Clipping do dia

As matérias para serem lidas e comentadas.

Luis Nassif

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  1. Eduardo Descolado

    ‘Dilma Bolada’ e ‘Aécio Boladasso’ inspiram ‘Eduardo Descolado’

     

    São Paulo – Depois da “Dilma Bolada” e do “Aécio Boladaço”, chegou a vez do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, provável candidato do PSB à Presidência, ganhar um perfil “fake” no Facebook. Com 162 seguidores, “Eduardo Descolado”, que entrou no começo da semana na rede, segue a mesma linha dos personagens virtuais de seus adversários. Em tom de humor, os posts são assinados como se o autor fosse o próprio político.

    A assessoria do PSB, porém, nega que tenha qualquer participação na iniciativa e garante que a criação foi de algum fã do governador. Em uma das postagens, “Eduardo Descolado” respondeu às críticas feitas ao governador pernambucano no perfil oficial do PT no Facebook, onde ele foi chamado de “tolo” e “playboy mimado”. “Quem começou foram eles, me chamando de playboyzín… Eu sou só descolado, cara boa pinta, e cá entre nós: ninguém resiste ao meu charme dos olhos verdes!”.

    Em outubro no ano passado, o “perfil não-autorizado” no Facebook seguiu a mesma linha. “Sou lindo, sou tucano, sou futuro presidente dessa nação por um Brasil melhor”. Esta foi a apresentação da página “Aécio Boladasso”. A assessoria do PSDB também negou na ocasião que a ideia partiu do partido.

    A repercussão foi negativa e o perfil acabou sendo apagado das redes sociais. Mas quem clica hoje no Facebook o nome de Aécio encontra outra pagina parecida, chamada “Aécio Boladão”, com 100 “amigos” registrados.

    Pioneiro do gênero, o perfil “Dilma Bolada” conta com 916 mil seguidores. Seu autor, Jefferson Monteiro, caiu nas graças da presidente e foi até chamado para um bate papo virtual no Palácio do Planalto.

     

    http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-bolada-e-aecio-boladasso-inspiram-eduardo-descolado,1116724,0.htm

  2. Intervenção em Rondônia espera há cinco anos

    Presídios: pedido de intervenção em Rondônia tramita no STF há mais de 5 anos

    Brasília – O último pedido de intervenção federal num estado feito ao Supremo Tribunal Federal pela Procuradoria Geral da República, em face de graves violações de direitos humanos, foi protocolado em outubro de 2008, pelo então chefe do Ministério Público, Antonio Fernando de Souza, e até hoje tramita no tribunal. Na petição, a PGR classificava como “uma calamidade” a situação do Presídio Urso Branco, em Porto Velho, capital de Rondônia, onde, “nos últimos oito anos contabilizaram-se mais de cem mortes e dezenas de lesões corporais (contra detentos), fruto de motins, rebeliões entre presos e torturas eventualmente perpetradas por agentes penitenciários”.

    Construído no final da década de 90 para abrigar presos provisórios, o Presídio Urso Branco acabou tendo de acolher presos condenados. Considerada a maior unidade prisional da região Norte do país, a penitenciária tinha capacidade para 420 internos, mas contava com mais de mil detentos.

    Há mais de cinco anos, o então procurador-geral afirmava ser “induvidoso que, nas circunstâncias político-administrativas presentes, a intervenção se torna indispensável, ao menos para assegurar os direitos da pessoa humana”, acrescentando que outras ações judiciais foram iniciadas, sem sucesso, no sentido de minorar a situação da penitenciária e apurar os abusos contra os detentos. Ele ressaltava ainda que entidades não-governamentais acionaram a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos (OEA), que, desde 2002, recomendara medidas com o intuito de solucionar a situação do presídio, mas que muito pouco tinha sido modificado.

    Último andamento

    No último dia 29 de outubro – conforme o andamento do pedido de intervenção federal em Rondônia (IF 5129) – o atual presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa (que recebeu o processo dos seus antecessores) proferiu despacho para reenviar os autos ao procurador-geral da República para nova “manifestação”.

    Os principais terchos do despacho foram os seguintes:

    “Por meio da petição em referência, o Estado de Rondônia noticiou que, em 25 de agosto de 2011, a Corte Interamericana de Direitos Humanos tomou conhecimento do pacto para melhoria do sistema prisional daquela unidade da Federação, e ordenou o levantamento das medidas provisórias relacionadas aos eventos ocorridos no presídio Urso Branco.

    Ainda que esgotassem a totalidade das violações lá mencionadas, as referidas medidas provisórias abrangiam parte significativa dos fatos relatados na inicial deste pedido de intervenção federal, constituindo, à época da formulação deste, fundamento jurídico importante para o argumento, então lançado, de afronta aos direitos da pessoa humana pelo Estado de Rondônia (art. 24, 7, b, da Constituição).

    Nesse contexto, é recomendável que se dê vista dos autos ao Procurador-Geral da República para manifestação a respeito dos argumentos apresentados pelo Estado de Rondônia na petição mencionada. Colhe-se a presente oportunidade para salientar que, tratando-se de processo que ainda não foi objeto de deliberação plenária, o prosseguimento do feito poderá será condicionado à apresentação, pelo requerente, de acordo com o inc. III do art. 3º da Lei 12.562, de 23/12/2011, de plano consistente e detalhado para a solução das deficiências eventualmente apontadas, uma vez que, na linha do afirmado pelo ministro Gilmar Mendes, no exercício desta Presidência, a especificação dos termos da intervenção não cabe apenas ao possível interventor, mas a todos os participantes do processo”.

    “Assim, em caso de opinião favorável ao prosseguimento do processo, sugere-se ao Procurador-Geral da República que, além da especificação do pedido, apresente também, considerada a superveniência da Lei 12.562/2011, manifestação a respeito da necessidade de distribuição do presente processo a um dos ministros desta Corte e sobre a viabilidade do pedido de ingresso formulado pela Arquidiocese de Porto Velho e pela organização não governamental Justiça Global.

    Encaminhe-se o processo ao Procurador-Geral da República para manifestação”.

     

    http://www.jb.com.br/pais/noticias/2014/01/09/presidios-pedido-de-intervencao-em-rondonia-tramita-no-stf-ha-mais-de-5-anos/

  3. Campanha de solidariedade a Genoino

    Foi divulgado nesta quinta-feira o endereço do site oficial da campanha de doações para pagamento da multa imposta pelo STF a Genoino:

     http://www.apoiogenoino.com/

    O site conta com a aprovação da famíla e foi feito seguindo as orientações dos advogados do petista. Os desconfiados podem doar tranquilos já que a conta é uma poupança em nome do próprio Genoino.

    Lembro que o tempo é curto e que a multa foi recalculada  de 468 mil para 667 mil. Por isso, é preciso um intenso trabalho de divulgação da campanha e do site. Lembro também que pagar não equivale a uma admissão de culpa, portanto, não deixe de contribuir por que a multa é injusta, como injustas foram as prisões.

    ATENÇÃO: PARA DOAR SIGA RIGOROSAMENTE AS ORIENTAÇÕES DO SITE

     

    AS DOAÇÕES PARA GENOINO

    Por qie estamos aqui?

    José Genoino dedicou os quase 50 anos de sua vida pública à militância política. Como líder estudantil, guerrilheiro no Araguaia, preso político durante a ditadura, ativista social, fundador do PT, parlamentar brilhante e dirigente político, sempre esteve ao lado do povo, da democracia e das lutas sociais. Poucos têm uma história de vida tão comprometida com a justiça social e a liberdade. A família de Genoino – Rioco, Miruna, Ronan e Mariana – tem todos os motivos para se orgulhar dele e muitos outros também.

    Condenado sem provas por um tribunal que se dobrou a um linchamento midiático, Genoino está sendo alvo agora de uma perseguição rancorosa e odiosa. Apesar de seus gravíssimos problemas de saúde, continua a sofrer ameaças e constrangimentos intoleráveis da parte de algumas autoridades.

    Nas últimas horas do dia 7/01/2014, ele foi notificado de que deve pagar uma multa de R$ 667.513,92 até o dia 20/01/2014. Como todos sabem, Genoino não tem patrimônio para arcar com tal despesa.

    Os amigos de Genoino, seus companheiros, eleitores e admiradores, os homens e as mulheres de bem não vão deixar. Vamos levantar nos próximos dias o dinheiro para quitar a multa. Cada um contribuirá com o que estiver a seu alcance.

    Que fique bem claro que não estamos reconhecendo nenhum fundamento de justiça na multa. Mas não ficaremos parados quando se busca humilhar um homem da estatura moral e política de Genoino. Não recusaremos a oportunidade de responder à maldade com solidariedade, à mesquinhez com altivez, à perseguição com muita luta no coração. 

    Os que têm a alma ínfima e a vaidade suprema não triunfarão. O Brasil sempre foi –  e continuará sendo – maior do que eles.

                Genoino, você não está só. Somos todos Genoino. 

     

  4. Informação ou espionagem?

    Nassif e todos, é impressionante, mas a cada dia que passa as queixas do amigo Ivan começam a fazer mais sentido, rs… 

     

    ‘Se seu carro tem um GPS, sabemos o que você faz’, diz vice da Ford

     

    Carros modernos produzem uma grande quantidade de informações a cada segundo e as grandes montadoras têm acesso a isso, de acordo com declarações do vice-presidente global da divisão de marketing e vendas da Ford, Jim Farley, durante palestra em uma feira de comércio na cidade americana de Las Vegas, nesta quarta. 

    “Nós sabemos todos que descumprem a lei, sabemos quando estão fazendo isso. Se há um GPS no seu carro, sabemos o que você faz”, declarou o representante da montadora, que fez uma ressalva: “mas, que seja dito, não repassamos essas informações para qualquer um”.

    Segundo ele, esses dados poderiam ser utilizados no futuro para o benefício dos motoristas, permitindo que técnicos solucionassem problemas de trânsito, como evitar a formação de congestionamentos.

    Pela análisa do jornalista Jim Edwards, da revista Business Insider, que estava presente na palestra, as revelações de Farley foram “preocupantes e óbvias”. “Os carros com GPS permitem que a Ford saiba quando os motoristas estão correndo. Mas a questão é até que ponto os dados podem ser compartilhados. Agora que já sabemos de vigilância em nosso computadores, podemos vivenciar um ambiente semelhante nas estradas”, escreveu, lembrando os recentes vazamentos divulgados por Edward Snowden, ex-funcionário Agência de Segurança Nacional americana (NSA).

    Em entrevista ao The New York Times, Khaliah Barnes, do Centro de Privacidade das Informações Eletrônicas admitiu: “esses carros são equipados com computadores que captam todo tipo de informação. Sem proteções, isso pode ser usado de forma abusiva”.

    do Terra

    http://economia.terra.com.br/carros-motos/se-seu-carro-tem-um-gps-sabemos-o-que-voce-faz-diz-vice-da-ford,06b2bb1c55a73410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

  5. Cesta de produtos de famílias

    Cesta de produtos de famílias com renda até 2,5 salários mínimos registra inflação de 4,98%

    Vitor Abdala
    Repórter da Agência Brasil

    Rio de Janeiro – O Índice de Preços ao Consumidor-Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, fechou 2013 com taxa de 4,98%. O percentual é inferior ao observado pelo Índice de Preços ao Consumidor-Brasil (IPC-BR) – que mede a inflação para todas as faixas de renda – e fechou 2013 em 5,63%.

    O IPC-C1 de 2013 também ficou abaixo do observado pelo mesmo índice em 2012: 6,9%. A queda do indicador foi provocada por reduções nas inflações de grupos de despesas como alimentação (cuja taxa caiu de 10,13% em 2012 para 8,26% em 2013) e transportes (que registrou queda de 6,04% para 0,05%).

    Também tiveram redução da inflação os grupos habitação (de 4,96% para 2,78%), educação, leitura e recreação (de 7,16% para 6,34%) e despesas diversas (de 12,87% para 9,66%). Em sentido oposto, dois grupos de despesas tiveram alta: vestuário (que passou de 3,75% em 2012 para 4,98% em 2013), saúde e cuidados pessoais (de 6,02% para 6,12%).

    Se analisado apenas o mês de dezembro de 2013, a inflação medida pelo IPC-C1 ficou em 0,56%, abaixo do 0,65% observado em novembro.

  6. Montadoras choram, aqui.

    Montadoras choram, aqui. Mas pesquisa automobilística mundial bota o Brasil no topo

    Você leu o chororô sobre a crise da indústria automobilística no Brasil, nos últimos dois ou três dias?

    Esqueça.

    O pessoal da indústria automobilística, aqui e lá fora, pensa exatamente o inverso.

    A empresa de consultoria KPMG, presente no mundo inteiro, fez uma pesquisa com 200 dirigentes de fábricas de automóveis. (Aqui, na íntegra).

    Dela, saiu aqui, discretamente que o setor terá seu maior desenvolvimento nos Brics.

    Mas não que se prevê o Brasil como o terceiro maior favorito em crescimento de produção e de vendas no mundo.

    E que os países da Europa são vistos como declinantes em ambos.

    E sabem, dos Brics, em qual país são vistas as menores dificuldades por conta das regras governamentais?

    Exato, aqui mesmo.

    Idem com barreiras alfandegárias e exigência de conteúdo nacional, contra a qual gritam como cara e absurda.

    Só o Brasil e a China, entre os Brics, têm uma expectativa de exportação crescente no curto prazo.

    Ou seja, enquanto os nossos “especialistas” preveem o caos, os executivos das montadoras lá fora botam o Brasil lá em cima de suas expectativas.

    Os daqui, claro, aproveitam a “onda” para “chorar miséria” e tentar obter mais concessões.

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=12379

  7. Movimentos sociais organizam plebiscito sobre reforma política

    Pedro Rafael Ferreira
    do Brasil de Fato

    No auge das mobilizações populares de junho passado, quando a classe política, atônita, não sabia para onde ir, coube à presidenta Dilma Rousseff tentar responder às milhões de vozes das ruas. Seu pronunciamento em cadeia de rádio e TV botou o dedo na ferida: “Proponho a convocação de uma Constituinte Exclusiva para debater e reformar o sistema político”. Mais que isso, o povo deveria ratificar ou não, por meio de plebiscito, os termos da reforma aprovada.

    A iniciativa poderia ser o primeiro passo para reconstruir uma ponte que há muito tempo já não existe entre a população e seus representantes eleitos. A expectativa, porém, não resistiu ao primeiro choque de realidade. Menos de 24 horas após o discurso de Dilma, as figuras mais reacionárias da República, a começar pelo próprio vice-presidente, Michel Temer, e seu PMDB, além de segmentos conservadores do Judiciário, cujo portavoz mais proeminente é o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), trataram de sepultar a possibilidade de uma constituinte. Dilma, então, se calou.

    Sociedade civil reage

    “O sistema político brasileiro está, talvez, no seu momento histórico mais desacreditado”, aponta Rosângela Piovezani, do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC). Essa constatação ficou incontornável após a onda de mobilizações. Diante desse quadro, dezenas de organizações políticas e movimentos sociais lançaram, em setembro, a campanha do plebiscito popular por uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político. O objetivo é muito claro: só uma nova assembleia constituinte exclusivamente dedicada a propor uma reforma política, será capaz de mudar a atual realidade.

    “Está mais do que demonstrado que este Congresso Nacional não quer e nem tem condições de fazer uma mínima reforma política. É um descompasso total com os anseios da sociedade. Só nos resta construir um outro processo”, avalia José Antônio Moroni, do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc).

    E o plebiscito já está começando a tomar forma. De acordo com Paola Estrada, pelos 20 estados estão montando comitês e cada localidade (bairro, comunidade e região) poderá constituir um grupo para mobilizar em prol da campanha. Cursos de formação, cartilhas, vídeos e debates serão realizados pelos próximos nove meses. A campanha também já tem site e página nas redes sociais (veja box).

    Finalmente, de 1º a 7 de setembro deste ano, a população poderá votar em milhares de seções eleitorais populares espalhadas pelo país. Responderão à seguinte pergunta: “Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político?”. Os votos coletados não terão validade jurídica, mas será um poderoso instrumento de pressão política contra governo e Congresso Nacional.

    Exclusiva e soberana

    Para que tenha capacidade de transformar o atual sistema político, uma assembléia constituinte tem que ser exclusiva, ou seja, seus representantes eleitos unicamente com essa finalidade. Depois de aprovadas as mudanças, a assembleia seria dissolvida e seus representantes não poderiam concorrer em processos eleitorais por um prazo pré-definido. Isso seria algo inédito no Brasil. Em 1988, o próprio Congresso Nacional eleito foi investido como assembleia constituinte, sem qualquer desvinculação.

    “A assembleia constituinte não pode ser o Congresso Nacional. Na constituinte de 1988, foi dado poder ao congresso eleito pra elaborar nova constituição. De manhã, era Congresso Nacional e a tarde se transformava em constituinte. Os parlamentares continuavam submetidos às pressões do Judiciário e do Executivo, perdendo a soberania que deveriam ter.

    Tanto que algumas amarras da ditadura foram mantidas”, explica Moroni, do Inesc. A anistia aos militares assassinos, a manutenção da estrutura agrária, o pagamento da dívida pública ao sistema financeiro e polícia militarizada foram algumas dessas amarras.

    Outros plebiscitos

    Não é a primeira vez que movimentos sociais e organizações políticas constroem plebiscitos populares com este do sistema político. Quando os Estados Unidos e o então presidente Fernando Henrique Cardoso queriam que o Brasil integrasse a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), essas mesmas entidades, contrárias à proposta – que tornaria o país um mero satélite comercial dos estadunidenses –, organizaram uma consulta à população. Foram coletados mais de 10,2 milhões de votos em 46 mil urnas instaladas em todo o país. Um trabalho voluntário que envolveu 157.837 pessoas. O resultado não deixou dúvida: 98,32% dos eleitores rejeitaram a entrada do país na área de livre comércio.

    Meses mais tarde, o recém-empossado presidente Lula, em encontro de chefes de Estado de todo o continente americano, disse não ao próprio presidente George Bush sobre a Alca. Outros importantes plebiscitos foram realizados ao longo da década passada. Em 2000, houve consulta sobre o pagamento da dívida externa e, em 2007, a população respondeu sobre a privatização da companhia Vale do Rio Doce.

    Organizar um Plebiscito Popular para consultar a população sobre um tema fundamental é mais que um exercício da própria democracia. “É também uma forma de luta. Se a maioria dos deputados e senadores se recusa a alterar o sistema político e não convoca um plebiscito, a população se organiza e constrói o Plebiscito Popular. Uma forma de luta que todos podem participar”, afirma um trecho da cartilha elaborada pelos movimentos sociais envolvidos no processo.

    http://www.sul21.com.br/jornal/movimentos-sociais-organizam-plebiscito-sobre-reforma-politica/

  8. Mino Carta: o Brasil do

    Mino Carta: o Brasil do Maranhão e o de Daniel Dantas

    10 de janeiro de 2014 | 06:44 Autor: Fernando Brito

    cartaVamos tratar muito deste assunto – não são dois assuntos – durante o dia de hoje.

    Do Brasil dos grupos dominantes, que é o Brasil do atraso.

    Do país onde as instituições servem para manter o status quo, como é seu papel, mas onde o status quo é tal que ofende a própria dignidade das instituições.

    O Brasil que ainda tem uma  (ou várias) capitania hereditária.

    E capitães empresariais que herdaram, por direito neoliberal, o patrimônio público e o defendem  – não para o país – com unhas, dentes, grana e poder.

    Daqui a pouco, em post próximo, vamos falar de um destes capitães: Daniel Dantas, tema de um livro que abalaria este país as elites deste país se abalassem e das deferências que a Justiça lhe presta.

    E durante o dia, já não de capitães, mas de coronéis, os encastelados no Maranhão, uma clã deposta pelo povo, em eleições e ao poder retornado também por uma decisão judicial, de uma Justiça que foca em migalhas e é cega para montanhas.

    Comecemos o dia, portanto, com um indignado encanecido, a quem o tempo desbotou os cabelos, mas não o caráter, como tanto acontece.

    Este é o país

    Mino Carta

    Este é o país do futebol e da oligarquia ainda viva em muitos de seus recantos. Este é o país do batuque no morro e das atrocidades ocorridas nestes dias no Maranhão, feudo dos Sarney.

    Este é o país do príncipe dos sociólogos, e também aquele que, conforme o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, o Pisa, entre 65 países pesquisados fica em 58º lugar em matemática, 55º em leitura e 59º em ciência, superado pela maioria dos países latino-americanos. Mas o ministro da Educação fala em “grande avanço”, embora tenhamos regredido em matemática e leitura e mantido a mesma classificação em ciência no confronto com a pesquisa de três anos atrás.

    Este é o país onde até jornais que apoiaram o golpe de 1964 agora descobrem, tomados de espanto, que os Estados Unidos pretenderam e participaram ativamente da derrubada de Jango Goulart, e mais participariam se preciso fosse. Da mesma forma é o país onde nomes de ditadores e dos seus apaniguados e torturadores, e de quem os apoiou, adornam pontes, viadutos, galerias, avenidas.

    Este é o país que anualmente registra mais de 50 mil homicídios, baixa esta próxima do número de mortos americanos ao longo de toda a Guerra do Vietnã. Este é o país que abriga na prisão um certo grupo criminoso chamado PCC, capaz de paralisar a quarta cidade mais populosa do mundo, capital do estado de São Paulo, a ostentar a sua condição de terceira economia latino-americana.

    Este é o país onde ministros da Justiça presentes e futuros advogam para o banqueiro orelhudo do Opportunity, pluricondenado no exterior e no Brasil salvo sempre e sempre de qualquer enrascada, a contar com a poderosa e decisiva ajuda, no caso da Operação Satiagraha, do próprio presidente do STF, a corte suprema, à época Gilmar Mendes, habilitado a “chamar às falas” o presidente da República.

    Nesta edição, CartaCapital volta a convocar na capa a singular figura de Daniel Dantas, não fosse este o país já estaria na cadeia. DD retorna à berlinda por causa de um livro de autoria de Rubens Valente editado pela Geração Editorial, Operação Banqueiro, incursão certeira por aventuras dantescas.

    CartaCapital é certamente a publicação que mais espaço dedicou à personagem nos últimos 15 anos e mantém dele a documentação mais completa. O trabalho pioneiro coube a Bob Fernandes, então redator-chefe, mas sempre repórter. Bob teve um excelente continuador em Sergio Lirio, que o substituiu na chefia da redação e como repórter na cobertura das façanhas de DD.

    Há outras citações indispensáveis, a começar por Rubens Glasberg e sua Teletime, na versão impressa e naquela online. Rubens foi o primeiro jornalista alvejado judicialmente pelo banqueiro, que já derrotou em cinco processos de sentença passada em julgado, enquanto o sexto ainda prossegue. Teletime contou também com o trabalho atilado de Samuel Possibon, diretor da sucursal da publicação em Brasília. E não esqueçamos entre os blogueiros o vigoroso, infatigável Paulo Henrique Amorim.

    Este é o país de jornalistas, por mais raros, que sabem de suas responsabilidades e buscam a verdade factual. Claro que nem tudo é drama e tragédia. Pelo menos há quem se indigne e resista. Neste momento, receio, porém, que os eventos do Maranhão ganhem a dianteira para simbolizar o nosso atraso aterrador.

  9. José Rainha fala sobre Barbosa durante visita a Joao Paulo Cunha

    08/01/2014- 17p1
    José Rainha visita João Paulo Cunha e conta sua experiência na cadeia

    MARIANA HAUBERT DE FREITAS
    DE BRASÍLIA

     

    Enquanto aguarda uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o mandado de prisão para que possa se entregar à Polícia Federal, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) recebeu a visita de um antigo amigo nesta quarta-feira (8) em seu apartamento funcional em Brasília.

    Um dos principais fundadores do Movimento Sem Terra, José Rainha contou que visitou o petista para prestar solidariedade e relatar suas experiências na cadeia. Rainha já foi preso por diversas vezes, por acusações de corrupção, lavagem de dinheiro e outros.

    “Nós do MST viemos manifestar nossa solidariedade e nossa coerência de companheiros para o que der e vier. Vamos defender sempre nossos companheiros injustiçados. Nós não vamos sair da trincheira de defender nossos companheiros. O que o Judiciário está fazendo com quem luta e tem dignidade é uma vergonha”, afirmou Rainha. Ele contou que o deputado sempre o visitou nos momentos em que ele esteve na cadeia e, por isso, não poderia deixar de prestar solidariedade hoje.

    O encontro aconteceu no apartamento funcional do deputado, na Asa Sul, bairro nobre de Brasília. Durante cerca de quatro horas, Rainha e o presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares, Carlos Alves, conversaram com João Paulo e outras três pessoas que já estavam no apartamento. Segundo Rainha, eles são assessores do deputado.
     

    BARBOSA

    Para Rainha, a demora do presidente do STF, Joaquim Barbosa, em assinar o mandado de prisão é “absurda” e gera sofrimento. “Há uma discriminação contra as lideranças sociais do PT que ousou construir um país diferente. O dia em que o negro se encantou pelos anéis, ele ficou tão reacionário quanto o dono de engenho. E o dia que o negro nega sua raça, seu sangue e a sua história, ele é tão branco quanto o dono de engenho”, afirmou, numa referência ao presidente do STF, que é negro.

    Segundo Rainha, João Paulo está tranquilo e não comentou a demora de Barbosa em decidir sobre o mandado de prisão. Na segunda-feira (6), o ministro concluiu o processo sobre o deputado e determinou o imediato cumprimento da pena. No entanto, ontem Barbosa saiu de férias sem assinar o documento que permite a prisão. “Ele [João Paulo Cunha] está com ânimo e coragem e a consciência de quem é inocente”, disse.

    Para Rainha, a atuação de Barbosa é “injusta” e “arbitrária”. Ele afirmou ainda, que o PT não está sendo solidário com João Paulo e, apesar de não ser do partido, cobrou uma postura mais solidária do partido. Segundo assessores, João Paulo permanecerá em casa durante todo o dia. Ele já está com a mala pronta com as coisas que levará para o Complexo Penitenciário da Papuda, onde cumprirá a pena.

    PENA

    O STF concluiu que João Paulo -que presidiu a Câmara dos Deputados de 2003 a 2005- recebeu na época R$ 50 mil do mensalão como propina para contratar uma das agências do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, o operador do esquema, para prestar serviços à Casa. Ao todo, Cunha foi condenado a 9 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro.

    Neste primeiro momento, João Paulo cumprirá pena de 6 anos e 4 meses de prisão no regime semiaberto por dois dos três crimes pelos quais foi condenado –peculato (desvio de dinheiro público) e corrupção passiva. Em relação ao crime de lavagem de dinheiro -condenado a 3 anos de prisão–, a votação no STF que definiu sua condenação foi apertada e o deputado obteve o direito de apresentar um recurso conhecido como embargo infringente, que será analisado ainda neste ano pelo STF.

     

    08/01/2014- 17p1
    José Rainha visita João Paulo Cunha e conta sua experiência na cadeia

    MARIANA HAUBERT DE FREITAS
    DE BRASÍLIA

     

    Enquanto aguarda uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o mandado de prisão para que possa se entregar à Polícia Federal, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) recebeu a visita de um antigo amigo nesta quarta-feira (8) em seu apartamento funcional em Brasília.

    Um dos principais fundadores do Movimento Sem Terra, José Rainha contou que visitou o petista para prestar solidariedade e relatar suas experiências na cadeia. Rainha já foi preso por diversas vezes, por acusações de corrupção, lavagem de dinheiro e outros.

    “Nós do MST viemos manifestar nossa solidariedade e nossa coerência de companheiros para o que der e vier. Vamos defender sempre[…]ver mais

     

  10. Chimpanzé se despede e abraça mulher que a salvou

    Do site Yahoo Notícias: http://br.noticias.yahoo.com/chimpanz%C3%A9-se-despede-e-abra%C3%A7a-mulher-que-a-salvou-111623586.html 

    Emocionante, vale a pena ver (talvez valha a pena seguir o link, porque nao sei se o vídeo aparecerá aqui) 

     

    Chimpanzé se despede e abraça mulher que a salvou

     

     

    Por  | Yahoo Notícias – qui, 19 de dez de 2013

     

    Wounda é o nome da chimpanzé que foi resgatada, em péssimas condições, da selva do Congo pelo Instituto Jane Goodall – responsável por tratar e reabilitar animais feridos por caçadores. Após cuidar da saúde do animal, a primatóloga britânica Jane Goodall e a veterinária Rebeca Atencia acompanharam o retorno de Wounda para seu habitat natural. 

    A libertação do animal foi especialmente marcante devido a um gesto que emocionou não só a equipe como a todos que assistiram a cena. Ao se despedir, Wounda abraçou a criadora de forma carinhosa, mostrando a sua gratidão por tudo o que Jane fez.

    Veja o momento:

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  11. Palavras de Luciano Huck

     

    Publicado em janeiro 10, 2014 por Caio Hostilio

    Palavras de Luciano Huck

    lucianohuckAqueles dias que você tira para descansar, ler, ir a praia, viajar, ficar sem fazer nada, acordar tarde, refletir, namorar, curtir os filhos. Curtir os filhos? Sim, coisa que a mãe da Ana Clara não vai mais poder fazer. Por que? Porque um bando de monstros atraídos pelos trocados de um coletivo, atearam fogo na menina da 6 anos. Vi as imagens. Me coloquei no lugar daquela mãe. Me senti morto. Não estou discutindo o que fazer ou onde estão este lixos humanos que promoveram esta barbaridade. Não importa se isso aconteceu no Maranhão, Rio de Janeiro, São Paulo ou Tocantins. Importa é que neste ritmo estamos produzindo monstros como estes em escala industrial. Com certeza temos material humano “danificado” para algumas gerações. Temos que fazer algo. Temos que nos mobilizar. Temos que exigir projetos para o futuro do Brasil. Não podemos simplesmente ficar revoltados, chateados, enojados quando um grupo de garotos coloca fogo em um ônibus lotado. Não quero discutir a pena de morte. Não quero discutir a justiça a qualquer preço. Não quero discutir vingança. Quero, sim, que no futuro, quando um grupo de vândalos atear fogo em um ônibus lotado, não seja apenas “mais uma” triste notícia do jornalismo policial. Quero que seja um fato tão revoltante, tão absurdo, que o país pare para refletir onde estamos errando. Temos que construir uma geração do bem. Com valores do bem. Com pensamento coletivo. Com amor ao próximo. E acho que deveriamos começar pela escola. Leva-la de fato a sério. Como será que era a escola destes animais que mataram a pequena Ana Clara? Que Deus a tenha.”

  12. O confisco secreto da Caixa

    Uma auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU), órgão vinculado à Presidência da República, aponta que, em 2012, a Caixa Econômica Federal promoveu uma espécie de confisco secreto de milhares de cadernetas de poupança. Em um minucioso relatório composto por 87 páginas, os auditores da CGU revelam os detalhes da operação definida como “sem respaldo legal”, que envolveu o encerramento de 525.527 contas sem movimentação por até três anos e com valores entre R$ 100 e R$ 5 mil. Os documentos obtidos por ISTOÉ mostram que o saldo dessas contas foi lançado, também de forma irregular, como lucro no balanço anual da Caixa, à revelia dos correntistas e do órgão regulador do sistema financeiro. No total, segundo o relatório da CGU, o “confisco” soma R$ 719 milhões. O documento foi remetido à Assessoria Especial de Controle Interno do Ministério da Fazenda e ao Banco Central e desde novembro auditores do BC se debruçam sobre a contabilidade da Caixa para apurar as responsabilidades. ISTOÉ também teve acesso a cinco pareceres do Banco Central que foram produzidos após as constatações feitas pela CGU. Em todos eles os técnicos concluem que a operação promovida em 2012 foi ilegal. No documento redigido em 4 de novembro do ano passado, o Departamento de Normas do BC (Denor) adverte que a operação examinada consiste em “potencial risco de imagem para todo o Sistema Financeiro Nacional”.

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    Nos cálculos feitos pelos auditores da CGU, os R$ 719 milhões obtidos com essa espécie de confisco representaram nada menos que 12% do lucro do banco naquele ano, engordando o pagamento de bônus a acionistas. “Essa é uma forma de turbinar o lucro do banco, mas é crime contra o Sistema Financeiro Nacional”, disse à reportagem um dos auditores que investigam a operação. O dado que despertou a atenção dos auditores em uma rotineira prestação de contas foi um crescimento de 195% na rubrica “Outras Receitas Operacionais” em apenas um ano. A Caixa, então, foi convocada a detalhar a contabilidade, identificando as fontes de todos os recursos. No relatório, os técnicos da CGU registram que houve resistência em fornecer as explicações, mas a CEF acabou mostrando todas as planilhas. A CGU descobriu, então, que foram selecionadas para encerramento 525.527 contas de poupança, praticamente todas elas pertencentes a pes-soas físicas. Essas contas foram escolhidas a partir do saldo e do período em que permaneceram sem movimentação. Foram encerradas as poupanças com saldos de até R$ 100 e sem movimentação havia mais de um ano; até R$ 1 mil e inativas por dois anos; e até R$ 5 mil sem movimento por três anos. Essa rotina foi implantada em janeiro e finalizada em agosto. Ao final do semestre, os valores remanescentes na conta “Credores Diversos” eram transferidos para a subconta de resultado “Outras Receitas Operacionais”. Para a CGU, não há lei ou regulamento que determine que o saldo de uma conta encerrada deva ser incorporado ao resultado e, posteriormente, ao patrimônio de um banco. Além disso, a legislação determina o prazo prescricional de 25 anos para a devolução dos saldos de contas encerradas, com recolhimento ao Tesouro. Não sendo reclamados ao final de mais cinco anos, podem somente então ser incorporados ao patrimônio da União.

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    Aos auditores da CGU e ao Banco Central, a Caixa argumentou que para encerrar as contas se amparou em resolução do Conselho Monetário Nacional (2025/1993), numa circular do Banco Central (3006/2000) e no ma-nual normativo da própria instituição. Alegou que as contas encerradas continham falhas cadastrais e, por isso, deviam ser fechadas. Ocorre que, segundo os técnicos da CGU e os analistas do Banco Central, as normas citadas não se aplicam no caso de encerramento de poupanças, muito menos prevê a apropriação dos valores pelo banco.

    A Resolução 2025 de 1993 trata na verdade, segundo os auditores, do encerramento de contas abertas “com documentação fraudulenta”, quando há indícios de crime contra a administração pública. E para promover o encerramento é necessária autorização judicial. Ou seja, para que a Caixa pudesse fechar as 525.527 poupanças precisaria comunicar cada um dos casos à Polícia Federal e só depois de confirmados os indícios de fraude é que as contas poderiam ser encerradas. Da mesma forma, de acordo com os auditores, a Circular 3006 de 2000 prevê autorização do cliente para encerramento da conta. Na operação de 2012, a Caixa não procurou os titulares das poupanças previamente, não identificou os indícios de fraude e nem sequer consultou o Banco Central, segundo os relatórios obtidos por ISTOÉ. Na semana passada, a direção da CEF encaminhou nota à revista reafirmando ter consultado os correntistas (leia a versão da CEF na pág. 49).

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    Ainda segundo o relatório da CGU, os auditores tiveram acesso a um parecer anexado ao voto no conselho diretor pelo setor jurídico da Caixa. Nesse parecer era recomendado que antes de finalizar a operação fosse feita uma consulta ao BC. Além disso, no mesmo documento o setor jurídico da Caixa alertava para os riscos de dano à imagem do banco, além de enquadramento civil por “enriquecimento sem causa” (art.884 a 886 do Código Civil) e criminal, por apropriação indébita (art. 168 do Código Penal). Em parecer enviado à CGU, o Banco Central aponta a completa ausência de respaldo legal para o encerramento das contas, especialmente as de poupança. “A regulamentação não prevê a possibilidade de encerramento de contas que não tenham sido movimentadas. Não é possível se apropriar de um patrimônio que não é de sua propriedade”, afirma o documento. O BC ressalta ainda que a Caixa, antes da baixa das contas classificadas como inativas, procedeu à reclassificação de seus saldos para uma conta de natureza diversa da de poupança. O voto do conselho diretor que aprovou o encerramento das contas consideradas inativas também autorizou a transferência de seus saldos para a rubrica “Credores Diversos”, em uma subconta denominada “Contas Encerradas – RE. BACEN 2025/93”. “A mudança na conta de registro desrespeita a essência econômica (depósito) da operação e, ainda, compromete a sua devida evidenciação”, acrescenta o parecer do Banco Central. Segundo os técnicos do BC, “o procedimento visa a afastar a transparência”.

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    Um dos anexos do relatório da CGU é o chamado “Certificado de Auditoria Anual de Contas”, assinado pelo coordenador-geral da área fazendária, Antonio Carlos Bezerra Leonel. Ele identifica como responsáveis diretos pela operação os vice-presidentes da Caixa Raphael Rezende Neto, da área de controle e risco, e Fabio Lenza, que cuida das contas de pessoa física. “Um dos vice-presidentes foi responsável pela execução do procedimento sem adequada transparência nas demonstrações contábeis e consulta ao Banco Central, o outro era responsável pela área finalística de onde mais de 99,70% dos recursos eram oriundos. Cabe ressaltar que o procedimento foi aprovado pelo conselho diretor da Caixa em 2010, mas não havia nenhuma explicação de que os recursos obtidos pelo procedimento seriam retirados do passivo para o resultado do banco”, escreve Leonel, que recomenda a aprovação com ressalva das contas dos dois dirigentes. O voto é reiterado pela diretora de auditoria econômica da CGU, Renilda de Almeida Moura, que o encaminha ao ministro-chefe da Controladoria-Geral, Jorge Hage, e ao Tribunal de Contas da União.

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    O Banco Central já enviou para a CGU a conclusão final da inspeção feita nas contas da Caixa. Também emitiu ofício à CEF determinando a cessação imediata da prática adotada e a correção dos lançamentos contábeis na prestação de contas de 2013. Isso significa que o lucro inflado irregularmente em 2012 pela apropriação irregular das poupanças deverá ser descontado do lucro que será divulgado pela Caixa até março. A CEF também foi obrigada a emitir uma nota explicativa do caso e a ressarcir os correntistas que tenham sido prejudicados. Até novembro do ano passado, mais de 6,4 mil clientes já procuraram a Caixa preocupados com o desaparecimento de seus depósitos, num total de R$ 20,6 milhões. O banco diz que está restituindo cada centavo corrigido.  

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    FISCALIZAÇÃO
    Auditores da Controladoria-Geral da União fizeram relatório com 87 páginas

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    http://istoe.com.br/reportagens/342813_O+CONFISCO+SECRETO+DA+CAIXA?pathImagens&path&actualArea=internalPage

  13. Parrela sob investigação

     

    O Ministério Público de Minas Geraisentrou, nesta sexta-feira (10), com uma Ação Civil Pública contra o senador Zezé Perrella, o filho dele, o deputado estadual Gustavo Perrella e outras três pessoas. Eles são acusados de improbidade administrativa por negócios irregulares entre a empresa Limeira Agropecuária, que pertence à família do senador e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). A empresa e a Epamig negam qualquer tipo de fraude nos contratos.

    A Limeira é suspeita de firmar contratos sem licitação com a Epamig entre os anos de 2007 e 2011 para fornecer sementes que seriam usadas no programa Minas Sem Fome.  De acordo com o Ministério Público, o rombo nos cofres do estado pode chegar a R$ 14,5 milhões.

    Além das irregularidades nos contratos, segundo o promotor Eduardo Nepomuceno, a Limeira Agropecuária não poderia fazer negócios com nenhum órgão público, já que tinha entre os sócios dois parlamentares.

    Ainda conforme Nepomuceno, a Epamig fornecia sementes e disponibilizava um técnico para acompanhar a produção e depois comprava toda a safra da Limeira. A empresa da família Perrella sedia o terreno para a plantação. “A gente verificou também que não houve fiscalização na qualidade da produção”, disse o promotor.

    O caso é investigado desde 2011. A compra de uma fazenda em Morada Nova de Minas, no Centro-Oeste do estado, avaliada em R$ 60 milhões, foi o que chamou a atenção do Ministério Público. Segundo a promotoria, a propriedade pertence à Limeira Agropecuária, que tinha como sócios, em diferentes períodos, o senador Zezé Perrella , o irmão dele Geraldo de Oliveira Costa e o filho de Zezé,  Gustavo Perrella.

    Além dos três integrantes da família Perrella, os ex-presidentes da Epamig no período da investigação, Baldonedo Arthur Napoleão e Antônio Lima Bandeira,  também foram incluídos na ação.

    De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o processo ainda será encaminhado ao juiz, que pode aceitar ou não a denúncia.

    Defesa
    O advogado Antônio Carlos, o Kakay, representante da família Perrella, informou que será indicado um outro advogado para falar sobre o caso.

    A Limeira Agropecuária informou que o referido contrato foi elaborado pela Epamig e que seguiu rigorosamente as exigências e cláusulas estabelecidas.

    A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais disse não ter informação sobre ação nesse sentido. Segundo a Epamig, todos os questionamentos do Ministério Público sobre essa questão já foram devidamente respondidos na forma requerida.

    http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2014/01/mpmg-denuncia-zeze-perrella-e-filho-por-improbidade-administrativa.html

  14. Rolêzinho no JK Iguatemi???

    Com medo de rolezinho, JK Iguatemi barra entrada até de funcionários

    Shopping conseguiu uma liminar para impedir o acesso de menores desacompanhados. Além disso, as portas automáticas foram desligadas e blindadas por policiais, advogados e um oficial de Justiça

    Exibida dentro do shopping, liminar impede a entrada de menores de idade desacompanhadosExibida dentro do shopping, liminar impede a entrada de menores de idade desacompanhados (Foto: Rodrigo Dionísio) 2

    11.jan.2014 por Juliene Moretti

    Um dos mais luxuosos centro de compras da capital, o Shopping JK Iguatemibarrou, na tarde deste sábado (11), a entrada de seus próprios funcionários para evitar o chamado rolezinho. O encontro de jovens – que não chegou a acontecer – foi organizado por meio de uma rede social e convidou mais de 30 000 pessoas, sendo que 2 000 confirmaram.

    Com medo de tumulto, o estabelecimento conseguiu uma liminar para impedir o acesso de menores de idade desacompanhados de adultos. Um bilhete pregado na porta do shopping informava que cada manifestante podia sofrer uma multa de R$ 10 000. A liminar completa estava disponível em uma estrutura de acrílico do lado de dentro. Além disso, as portas automáticas foram desligadas e blindadas por policiais, advogados e um oficial de Justiça.

    Shopping JK Iguatemi: bilhete informa retaliação em caso de tumultoShopping JK Iguatemi: bilhete informa retaliação em caso de tumulto (Foto: Juliene Moretti)

    A todos os pedestres que tentavam entrar era solicitado documento de identificação – alguns deles se revelaram, inclusive, funcionários. Um rapaz, cujo nome não foi divulgado, estava sem seu crachá de trabalho e só conseguiu passar escoltado por seguranças. Acostumado a frequentar o local, João Gabriel, de 15 anos, foi barrado. “Estou assustado. Nem sabia desse evento. Vim apenas fazer uma compra”, contou.

    Por volta das 15h, houve uma queda de energia no prédio em razão da chuva, o que gerou apreensão em parte do público, já que diversos seguranças andavam pelos andares do shopping. A vendedora Patrícia Santalucia, de 19 anos, não foi barrada, mas ficou intrigada com a movimentação. “Achei que era alguém famoso que ia vir. Na loja, me explicaram sobre o evento. Não tinha ideia”, disse. Os advogados Maria José Fortes Molina Morelli, 54 anos, e José Fortes Filho, de 52 anos, também se assustaram. “Percebemos que havia seguranças diferentes dos que vemos normalmente, além de ter muito mais deles aqui. É certo, já que essas concentrações intensas de pessoas podem acabar em violência”, afirmaram.

    Mais tarde, às 16h, as portas automáticas foram religadas. Mas o oficial de Justiça Thiago de Pierri manteve-se de plantão para identificar possíveis líderes do movimento. “Se reconhecermos o criador do evento, Giancarlo Ferreira, ele será autuado e levado para questionamento.”

    rolezaum_ JK_RG21 de 9 Shopping JK Iguatemi: seguranças solicitam identificação do público (Foto: Rodrigo Dionisio / Frame)patricia santalucia_rolezaum JK2 de 9 Patricia Santalucia: “Achei que era algum famoso dentro do shopping” (Foto: Rodrigo Dionisio / Frame)rolezaum_ JK_RG3 de 9 Shopping JK Iguatemi: seguranças solicitam identificação do público (Foto: Rodrigo Dionisio / Frame)rolezaum_ JK_RG34 de 9 Shopping JK Iguatemi: seguranças solicitam identificação do público (Foto: Rodrigo Dionisio / Frame)rolezaum_ JK_RG45 de 9 Funcionário aguarda autorização para entrar no JK Iguatemi (Foto: Rodrigo Dionisio / Frame)rolezaum_ JK_RG66 de 9 Shopping JK Iguatemi: segurança reforçada depois de encontro entre jovens ser marcado via Facebook (Foto: Rodrigo Dionisio / Frame)rolezaum_ JK_RG77 de 9 Shopping JK Iguatemi: segurança reforçada depois de encontro entre jovens ser marcado via Facebook (Foto: Rodrigo Dionisio / Frame)rolezaum_ JK_RG88 de 9 Shopping JK Iguatemi: segurança reforçada depois de encontro entre jovens ser marcado via Facebook (Foto: Rodrigo Dionisio / Frame)rolezaum_JK_RG59 de 9 Segurança pede identificação a funcionários no Shopping JK Iguatemi (Foto: Rodrigo Dionisio / Frame)AnteriorPróxima

    Em nota oficial, o estabelecimento informou que tem como procedimento padrão atuar para garantir a segurança e a tranquilidade de seus clientes, lojistas e colaboradores, visando conforto nas compras, lazer, cultura e entretenimento. Ainda de acordo com o shopping, “não há como saber quem é funcionário, então se a pessoa parece menor de idade, pedimos documento”.

    O rolezinho começou em dezembro do ano passado com um encontro de 6 000 adolescentes no Shopping Metrô Itaquera, na Zona Leste, que assustou frequentadores e lojistas. Desde então têm surgido convites de novos encontros nas redes sociais em variados shoppings da cidade.

     

    http://vejasp.abril.com.br/materia/rolezinho-shopping-jk-iguatemi

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