido, querendo saber o que houve com o filme. Quando clicou no link, pumba!: infração de copyright, requisitado por um certo Gabriel Amâncio. Ganha um pão de queijo quem acredita que Gabriel Amâncio é um cidadão de carne, osso, miolos e músculo.

    Como no caso de “Liberdade”, outras versões estavam disponíves. Mas a eliminada contava com quase meio milhão de visitas, além dos links em sites, blogs e nas redes sociais. Na internet, a relevância varia de acordo com o número de links e visitas. O objetivo era fazer com que o documentário se tornasse irrelevante no Google, Bing, Yahoo etc.

    O PSDB perpetrou um vídeo-resposta a “Gagged” que explodiu milagrosamente no YouTube. Os comentários, veja só que curioso, eram de países da Ásia, África, Europa. Todos falsos. Daniel explicou a ciência por trás dessa façanha num outro filme curto, que eu posto abaixo. Basicamente, é um spam. Assista enquanto Jorge Scalvini não dá as caras.

    Aécio tem processos contra Facebook, Twitter e Google. Quem o representa é o escritório de advocacia Opice Blum, tido como autoridade em direito digital. Segundo um perfil do candidato na Piauí, seu contrato é como pessoa física.

    Uma advogada afirmou à revista que as ações contra buscadores fazem referência a “uma mentira que espalharam na rede dizendo que o senador é acusado em ação judicial promovida pelo Ministério Público de ter desviado 4,3 bilhões de reais”.

    Foi o Opice Blum que moveu a ação contra o Twitter para descobrir os dados cadastrais de 66 contas que, supostamente, fariam parte de uma “rede virtual de disseminação de mentiras e ofensas”. Uma dessas contas é a do DCM.

    Noves fora a onda de repulsa que essas arbitrariedades causam, a cada vídeo retirado aparecem outros, num efeito multiplicador. O “Helicoca”, por exemplo, tem cinco versões no YouTube no momento em que digito estas maltraçadas. Sem contar as do Vimeo e as do Daily Motion. Existem outras tantas de “Gagged” e de “Liberdade, Essa Palavra”.

    Já dizia a fabulosa Hannah Arendt: “Somente quando as coisas podem ser vistas por muitas pessoas, numa variedade de aspectos, sem mudar de identidade, de sorte que os que estão à sua volta sabem que vêem o mesmo na mais completa diversidade, pode a realidade do mundo manifestar-se de maneira real e fidedigna”.

    Marina Silva citava Hannah Arendt com frequência. Não sei se Aécio Neves tem ideia de quem se trata.

     

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  10. Talvez agora falem mais, já que não acontece “só na Índia”

    Novas evidências relacionam doenças mentais e suicídio de agricultores a uso de pesticidas

     

     

    Brian Bienkowski | Environmental Health News | Los Angeles – 18/10/2014 – 09h00

     

    Testes com animais demonstram alteração no funcionamento de células nervosas; estudos nos EUA, na China e no Brasil também sugerem aumento no risco de depressão em seres humanos  http://operamundi.uol.com.br/conteudo/samuel/38235/novas+evidencias+relacionam+doencas+mentais+e+suicidio+de+agricultores+a+uso+de+pesticidas.shtml

  11. Manifesto de lideranças evangelicas com Dilma

    Nassif!

    Ontem colocamos aqui uma Carta Aberta com pedido de levá-la ao topo pelos motivos alí explicitados sob o link: https://jornalggn.com.br/comment/476729#comment-476729

    Porém, mesmo não tendo acontecido trazemos agora o segundo documento alí mencionado, “Manifesto de Lideranças Evangélicas com Dilma” com o mesmo intuito, o qual se acha aqui: 

    http://migre.me/miGJr

    Nós…

    …pastores, pastoras, presbíteros, presbíteras, diáconos, diaconisas, obreiros e obreiras de diferentes denominações evangélicas vimos a público manifestar nosso apoio…

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