Clipping do dia

As matérias para serem lidas e comentadas.

Luis Nassif

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  1. Polícia Federal confirma abertura de inquérito contra sonegação

    Polícia Federal confirma abertura de inquérito contra sonegação da Globo!

    Enviado por on 27/01/2014 – 2:59 pm 36 comentários

    Agora já temos um número e um delegado responsável. É o inquérito 926 / 2013, e será conduzido pelo delegado federal Rubens Lyra.

    O chefe da Delegacia Fazendária da Polícia Federal do Rio de Janeiro, Fabio Ricardo Ciavolih Mota, confirmou à comitiva do Barão de Itararé-RJ que o visitou hoje: o inquérito policial contra os crimes fiscais e financeiros da TV Globo, ocorridos em 2002, foi efetivamente instaurado.

    Os crimes financeiros da TV Globo nas Ilhas Virges Britânicas foram identificados inicialmente por uma agência de cooperação internacional. A TV Globo usou uma empresa laranja para adquirir, sem pagar impostos, os direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002.

    A agência enviou sua descoberta ao Ministério Público do Brasil, que por sua vez encaminhou o caso à Receita Federal. Os auditores fiscais fizeram uma apuração rigorosa e detectaram graves crimes contra o fisco, aplicando cobrança de multas e juros que, somados à dívida fiscal, totalizavam R$ 615 milhões em 2006. Hoje esse valor já ultrapassa R$ 1 bilhão.

    Em seguida, houve um agravante. Os documentos do processo foram roubados. Achou-se uma culpada, uma servidora da Receita, que foi presa, mas, defendida por um dos escritórios de advocacia mais caros do país, foi solta, após conseguir um habeas corpus de Gilmar Mendes.

    Em países desenvolvidos, um caso desses estaria sendo investigado por toda a grande imprensa. Aqui no Brasil, a imprensa se cala. Há um silêncio bizarro sobre tudo que diz respeito à Globo, como se fosse um tema tabu nos grandes meios de comunicação.

    Um ministro comprar uma tapioca com cartão corporativo é manchete de jornal. Um caso cabeludo de sonegação de impostos, envolvendo mais de R$ 1 bilhão, seguido do roubo do processo, é abafado por uma mídia que parece ter perdido o bonde da história.

    Nas “jornadas de junho”, um grito ecoou por todo o país. Foi talvez a frase mais cantada pelos jovens que marchavam nas ruas: “A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura”.

    A frase tem um sentido histórico. É como se a sociedade tivesse dito: a democracia voltou; agora elegemos nossos presidentes, governadores e prefeitos por voto direto; chegou a hora de acertar as contas com quem nos traiu, com quem traiu a nossa democracia, e ajudou a criar os obstáculos que impediram a juventude brasileira de ter vivido as alegrias e liberdades dos anos 60 e 70.

    O Brasil ainda deve isso a si mesmo. Este ano, faz cinquenta anos que ocorreu um golpe de Estado, que instaurou um longo pesadelo totalitário no país. A nossa mídia, contudo, que hoje se traveste de paladina dos valores democráticos, esquece que foi justamente ela a principal assassina dos valores democráticos. E através de uma campanha sórdida e mentirosa, que enganou milhões de brasileiros, descreveu o golpe de 64 como um movimento democrático, como uma volta à democracia!

    A ditadura enriqueceu a Globo, transformou os Marinho na família mais rica do país. E mesmo assim, eles patrocinam esquemas mafiosos de sonegação de imposto?

    O caso da sonegação da Globo é emblemático, e deve ser usado como exemplo didático. Se o Brasil quiser combater a corrupção, terá que combater também a sonegação de impostos. Se estamos numa democracia, a família mais rica no país não pode ser tratada diferentemente de nenhuma outra. Se um brasileiro comum cometer uma fraude fiscal milionária e for pego pela Receita, será preso sem piedade, e seu caso será exposto publicamente.

    Por que a Globo é diferente? A sonegação da Globo deve ser exposta publicamente, porque é uma empresa que sempre viveu de recursos públicos, é uma concessão pública, e se tornou um império midiático e financeiro após apoiar um golpe político que derrubou um governo eleito – uma ação pública, portanto.

    Esperamos que a Polícia Federal cumpra sua função democrática de zelar pelo interesse público nacional. E esperamos também que as Comissões da Verdade passem a investigar com mais profundidade a participação das empresas de mídia nas atrocidades políticas que o Brasil testemunhou durante e depois do golpe de 64. Até porque sabemos que a Globo continuou a praticar golpes midiáticos mesmo após a redemocratização, recusando-se a dar visilidade (e mentindo e distorcendo) às passeatas em prol de eleições diretas, manipulando debates presidenciais e, mais recentemente, tentando chancelar a farsa de um candidato (o episódio da bolinha de papel).

    O Brasil se cansou de ser enganado e, mais ainda, cansou de dar dinheiro àquele que o engana. Se a Globo cometeu um grave crime contra o fisco, como é possível que continue recebendo bilhões em recursos públicos?

     

    globohttp://www.ocafezinho.com/2014/01/27/policia-federal-confirma-abertura-de-inquerito-contra-sonegacao-da-globo/

  2. Institutos de Pesquisa de SP perdem metade de seus funcionários

    Boa reportagem do Estadão sobre a perda de funcionários dos institutos de pesquisa de SP. Sem histerismos, mostra a realidade de alguns IPs do estado, que enfrentam antes de tudo falta de funcionários. Do blog do Herton Escobar (http://blogs.estadao.com.br/herton-escobar/).

     

    REPORTAGEM ESPECIAL: Institutos de Pesquisa de SP perdem metade de seus funcionários e sofrem para manter vivo seu patrimônio científico e intelectual

    Muitas áreas de pesquisa estão sendo prejudicadas pela falta de cientistas. Sem funcionários de apoio, pesquisadores têm de varrer o chão e limpar banheiros.

    FOTO: Prédio D. Pedro II, no Instituto Agronômico de Campinas. Crédito: Ricardo Lima/Estadão

    Herton Escobar / O Estado de S. Paulo

    Aos 61 anos de idade, 37 deles dedicados à pesquisa científica, Yara Aiko Tabata já poderia estar aposentada desde 2010. Não se aposenta porque não quer ver sua pesquisa morrer. Ela é a única pesquisadora em atividade na Estação Experimental de Salmonicultura do Estado de São Paulo, responsável por um tradicional programa de pesquisa e reprodução de trutas em Campos do Jordão, nas montanhas do Vale do Paraíba. O único cientista que atuava ao lado dela – seu marido – morreu em junho de 2012.

    “Já passou meu tempo de aposentadoria, mas não tem nenhum outro pesquisador aqui e não há perspectiva de reposição. É muito preocupante”, afirma Yara, médica veterinária desde 1975 e pesquisadora concursada do Estado desde 1976. “Não me aposento porque gosto muito do meu trabalho; fazemos das tripas coração aqui para que tudo funcione.”

    Histórias semelhantes à de Yara podem ser ouvidas nos laboratórios, museus e campos de experimentação de quase todos os Institutos de Pesquisa (IPs) vinculados ao governo do Estado. São 19 ao todo, subordinados a quatro secretarias (Agricultura, Meio Ambiente, Saúde e Planejamento). Entre eles, vários centros históricos e de referência em suas áreas, como o Instituto Agronômico de Campinas, o Instituto Biológico, o Florestal, o Geológico, o de Pesca, o de Botânica, o de Economia Agrícola, o Adolfo Lutz, o Butantã, o Dante Pazzanese e o Pasteur. (lista completa: institutos_de_pesquisa_sp)

    Yara estava no quadro do Instituto de Pesca até 2002, quando a gestão da estação de Campos do Jordão foi transferida para o Departamento de Descentralização do Desenvolvimento (DDD), da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), entidade guarda-chuva que abriga os seis institutos de pesquisa da Secretaria da Agricultura e Abastecimento.

    A estação sobrevive economicamente da venda de embriões e alevinos e não sofre tanto com problemas financeiros, mas vive uma penúria de recursos humanos. Anos atrás, chegou a ter 15 funcionários, incluindo 2 pesquisadores e 13 servidores de apoio. Hoje, tem apenas 4, incluindo Yara, dois auxiliares de campo e uma pessoa de apoio administrativo — todos na faixa dos 50 anos. Assim, a unidade segue funcionando, mas sobra pouco tempo para Yara se dedicar à pesquisa científica propriamente dita. “A atuação do pesquisador fica muito limitada por funções administrativas”, lamenta. “A falta de mão de obra é um problema generalizado nos institutos. Faz muito tempo que não há concurso.”

    Juntos, os IPs têm cerca de 1,5 mil pesquisadores em atividade, mas deveriam ter cerca 2,2 mil. Mais de um quarto (28%) dos cargos de pesquisador estão vagos nos 19 IPs. Na soma de todas as carreiras, incluindo os cargos de apoio técnico e administrativo, os institutos estão operando com apenas metade, aproximadamente, do quadro de funcionários que deveriam ter, segundo dados compilados pela Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) e diretores dos IPs. A outra metade foi esvaziada ao longo dos últimos anos por aposentadorias, mortes, exonerações e perda de funcionários para outras instituições. (Clique aqui para ver uma tabela com o índice de ocupação de cargos de cada instituto: IPS_Tabela)

    “Muita gente está se aposentando e essas vagas não estão sendo repostas”, diz o entomólogo Laerte Machado, pesquisador do Instituto Biológico desde 1983 e presidente da APqC desde 2012. “Corremos o risco de um apagão científico.”

    O intervalo médio entre um concurso e outro tem sido de dez anos, e o problema se agrava diariamente com o envelhecimento do corpo científico. Mais da metade (52%) dos cerca de 1.560 pesquisadores em atividade nos IPs tem entre 50 e 70 anos, o que significa que muitos deles estão próximos ou já com idade para se aposentar. Nos institutos ligados à Secretaria da Agricultura, só 15% dos pesquisadores têm menos de 40 anos, e o número de aposentadorias gira em torno de 12 a 15 por ano – o que significa que outros 75 pesquisadores poderão se aposentar já nos próximos cinco anos.

    “É um cenário que preocupa. Corremos o risco de ficar sem pesquisadores em áreas de grande competência”, disse ao Estado o diretor da APTA, Orlando Melo de Castro. Segundo ele, seria necessário preencher 100 vagas de pesquisador e mais de 200 vagas de apoio técnico para “dar uma ajeitada na casa”, o mais rápido possível.

    EVASÃO

    A falta de “sangue novo” nos IPs deve-se tanto à falta de abertura de concursos quanto à dificuldade de manter os funcionários que são contratados interessados em trabalhar nos institutos por muito tempo. No Instituto Agronômico de Campinas (IAC), 36 dos 92 pesquisadores que foram contratados no último concurso (de 2003) já foram embora, além de outros 53 que se aposentaram, morreram ou foram exonerados desde 2005.

    “Perdemos muita gente para universidades, empresas e institutos federais, como Embrapa e Fiocruz, que oferecem salários mais atrativos e melhores condições de trabalho”, afirma Machado, da APqC, referindo-se tanto aos pesquisadores quanto ao pessoal técnicos de apoio. “Muitos entram, ficam por um tempo, ganham um pouco de experiência, esperam abrir outro concurso e vão embora”, completa ele, num discurso corroborado por várias outras fontes ouvidas pela reportagem.

    Os cargos de Pesquisador Científico Nível 1 e 2, por exemplo, pagam menos  (R$ 4,1 mil e R$ 5,5 mil, respectivamente) do que uma bolsa de pós-doutorado da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (R$ 5,9 mil). Nesse caso, a boa formação dos candidatos acaba favorecendo a evasão. “A contratação para Nível 1 não exige nem mestrado, mas a maioria já chega com doutorado”, destaca o diretor do IAC, Sergio Carbonell.

    “O governo investe na formação do cientista, depois o pune com um salário ruim”, diz Orlando Garcia Ribeiro Filho, presidente da Comissão Permanente do Regime de Tempo Integral (CPRTI) e pesquisador do Instituto Butantan. (Para ver uma tabela com os salários dos institutos de pesquisa, clique aqui: http://migre.me/hjE3G. E para os valores de bolsa da Fapesp, clique aqui: http://www.fapesp.br/3162)

    Subordinado à Secretaria da Saúde, o Butantan é o único dos IPs que tem uma fundação de apoio própria, de caráter privado (a Fundação Butantan), o que ajuda – e muito – a proteger a saúde financeira do instituto. “A verba de custeio que a gente recebe do Estado não paga nem as contas de água e luz”, diz o pesquisador Lanfranco Troncone, do Laboratório de Farmacologia, pesquisador do instituto desde 1987.

    Ainda assim, o Butantan sofre tal qual os outros com a falta de recursos humanos, que só podem ser contratados diretamente pelo Estado, via concurso público.

    “Por enquanto estamos dando conta de manter as coisas funcionando, mas a situação está começando a ficar crítica”, diz o diretor substituto do instituto, Marcelo de Franco. Segundo ele, o Butantan precisa “imediatamente” de pelo menos 50 novos pesquisadores e 20 auxiliares técnicos de nível superior, só para garantir a realização de projetos já contratados com o Ministério da Saúde, voltados para a produção e desenvolvimento de vacinas. O governo do Estado concordou em autorizar as contratações no final de setembro, segundo de Franco, mas até agora nada foi publicado no Diário Oficial.

    A situação, tal como nos outros institutos, tende a se agravar rapidamente. A média de idade dos 184 pesquisadores em atividade no Butantã é de 52 anos, e a expectativa é que mais de 50 deles se aposentem nos próximos cinco a dez anos.

    REVEZAMENTO

    Diretores e cientistas ouvidos pela reportagem justificam o pedido de urgência nas contratações com o fato de que é preciso garantir um tempo mínimo de convivência entre os pesquisadores seniores que estão saindo e os jovens cientistas que estão entrando, de modo que a experiência e o conhecimento acumulados pelos primeiros possam ser transferidos de uma geração para outra. “Não adianta só contratar alguém novo depois que o antigo já foi embora; precisamos de concursos frequentes para manter o fluxo de pessoas e garantir a transferência do conhecimento acumulado”, afirma de Franco.

    Cerca de 57% dos pesquisadores em atividade nos institutos são de Nível 5 e 6, os mais alto da carreira científica no Estado. Apenas 13% são de Nível 1 ou 2. No Instituto Agronômico de Campinas, por exemplo, 97 dos 160 pesquisadores em atividade são do Nível 6 e nenhum, do Nível 1. No Instituto Biológico, a proporção é de 53 e zero. No Instituto de Pesca, 27 e 3.

    O ideal, segundo várias fontes ouvidas pela reportagem, seria fazer pequenos concursos regularmente, em vez de grandes concursos esporádicos. “É muito ruim esse negócio de abrir concurso só a cada dez anos”, diz o diretor da APTA, Orlando de Castro. “Fazer pesquisa é como uma corrida de revezamento, sem linha de chegada. Se você não tiver para quem passar o bastão, ele cai no chão e é difícil de recuperar depois.”

    Muitas linhas de pesquisa são umbilicalmente ligadas a pesquisadores específicos, que, como no caso de Yara, temem ver seu legado científico ser engavetado depois de se aposentarem. Como vem acontecendo, por exemplo, em algumas das linhas mais tradicionais de pesquisa do IAC: o melhoramento genético de plantas para a agricultura. “Melhoramento é uma atividade de longo prazo e de alto risco; se não tiver manutenção, se não tiver continuidade, acaba”, diz o pesquisador Carlos Rossetto, de 74 anos, aposentado compulsoriamente do IAC aos 70, em 2009 – ou “expulso”, como ele prefere dizer, porque sua vontade era continuar trabalhando.

    Rossetto cita os programas de melhoramento de algodão, arroz e trigo como exemplos de abandono. “Esses programas estão morrendo; estão sendo sepultados, eliminados, destruídos”, esbraveja o cientista, membro da APqC.

    O diretor do IAC, Sergio Carbonell, ressalta que o instituto continua extremamente produtivo, com 54 cultivares lançadas nos últimos dois anos para uma grande variedade de culturas – entre elas, o “feijão do milênio”, a milésima cultivar lançada pelo IAC em seus 126 anos de existência. Porém, não esconde os problemas. “Temos alguns programas hoje sem especialistas”, reconhece Carbonell, citando como exemplo os de trigo de inverno, soja e adubos verdes. Outros, como os de amendoim, algodão e arroz sobrevivem às custas de um ou dois pesquisadores, também em vias de se aposentar. “Não é um instituto que está morrendo, mas precisamos de investimentos e contratações para continuar competitivos em algumas áreas”, diz.

    FOTO: Mudas de feijão no IAC. Crédito: Ricardo Lima/Estadão

    FALTA DE APOIO

    A redução do número de auxiliares técnicos e administrativos é outro problema crítico nos institutos, já que sem esses funcionários a carga de trabalho dos pesquisadores aumenta significativamente, reduzindo o tempo que eles têm disponível para se dedicar à ciência propriamente dita — como no caso de Yara.

    “Em vez de fazer pesquisa, eles têm de ficar cuidando da infraestrutura dos laboratórios”, afirma Machado, da APqC. “As pesquisas de campo foram reduzidas drasticamente, principalmente na agricultura, porque não há quem cuide dos experimentos no dia a dia.”

    No Instituto de Pesca (IPesca), por exemplo, há 71 cargos vagos de auxiliar de pesquisa, 27 de assistente técnico e 40, de agentes de apoio. Na base da instituição em Cananeia, que atende o litoral sul do Estado, o número de funcionários caiu de 22, em 2005, para 8, em 2013, e deverá cair ainda mais, para 5, em 2014 (três funcionários de apoio já pediram aposentadoria) e para 3, em 2015 (com mais duas aposentadorias previstas). A sede do instituto em Santos está sem serviço de limpeza desde outubro, quando venceu o último contrato, e o Museu de Pesca da instituição opera praticamente sem pessoal. Sem previsão de quando um novo contrato de limpeza será assinado, pesquisadores do instituto foram orientados por e-mail a “conservar limpo seus locais de trabalho e as demais áreas comuns, muito especialmente sanitários e copa, além de colaborarem com o recolhimento do lixo de suas unidades”.

    O diretor do Centro do Pescado Marinho do IPesca, Roberto Graça Lopes, de 61 anos (há 37 na instituição, e com planos de se aposentar em 2015) sente principalmente a falta de pessoal de manutenção, responsável por manter as coisas funcionando no dia a dia – especialmente dentro de uma infraestrutura de prédios históricos, como é o caso no IPesca e no IAC, entre outros. “Quando entrei aqui a gente tinha uma marcenaria maravilhosa, encanador, eletricista. Hoje temos apenas um ou outro resquício disso”, diz. Muitos desses serviços básicos foram terceirizados pelo Estado, mas os contratos são voláteis e os serviços prestados pelas empresas quase sempre deixam a desejar, segundo fontes ouvidas pela reportagem.

    “O desestímulo é muito grande; a gente trabalha em condições humilhantes”, desabafa a bióloga Roseli Torres, curadora do herbário do IAC e pesquisadora do instituto desde 1989. “Hoje em dia nem limpeza decente dentro do instituto a gente tem. Quem varre o chão e tira o lixo do banheiro somos nós.”

    O diretor da APTA, Orlando Castro, reconhece que há deficiências em várias áreas dos IPs ligados à Agricultura. No que diz respeito à infraestrutura, porém, ele ressalta que foram investidos mais de R$ 70 milhões nessa área pela agência desde 2008. “Ainda há muito a ser feito, mas já melhorou muito também. A casa está relativamente bem arrumada em termos de infraestrutura”, afirma Castro.

    PERSPECTIVAS

    Questionadas pela reportagem se havia perspectiva de abertura de concurso para seus respectivos institutos de pesquisa em 2014, as assessorias de imprensa das Secretarias da Agricultura e da Saúde não responderam. A Secretaria do Meio Ambiente informou que “existe, sim, a expectativa de concurso para o próximo ano (2014), mas isso depende da definição orçamentária para se ter ideia de quantas vagas poderão ser abertas”.

    A Secretaria da Saúde ressaltou que “nos últimos quatro anos os recursos empenhados para os Institutos de Pesquisa do Estado tiveram um aumento de 23%, totalizando R$ 329,3 milhões em 2013″.

    A Secretaria da Agricultura destacou que os pesquisadores receberam um reajuste salaria de 47% em 2011, “distribuídos em 3 anos, sendo 20% (nov/11), 13,5% (nov/12) e 13,5% (nov/13)”.

     

    FOTO: Sede atual do Instituto Geológico, na Água Funda. Crédito: Nilton Fukuda/Estadão

    Instituto Geológico é ‘despejado’ pelo próprio Estado e prepara ‘ocupação de emergência’ em novo prédio para continuar funcionando

    Dentre todas as mudanças que vem ocorrendo nos institutos de pesquisa do Estado de São Paulo, a do Instituto Geológico (IG) é talvez a única com prazo e local determinados para acontecer. A instituição tem até março para desocupar sua sede na Avenida Miguel Stéfano 3.900, no bairro da Água Funda, e mudar-se para um prédio na Rua Joaquim Távora 824, na Vila Mariana, levando consigo uma bagagem acumulada de 127 anos de pesquisa e conhecimento sobre a geologia do Estado.

    O problema é que o prédio na Vila Mariana não está pronto para receber o instituto. Longe disso: precisa de pelo menos dois anos de reforma para acomodar todos os pesquisadores, laboratórios e coleções geológicas e paleontológicas adequadamente. E a mudança não é voluntária: o instituto está sendo obrigado a sair da Água Funda porque o terreno que ele ocupa, adjacente ao Centro de Exposições Imigrantes, foi cedido pelo governo do Estado à iniciativa privada em agosto, para ampliação do seu parque de convenções.

    O IG e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, que fica no mesmo endereço, receberam prazo de 180 dias para desocupar o local.

    O plano do instituto é fazer uma “ocupação emergencial” do imóvel na Joaquim Távora até que um projeto definitivo de adequação possa ser concluído, segundo o diretor do IG, Ricardo Vedovello. Algumas instalações mais simples poderão ser transferidas imediatamente, em caráter provisório, enquanto que outras, mais técnicas – como laboratórios de análises químicas e geológicas – ficarão indisponíveis até a mudança definitiva.

    A coleção paleontológica do IG, com mais de seis mil amostras fósseis de plantas e animais, deverá ser transferida provisoriamente para o Parque CienTec, vinculado à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da Universidade de São Paulo, que fica também na Av. Miguel Stéfano, vizinho ao Zoológico. “É a solução que encontramos para manter o acervo aberto e funcionando, tanto para os cientistas quanto para o público”, afirma Vedovello, que há 20 anos é pesquisador do IG. Também está sendo avaliada a possibilidade de se transferir algumas atividades para o Museu Geológico que o instituto mantém no Parque da Água Branca, na zona oeste da cidade. “Isso poderia permitir a liberação de espaço no imóvel da Joaquim Távora, tornando ainda melhores as possibilidades das novas instalações do instituto na nova sede”, afirma Vedovello.

    Segundo ele, uma negociação está em curso para ampliar o prazo de desocupação da sede atual. “O mais provável é que tenhamos uma extensão de dois a três meses”, disse, ressaltando que, apesar dos transtornos, o resultado final deverá ser positivo para o IG. “A despeito das particularidades desse momento, é importante considerar que as ações de adaptação e reforma definitiva da nova sede estão sendo projetadas para a obtenção de instalações mais apropriadas e modernas do que as atuais.”

    RECURSOS ESCASSOS

    Seja qual for seu endereço, o Geológico sofre com a mesma escassez de recursos humanos e financeiros dos outros institutos de pesquisa do Estado. Treze dos 50 cargos de pesquisador científico e cerca de metade dos 120 cargos de apoio à pesquisa do IG estão vagos, aguardando abertura de concurso público para serem preenchidos.

    “O porcentual de cargos oscila em função da proximidade ou distância dos concursos públicos realizados (o último foi há 10 anos)”, afirma Vedovello. “A evasão está associada em geral às questões salariais, e decorre de ofertas maiores do mercado de trabalho – seja no setor privado, seja no setor público, em especial relacionado às universidades – e às aposentadorias. Tal fato tem sido amplificado pelo crescimento do mercado na área de geociências, associado ao advento do pré-sal, à reativação do setor mineral, obras de infraestrutura e às avaliações e programas de gestão de áreas de risco em todo o país.”

    O orçamento do IG oriundo do Tesouro Estadual em 2013 foi da ordem de R$ 3 milhões; valor que Vedovello classifica como “bem restrito em relação às aspirações do instituto”. A solução, como em todos os outros institutos de pesquisa, tem sido costurar o cobertor curto com recursos obtidos das agências públicas de fomento, como Fapesp e CNPq, para o financiamento de projetos específicos, que mantêm a pesquisa funcionando. A contratação de funcionários, porém, é uma atribuição exclusiva do governo do Estado.

    FOTO: A pesquisadora Maria Maranhão, curadora da coleção paleontológica do IG, que terá de ser transferida para outro prédio. Crédito: Nilton Fukuda/Estadão

     

  3. “Destruíram a porta de um teatro para protestar contra a Copa”

     

    :

    Relato é do diretor de teatro Roberto Alvim, que ensaiava Beckett no Club Noir, que fica na Rua Augusta, em São Paulo, quando os atores ouviram um estrondo: um grupo “jogou uma pedra que arrebentou completamente o vidro da fachada do teatro”, conta ele; em texto publicado no Facebook, o dramaturgo protesta: “os imbecis que quebravam TODOS os estabelecimentos no caminho gritaram: ESTAMOS LUTANDO POR JUSTIÇA! NÃO À COPA! não. não pode haver nível mais alto de barbárie e imbecilidade absoluta do que isso que acontece agora nas ruas de SP”

    26 de Janeiro de 2014 às 12:44

     

    247 – O relato do dramaturgo e diretor de teatro Roberto Alvim dá o tom do que foram os protestos contra a Copa realizados neste sábado 25 na capital paulista. Pelo Facebook, ele conta que ensaiava a peça Bechett no Club Noir, localizada na Rua Augusta, região central da cidade, quando todos ouviram um estrondo.

    “Uma turma enfurecida jogou uma pedra que arrebentou completamente o vidro da fachada do teatro”, conta ele. “Saímos do ensaio correndo para ver o que tinha acontecido e os imbecis que quebravam TODOS os estabelecimentos no caminho gritaram: ESTAMOS LUTANDO POR JUSTIÇA! NÃO À COPA!!!!!”, prossegue Roberto Alvim.

    O protesto continua: “os caras destruíram os vidros da porta de um teatro para protestar contra a Copa… não. não pode haver nível mais alto de barbárie e imbecilidade absoluta do que isso que acontece agora nas ruas de SP…”. Leia abaixo outros posts do diretor de teatro sobre o inacreditável ocorrido de ontem, que comprova não ter rumo:

    Roberto Alvim

    Ingmar Bergman estava ensaiando REI LEAR
    quando um grupo totalitário assassinou
    num suposto protesto político
    um importante político sueco (que tinha uma postura democrática e pró-liberdade).

    no dia seguinte
    Bergman e seus atores chegaram ao ensaio.
    os atores choravam, estavam chocados,
    e sugeriram que Bergman cancelasse o ensaio e
    talvez,
    até mesmo a encenação.

    Bergman respondeu
    que eles iriam ensaiar, SIM
    e que iriam estrear na data marcada SIM,
    porque tudo o que o tal grupo queria
    era que o caos se intaurasse
    – e que ele
    como ARTISTA
    jamais se deixaria tornar
    refém de assassinos.

    voilá!

    (os black-blocs nada mais são
    que a versão contemporânea
    do lumpem-proletariado:
    estúpida e ignara
    massa de manobra…)

    Roberto Alvim

    pois é:
    estamos agora limpando as pichações inócuas
    que os desocupados furiosos fizeram em nosso teatro
    e consertaremos os vidros assim que possível.

    porque somos artistas e cidadãos
    e vamos continuar trabalhando incansavelmente por uma sociedade mais sensível e fundamentalmente poética
    (posto que a experiência estética
    proporcionada pela obra de arte
    é o ATO MAIS RADICALMENTE POLÍTICO a ser perpetrado
    – nós combatemos as CAUSAS da corrupção,
    não seus meros efeitos…).

    Roberto Alvim

    enquanto a versão contemporânea do lumpem-proletariado
    (e tão boçal, manipulável, alienada e burramente violenta quanto)
    quebra teatros e estabelecimentos da classe trabalhadora
    imagino que Marx
    deva estar desgostoso em sua tumba
    – uma revolução
    que principia em totalitarismo cego
    (já compreendera o próprio Marx em seus últimos textos)
    só poderá resultar
    em um regime cegamente totalitário…

    Roberto Alvim shared Juliana Galdino’s status.

    é isso.
    nem mais
    nem menos.
    Nathalia Timberg, hoje, aqui no Club Noir, encarnando seu Beckett sob estampidos de bombas e helicópteros, dizendo, nos dizendo: “Vamos seguir! Essa será nossa resposta a isso tudo! Manter a chama acesa em meio a tamanha escuridão e cegueira… Avante!”
    E ela chegou cansada, com dores, mas fundamentalmente feliz! (E assim, a vida continua! E se somos nós, apenas nós, os responsáveis em criar um sentido para ela, que ele quando criado perpetue o belo e o desejo de uma sociedade mais sensível e madura.)

    Roberto Alvim

    de Juliana Galdino:
    “Nathalia Timberg lembrou agora de um episódio na época da ditadura, em 68, no qual a polícia deixou, deliberadamente, que os manifestantes quebrassem o máximo possível de coisas e lugares, para legitimar a repressão posterior. Ou seja: no fim das contas, as pessoas que se aproveitam das manifestações para vandalizar indiscriminadamente, podem acabar sendo um instrumento do poder estabelecido, justificando uma brutal repressão policial.”

    comento:
    o que me deixa
    mais do que puto
    mas sobretudo triste
    é que eu não sou um inimigo.
    ao quebrarem o vidro da fachada do teatro
    eles nos colocam em um lugar
    que absolutamente não nos cabe:
    estamos devendo 3 meses de aluguel
    fazemos teatro com ingressos gratuitos ou a preços módicos
    damos o nosso melhor diariamente para construir obras que transfigurem uma noção apequenada e castradora acerca do que seja a vida
    ou seja:
    trabalhamos febrilmente
    (e monasticamente)
    pela formação de uma sociedade na qual cada indivíduo conquiste sua singularidade,
    sua autonomia de percepção,
    sua liberdade em relação às formas e discursos hegemônicos;
    lutamos
    diariamente
    pela eclosão de uma sociedade propositiva e consciente.

    e aí os caras
    imbuídos de uma raiva indiscriminada
    nos colocam
    – justamente a nós, que estamos gramando ao seu lado –
    como inimigos…

    Roberto Alvim

    ao não pesarem as CONSEQUÊNCIAS de seus atos
    estes grupos black-blocs (ou seja lá como se chamam)
    se perdem completamente
    e cometem o erro fatal
    de instaurar um campo de violência indiscriminada…

    você não pode destruir uma coisa
    sem propor que OUTRA coisa se instaure no lugar.
    neste sentido
    eles acabam expondo o fato
    de que são pessoas sem nenhum vínculo ou relação…

    o que eles fariam com algumas pessoas
    contrárias a suas ações?
    as executariam como inconvenientes?
    eles querem que esses outros
    as escutem e se libertem
    ou esse pessoal
    no fundo
    simplesmente não acredita em nada?

    não há ação política
    nestas bases…
    pois o ponto crucial é:
    quando o poder cair em suas mãos
    o que você fará?

    há maturidade, responsabilidade, proposição e convicção nestes grupos?
    eles distribuiriam o poder
    ou agiriam EXATAMENTE como aqueles que detém hoje o poder?
    seriam libertários
    ou perpetrariam coação e cerceamento
    (do mesmo modo como uma série de repúblicas de bananas ditatoriais na América do Sul?)

    o que legitimaria e tornaria maduro todo este posicionamento
    seria a confiança de que as pessoas (os outros) vão se reconhecer
    inevitavelmente nestas ações
    em vez de configurarem procedimentos (quebra-quebras generalizados)
    tão sem-caráter
    antevendo que não haverá fruição libertária por parte dos OUTROS
    (isto é: nós, qualquer cidadão que almeja os mesmos ideais de liberdade e igualdade)
    a partir dessa operação…

    http://www.brasil247.com/+cqso9

  4. Jereissati fecha portas de novo. Agora, em Brasília

     

    :

    Depois de fechar o JK Iguatemi em São Paulo, agora é a vez do empresário Carlos Jereissati descer os portões em Brasília, para evitar um rolezinho; em nota, o Iguatemi informou que respeita manifestações democráticas e pacíficas, mas que o  espaço físico e a operação de um shopping não são planejados para receber qualquer tipo de manifestação

    25 de Janeiro de 2014 às 13:17

     

    Carolina Sarres – Repórter da Agência Brasil

     

    Organizadores do rolezinho em Brasília informam que manterão a manifestação de hoje (25), independentemente da organização do shopping Iguatemi ter decidido fechar o centro comercial neste sábado (25). O Parkshopping, por outro lado, permanecerá aberto. Nas páginas de organização dos rolezinhos na rede social Facebook, o do Iguatemi é o que tem a maior quantidade de pessoas confirmadas – cerca de 3 mil. O do Parkshopping tem menos adesões, menos de 200 pessoas.

    Em nota, o Iguatemi informou que respeita manifestações democráticas e pacíficas, mas que o  espaço físico e a operação de um shopping não são planejados para receber qualquer tipo de manifestação. “Com o compromisso de garantir a segurança de seus clientes, lojistas e colaboradores, e de acordo com procedimento padrão utilizado em situações semelhantes, o empreendimento estará fechado excepcionalmente neste sábado, 25 de janeiro”.

    De acordo com um dos criadores do evento do Iguatemi no Facebook, Franklin Rabelo de Melo, o rolezinho será mantido no mesmo local, independentemente de o centro estar fechado. De acordo com ele, a orientação é  para os participantes irem para a entrada principal do shopping.  Na página do evento, participantes discutem a possibilidade de fazer o rolezinho em outrosshoppings, como o Conjunto Nacional, no centro da cidade, que é aberto.

    http://www.brasil247.com/+mkqhu

     

  5. o mais perto que passamos de uma guerra na america do sul!

     

     

     

    Corte de Haia decide a favor do Peru em disputa de mar territorial com o Chile

      : Versão para impressão/01/2014 15p9Buenos AiresDe Monica Yanakiew – Correspondente da Agência Brasil/EBC Edição: Davi Oliveira

    A Corte Internacional de Justiça (CIJ), sediada em Haia, na Holanda, concedeu ao Peru, nesta segunda-feira (27), a parte do Oceano Pacífico que o país reivindica e que era controlada pelo Chile. Os dois governos prometeram respeitar a decisão, que coloca um fim a seis anos de litígio.

    O Peru reivindicava 38,3 mil quilômetros quadrados do Oceano Pacífico, que representam 1% da zona econômica exclusiva chilena.

    A questão também é acompanhada pela Bolívia, que apelou em 2011 à Corte de Haia como terceiro envolvido na disputa sobre águas territoriais entre Peru e Chile. Na época, o presidente Evo Morales disse que o assunto envolve diretamente seu país porque a área debatida é a mesma que  reivindicam desde 1879.

    A disputa remonta à chamada Guerra do Pacífico (1879-1883), que confrontou os três países em disputa por território. Ao final da guerra, o Chile anexou áreas dos dois países – a província peruana de Tarapacá e a área boliviana de Antofogasta – e a Bolívia perdeu a saída para o mar.

     

  6. Kuwait: Trans women arrested under law which bans …

    http://www.pinknews.co.uk/2014/01/27/kuwait-trans-women-arrested-under-law-which-bans-imitating-the-opposite-sex/

    Kuwait: Trans women arrested under law which bans ‘imitating the opposite sex’

    More than half a dozen trans women have been arrested in Kuwait for “imitating the opposite sex”, in the past week.

    According to the Huffington Post which refers to an Al-Watan daily newspaper report, a woman was arrested in a hairdressers following another client becoming “suspicious” of her gender.

    The salon in the Hawally district of Kuwait City had been regularly visited by the trans woman, according to the report, but that another customer had reported her to the police.

    The report goes on to say that police officers were despatched to the scene where the woman was arrested.

    Following her arrest, the woman was charged with several offences, which included “imitating the opposite sex”, “sexual assault”, and “entering a space dedicated to women only.”

    The officers who arrested the woman were said to be “surprised” by her physical appearance.

    The woman has reportedly been held in custody and the case has been referred to the Prosecutor General in Kuwait.

    A transgender activist NourAnne Belatoui, said that six other trans women were arrested in the previous week, with five still in custody.

    Fines were brought in back in 2007, which mean that anybody found guilty of “imitating the opposite sex”, can be subject to large fines and can be jailed for up to a year.

    An open letter was also published in the last week from psychologist Dr Eisa Mohammad al-Amer, to Kuwait’s minister of education urging action against LGBT people which he describes as a “negative phenomena”, which “poses a great danger to … young people”.

    The director of public health at the country’s health ministry Yousuf Mindkar, said in October that the clinical screening of expatriates entering the Gulf Cooperation Countries (GCC) would be extended to include tests to identify gay people who will then be “barred” from entering the country.

     

  7. Encontradas em Israel centenas de cartas de Himmler, ex-chefe SS

    http://brasil.elpais.com/brasil/2014/01/24/cultura/1390591463_754626.html

    Encontradas em Israel centenas de cartas de Himmler, ex-chefe da SS nazista

    Quase 70 anos após o suicídio do comandante nazista Heinrich Himmler, o jornal Die Welt teve acesso a centenas de cartas do temido chefe da organização militar SS, que foram recuperadas em uma casa de Israel. Tratam-se de missivas enviadas por Himmler principalmente para a sua esposa, Marga, de 1927 até poucas semanas antes de se suicidar, em 1945, ao cair em mãos dos aliados. Junto às cartas teriam sido recuperados fotografias e documentos privados, cuja autenticidade, assim como a das missivas, foi certificada pelo chefe dos arquivos públicos da Alemanha, Michael Hollmann, como informou a agência Efe.

    As cartas aparecem assinadas com a frase “Seu Heini” ou “Vosso pai” e seu conteúdo é basicamente amoroso e familiar, embora também sejam verificados exemplos do antissemitismo de Himmler. As missivas encontravam-se em uma caixa de segurança de um banco de Tel Aviv e não está claro como chegaram ao jornal.

    As missivas, embora não acrescentem detalhes sobre sua militância no partido nazista, deixam entrever alguns aspectos da vida privada do “gênio do mau” do III Reich, como por exemplo, sua longa relação extraconjugal com sua secretária.

    Muitas perguntas

    Talvez as cartas ajudem também a responder a pergunta formulada, há cinco anos, pelo historiador Peter Longerich: “Como pôde um personagem medíocre alcançar tanto poder?”. Longerich precisou de mais de mil páginas para descrever a metamorfose de um jovem bávaro solitário em um monstro que sonhou eliminar todos os seres indesejáveis para o novo império alemão que estava por nascer.

    O livro Heinrich Himmler, uma Biografia (Objetiva), escrito pelo historiador, foi o primeiro grande trabalho sobre o arquiteto da eliminação do povo judeu na Europa. Segundo o autor, Himmler foi um burocrata criminoso que escalou os degraus do poder graças ao sonho que impregnou sua vida e que perseguiu até sua morte: um mundo que devia ser controlado pelos alemães arianos e no qual não havia local para os judeus, os eslavos, os homossexuais, os deficientes e os chamados “associais”, os quais Himmler descreveu como “escória humana”.

    Depois do suicídio de Hitler, o fanatismo de Himmler impulsionou-o a buscar uma segunda carreira política, ao lado dos aliados, que ficaram horrorizados com a ideia. Finalmente, Himmler se suicidou, em 23 de maio de 1945, com uma cápsula de cianeto.

     

  8. A inclusão social pelo consumo

    http://www.valor.com.br/politica/3407594/inclusao-social-pelo-consumo

    A sociedade brasileira projetou a realização social no conforto, no luxo, em bens de consumo prestigiosos. Há melhor símbolo disso do que a profusão de iPhones? Eles não se limitam a dar prazer. Eles nos realizam. Melhor dizendo: é o prazer que nos realiza. Mas esta visão do mundo, tão frequente no Brasil, não é nada óbvia. Um francês imbuído do valor da educação, um alemão formado na convicção do dever, um inglês convencido do valor ético do trabalho dificilmente enxergariam as coisas assim. Mas, aqui, é muito forte a ideia de que pelo prazer se vence. Basta ligar a rede Globo, qualquer dia deste mês, em torno das 23 horas, para ver isso, parte ao vivo, tudo em cores.

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  9. A versão mais forte?

    http://brasil.elpais.com/brasil/2014/01/25/sociedad/1390678371_750307.html

    As grandes assessorias de imprensa no Brasil têm mais que o dobro do tamanho das redações, detêm a informação e, muitas vezes, bloqueiam o acesso a ela

      Recomendar no Facebook3.749Twittear173Enviar para LinkedIn21 Enviar para TuentiEnviar para KindleEnviar para MenéameEnviar para EskupEnviarImprimirSalvar

    Em 1914, há exatos cem anos, o poeta e jornalista Emílio de Meneses, eleito para ser um dos 40 imortais, como são chamados os ocupantes de uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (ABL), não pôde tomar posse. Seu discurso havia sido censurado, como contou o antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) no livro Aos trancos e barrancos – como o Brasil deu no que deu. Escreveu Ribeiro: “O discurso ofendeu a casa”. Com um pedido da ABL para que Meneses fizesse algumas emendas em seu discurso, o poeta morreu, quatro anos mais tarde, sem tomar posse na Academia. O caso provavelmente não teria acontecido dessa maneira se Meneses tivesse, naquela época, um assessor de imprensa para ajudá-lo a tornar o seu discurso mais coerente com as normas da casa.

    Embora as assessorias de imprensa tenham começado a surgir no Brasil somente na década de 1950, como conta Manuel Carlos Chaparro, doutor em Ciência da Comunicação, jornalista e professor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo e um dos precursores da comunicação empresarial no país, foi junto com as assessorias que as informações passaram a ter uma espécie de filtro, capaz de ajudar as empresas e políticos, mas, ao mesmo tempo – e esse é o problema – bloquear o acesso público a algumas informações.

    A tentativa de controlar a informação, embora negada pelas agências, é comum no dia a dia das redações. Enquanto esta matéria estava sendo produzida, a reportagem do EL PAÍS foi interrogada pela agência CDN, uma das gigantes do setor, sobre em qual editoria a reportagem seria publicada, em qual data, com quais outras pessoas a reportagem estava falando e até mesmo o nome da chefia de reportagem e – vejam só – “quem havia sugerido a pauta”. Esses são cuidados necessários ou trata-se de uma tentativa de intimidar o jornalista antes mesmo de a entrevista ser agendada?

    “Fazemos isso para que possamos esclarecer o nosso cliente da melhor forma possível. Queremos entender o contexto da reportagem”, diz João Rodarte, presidente da CDN, que hoje emprega 400 pessoas e fatura 88 milhões de reais ao ano. Nesse caso, o cliente era ele mesmo, que concedeu uma entrevista por telefone ao EL PAÍS. Para Rodarte, a questão da isenção é muito clara para o jornalista, mas a coisa muda de cenário quando se trata de profissionais da assessoria de imprensa. “Aqui, nós trabalhamos para o cliente. Não somos isentos. Nosso papel é o de mostrar o nosso cliente e assegurar que ele tenha um posicionamento equilibrado e correto na imprensa”, diz. “O jornalista, quando está na redação, tem um código de ética. Mas quando ele vem para as agências, ele é um profissional da comunicação, não é um jornalista mais”.

    Hoje, milhares de pessoas fazem esse trabalho de filtragem. Uma outra grande agência de relações públicas e assessoria de imprensa, a FSB, chega a empregar, sozinha, 650 funcionários e a faturar 145 milhões de reais. Para se ter uma ideia, o jornal O Estado de S. Paulo, fundado em 1875, tem 282 jornalistas, segundo o departamento de recursos humanos. A Folha de São Paulo, jornal de maior circulação no país, de acordo com a Associação Nacional de Jornais, emprega 400 pessoas, nas duas publicações do Grupo – Folha e Agora – como relatou Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha.

    Se a quantidade de assessores é muito maior que a de jornalistas, a informação corre então o risco de pender para o lado mais forte? “No mínimo, os assessores conseguem um espaço para colocar seus clientes e, no máximo, eles conseguem distorcer a informação”, diz o jornalista Mario Sergio Conti, ex-diretor de redação da revista Veja e atual colunista dos jornais Folha de São Paulo e O Globo. Conti escreveu também o livro Notícias do Planalto (Companhia das Letras), sobre os bastidores do impeachment do ex-presidente Fernando Collor. “Os assessores estão lá para colocar a versão do cliente, ou batalhar para que não seja publicada a versão de uma história que ele não queira, e até mesmo para bloquear algo que ele não queira que seja publicado”, diz.

    Tanto quanto filtrar a informação, o que as assessorias fazem é oferecer suas notícias insistentemente para os jornalistas. Diariamente, centenas de sugestões de reportagens chegam às redações. “Isso compromete a notícia, porque ela deixa de ser uma busca do veículo de imprensa, para ser uma necessidade de uma fonte de vender os seus interesses”, afirma o jornalista Alberto Dines, que em seus mais de sessenta anos de carreira, lançou diversas revistas e jornais no Brasil e em Portugal e hoje dirige o site de crítica da mídia O Observatório da Imprensa. Para Chaparro, da USP, a situação pode ser olhada de outra maneira: “Existe uma crise, porque a notícia não nasce mais de dentro das redações. Mas, será que é melhor um mundo onde só os jornalistas possam falar, invés de um lugar em que todos falem?”.

    Se, por um lado, as agências têm muita abrangência, por outro, muitas redações parecem acomodadas com a situação, segundo Conti. “Claro que existe preguiça por parte dos jornalistas da redação”, afirma. Um caso que ilustra a fragilidade das redações diante das sugestões que vêm de fora, ocorreu no Brasil em 2006, quando o consultor de RH Ary Itnem surgiu na Avenida Paulista com um cartaz pedindo “um abraço”. Sua “teoria do abraço” dizia que era possível combater o mal estar corporativo com abraços, uma ideia desenvolvida pela “Confraria Britânica do Abraço Corporativo”. Itnem virou notícia em diversos veículos. Foi entrevistado por jornalistas renomados como Heródoto Barbeiro, na rádio CBN, e Gilberto Dimenstein, na Folha de S. Paulo.

    Revelou-se, depois, que Ary Itnem nunca existiu. A grafia de seu nome (a palavra “mentira” ao contrário), seu personagem e sua teoria, foram inventados pelo jornalista Ricardo Kauffman, que transformou a história no documentário “O abraço corporativo” (2010). Ele mostra como poucas pessoas e pouco tempo para apuração em uma redação deixam qualquer veículo de imprensa suscetível a erros que podem ser graves, como o de publicar como verdadeira uma história que não existe. “A quantidade absurda de assessores em relação aos repórteres, o fato de os jornalistas saírem das redações em busca de salários melhores, isso tudo enfraquece o jornalismo”, diz Chaparro.

    As previsões sobre o futuro sugerem que a demografia dessa relação deve continuar favorável às assessorias no embate com as redações. De acordo com o Ministério do Trabalho, existem hoje cerca de 145 mil jornalistas registrados. Um levantamento feito por um núcleo de pesquisa da Universidade de Santa Catarina (UFSC) em parceria com aFederação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), mostra que, a cada dez jornalistas, um é professor, quatro trabalham fora da imprensa e cinco ainda estão empregados na mídia. Mas o professor Samuel Lima, um dos responsáveis pelo estudo, afirma que esses dados estão mudando. “Há uma tendência de que, na nossa próxima pesquisa, que sai em 2017, encontremos mais profissionais atuando fora da mídia”.

    Para Dines, essa balança desequilibrada desfavorece a sociedade. “A sociedade é quem mais perde, porque a imprensa não está enriquecendo o debate”, diz. Conti, por sua vez, acha que as assessorias vão continuar crescendo: “Hoje você não consegue falar com um cantor, por exemplo, sem antes ter que falar com meia dúzia de gente. Isso é um absurdo. Antes, a única coisa que você tinha que fazer, era ligar para as secretárias das fontes. Eu costumava ficar amigo das secretárias. Hoje não adianta mais”. Ainda que as perspectivas não sejam as melhores, ele é otimista. “Os dinossauros foram extintos, mas as baratas sobreviveram. Eu espero que o jornalista seja uma barata”.

     

  10. COI libera manifestações LGBT em entrevistas, mas não em pódios

    http://globoesporte.globo.com/olimpiadas-de-inverno/noticia/2014/01/coi-afirma-que-atletas-podem-ser-punidos-por-protestos-nos-podios.html

    COI afirma que atletas podem ser punidos por protestos nos pódios

    Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional, faz alerta a atletas de Sochi 2014, mas destaca que eles têm liberdade de expressão em entrevistas

    O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou nesta segunda-feira que os atletas que disputarão as Olimpíadas de Inverno de Sochi podem ser punidos por manifestações ou protestos no pódio. No entanto, de acordo com o COI, eles poderão se posicionar contra a lei aintigay da Rússia ou outras questões de direitos humanos durante as entrevistas sem medos de sanções. 

    – É muito claro que os Jogos Olímpicos não podem ser usados como palco para manifestações políticas, não importa quão boa a causa seja. O COI tomará, se necessário, decisões individuais baseado em casos individuais. Também é claro, por outro lado, que os atletas possuem liberdade de expressão. Então, se em uma entrevista coletiva eles quisessem fazer uma declaração política, eles estão totalmente livres para isso – disse Bach, de acordo com a agência de notícias Reuters. 

    Entre outras polêmicas, a Rússia vem causando controvérsia com a lei antigay, que proíbe propaganda homossexuais no país. Diversos atletas já protestaram e alguns até ameaçaram boicote, mas as autoridades russas asseguraram que a lei não vai interferir na vida privada de atletas e visitantes durante os Jogos de Inverno. 

    Thomas Bach (Foto: AP)Thomas Bach afirmou que protestos nos pódios de Sochi não serão permitidos (Foto: AP)

  11. O último país europeu a descriminalizar a homossexualidade.

    http://www.foradoarmario.net/2014/01/parte-norte-de-chipre-ultimo-pais.html

    Tradução: Sergio ViulaFonte: LGBT IntergroupEssa amanhã, o Projeto de Lei para a Descriminalização da Homossexualidade foi aprovado pelo Parlamento da parte norte de Chipre. A parte norte de Chipre era o último território na Europa onde a homossexualidade ainda era um crime. Com a adoção da lei, os Artigos  171 e 173 do Código Penal, prevendo cinco anos de prisão por atos homossexuais, e três anos de prisão por “tentativas de cometer [esses] crimes’, são abolidos. Mais do que isso, a lei fortalece a proteção às pessoas LGBT ao incluir uma proibição sobre discursos de ódio contra pessoas LGBT. Além disso, a lei proíbe discriminação baseada em orientação sexual e identidade de gênero na provisão de serviços públicos.Michael Cashman MEP, Co-Presidente do LGBT Intergroup reagiu à notícia:  “Estou muito feliz que a Europa esteja finalmente livre de leis que criminalizavam as pessoas por sua orientação sexual.” “Também estou feliz em ver que o governo incluiu uma proibição ao discurso de ódio contra pessoas LGBT e aprimorou a proteção contra a discriminação. Esse é um grande salto na direção dos direitos das pessoas LGBT.” Marina Yannakoudakis MEP, Membro do LGBT Intergroup acrescentou: “Eu congratulo a comunidade cipriota turca LGBT por finalmente poder exercer o mais básico de todos os direitos humanos – o direito de amar.” 

    “Enquanto outros países como a  Nigéria e Uganda impõem medidas crescentemente draconianas para perseguir pessoas LGBT, espero que as pessoas aprendam com Chipre que o legado anti-gay do passado colonialista Britânico deve ser apagado e não reforçado.”

  12. Alteração de saúde ou de humor na criança pode indicar bullying

    http://mulher.uol.com.br/gravidez-e-filhos/noticias/redacao/2014/01/27/alteracao-de-saude-ou-de-humor-pode-indicar-que-a-crianca-sofre-bullying.htm

    Alteração de saúde ou de humor pode indicar que a criança sofre bullying

    Para descobrir o que acontece com a criança, não a pressione nem a exponha diante dos amigos

    Para descobrir o que acontece com a criança, não a pressione nem a exponha diante dos amigos

    De repente, o filho que sempre foi bem no colégio começa a apresentar queda no rendimento escolar e mudança de humor. Ou então passa a ter dores de cabeça inexplicáveis, diarreia, suor excessivo e náusea, coincidentemente no momento de ir à escola.

    Indícios de algum problema físico? Até pode ser, mas não descarte a possibilidade de a criança estar sendo vítima de bullying (agressão, intencional e repetida, sem motivo aparente, em que se faz uso do poder ou força para intimidar ou perseguir alguém, segundo o dicionário).

    “Quando a criança muda de comportamento, algo está acontecendo. Por exemplo, é calma e começa a agredir os colegas. Ou costuma bater em todo mundo e, inesperadamente, fica amuada. São atitudes que podem significar muita coisa, como problemas físicos ou em casa, mas também podem ser sinais de bullying”, diz Neide Noffs, diretora da Faculdade de Educação da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo, e autora, em conjunto com Anna Flora, do livro infantil “Gato Xadrez – Vamos Brincar Outra Vez” (Editora Suplegraf), em que aborda o problema.

    A lista de sinais de que o bullying pode estar angustiando a criança ou o adolescente é longa. Fora as mudanças de humor ou sintomas psicossomáticos –que podem incluir dores de estômago e tremores–, ainda podem existir dificuldades nas relações sociais e transtornos do sono ou alimentares, como afirma a educadora Cléo Fante, pesquisadora do tema e autora do livro “Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz” (Verus Editora), entre outras publicações sobre o assunto.

     

    Getty Images

    Você é capaz de perceber se seu filho está sofrendo bullying na escola?

    A criança ou o jovem vítima de bullying dá sinais físicos e comportamentais. Faça o teste a seguir e descubra se você é capaz de identificar se seu filho está passando pelo problema | Consultoria: Neide Noffs, diretora da Faculdade de Educação da PUC de São Paulo; Cléo Fante, educadora, e Regiane Machado, psicóloga

    9 perguntasFazer o teste

     

    Diálogo e compreensão

    Uma das maiores dificuldades é fazer o filho contar o que está acontecendo. “Geralmente, a criança se mantém em silêncio por vergonha de se expor ou por se achar impotente diante do problema. Há  também o medo de represálias ou de ser incompreendida pelos adultos. Por isso, é preciso promover um ambiente familiar acolhedor, com diálogo, compreensão e afeto. Um ambiente tenso, agressivo e inquiridor fará com que a criança se feche em seus problemas”, diz Cléo Fante.

    Para Neide Noffs, uma boa maneira de fazer com que o filho se abra é partir para uma abordagem lúdica. “A brincadeira é um espaço muito importante para os pais identificarem o que está acontecendo com o filho”, declara, já que, ao brincar, a criança costuma expressar seus sentimentos, suas angústias e suas dúvidas.

    Nessa hora, os pais devem dirigir a conversa sutilmente para os assuntos que queiram abordar. Do tipo: por que a boneca está levando bronca? Por que os carrinhos estão sendo quebrados ou destruídos? Mas isso deve ser feito calmamente e com delicadeza, para que a criança não se assuste ou se feche.

    Reforçando a autoestima

    Importante também é saber o que não deve ser feito: os pais jamais devem ficar bravos com o filho porque ele não quer contar o que está acontecendo, tampouco devem ameaçá-lo ou expor a criança diante dos irmãos ou dos amigos. Esse é o momento de reforçar a autoconfiança e a autoestima da criança.

    “É preciso apontar todas as qualidades do filho e valorizá-las”, fala a psicóloga Regiane Machado. “E é imprescindível que os pais mantenham a calma, não incentivando o revide nem responsabilizando a criança pelo que está acontecendo. Devem encorajá-la a não aceitar qualquer forma de agressão e a buscar ajuda da família e da escola”, afirma a educadora Cléo Fante.

    pliar

    Febre, quedas, dor de barriga: saiba agir diante de dez problemas infantis11 fotos

    1 / 11Nem sempre que as crianças reclamam de dor ou sofrem algum mal-estar, como febre e diarreia, é necessário ir ao hospital ou consultório do pediatra. Os especialistas recomendam que os pais busquem investigar a origem do quadro, observem a evolução dos sintomas e tomem medidas simples, porém eficazes, para ajudar os filhos melhorarem | Consultoria: Camila Richieri Gomes, professora de pediatria da Faculdade de Medicina do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo; Maria Zilda Aquino, pediatra do Hospital Sírio-Libanês, também na capital paulista, e Evandro Roberto Baldacci, professor do Departamento de Pediatria da USP | Por Maria Laura Albuquerque | Do UOL, em São Paulo Getty Images

    Bullying identificado, o próximo passo é entrar em contato com o colégio. “De imediato, os pais devem comunicar o fato à escola, que deve encontrar alternativas pedagógicas para cessar os ataques e tratar o problema com os estudantes envolvidos, seus familiares e os profissionais do colégio”, diz Fante.

    Também é preciso observar cuidadosamente o comportamento dos filhos e, caso seja necessário, recorrer a psicólogos ou pediatras.

    Troca de escola

    A mudança de colégio nem sempre é indicada. “Tirar imediatamente a criança da escola pode acentuar sua fraqueza diante do problema”, afirma Neide Noffs, da PUC de São Paulo. 

    Já para a psicóloga Regiane Machado, dependendo das consequências geradas, a mudança de escola pode ser considerada.  “Se possível, é importante a criança aprender a enfrentar esse tipo de situação e superar”, diz ela. Mesmo porque, de acordo com a pesquisadora Cléo Fante, para muitas crianças, a mudança significa transferir o problema e, às vezes, agravá-lo. “Se o estudante não consegue se posicionar em sua defesa e fazer cessar os ataques, dificilmente, sem ajuda profissional, o fará em outro estabelecimento”, diz.

    No entanto, ela fala que, em alguns casos, para garantir a integridade física e psicológica da criança, a mudança de escola é recomendável.

  13. Central Maurício causa polêmica com post homofóbico no FB

    [Obs.: é claro que ele é preconceituoso, talvez não saiba disso, mas é. Que absurdo querer impedir pessoas de nos verem como se fossemos algo ‘ruim’. Vaias para Maurício. E vá jogar na Rússia, porque na Turquia não tem lei anti-gay. Aliás, a República do Norte de Chipre descriminalizou a homossxualidade esta semana.]

    http://esportes.terra.com.br/volei/central-mauricio-causa-polemica-com-post-homofobico-em-rede-social,20eb20cd9b3d3410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html

    Uma postagem polêmica do central Maurício Souza em seu Facebook, no último domingo, rendeu uma série de críticas por parte de seus seguidores. Ao comentar sobre a nova novela da Rede Globo, “Em Família”, ele afirmou que prefere poupar seu filho de conteúdos como o amor gay.

    “Essa galera das novelas que querem mostrar e colocar na cabeça dos brasileiros que trair a mulher, ser gay entre outras coisas é normal e que é legar ser e fazer essas coisas. Não sou preconceituoso longe disso. Mas prefiro que meu filho não veja esse tipo de coisa e saiba que ter uma mulher construir uma família e ter valores é o certo foi o que meu pai me ensinou é assim que tem que ser. Fica esperto e não deixe seus filhos ver essas coisas. M.S.”, escreveu Maurício.

    O jogador, que atualmente defende o Halkbank, da Turquia, apagou o post diante da repercusão negativa. Dentre os comentários em resposta ao post, um apelidou o central de “Marco Feliciano do vôlei”.

    Maurício Souza foi o primeiro jogador a deixar o RJ Vôlei nesta temporada, em razão da crise financeira do time, que perdeu o patrocínio da OGX, do empresário Eike Batista.

    https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10152122889976855&set=a.118328731854.98308.550796854&type=1

  14. Rede Globo responde a inquérito na Polícia Federal

    Correio do Brasil

     

     

    Rede Globo responde a inquérito instaurado na Polícia Federal

       
    A Polícia Federal, no Rio de Janeiro, instaurou inquérito para investigar possível fraude tributária nas Organizações Globo

    A Polícia Federal, no Rio de Janeiro, instaurou inquérito para investigar possível fraude tributária nas Organizações Globo

    A Polícia Federal (PF), no Rio de Janeiro, instaurou inquérito para investigar possível fraude na Rede Globo e na Globo Participações (Globopar) junto ao fisco. A denúncia sobre a sonegação bilionária das Organizações Globo e posterior desaparecimento de provas junto à Receita Federal, que o núcleo fluminense do Barão de Itararé, junto com os blogs Megacidadania e O Cafezinho, protocolou no Ministério Público Federal (MPF), seguiu os trâmites internos da instituição e se transformou em um inquérito, conduzido pela equipe do delegado federal de primeira classe Rubens de Lyra Pereira.

    O inquérito federal a que passa a responder a empresa destinatária de mais da metade dos recursos públicos destinados à publicidade, no país, visa apurar crimes contra a ordem tributária, de sonegação de impostos propriamente dito, que pode envolver evasão de divisas, lavagem de dinheiro e atentados contra o sistema financeiro; e ocultação de bens, diretos ou valores, que corresponde ao misterioso desaparecimento dos documentos originais no processo, nos quais os auditores da Receita decidem pela condenação da Rede Globo pelo crime de sonegação.

    O Barão de Itararé, nesta segunda-feira, foi em comitiva às dependências da Superintendência da PF-RJ, para saber do andamento do processo e, segundo o blogueiro Miguel do Rosário, editor do blog O Cafezinho, “a PF, após conferir a importância que o caso adquire como exemplo contra a sonegação de impostos, agora conduz um inquérito contra as Organizações Globo”.

    Leia, adiante, a matéria publicada no blog O Cafezinho:

    O chefe da Delegacia Fazendária da Polícia Federal do Rio de Janeiro, Fabio Ricardo Ciavolih Mota, confirmou à comitiva do Barão de Itararé-RJ que o visitou nesta segunda-feira: o inquérito policial contra os crimes fiscais e financeiros da TV Globo, ocorridos em 2002, foi efetivamente instaurado. Os crimes financeiros da TV Globo nas Ilhas Virges Britânicas foram identificados inicialmente por uma agência de cooperação internacional. A TV Globo usou uma empresa laranja para adquirir, sem pagar impostos, os direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002. Agora já temos um número e um delegado responsável. É o inquérito 926 / 2013, e será conduzido pelo delegado federal Rubens Lyra.

    A agência enviou sua descoberta ao Ministério Público do Brasil, que por sua vez encaminhou o caso à Receita Federal. Os auditores fiscais fizeram uma apuração rigorosa e detectaram graves crimes contra o fisco, aplicando cobrança de multas e juros que, somados à dívida fiscal, totalizavam R$ 615 milhões em 2006. Hoje esse valor já ultrapassa R$ 1 bilhão.

    Em seguida, houve um agravante. Os documentos do processo foram roubados. Achou-se uma culpada, uma servidora da Receita, que foi presa, mas, defendida por um dos escritórios de advocacia mais caros do país, foi solta, após conseguir um habeas corpus de Gilmar Mendes. Em países desenvolvidos, um caso desses estaria sendo investigado por toda a grande imprensa. Aqui no Brasil, a imprensa se cala. Há um silêncio bizarro sobre tudo que diz respeito à Globo, como se fosse um tema tabu nos grandes meios de comunicação.

    Um ministro comprar uma tapioca com cartão corporativo é manchete de jornal. Um caso cabeludo de sonegação de impostos, envolvendo mais de R$ 1 bilhão, seguido do roubo do processo, é abafado por uma mídia que parece ter perdido o bonde da história. Nas “jornadas de junho”, um grito ecoou por todo o país. Foi talvez a frase mais cantada pelos jovens que marchavam nas ruas: “A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura”.

    A frase tem um sentido histórico. É como se a sociedade tivesse dito: a democracia voltou; agora elegemos nossos presidentes, governadores e prefeitos por voto direto; chegou a hora de acertar as contas com quem nos traiu, com quem traiu a nossa democracia, e ajudou a criar os obstáculos que impediram a juventude brasileira de ter vivido as alegrias e liberdades dos anos 60 e 70.

    O Brasil ainda deve isso a si mesmo. Este ano, faz cinquenta anos que ocorreu um golpe de Estado, que instaurou um longo pesadelo totalitário no país. A nossa mídia, contudo, que hoje se traveste de paladina dos valores democráticos, esquece que foi justamente ela a principal assassina dos valores democráticos. E através de uma campanha sórdida e mentirosa, que enganou milhões de brasileiros, descreveu o golpe de 64 como um movimento democrático, como uma volta à democracia!

    A ditadura enriqueceu a Globo, transformou os Marinho na família mais rica do país. E mesmo assim, eles patrocinam esquemas mafiosos de sonegação de imposto?

    O caso da sonegação da Globo é emblemático, e deve ser usado como exemplo didático. Se o Brasil quiser combater a corrupção, terá que combater também a sonegação de impostos. Se estamos numa democracia, a família mais rica no país não pode ser tratada diferentemente de nenhuma outra. Se um brasileiro comum cometer uma fraude fiscal milionária e for pego pela Receita, será preso sem piedade, e seu caso será exposto publicamente.

    Por que a Globo é diferente? A sonegação da Globo deve ser exposta publicamente, porque é uma empresa que sempre viveu de recursos públicos, que é uma concessão pública, que se tornou um império midiático e financeiro após apoiar um golpe político que derrubou um governo eleito – uma ação pública, portanto.

    Esperamos que a Polícia Federal cumpra sua função democrática de zelar pelo interesse público nacional. E esperamos também que as Comissões da Verdade passem a investigar com mais profundidade a participação das empresas de mídia nas atrocidades políticas que o Brasil testemunhou durante e depois do golpe de 64. Até porque sabemos que a Globo continuou a praticar golpes midiáticos mesmo após a redemocratização, recusando-se a dar visilidade (e mentindo e distorcendo) às passeatas em prol de eleições diretas, manipulando debates presidenciais e, mais recentemente, tentando chancelar a farsa de um candidato (o episódio da bolinha de papel).

    O Brasil se cansou de ser enganado e, mais ainda, cansou de dar dinheiro àquele que o engana. Se a Globo cometeu um grave crime contra o fisco, como é possível que continue recebendo bilhões em recursos públicos?

    Matéria atualizada às 20p1

    http://correiodobrasil.com.br/noticias/brasil/rede-globo-responde-a-inquerito-instaurado-na-policia-federal/680118/?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=b20140128

     

  15. A volta da velha senhora

    Carta Maior

     

    27/01/2014

     

    A volta da velha senhora

     

    A turbulência cambial está de volta à AL. Mesmo governos progressistas usufruíram do ciclo de alta liquidez internacional que valorizou câmbio e poder de compra

     

    por: Saul Leblon
     

     

    Arquivo

     

    A velha senhora, a turbulência cambial, está de volta à América Latina.

    Ela nunca viaja sozinha.    

    Em geral, faz-se acompanhar de sua inseparável dama de companhia, a instabilidade política.

    Divisores importantes da história continental tiveram na alavanca cambial uma de suas forças de impulsão.

    O colapso da dívida externa dos anos 80 foi um caso.

    A paulada nos juros promovida  pelos EUA, em 1979, reeditou o dólar forte, barateou as importações americanas, baixou a inflação do país (que chegara a 12%) e compensou a sangria comercial, decorrente da elevação dos preços do petróleo, em 1973.

    Resolveu o problema americano.  

    Mas alteraria toda a estrutura  de passivos das economias  em desenvolvimento.

    As taxas de juros norte-americanas  saltaram de um dígito para mais de 20%.

    Foi o tiro de largada para a crise da dívida externa que desencadearia um efeito dominó com a quebradeira do México, Polônia, Brasil etc.

    Empréstimos tomados a taxas  flutuantes, súbito tornar-se-iam impagáveis.

    Teve um aspecto positivo:  a margem de manobra de ditaduras militares, como a brasileira, estreitou-se a tal ponto que terminariam abandonadas por amplos segmentos de seus patrocinadores empresariais.

    O que se vive agora é uma  paulada de novo tipo, desfechada pelas  mesmas mãos.

    O colapso das sub primes em 2008 produziu a maior crise do capitalismo desde 1929.

    Os EUA foram, de novo, o epicentro.

    Trilhões de dólares foram despejados então pelo Fed, o BC norte-americano,  para salvar o sistema financeiro hegemônico no planeta.

    Bem ou mal, o resgate teve êxito.

    Mas a guerra cambial denunciada pelo Brasil, que  valorizou as moedas dos países emergentes e danificou seu equilíbrio de preços, custou caro.

    No caso brasileiro, danificaria adicionalmente sua planta industrial que já vinha –há uma década – afogada em importações barateadas pelo poder de compra artificial da moeda.

    Com o ensaio de recuperação em marcha nos EUA,  encerra-se a temporada de dinheiro barato.

    O mundo – sobretudo o mundo em desenvolvimento – pagará novamente o tranco do ajuste.

    O desafio do câmbio veio para ficar na agenda da América Latina.

    Erra quem imagina que estamos diante de uma questão técnica.

    Câmbio e inflação são almas gêmeas, por exemplo.

    A taxa de câmbio define qual será o poder real de compra dos salários.

    Ela qualifica o trânsito para um novo ciclo econômico; em certa medida antecipa seus vencedores e perdedores.  

    Determina a inserção da economia no quadro mundial, o papel da exportação e da indústria (onde ela existe) e o tipo de emprego e de mercado interno que se deseja incentivar.

    É por conta dessas implicações delicadas que mesmo governos progressistas usufruíram passivamente do confortável ciclo de alta liquidez internacional que valorizou o câmbio e o poder de compra local nos últimos anos.

    No Brasil, na Argentina e alhures, de certa forma, a valorização da moeda nacional tem sido um recurso protelatório  para amortecer a disputa interna pela riqueza.

    Importações baratas funcionam como uma baldeação  no conflito de classes.

    O custo macroeconômico desse atalho – vide esgarçamento industrial – é elevado e tem um limite de elasticidade incontornável.

    O elástico parece ter chegado ao fim para a Argentina. E de certa forma para toda América Latina.
     
    O que vai pesar agora é o saldo dos trunfos acumulados no ciclo  que se encerra.
     
    Quem usou a folga cambial como um risco calculado e  construiu uma nova correlação de forças, na qual os desfavorecidos  ganharam  maior musculatura  para disputar o passo seguinte da história, sai na vantagem.

    Quem deflagrou um novo ciclo de investimentos em infraestrutura,  capaz de elevar a produtividade e a competividade da economia e, dessa forma, gerar um nova matriz de acesso à renda, substitutiva ao artifício  cambial, tem margem de manobra para continuar crescendo.

    De certa forma foi isso que Dilma afirmou no seu discurso em Davos , quando nomeou as conquistas dos últimos anos:

    “Estamos nos tornando, por meio de um processo acelerado de ascensão social, uma nação dominantemente de classe média:  36 milhões de homens e mulheres  foram tirados da extrema pobreza recentemente;  42 milhões  ascenderam à classe média, que passou de 37% da população para 55% da população, apenas entre os anos a partir de 2003 até hoje. A renda per capita mediana das famílias brasileiras cresceu 78% no mesmo período. Nos últimos três anos, nós geramos 4,5 milhões de novos empregos. Criamos um grande mercado interno de consumo de massas. Criamos um imenso contingente de cidadãos com melhores condições de vida, maior acesso à informação e mais consciência de seus direitos. estamos conscientes da necessidade de avançarmos para uma nova etapa (…)O nosso objetivo é melhorar estruturalmente a economia brasileira, tornando-a cada vez mais competitiva”

    O Brasil avançou nessa travessia sem perder o controle da inflação, nem das contas fiscais.

    O país vem promovendo desde 2012 um lento – ainda que ziguezagueante –  ajuste em seu câmbio.

    Estima-se que o Real tenha acumulado uma desvalorização efetiva da ordem de 15% desde então.

    A meta do governo é atingir e estabilizar uma paridade de R$ 2,45 por dólar.

    O patamar é considerado suficiente para reverter o núcleo duro dos desequilíbrios  na economia brasileira: o definhamento da sua industrialização.

    O setor industrial encontra-se esmagado nas pinças de um turquês feito de importações baratas e exportações corroídas pela bola de neve do baixo poder competitivo e baixo incentivo ao investimento tecnológico.

    Em 2012 o déficit comercial da indústria (diferença entre manufaturas importadas e exportadas) foi de desastrosos US$ 105 bilhões. Suficiente  para anular  o superávit  comercial conquistado na ponta dos embarques agrícolas.

    A industrialização é a grande usina irradiadora de produtividade em uma economia.

    O Brasil tem uma planta fabril diferenciada entre os chamados emergentes  – completa, produz  o ‘prego e a máquina de fazer  prego’. Ou seja, bens de consumo e bens de capital.

    Se cuidar de preservá-la terá o fermento da riqueza necessária à universalização da cidadania.

    Ingressa nesse novo ciclo, ademais, com um poderoso air-bag de reservas cambiais, da ordem de US$ 375 bi.

    Está  fresca ainda a tinta da crítica conservadora ao governo Lula  por  acumular reservas ‘excessivas’, segundo a contabilidade  midiático-ortodoxo.

    Hoje, é esse ‘excesso’ que  impõe  respeito aos mercados especulativos.

    O poder de intervenção do Estado brasileiro não é desprezível: a dívida externa do país  é inferior ao volume das reservas acumuladas pelo setor público.

    Embora o passivo externo total (inclui empréstimos inter-companhias das  multinacionais, ademais de aplicações de curto prazo etc) seja quase o dobro das reservas, a hipótese de uma fuga global  capaz de contaminá-lo,  é improvável.

    Desencoraja-a  adicionalmente  o mercado de massa  citado por Dilma.

    É ele que  atrai um fluxo regular de investimentos produtivos da ordem de dezenas de bilhões de dólares por ano  -cerca de US$ 60 bi em 2013.

    O conjunto  tem sustentado o equilíbrio das contas externas,  apesar dos ascendentes  rombos no saldo comercial e de serviços: em 2013 ele atingiu US$ 81,3 bi (3,6% do PIB); em 2012 foi de US$ 54,249 bilhões (2,41% do PIB).

    Um ajuste cambial bem sucedido, que estabilize a paridade em R$ 2,45 –como quer o governo–  ajudará a desmontar  essas armadilhas  e  a desbastar a nova matriz de expansão que a sociedade cobra: crescimento com serviços de qualidade e justiça social.

    A volatilidade cambial em curso na América Latina, porém, dificilmente poupará fronteiras caso se agrave.

    A Argentina, por exemplo, é o principal cliente de vários setores industriais do país.

    Mecanismos de mercado – desvalorizações sucessivas–  destinados a corrigir o câmbio cobrarão um preço alto do bolso dos assalariados  argentinos.

    Em última instância é o salário real que se deteriora para devolver competitividade externa à economia – reações políticas são previsíveis em uma espiral  de desvalorizações selvagens.

    O poder financeiro internacional não pode ser responsabilizado pela omissão política de seus alvos.

    É desconcertante que, após uma década de fastígio das commodities, a América Latina tenha perdido a oportunidade  de construir um fundo comum de reservas, capaz de estender uma rede de apoio regional em momentos tensos como esse.

    Felizmente, uma semente dessa cepa foi plantada na reunião dos BRICS de setembro do ano passado, em São Petersburgo.

    O grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul criou um fundo comum de reservas de divisas.

    Um instrumento de coordenação e autodefesa cambial para fazer frente à turbulência inerente aos sinais já emitidos então pelo Fed , de que reduziria as injeções de liquidez destinadas a reaquecer a economia americana.

    Trata-se de um caixa para prover liquidez em casos de retração das linhas de crédito internacionais. Ou queda dramática de investimentos, bem como mitigar o efeito de ataques especulativos.

    As reservas somadas dos Brics superam os U$ 4,3 trilhões – uma base mais do que suficiente para respaldar qualquer iniciativa de autodefesa.

    Ademais das cifras, importa reter o simbolismo político dessa iniciativa.

    Trata-se de introduzir um novo personagem no monólogo através do qual os mercados financeiros tem ditado as ordens no mundo.

    Para que as economias em desenvolvimento deixem de ser o quintal pró-cíclico dos impulsos predadores, é necessário dispor  de uma  retaguarda capaz de amortecer a reação adversa dos mercados e o pânico financeiro propagado pelo ‘jornalismo especializado’ (em servir aos mercados).

    É sobre essa retaguarda que a reunião de setembro do ano passado começou a falar.

    Mais que nunca, é hora de a América Latina ouvir.

    http://www.cartamaior.com.br/?/Editorial/A-volta-da-velha-senhora/30101

  16. Barbosa critica visibilidade de petistas que lutam…

    Correio do Brasil

    Barbosa critica visibilidade de petistas que lutam contra ‘mentirão’

    27/1/2014 17:13

    Por Redação, com agências internacionais – de São Paulo e Londres

       
    Joaquim Barbosa critica tanto a imprensa quanto os réus da AP 470, quando discordam de seu relatório

    Joaquim Barbosa critica tanto a imprensa quanto os réus da AP 470, quando discordam de seu relatório

    Presidente licenciado do Supremo Tribunal Federal, o ministro Joaquim Barbosa voltou a externar suas opiniões acerca do julgamento da Ação Penal (AP) 470, conhecido como ‘mensalão’, em uma crítica à visibilidade pública dos líderes petistas condenados em seu relatório. Na capital do império britânico, onde passeia na última etapa das férias subvencionadas com dinheiro público, o ministro Joaquim Barbosa critica a imprensa e a atitude dos líderes petistas de lutar contra o que consideram este “um julgamento de exceção”, como afirmou o deputado João Paulo Cunha (PT-SP). Ainda em referência ao processo que a jornalista Hildegard Angel classificou de ‘mentirão’, ex-presidente da Câmara dos Deputados, em entrevista, criticou a “pirotecnia” e a “falta de civilidade” do chefe do Judiciário.

    – Esse senhor foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal, pelos 11 ministros do STF. Eu não tenho costume de dialogar com réu. Eu não falo com réu. Não faz parte dos meus hábitos, nem dos meus métodos de trabalho ficar de conversinha com réu – disse Barbosa.

    Barbosa não poupou, ainda, a imprensa independente e algumas das matérias esporádicas que a mídia conservadora publica com a voz dos réus.

    – Eu tenho algo a dizer: eu acho que a imprensa brasileira presta um grande desserviço ao país ao abrir suas páginas nobres a pessoas condenadas por corrupção. Pessoas condenadas por corrupção devem ficar no ostracismo. Faz parte da pena. No Brasil, estamos assistindo à glorificação de pessoas condenadas por corrupção à medida em que os jornais abrem suas páginas a essas pessoas como se fossem verdadeiros heróis – afirmou.

    João Paulo Cunha foi condenado na AP 470 a seis anos e quatro meses de prisão pelos crimes de peculato e corrupção passiva. O parlamentar petista, no entanto, diz não ter arrependimentos e afirma estar com a consciência tranquila de que não cometeu “nenhum dos crimes imputados” a ele durante o julgamento – o parlamentar ainda aguarda análise de recurso para o crime de lavagem de dinheiro.

    Em entrevista concedida na véspera à jornalista Marina Dias, do diário conservador paulistano Folha de S.Paulo, Cunha classifica a atitude de Barbosa, que expediu seu mandado de prisão mas saiu de férias sem o assinar, como “um gesto de pirotecnia para que ele tenha mais dois minutos de repercussão”. E resume o caso:

    – Se minha prisão era urgente, ele deveria ter assinado, se não era urgente, não deveria ter anunciado e viajado.

    Cunha acrescenta que “respeito não é o forte” de Barbosa e que “essa medida foi cruel”. Para ele, falta “civilidade, humanidade e cortesia” ao ministro. A foto de Barbosa tirada em uma das galerias mais nobres de Paris, que reúne grifes como Prada, Fendi e Bottega Veneta, foi ironizada pelo político de Osasco (SP), que pode ser preso a qualquer momento.

    – Nos últimos dias, estive na Galeria Pagé, na Rua 25 de Março, para comprar roupas brancas, porque posso precisar delas logo – disse.

    A renúncia ao mandato, porém, não está entre as opções cogitadas por João Paulo Cunha no enfrentamento à decisão do STF:

    – É assunto fora de pauta.

    Quanto à multa de R$ 250 mil pela qual foi condenado, afirma não saber ainda se também criará um site, como fez Genoino e agora Delúbio Soares, para arrecadar recursos. Mas define a pena como “uma barbaridade”.

    – É só ver o meu patrimônio e a minha renda para perceber que é absolutamente desproporcional ter uma multa dessa magnitude – denuncia.

    O parlamentar acredita que, por ser deputado, deverá ter uma “rotina” dentro do presídio, onde cumprirá sua pena, até que seja julgado o embargo infringente pelo crime de lavagem de dinheiro, em regime semiaberto. O ‘mensalão’, segundo Cunha, é uma sucessão de injustiças e de absurdos, além de “uma disputa política”. Segundo ele, “como disputa política, poderíamos ter qualquer desfecho”.

    http://correiodobrasil.com.br/noticias/politica/barbosa-critica-visibilidade-de-petistas-que-lutam-contra-mentirao/680222/?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=b20140128

     

  17. Hitler no Brasil ?

     

    Livro defende tese de que Hitler foi

     

     

    enterrado em cidade de Mato Grosso

     

     

    Dissertação aponta que o nazista viveu seus últimos anos no estado.
    Versão é contestada por professor de História Contemporânea da UFMT.

    Foto obtida pela pesquisadora mostra o senhor Adolf Leipzig com a companheira em Livramento no ano de 1982, quando Hitler teria 93 anos de idade. (Foto: Simoni Guerreiro Dias / Arquivo Pessoal)Foto obtida pela pesquisadora mostra o senhor Adolf Leipzig com a companheira em Livramento no ano de 1982, quando Hitler teria 93 anos de idade (Foto: Simoni Guerreiro Dias / Arquivo Pessoal)

    O ditador Adolf Hitler, marcado na história pela execução de milhões de judeus no século passado, pode ter escapado da invasão soviética a Berlim em 1945 e forjado o próprio suicídio a fim de fugir para a América do Sul, onde teria vivido e morrido com cerca de 95 anos na pequena cidade de Nossa Senhora do Livramento, a 42 km de Cuiabá. Pelo menos é o que defende o livro “Hitler no Brasil – Sua Vida e Sua Morte”, dissertação de mestrado em jornalismo de Simoni Renée Guerreiro Dias, que subverte a versão conhecida dos últimos dias do nazista. A pesquisadora deve realizar um exame de DNA em Israel com um suposto descendente do nazista.

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    Ainda em desenvolvimento, a dissertação segue a linha de outras pesquisas que apontam rastros de nazistas na Argentina após a Segunda Guerra, mas já recebeu críticas como a do professor de História Política e Contemporânea da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cândido Moreira Rodrigues. Ele aponta falta de rigor científico no trabalho e afirma que não faltam referências na historiografia segundo as quais o ditador se suicidou ao ver-se encurralado pelos soviéticos em 1945.

    A pesquisadora Simoni Renée Guerreiro Dias defende que Hitler tinha interesses em Mato Grosso. (Foto: Renê Dióz/G1)Autora do livro defende que Hitler tinha interesses
    em Mato Grosso (Foto: Renê Dióz/G1)

    A própria mestranda Simoni Dias, judia e residente em Cuiabá, conta que demorou dois anos para acreditar nos primeiros relatos que ouviu sobre a suposta passagem do Führer em território mato-grossense. “Eu zombava, dava risada, dizia que era blefe”, relata. Hoje, porém, ela se diz convicta e afirma que o austríaco não teria vindo parar em Mato Grosso por acaso.

    O livro
    Graduada em Educação Artística, Simoni começou a pesquisar os últimos anos de Hitler após ouvir boatos de que ele, assim como outros nazistas de primeiro escalão, teria perambulado pela América do Sul após a guerra que derrubou o Reich na Europa. Em “Hitler no Brasil”, a autora registrou a parte inicial da pesquisa e ligou as versões de passagem pela América do Sul a outra história, a de que o Vaticano teria oferecido ao ditador derrotado o direito de posse e o mapa para localização de um tesouro jesuíta escondido desde o século XVIII em uma caverna em Nobres, cidade turística a 151 km de Cuiabá.

     Pesquisa contou com abertura do túmulo em Livramento. (Foto: Simoni Guerreiro Dias / Arquivo Pessoal)Pesquisa contou com abertura do túmulo em Livramento; o local é indicado apenas por um toco de madeira (Foto: Simoni Guerreiro Dias / Arquivo Pessoal)

    Hitler, portanto, teria escapado da invasão soviética e, com ajuda de Roma, viajou para a Argentina, para o Paraguai, para o Rio Grande do Sul e, finalmente, para Mato Grosso, instalando-se numa cidade que tem hoje com pouco mais de 11 mil habitantes.

    Na região, teria buscado sem sucesso o tal tesouro prometido pela Igreja e morreu na década de 80, tendo sido enterrado com outro nome.

    Fotos mostram Hitler 'ensaiando' discursos na prisão em 1925 (Foto: Heinrich Hoffmann/Keystone Features/Getty Images)Hitler na prisão em 1925 (Foto: Heinrich Hoffmann/
    Keystone Features/Getty Images)

    ‘Alemão velho’
    No livro, Simoni diz que se intrigou pela existência de um idoso estrangeiro na cidade deNossa Senhora do Livramento, na década de 80, que utilizava como sobrenome a cidade onde o compositor Bach, admirado pelo líder nazista, foi enterrado. Adolf Leipzig, conhecido pela vizinhança por “Alemão Velho”, seria o próprio Führer disfarçado e virou objeto de pesquisa de Simoni, que recolheu objetos, restos mortais e relatos sobre ele.

    A pesquisadora obteve uma fotografia de 1982 de Adolf Leipzig com sua companheira “Cutinga” e quase se convenceu por supostas semelhanças fisionômicas com Hitler. Ela conta que manipulou a foto, adicionando um bigode no rosto do sujeito, e a imagem alterada lhe teria convencido por completo. Já a relação com uma mulher fora dos padrões da chamada “raça ariana” seria mais um elemento de disfarce, supõe.

    Pesquisadora obteve roupas e material genético. (Foto: Simoni Guerreiro Dias / Arquivo Pessoal)Pesquisadora obteve roupas e material genético
    (Foto: Simoni Guerreiro Dias / Arquivo Pessoal)

    Evidências
    Outra suposta evidência considerada pela pesquisadora é o registro de uma internação para cirurgia na Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá no dia 29 de novembro de 1979. O registro, porém, é para um paciente chamado Adolfo Sopping, então com 81 anos de idade e natural do estado do Rio Grande do Sul. Em fevereiro do ano seguinte a Santa Casa registrou a entrada de Adolfo Lepping, de 82 anos e de mesma naturalidade. Simoni defende que trata-se da mesma pessoa.

    Para daí afirmar que se tratava de Hitler, a pesquisadora relata uma outra suposta evidência: segundo uma fonte não identificada no livro, uma freira polonesa do hospital teria reconhecido a figura de Hitler.

    “Aqui esse homem não entra! Ele é sanguinário! Matou muita gente! Tire-o daqui, por favor!”, teria exclamado a religiosa. Um padre a teria repreendido afirmando que aquele doente deveria ser atendido por ordens do próprio Vaticano.

    A publicação de Simoni traz ainda evidências de outras supostas relações de Hitler com grupos de europeus que se fixaram em Mato Grosso, como suíços, e explora a peculiaridade da arma e de vestimentas que pertenceriam ao tal Adolf Leipzig, cujos restos mortais foram retirados do cemitério em Livramento para a pesquisa de Simoni.

    Ela pretende submeter parte dos restos mortais, como cabelo e fragmentos de ossos, a exames genéticos com base em material colhido de um suposto descendente de Hitler localizado, segundo Simoni, em Israel. Ela deve viajar para o país ainda este ano para realizar o exame de DNA e depois seguir para a Alemanha a fim de concluir o projeto de mestrado.

    Professor da UFMT critica critérios da pesquisa em Mato Grosso. (Foto: Cândido Moreira Rodrigues / Arquivo Pessoal)Professor da UFMT critica critérios da pesquisa
    (Foto: Cândido Moreira Rodrigues/Arquivo Pessoal)

    Crítica
    Apesar de se tratar de um trabalho acadêmico, o professor Moreira Rodrigues, da UFMT, afirma que não há qualquer evidência de que Hitler tenha sobrevivido à invasão soviética aBerlim e deixado o território alemão após a derrota dos nazistas. Ele também apontou falta de rigor científico e não enxergou os devidos critérios de apuração historiográfica na apuração de Simoni.

    “Não é novidade o fato de que muitos que se dizem historiadores venham a levantar hipóteses as mais diversas sobre as possíveis estadias de Hitler na América do Sul e a sua consequente morte num dos países desta região do mundo”, lembra o historiador, referindo-se a outras suposições já divulgadas sobre passagens de Hitler no Cone Sul.

    Segundo ele, a historiografia é farta de evidências de que Hitler e sua companheira Eva Braun se suicidaram no bunker onde tentavam resistir aos ataques soviéticos. Subordinados, os próprios nazistas podem ter sido responsáveis pela incineração do corpo do líder antes que os soviéticos o capturassem. Segundo Rodrigues, esta é uma das únicas lacunas que ainda restam nesta história.

    http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2014/01/livro-defende-tese-de-que-hitler-foi-enterrado-em-cidade-de-mato-grosso.html

  18. Premiê da Ucrânia renuncia por solução pacífica para crise

    http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/ucrania-em-meio-a-crise-e-por-solucao-pacifica-premie-renuncia,612827d0308d3410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html

    O primeiro-ministro da Ucrânia, Nikolay Azarov, apresentou nesta terça-feira sua renúncia, de acordo com o site oficial do governo. De acordo com Azarov, sua saída foi motivada pelos esforços para encontrar uma solução pacífica para a crise que o país atravessa, de acordo com informações da agência RT.

     

    “Com a finalidade de criar outras possibilidades de compromisso social e político, para a solução pacífica do conflito, eu tomei a decisão pessoal de pedir ao presidente ucraniano para aceitar minha renúncia do cargo de primeiro-ministro”, diz em comunicado Nikolay Azarov.

     

    A Rada Suprema (Parlamento) da Ucrânia realiza hoje uma sessão extraordinária crucial para se chegar a uma solução pacífica para a grave crise vivida no país, após uma noite tranquila na capital ucraniana.

     

    Os manifestantes e o batalhão de choque da polícia mantêm suas posições no centro de Kiev, transformado em um complexo sistema de barricadas desde o último dia 19, quando começaram os violentos confrontos que já causaram seis mortes, segundo a oposição, e centenas de feridos.

     

    Os deputados vão discutir o acordo alcançado ontem entre o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, e os líderes da oposição para revogar as polêmicas leis contra os direitos civis que provocaram a explosão da violência na capital. Essas leis serão redigidas novamente e conjuntamente pelas autoridades e a oposição para que respondam aos padrões europeus.

     

    A ministra da Justiça, Yelena Lukash, informou que as autoridades estão dispostas a assinar uma lei de anistia da qual se beneficiariam todos os detidos nos protestos, mas que só entrará em vigor se os manifestantes desocuparem os edifícios institucionais. Caso contrário, aqueles que infringiram a lei não serão anistiados.

     

    Na reunião de ontem, Yanukovich e os líderes da oposição abordaram também a reforma da Constituição para limitar os poderes do presidente em favor do Parlamento. “As negociações prosseguirão”, declarou Lukash ao se referir a uma possível modificação da Constituição.

     

    Com informações da agência EFE

  19. A atividade de refino da Petrobras

    Saiba o que produzimos com cada barril de petróleo
    Petrobras – Fatos e Dados.—-27 de janeiro de 2014 / 15:35 Informes


    Por meio da atividade de refino, o óleo bruto é transformado em uma série de derivados essenciais para o dia a dia. Cada barril de petróleo, que tem o volume aproximado de 158,98 litros, dá origem a diferentes produtos, como gasolina, diesel, lubrificantes, nafta, querosene de aviação, entre outros.
    O percentual de cada derivado depende do tipo de petróleo, das características das unidades de refino e das necessidades da demanda em determinado período e local. Atualmente, a média do que cada  barril produz é:
    Diesel: 40%
    O óleo diesel é o principal combustível comercializado no mercado brasileiro. Sua utilização é primordial para o transporte de cargas e de passageiros, indústria, geração de energia, máquinas agrícolas e locomotivas, entre outros equipamentos.
    Gasolina: 18%
    Utilizadas em veículos leves para uso particular e também para transporte de passageiros e de cargas, as gasolinas são os combustíveis mais familiares ao público brasileiro. Saiba mais no site da Petrobras Distribuidora.
    Óleo Combustível: 14%
    Utilizados na indústria moderna para aquecimento de fornos e caldeiras, ou em motores de combustão interna para geração de calor, os óleos combustíveis subdividem-se em diversos tipos, de acordo com sua origem e características (Leia mais).
    Gás Liquefeito de Petróleo: 8%
    O “gás de cozinha”, como é conhecido popularmente o gás liquefeito de petróleo, é comercializado diretamente para as distribuidoras. Cabe a elas a venda do GLP para a rede varejista e grandes consumidores.
    Nafta: 8%
    Matéria-prima petroquímica, a nafta é decomposta e gera eteno, propeno e aromáticos, que são produtos utilizados na produção de resinas.
    Querosene de Aviação: 4%
    É o combustível usado nas aeronaves com motores a turbina, seja jato-puro, turboélices ou turbofans. Leia sobre o QAV no site da Petrobras Distribuidora.
    URL:
    http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/2014/01/27/saiba-o-que-produzimos-com-cada-barril-de-petroleo/#sthash.9c0pZHJy.dpuf

  20. O Minha Casa Minha Vida: 3,24 milhões unidades contratadas

    —-Até o final de 2013, o Minha Casa Minha Vida entregou mais 1,5 milhão de moradias. Deste total, 812 mil unidades (53%) foram para pessoas com renda familiar de até R$ 1.600, sendo 459 mil unidades da faixa 1 e 353 mil da faixa 2….

    CRÉDITO IMOBILIÁRIO DA CAIXA ATINGE R$ 134,9 BI EM 2013 E BATE RECORDE HISTÓRICO
    Caixa Econômica Federal–Brasilia, 27 de Janeiro de 2014

    Famílias do Minha Casa Minha Vida que ganham até R$ 1,6 mil foram destaque nas contratações

    A Caixa Econômica Federal atingiu, em 2013, R$ 134,9 bilhões em contratações do crédito imobiliário. O volume ultrapassou a previsão de R$ 130 bilhões para o ano. A quantidade de financiamentos também superou a média dos anos anteriores. Em 2013, o número de contratos foi superior a 1,9 milhão, enquanto em 2012, foram firmados 1,2 milhão. Nos últimos três anos, foram mais de R$ 300 bilhões em crédito para compra da casa própria concedidos somente pelo banco.  

    O Minha Casa Minha Vida (MCMV) encerrou o ano com 3 milhões e 240 mil unidades contratadas, desde o lançamento do programa. Deste total, 2 milhões e 240 mil moradias foram pelo MCMV2. Somente em 2013, foram contratadas 900 mil unidades.

    Para o vice-presidente de Habitação da CAIXA, José Urbano Duarte, o recorde histórico no financiamento a casa própria se deve a melhoria das condições para que os brasileiros adquiram um imóvel. “A estabilidade econômica somada ao aumento da renda e melhores condições de financiamento – taxas de juros menores, prazos maiores, além de maior simplicidade operacional – tem permitido um maior acesso ao credito para compra do imóvel desejado. Para 2014, a previsão é de que o crédito imobiliário continue crescendo, devendo ficar entre 10 e 20% maior do que no ano passado”, destaca o vice-presidente.

    Do montante aplicado no último ano, 65% foi destinado à aquisição de imóveis novos e 35% para imóveis usados. No total, foram R$ 61,64 bilhões em aplicações com recursos da poupança (SBPE), mais de 50% de tudo o que foi feito no mercado, R$ 41,22 bilhões pelas linhas que utilizam recursos do FGTS e R$ 20,47 bilhões de recursos do FAR (Fundo de Arrendamento Residencial) e demais fontes somaram R$ 11,57 bilhões. Os financiamentos para aquisição ou construção de imóveis individuais corresponderam a R$ 79,12 bilhões e os financiamentos para a produção de imóveis atingiram R$ 55,83 bilhões. O financiamento direto à produção vem apresentando crescimento significativo nos últimos anos, saindo de 14% do total do crédito imobiliário do banco, em 2007, para 41% do total aplicado em 2013.

    A participação da CAIXA no mercado financiamento de imóveis ficou em 69% ao final de 2013. Com relação à idade dos mutuários, mais de 35% dos financiamentos foram concedidos a clientes com menos de 30 anos. Já a faixa etária de 31 a 45 anos correspondeu a 45% dos contratos do crédito imobiliário no último ano. A inadimplência dos financiamentos imobiliários manteve-se baixa, com índice de 1,47%, inferior ao índice de 1,54% do fechamento do primeiro semestre.

    MCMV PARA FAMÍLIAS COM RENDA DE ATÉ R$ 1,6 MIL

    Até o final de 2013, o Minha Casa Minha Vida entregou mais 1,5 milhão de moradias. Deste total, 812 mil unidades (53%) foram para pessoas com renda familiar de até R$ 1.600, sendo 459 mil unidades da faixa 1 e 353 mil da faixa 2.

    URL:

    www1.caixa.gov.br/imprensa/imprensa_release.asp?codigo=7013483&tipo_noticia=

     

  21. CAIXA É LIDER NA CAPTAÇÃO EM FUNDOS DE INVESTIMENTO EM 2013

    Caixa Econômica Federal—-Brasilia, 23 de Janeiro de 2014

    Captação líquida da carteira chegou a R$ 34 bilhões

    Com captação líquida de R$ 34 bilhões, a Caixa Econômica Federal obteve em 2013 a liderança na captação de Fundos de Investimento, respondendo por aproximadamente 54% de toda a captação da Indústria. Os dados são da Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima).

    Quarta colocada no Ranking de Administradores de Fundos de Investimento da Anbima, a CAIXA encerrou o ano com market share de 8,68% e patrimônio administrado de R$ 214 bilhões, com incremento de 121 pontos base em sua participação na Indústria de Fundos. Os destaques são o segmento RPPS – Regimes Próprios de Previdência Social, no qual é líder de mercado, com participação de 42,9%, e o segmento Varejo, do qual detêm 20,13%, ocupando a posição de vice-líder na indústria.

    Os aportes foram concentrados nos fundos DI e Renda Fixa, totalizando R$ 15,4 bilhões e R$ 12,4 bilhões, respectivamente. Vale destacar, ainda, as captações em fundos de ações e de participações, que representaram quase 16% do total captado no ano.

    Em dezembro de 2013, a CAIXA conquistou também a marca histórica de 1 milhão de cotistas em Fundos de Investimento, com uma evolução de aproximadamente 44% da base de investidores em relação ao ano anterior. O crescimento é impulsionado principalmente pelo lançamento de produtos destinados a investidores que buscam aliar rentabilidade e comodidade em seus investimentos, como os fundos FIC Giro Imediato Referenciado DI, FIC Giro MPE Referenciado DI e FIC Giro Empresas Referenciado DI.

    A CAIXA obteve em 2013 o rating “Mais Alto Padrão” da Fitch Ratings, ratificando avaliação anterior da Agência Moody´s Service que, de 2007 a 2013, atribuiu ao banco o conceito MQ1, ambos aplicados a instituições com excelência na Gestão de Recursos de Terceiros.

    “A CAIXA obteve excelentes resultados de captação ao longo de 2013 ampliando, de forma muito significativa, o número de clientes com aplicação em fundos no varejo e assumindo a liderança no segmento de RPPS”, comentou o vice-presidente de Gestão de Ativos de Terceiros da CAIXA, Marcos Vasconcelos. “Desta forma, as estratégias de lançamento e de reposicionamento adotadas no decorrer do ano passado mostraram-se adequadas, no sentido de acompanhar as tendências da indústria frente às mudanças no cenário econômico”, completou o vice-presidente.

    URL:
    http://www1.caixa.gov.br/imprensa/imprensa_release.asp?codigo=7013479&tipo_noticia=
     

  22. Caminhão derruba passarela e mata 4 na Linha Amarela, no Rio

    A Lamsa, concessionária que administra a Linha Amarela, confirmou ao G1 por volta das 10p0 que pelo menos quatro pessoas morreram no acidente envolvendo uma carreta na altura de Pilares, no Subúrbio do Rio. Outras quatro pessoas ficaram feridas, segundo nota oficial.

    Uma carreta derrubou uma passarela e fechou a via expressa em ambos os sentidos na manhã desta terça-feira (28). A colisão ocorreu na altura de Pilares, no Subúrbio.

    fonte: http://www.g1.com.br

  23. BEM DIDÁTICO

    A responsabilidade de cada um

     

    http://www.notaderodape.com.br/2014/01/a-responsabilidade-de-cada-um.html
    por Celso Vicenzi   ilustração Marcelo Martins Ferreira* 

    Circula nas redes sociais um trecho de uma entrevista de José Serra ao jornalista Boris Casoy, realizada há alguns anos, em que o político faz uma menção aos “Estados Unidos do Brasil” e é corrigido pelo jornalista, que informa o nome atual: “República Federativa do Brasil”. Lembrei-me do episódio porque 2014 será o ano de mais uma disputa presidencial e na internet não é difícil encontrar cidadãos-eleitores que ainda fazem confusão sobre as atribuições constitucionais da União, Estados e Municípios, e dos Três Poderes. Em época de campanha eleitoral, também não é difícil encontrar, por exemplo, vereadores e deputados que prometem soluções que não são da competência do parlamento que postulam. E alguns se elegem! Na internet, as críticas à má qualidade da educação, da saúde e da segurança pública no país – entre outros problemas – geralmente são debitadas única e exclusivamente ao governo federal. Justamente por vivermos numa República Federativa, não dá para atribuir todo tipo de problema que o país enfrenta ao presidente ou, como é o caso agora, à presidenta. Num regime presidencialista, a União detém grande poder, mas não atua isoladamente. A transversalidade que põe outros atores federativos em ação é fundamental.

    Se a educação ainda está muito distante do que se deseja para o país, essa conta também deve ir, proporcionalmente, para estados e municípios. Se é para reclamar das universidades públicas e dos institutos técnicos federais, a queixa deve ser endereçada, sim, à presidenta Dilma. Mas, se for escola estadual ou municipal, é preciso lembrar que o Brasil tem 27 governadores e 5.565 prefeitos. Isso sem falar nos 1.059 deputados estaduais e nos 59.500 vereadores. São eles que também precisam fiscalizar os governos estaduais e municipais e propor projetos que resultem em melhorias para os cidadãos. Acrescente-se, ainda, a esta conta, os 513 deputados federais e os 81 senadores. Assim, fica mais fácil entender o tamanho do problema, que é dar qualidade à gestão pública e impedir que interesses privados se apropriem dos recursos comuns, enriquecendo poucos e deixando migalhas à maioria.

    Há, portanto, que dividir o fardo. Até mesmo com os simples cidadãos e cidadãs, sem cargos, que podem exercer com zelo e competência uma profissão, pagar os impostos devidos e educar os filhos com valores éticos. A responsabilidade aumenta quando alguém ocupa cargo relevante, seja em entidade privada, pública ou associações patronais e de trabalhadores. O grau de responsabilidade difere, mas ninguém pode reivindicar apenas os bônus.

    Virou um bordão dizer “eu pago imposto”, para exigir serviço público de qualidade. O que é justo. Na crítica aos impostos, a mídia raramente informa quem é o principal agente arrecadador. Há casos, por exemplo, em que o ICMS (um imposto estadual) é o que mais incide sobre determinado produto.

    A corrupção e a ineficiência são, certamente, problemas crônicos da sociedade brasileira, mas não apenas de um determinado segmento. Não podemos esquecer que muitos dos que se declaram revoltados com o baixo retorno dos impostos na verdade sequer pagam o que devem. Cálculos do Sindicato dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) indicaram que em 2013 o país deixou de arrecadar cerca de R$ 415 bilhões por conta da sonegação de impostos. É quase a metade do que o país arrecada por ano. E é quatro vezes maior do que o orçamento da educação nacional, que cresceu mais de 205% na última década.

    O estudo revela, ainda, que a carga tributária poderia ser reduzida em 30%, mantendo o valor atual da arrecadação, caso não houvesse sonegação. E se fosse somada ao que hoje já se arrecada, quanto mais poderia ser feito na saúde, na educação e na segurança pública? É simplório demais atribuir a um governo ou a um dos Três Poderes a culpa por séculos de interesses particulares que fizeram do país um dos campeões mundiais da desigualdade e da exclusão social. É preciso uma divisão mais honesta das responsabilidades. No mundo globalizado de hoje, há também um enorme poder das grandes empresas e conglomerados multinacionais sobre a gestão pública.

    O Brasil é o único país do mundo com uma rede de saúde gratuita e aberta a toda a população. E é a única alternativa para 130 milhões de brasileiros que não têm plano de saúde. Mesmo aqueles que têm planos particulares acabam por se beneficiar do sistema público, seja em cirurgias, atendimento de emergência, campanhas de vacinação ou ações da vigilância sanitária. Boa parte dos problemas existentes na saúde deve-se, principalmente, ao orçamento ainda insuficiente e à má gestão do sistema. Um problema que não compete apenas ao governo federal. O artigo 195 da Constituição diz que a seguridade social “será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”, além de contribuições sociais. União, Estados e Municípios precisam fazer cada um a sua parte para gerir bem os recursos, venham eles de onde vierem. E a sociedade precisa apoiar as ações que pretendem destinar mais recursos ao setor. Porque a conta precisa fechar e milagres são raros.

    Fosse apenas isso, já seria muito. Mas o desafio é ainda maior quando se sabe que há segmentos que atuam de várias maneiras para impedir uma boa gestão pública. Por exemplo, quando pressionam para que recursos públicos sejam destinados a projetos da iniciativa privada que, em muitos casos, trazem pouco retorno à sociedade e favorecem os setores em melhor situação econômica. São esses setores, geralmente, aqueles que mais criticam os governos, quando estes destinam boa soma de recursos para políticas sociais de largo alcance e que amparam os mais pobres. O Bolsa-Família, elogiado pela ONU e ganhador de vários prêmios internacionais como exemplo de combate à miséria, tem sido atacado sem trégua nos meios de comunicação do país. Pequenos erros ou fraudes – insignificantes no contexto geral – são transformados em justificativa para pesadas críticas, disfarçadas de boas intenções. Há os que dizem, “é bom, mas não resolve”, ou “é um projeto eleitoreiro”. Outros, mais contundentes, afirmam que “é esmola” ou “estímulo à vadiagem”. Nenhum projeto social é solução para tudo. É a somatória de vários deles que poderá proporcionar perspectivas melhores e dar mais autonomia a milhões de brasileiros.

    Para isso, é preciso que o dinheiro público seja investido primordialmente em políticas que diminuam a injusta desigualdade social. E que os mais ricos paguem mais impostos, proporcionais a seus ganhos. Por que o automóvel da classe média paga imposto e lanchas, iates, jatos e helicópteros da classe rica são isentos? Órgãos públicos são, às vezes, reféns de forças políticas e econômicas que preferem sucateá-los, de olho nos ganhos privados. Quanto pior o ensino público, mais brasileiros vão tentar pagar uma escola particular. Quanto pior estiverem os hospitais e postos de saúde da rede pública, mais facilmente se venderão os planos privados de saúde. O que nem sempre significa mais qualidade. Os bancos, as operadoras de telefonia celular e os planos privados de saúde são campeões de reclamações nos Procons. A penitenciária de Pedrinhas, no Maranhão, palco recente de horrores, é administrada pela iniciativa privada.

    Até mesmo a segurança pública, quando ineficaz e negligenciada pelos governos, põe a roda da fortuna a girar para os empresários do ramo, que enchem os bolsos vendendo produtos para aumentar a segurança dos cidadãos e de suas famílias. Os vigilantes privados já são mais numerosos do que o efetivo de policiais militares e somam 35% a mais do que o total de homens das Forças Armadas. O fenômeno do crescimento da criminalidade urbana não é apenas brasileiro e tem se acentuado desde o final dos anos 70. Segundo estudo da ONU, o setor de segurança privada já emprega cerca de 20 milhões de pessoas. O número é quase o dobro da quantidade de policiais em atividade no planeta. Quem ganha muito dinheiro com a violência urbana talvez tenha menos estímulo em lutar pela paz social.

    Há muito mais interesses econômicos e políticos em jogo do que supõe a vã ingenuidade dos que acreditam que o caos e a ineficiência devem-se apenas à incompetência de quem exerce o poder. Em muitos casos, a inoperância é habilmente construída para favorecer e enriquecer minorias. Por exemplo, quando os setores público e privado se unem para roubar o dinheiro que deveria ser investido para melhorar a nação. Licitações viciadas para o “amigo do amigo”, parentes, correligionários – entre outros – drenam para poucos um dinheiro que deveria servir a muitos. Outra forma de dilapidar o patrimônio público são as concessões à iniciativa privada daquele tipo “bem camarada” e sem nenhuma fiscalização sobre o cumprimento do contrato. Nem todos agem assim, mas os exemplos são muito frequentes, de norte a sul do país.

    Enfim, seria ótimo se os problemas mais graves do país pudessem ser resolvidos apenas por um presidente, um governador, um prefeito, um partido político, um parlamentar, um membro do Judiciário, uma federação empresarial ou uma central de trabalhadores. O problema é geral, com as exceções de praxe daqueles que, apesar de tudo, continuam impregnados de espírito público e trabalham para dar mais oportunidades a toda a população. Porque a cultura do “toma-lá-dá-cá” e das negociatas em todas as esferas de poder é visível em todo o país. E boa parte daqueles que mais têm pressiona para ganhar novas benesses. Para os mais pobres e desorganizados, sobram migalhas e sofrimento, muito preconceito e discriminação. Para sair desse impasse, cabe ao cidadão e à cidadã, ao eleitor e à eleitora, compreender que numa República Federativa as responsabilidades precisam ser divididas. E cobrar do vereador, do deputado, do senador, do prefeito, do governador e de quem estiver na presidência aquilo que é da sua responsabilidade – exclusiva ou compartilhada. Sem esquecer das entidades de classe, ONGs, partidos políticos, movimentos sociais, todos, enfim, que compõem a sociedade precisam assumir para si, de acordo com as suas possibilidades e potencialidades, a construção de uma sociedade mais justa e solidária. É importante não dar apoio a políticas excludentes ou se omitir diante da opressão.

    Eleger bodes expiatórios é, invariavelmente, contornar os problemas e nunca encará-los na sua enorme complexidade. É esperar que nos deem o que precisa ser conquistado. É atribuir constantemente ao outro a tarefa que a todos cabe. É ser egoísta, cruel e perverso diante do sofrimento alheio. É não dividir os recursos, com preferência aos mais necessitados. É não assumir a tarefa de ser parte da solução.

    * * * * * *

    Celso Vicenzi, jornalista, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, com atuação em rádio, TV, jornal, revista e assessoria de imprensa. Prêmio Esso de Ciência e Tecnologia. Autor de “Gol é Orgasmo”, com ilustrações de Paulo Caruso, editora Unisul. Escreve humor no tuíter @celso_vicenzi. “Tantos anos como autodidata me transformaram nisso que hoje sou: um autoignorante!”. Mantém no NR a coluna Letras e Caracteres. Ilustração de Marcelo Martins Ferreira, design e músico, especial para o texto

  24. Ganância, Carga Tributária, Custo Brasil e Lucro Brasil

    Nassif, algo que ainda não vi aqui no blog e que merece atenção especial de sua parte, bem como uma coluna econômica são as páginas que denunciam o surrealismo dos preços praticados no comércio das grandes cidades. O Rio foi o primeiro com o Rio $urreal – Não pague!, Depois vieram Sampa, BH, Brasilia e acredito que mais virão! Pois esse fenômeno não se restringe ao Rio, acredito que seja no Brasil inteiro. Estava morando no Rio até maio do ano passado, e o que está acontecendo no Rio já não é mais surreal, já passa da falta de vergonha na cara mesmo. Primeiro perderam o bom senso do preço das coisas, agora perderam a vergonha de vez! Tem muqueca de peixe para duas pessoas por mais de R$ 200,00, pastel de siri por R$ 38,00, bolinho de bacalhau, bolinho, o pequenininho mesmo, por mais de R$ 9,00 e por aí vai, e antes que alguém pense que esses preços se referem a estabelecimentos de luxo, não, não é. Acho que isso merece sua atenção! A Carta Capital já fez uma materia que acho que seria bom para os leitores do blog!

    Alex

     

     

    Rio de Janeiro

    Ah, meu Rio $urreal

    Salvador Dalí reina na moeda que circula na cidadepor Edgard Catoira — publicado 27/01/2014 13:14, última modificação 27/01/2014 15:14      Dali.jpg 

    Tudo no Rio, a meu ver, sempre foi surreal, no ótimo sentido do estilo: o cenário deslumbrante da cidade, o caminhar das garotas na praia, a alegria dos botequins, e por aí vai.

    Do ponto de vista negativo, os tempos trouxeram o tráfico invariavelmente truculento, balas perdidas, violência em qualquer lugar, além de políticos corruptos que fazem obras monumentais de acordo com as verbas que têm para gastar e encher os bolsos – deles e das empreiteiras amigas – deputados, e vereadores que também levam algum aprovando o que o Executivo propõe. E o povo que se ferre também com os conchavos entre poder público e privado, como o setor do transporte público. Um caos!

    Neste momento, a fase é de grandes lucros para a classe política, graças aos grandes eventos internacionais que o Rio vem abrigando. Só que com o exemplo emanado pelos dirigentes da cidade, o comércio e os serviços também resolveram levar uma grana extra. Um maço de cigarros, tabelado em 6,25 reais, num quiosque do calçadão da Avenida Atlântica, custa 10 reais. O coco já está custando a bagatela de 6 reais. Bares e restaurantes, e não estou me referindo aos tradicionalmente caros e luxuosos, mas daqueles que sempre frequentamos, estão com cardápios proibitivos.

    O carioca, claro, criou nome para essa nova moeda local – $urreal.

    De acordo com minha pesquisa pessoal, só as lojas de roupas não estão usando a nova moeda. Aliás, para refazer o caixa, estão em liquidação em pleno verão.

    Mas não podemos esquecer que os turistas estão chegando e têm que desembolsar seus $urreais em acomodações: as diárias dos hotéis estão com preço na estratosfera. Apartamentos ou quartos, para os menos exigentes, estão em aluguéis, incluindo aqui os imóveis de favelas. O $urreal não está explorando o turismo, está explorando o turista.

    Claro que quem frequenta habitualmente as praias está levando suas garrafinhas de água, latinhas de cerveja e cangas para se acomodarem na areia, já que até as cadeiras oferecidas pelas barracas de praia estão também com preços proibitivos.

    Todos estão mais espertos, tentando pagar ainda com o Real.

    No Facebook, a página criada pelas jornalistas Daniela Name e Andréa Cals, com layout do designer Flávio Soare, a “Rio $urreal – não pague” está fazendo grande sucesso! “Se Vira no Rio”, “Não pago preço absurdo” e “Boicote Rio” são postagens que chamam a atenção de como está a revolta geral contra os preços. Também fazem sucesso nas redes sociais as notas do $urreal, criadas pela designer Patrícia Kalil. Elas são semelhantes às do Real onde, no lugar das garças e garoupas da moeda oficial, fica a imagem do pintor surrealista Salvador Dalí.

    As dicas postadas na rede social Rio $urreal, em forma de piada ou de bronca, estão repercutindo muito bem e já fazem os fornecedores reverem seus preços. Um exemplo é o coco, que já pode ser pago em Real, apesar de ainda caros R$ 5,00.

    Quando contei ao jornalista – e crítico amigo – Murilo Rocha que eu não paguei 10 $urreais num quiosque por um maço de cigarros, mas o tabelado do outro lado da Avenida Atlântica, ele, divertido, me mandou seu divertido conselho:

    “Antes de reclamar dos preços nos órgãos de defesa do consumidor, lembre-se do mais importante: você mesmo. Não dá tanto trabalho, basta, ao entrar na, digamos, casa de pasto, ao consultar o cardápio, faça-o da direita para a esquerda. Ou seja, veja primeiro a coluna que interessa, que é a dos preços. Então, basta ligar o nome à pessoa, e, em caso de decepção, levantar-se e cair fora, sem constrangimentos. Se o garçom fizer a gentileza de perguntar o porquê da saída extemporânea, não perca a oportunidade: Sofro de vertigens e me senti mal quando olhei os preços”.

    E Murilo Rocha continua, lembrando que virou moda falar do Custo Brasil, o peso que a absurda carga tributária e os encargos em geral colocam sobre os preços. Verdade, mas há, também, o Custo Ganância, instrumento que o comerciante utiliza frequentemente, com base na filosofia dele mesmo, de que talvez não haja amanhã neste mundo. Afinal, nunca tivemos terremotos devastadores nem tsunamis de arrasar tudo, mas… nunca se sabe, não é? E o Brasil, como país exótico que é, onde as leis de economia já nascem caducas, sempre teve por regra contrariar o princípio do comércio que manda ganhar pouco sobre muito. Nossos comerciantes querem mesmo é ganhar muito sobre pouco. Como se não houvesse amanhã…

    Mudando os hábitos, quando ouvir: ‘Meu bem, onde nós NÃO vamos comer hoje?’. Saiba que essa é para quem curte o luxo e o requinte de comer em corredor de shopping.

    Faço minhas as palavras de Murilo Rocha. E lanço meu grito de ordem – “Abaixo o $urreal”

     

  25. The Huffington Post no Brasil

    Olá. Estou no Brasil para o lançamento do Brasil Post, em parceria com o Grupo Abril, uma das empresas de mídia mais importantes da América Latina. A Abril vem contando a história do Brasil há mais de meio século nas páginas de revistas icônicas como VEJA, Claudia e Exame e em seu crescente portfólio de produtos online. Estamos satisfeitíssimos em receber na família HuffPost o Brasil Post — a primeira edição sul-americana do The Huffington Post, que nos situa em nosso quinto continente — e a fabulosa equipe da Abril.

    Os brasileiros são sociáveis por natureza, na rede e fora dela, fato que faz do Brasil o lugar perfeito para o Huffington Post ampliar sua plataforma, que tem tudo a ver com iniciar conversas e promover engajamentos. Com seus mais de 100 milhões de internautas — número que faz dele o quinto maior público do mundo — e com 50 milhões desmartphones, o Brasil é um país tão hiperconectado quanto qualquer outro no mundo. É hoje o terceiro maior mercado do mundo para o Facebook e o quinto maior para o Twitter. Em um país tão grande e diversificado quanto é o Brasil, o Brasil Post vai receber suas muitas vozes — políticos, empresários e acadêmicos, lado a lado com estudantes, ativistas e artistas — sem hierarquias e será um portal onde todos os brasileiros poderão vir para compartilhar suas paixões ou simplesmente postar o que já estão escrevendo em seus próprios blogs, como canal de distribuição adicional.

    Meu primeiro encontro com a equipe da Abril se deu há pouco mais de dois anos, em setembro de 2011, quando Roberto Civita, então presidente e CEO do Grupo Abril, convidou a mim e a Nicholas Sabloff, nosso editor-executivo internacional, para almoçar na sede do grupo, com Fabio Barbosa, que estava prestes a se tornar o CEO da Abril Mídia, e Manoel Lemos, o diretor executivo digital da empresa. Foi um daqueles momentos em que tudo se encaixa: nos sentimos totalmente atraídos pela hospitalidade de nossos anfitriões, seu humor e sua paixão por utilizar todas as ferramentas à sua disposição para contar a história do Brasil e seu povo.

    Alguns meses depois, Roberto, Fabio e Manoel nos visitaram em Nova York e me convenceram mais que nunca que a Abril seria a parceira perfeita para o HuffPost no Brasil. Nosso lançamento hoje carrega um toque de tristeza, porque em maio passado Roberto morreu inesperadamente de aneurisma abdominal. Apenas dois meses antes disso, nosso CEO, Jimmy Maymann, e eu tínhamos almoçado com ele em Nova York, altamente estimulados pelo fato de tudo ter sido resolvido, e ansiosos por celebrar o lançamento juntos em São Paulo. Quando jovem, Roberto tinha dito a seu pai, Victor, o fundador da Abril, que queria abrir uma revista semanal na tradição da TIME — onde tinha trabalhado como estagiário –, e por mais de meio século ele moldou a mídia brasileira, publicando tanto revistas originais quanto as edições brasileiras da Cosmopolitan, InStyle, Men’s Health, Women’s Health e Playboy e lançando a MTV Brasil e o site MdeMulher, imensamente popular. A presença da esposa de Roberto, Maria, e seus filhos, Giancarlo e Victor, no lançamento significa muito para mim.

    Assim, hoje a Abril e o HuffPost celebram sua união, e o namoro longo (pelos padrões de hoje) que a precedeu torna a consumação desse romance ainda mais instigante. Sou muito grata a Fabio, que esteve conosco desde o início e que tem dado tanto apoio à parceria. Aprendi muito com Fabio e Manoel nesta jornada que começou em um almoço em 2011 e que culmina hoje com este lançamento. Juntamente com Ricardo Anderáos, nosso diretor editorial, e Otávio Dias, nosso editor-chefe, eles contribuem com um conhecimento profundo do Brasil e seu povo, e eu aprendi muito com eles.

    O Brasil em 2014 é um país que ao mesmo tempo enfrenta grandes desafios e transborda oportunidades. Em contraste dramático com o que está acontecendo nos Estados Unidos,cerca de 40 milhões de pessoas no Brasil passaram da pobreza para a classe média nos últimos dez anos, alimentando um senso palpável de que as coisas estão melhorando. Como diz Otávio Dias, o editor-chefe do Brasil Post: “Em menos de 25 anos o Brasil estabilizou sua economia, promoveu uma redução grande da desigualdade e gerou milhões de empregos, dando lugar a uma nova classe média. Não é uma conquista de um governo ou presidente específicos, mas fruto da democracia e de uma sociedade mais madura.”

    Contudo, ainda restam muitos desafios, desde o desemprego e a desigualdade graves até a corrupção, a qualidade do ensino e a infraestrutura brasileira.

    Na semana passada em Davos, e em conjunto com um grupinho de jornalistas do Conselho Internacional de Mídia, tive um encontro com Dilma Rousseff, a primeira presidenta do Brasil, após o discurso que ela fez numa sessão especial. Aproveitando um dos grandes temas do Fórum Econômico Mundial deste ano, ela nos disse que existe grande necessidade de os investidores olharem mais além do curto prazo e focarem sobre as tendências econômicas e os desenvolvimentos de longo prazo do Brasil.

    Ela falou dos recursos naturais abundantes do país, que geram grandes oportunidades de desenvolvimento sustentável, e da melhoria da qualidade de vida dos brasileiros, dizendo: “Vamos transformar um recurso finito, o petróleo, em um recurso duradouro: uma população educada”. E, nas carências de infraestrutura do país — rodovias, ferrovias, portos e sistemas de saneamento que precisam ser modernizados –, Dilma enxerga uma oportunidade do tipo “ganhar ou ganhar” para brasileiros e investidores estrangeiros, sob a forma da parcerias público-privadas.

    Quando perguntei a ela sobre o alto índice de desemprego juvenil no país (está em torno de 20%), ela focou na necessidade de melhorar as oportunidades educacionais e nos avanços que o Brasil teve nos últimos dez anos, tirando 42 milhões de pessoas da pobreza para a classe média, e elevando a renda per capita em 78%. Em resposta a uma pergunta que partiu da premissa de que ela ganhará a eleição de dezembro, Dilma riu: “Ninguém pode prever o que vai acontecer na cabeça de um juiz, no útero de uma mulher ou numa urna”. Então ela se corrigiu rapidamente: “Bem, hoje, graças à ciência moderna, é possível saber o sexo de um bebê, mas ainda não há como saber as outras duas coisas!”

    Todas essas questões serão fundamentais para as conversas que vão levar às eleições gerais de outubro, para a escolha do presidente, Congresso, governadores e Legislativos estaduais. E a Copa do Mundo, que o Brasil vai sediar em junho, vai não apenas celebrar a grande tradição esportiva do país — e trazer a Copa para a América Latina pela primeira vez desde quando aconteceu na Argentina, em 1978 — mas também lançar luz sobre a realidade brasileira de tela dupla, sobre seus desafios e seu potencial.

    E o Brasil Post vai cobrir tudo isso. Por meio de um misto de reportagens originais e a abertura de nossa plataforma de blogs para vozes tanto novas quanto conhecidas, vamos não apenas contar as histórias das notícias e dos fatos que moldam o Brasil, mas também captar o espírito de seu povo. Com o lançamento de novas edições internacionais — o Brasil é o décimo país em que estamos presentes –, descobrimos quão ansiosos estão nossos leitores em todo o mundo para saber sobre as vidas e tradições das populações de outros países. Assim, vamos dar destaque não apenas à vida política e empresarial do Brasil, mas também aos modos em que os brasileiros se desligam da tomada e se recarregam, inclusive a dinâmica noite brasileira e a tradição dos botecos onde as pessoas se reúnem para drinques, tira-gostos, bate-papo e música. E, é claro, vamos cobrir a paixão dos brasileiros pelo futebol, além da cultura de praia que colore muitas comunidades litorâneas deste país.

    Além de suas publicações, a Abril administra a Fundação Victor Civita, que desde 1985 ajuda a melhorar o ensino básico em todo o país. Um aspecto central de nossa cobertura será o destaque ao que está funcionando no Brasil, incluindo o setor privado e iniciativas filantrópicas. Nossa parceria posiciona o Brasil Post para reunir o melhor do velho e o melhor do novo para contar as histórias que são mais importantes no Brasil — e, o que é igualmente importante, ajudar os brasileiros a contarem as histórias, eles próprios.

    E agora falarei um pouco mais sobre nossa equipe. Nosso diretor editorial, Ricardo Anderáos, foi diretor de mídias sociais do Grupo Abril e trabalhou como repórter e editor de vários veículos brasileiros, incluindo o Estadão.com.br, onde foi editor-chefe, e a MTV Brasil, onde foi chefe do setor digital. Ele e eu nos identificamos não apenas por compartilharmos uma visão de nossas prioridades editoriais, mas devido ao estilo de vida dele, típico do Outra Medida. Com sua mulher e três filhos, ele vive em Ilhabela e trabalha no escritório em São Paulo. Na ilha, ele medita na tradição tibetana Nyingma e alimenta sua paixão pelo meio ambiente, cuidando de um viveiro de árvores nativas da Mata Atlântica, a floresta tropical mais ameaçada do Brasil.

    O editor-chefe do Brasil Post, Otávio Dias, já trabalhou em alguns dos jornais e sites mais influentes do Brasil. Durante 12 anos na Folha de S. Paulo, foi correspondente em Londres e editor-adjunto do caderno Mundo do jornal; no Estado de S. Paulo, foi editor de Tecnologia e editor do site do jornal. Ele gosta de cantar e fazer ioga.

    Estamos lançando o site com posts de blogs do deputado Marcelo Freixo, sobre os problemas do sistema carcerário brasileiro; do renomado jornalista Gilberto Dimenstein sobre a prática do jornalismo na era das novas mídias; do cartunista Laerte, com uma história em quadrinhos sobre como é a sensação de virar gente grande; da feminista e empreendedoraBianca Santana sobre a experiência de usar turbante em seu cotidiano; e da jornalistaRenata Rangel, falando sobre como sua decisão de se mudar da cidade para o campo foi influenciada por valores Outra Medida.

    Então, seja bem-vindo ao Brasil Post. Como sempre, use a seção de comentários para nos dizer o que você pensa.

     

    http://www.brasilpost.com.br/arianna-huffington/boasvindas-apresentando-o_b_4676219.html?utm_hp_ref=brazil

  26. black blocs e a cia

    Deu no Cafezinho:

    http://www.ocafezinho.com/2014/01/28/paranoia-cia-financiou-black-blocs-na-libia-siria-e-agora-ucrania/

    Paranoia? CIA financiou black blocs na Líbia, Síria e agora Ucrânia

    Enviado por  on 28/01/2014 – 1:32 am60 comentários

    Amigos, eu odeio teorias de conspiração. Assim como odeio fantasmas e bruxas. Mas é como diz o velho ditado espanhol, no creo en brujas, mas que los hay, los hay. Não posso deixar de publicar o texto abaixo, do persistente e valoroso blog do Castor Filho. Paranoia ou não, temos de ficar de olhos abertos. Os EUA deram tantos golpes no passado, incluindo o Brasil, e o fizeram de tantas maneiras diferentes, que não temos mais o direito de ser bobos.

    Líbia, Síria e agora Ucrânia – Revolução Colorida à força

    No blog  Moon of Alabama, 27/1/2014

    “Libya, Syria And Now Ukraine – Color Revolution By Force”

    No blog Castorphoto. Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

    arabspring-ukraine

    Roupas usadas pelos “Black bloc” e recomendadas por organização financiada pela CIA. (Clique na imagem para aumentar)

    As mesmas forças que instigaram manifestações em 2011 na Síria agora instigam as mesmas manifestações na Ucrânia. Isso, pelo menos, o que se conclui do fato de que os mesmos impressos e desenhos são usados para treinar manifestantes “decididos”, dispostos a enfrentar tudo e todos.

    Que outra explicação haveria para os dois panfletos que se veem na imagem aqui incluída, um escrito em árabe, o outro em letras cirílicas?

    As manifestações e a ocupação de prédios do governo, ações nos dois casos ilegais, são igualmente brutais; como são ilegais e brutais os ataques criminosos contra policiais e outras forças do estado. Na Síria, a parte “muscular” da violência ficou a cargo de jihadistas pagos por interessados estrangeiros; na Ucrânia, foram usadas gangues de neonazistas.

    As manifestações e os ataques contra o estado ucraniano são planejados e andam juntos. Nada há de “pacífico” nas manifestações de rua em Kiev.

    As manifestações de rua são só fachada, espécie de ação de Relações Públicas, para encobrir o ataque contra o estado ucraniano. E políticos e agentes da empresa-imprensa imediatamente se puseram a manifestar “preocupações” e a ver “grave ameaça” nas respostas absolutamente legais e normais que o estado ucraniano deu àquelas manifestações nada pacíficas. Lixo e mais lixo: tudo está sendo feito para mascarar o apoio ocidental aos manifestantes nacionalistas neonazistas e para gerar cada vez mais violência.

    Neonazistas ucranianos paramentados conforme recomendado pela CIA aos "Black bloc"

    Neonazistas ucranianos paramentados conforme recomendado pela CIA aos “Black bloc”

    O objetivo é “mudança de regime”: mudar regimes de governos legítimos, por regimes de governos de alguns pequenos grupos. No caso de o regime legítimo resistir, o “plano B” é destruir o estado e toda a sociedade. Sobre isso, ninguém manifesta “preocupação” alguma, nem ninguém vê aí qualquer “grave ameaça”.

    Vários veículos da imprensa-empresa alemã repetiram hoje essa mesma conversa sobre “manifestações pacíficas”, e nem uma palavra sobre os policiais que, em Kiev, estão sendo agredidos com coquetéis Molotov.

    O que está acontecendo é absolutamente claro, e a imprensa-empresa faz o mesmo jogo dos políticos, dos militares e dos serviços secretos que estão agindo por trás dessas “revoluções”.

    As velhas “revoluções coloridas” já se tornaram óbvias demais, e o modelo perdeu a serventia. O conceito então foi expandido: passou a usar amplamente a força, com mercenários armados e apoio externo para esses mercenários, com armas, munição, treinamento e outros meios.

    Depois da Líbia, onde forças gadaffistas ainda resistem, a Síria foi destruída e, agora, o alvo é a Ucrânia. Provavelmente há listas de outros países a serem atacados por esses mesmos meios e planos. O que está realmente por trás das manifestações do parque-Gezi na Turquia? E por trás dos protestos em Bangkok? Há potências estrangeiras também por trás desses protestos? Ou não passam de macaqueação, por grupos locais, do que aprendem pela televisão e jornais? E onde entra o Egito, nisso tudo?

    E qual a melhor defesa legítima que um governo pode construir para resistir?

    E como devem os governos reagir contra esse tipo de ataque-intervenção?

     

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