Clipping do dia

As matérias para serem lidas e comentadas.

Redação

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  1. É na fraqueza alheia que o covarde usa seu punhal. A próxima é a

    Tijolaço

    É na fraqueza alheia que o covarde usa seu punhal. A próxima é a prisão de Lula

     

    punhal

    Assim como a coragem de um homem não é determinada apenas pelo que faz, mas pelo momento em que o faz, também é assim que se lhe mede a covardia e o prevalecimento.

    Rodrigo Janot, que é senhor dos dias, semanas, meses e até, como no caso de Aécio Neves, anos que leva a apresentar ao STF seus pedidos de investigação, escolheu estes dias, em que – na prática, ainda que não na teoria – se julga o afastamento da presidente Dilma Rousseff, tecnicamente por um “crime” que, além de incrível” nada tem a ver com corrupção, Petrobras ou eleição, para enviar ao STF o “listão” que junta gatunos àqueles que teriam “o domínio do fato”, isto é, sem o conhecimento dos quais as falcatruas não poderiam ter ocorrido.

    E nesta, omissiva e covardemente, suprime o nome de Dilma, que guarda para incluir dentro de uns dez ou doze dias, quando ela estiver afastada da presidência, o que não tem o menor sentido técnico, pois era ela a presidente do Conselho de Administração da empresa.

    Justamente para não contaminar uma coisa com outra, até porque são casos que se arrastam há meses, porque não espera. Porque, na Justiça brasileira, esperar ou não esperar virou parte do jogo político. O STF espera há quatro meses para decidir se afasta Cunha porque desejou dar a ele poder para derrubar Dilma. Rodrigo Janot não espera justamente pelo mesmo: para enterrá-la.

    Janot sabe que, fazendo isso, fornece cal para a pá da mídia não apenas acabar com qualquer esperança de que se pudesse ter uma decisão equilibrada no Senado como, também, que ajuda a reduzir a onda de indignação nacional que se seguirá.

    Interfere, assim, num julgamento e no desfecho de uma crise político-institucional com uma ação que, do ponto de vista legal – sem sequer discutir seu mérito ou demérito- nada tem juridicamente a ver com ela.

    Oportunista é palavra fraca demais para definir tal gesto.

    Sórdido e covarde são palavras que  vestem melhor este comportamento.

    Engana-se quem acha que a tomada do poder será incruenta e voltará a fluir o jogo de “vossa excelência prá lá. data vênia pra cá”.

    Vai acontecer uma guerra de extermínio, onde o “republicanismo” do Governo Dilma, tratando as instituições como se fossem dignas de respeito e zelosas de seu equilíbrio parecerá, na melhor e mais gentil da hipóteses, como ingenuidade infantil.

    Fernando Henrique Cardoso não foi para o inferno por ter imposto o engavetador Brindeiro na PGR. Ao contrário, escapou dele.

    Na semana seguinte à deposição de Dilma será Lula preso, não duvidem.

    É bom que se diga isso ao povo.

    Para que o povo entenda que prender o Lula é peça fundamental para tudo o que vão lhe fazer em matéria de arrocho, de maldade, de saque a seus direitos.

    Não quer dizer que não tenham existido falcatruas, mas falcatruas sempre existiram e qualquer um que, como eu, já as veja há mais de meio século, nunca vieram ao caso, menos ainda a este ponto, mesmo quando todas aquelas excelências já eram juízes e promotores. Procure um político punido por Sérgio Moro no imenso desvio do Banestado e confira se não é assim.

    Mas desta vez é preciso levar as coisas até aí, porque é preciso preparar o genocídio trabalhista e social que virá por aí…

    http://www.tijolaco.com.br/blog/e-na-fraqueza-alheia-que-o-covarde-usa-seu-punhal-proxima-e-prisao-de-lula/

  2. Janot, se você é valente, denuncie a si mesmo

    Tijolaço

    Janot, se você é valente, denuncie a si mesmo

     

    falso

    Senhor Rodrigo Janot. fico sabendo que o senhor nem esperou e denunciou Dilma Rousseff e Lula por obstrução à Justiça por ela tê-lo indicado ministro no que seria  uma obstrução à Justiça no caso da Lava Jato.

    Corrijo, pois, meu ingênuo post em que achava que o senhor esperaria dez ou doze dias para salvar-lhe as aparências.

    Não há mais aparências a salvar: o senhor é tão golpista quanto Eduardo Cunha.

    Faço uma sugestão, se é o “disse me disse” que orienta sua decisão, uma vez que não havia nenhum pedido de prisão pendente sobre Lula, na ocasião.

    Denuncie a si mesmo.

    Porque não faltou quem dissesse que sua recondução ao comando da PGR era para isso: abafar a Lava Jato.

    Afinal, na lógica doentia de seu pensamento se indica alguém para algum lugar para que essa pessoa desempenhe um papel sujo, não legpítimo.

    Indicar Janot para a PGR seria, claro, para conter a Lava Jato, não para garantir o equilíbrio na ação do MP.

    Aliás, nada, porque a turma de Curitiba não lhe tem o menor respeito. Faz tempo que tomaram o freio nos dentes e é o senhor que se adapta ao que vem de lá, agindo espertamente para ficar-lhes como se à crista estivesse.

    Pior, Janot.

    Você vai ver seus meninos se soltarem como as SS, buscando reprimir todos os que denunciem a tomada o Estado por um organismo que um de seus criadores, Sepúlveda Pertence, percebeu ser um monstro.

    Entramos na fase repressiva do golpe. Primeiro serão as prisões dos que ousam se opor a vocês.

    Todos, exceto os que estarão no poder e com os quais vocês negociarão o que vem e  o que não vem ao caso.

    http://www.tijolaco.com.br/blog/janot-se-voce-e-valente-denuncie-si-mesmo/

  3. Janot, o cínico. Histórinha de Aécio era cobertura para os alvos

    Tijolaço

    Janot, o cínico. Histórinha de Aécio era cobertura para os alvos reais: Lula e Dilma

     

    aoeirajanot2

    Desde ontem, este blog está cantando a óbvia pedra.

    O anúncio, feito por Rodrigo Janot, de que pedia uma investigação sobre Aécio Neves, é so uma cobertura (supostamente moral) para aquilo que era seu objetivo, finalmente exposto: abrir uma investigação sobre Dilma Rousseff e Luís Inácio Lula da Silva no Supremo Tribunal Federal.

    Agora, pensam eles, está coberto um dos mais escandalosos furos do golpe: a derrubada de uma presidente que sequer era objeto de uma investigação.

    E é claro que já está adrede combinada a aceitação do pedido.

    Afinal, como ficam os vetustos senhores da Procuradoria e os vetustos ministros do Supremo assistindo, impávidos, o ladrão Eduardo Cunha e uma chusma de acusados que preenchem da primeira à última página do Código Penal derrubarem quem nem mesmo tinha qualquer acusação?

    O o que será usado? Uma gravação, visivelmente fruto de uma armadilha, onde um rato desclassificado como Delcídio Amaral se viu aprisionado e que fio levado a construir com acusações a uma república e meia a chave para livrar-se.

    Quem sabe até, como Cunha, consiga manter o mandato de senador. Nada mais me surpreende no Brasil.

    Há gente que sabe que terá o beneplácito do governo de usurpação para destroçar, como cães famintos, os apeados do poder que, entre outros erros gravíssimos, os colocaram onde estão.

    Assim, saciados em seus furores, com as mandíbulas manchadas de sangue, poderão vir se sentar, apascentados, aos pés dos seus novos senhores e ouvir o “quieto, junto, sit” sem perder seus ares de mastins.

    A traição, a dissibulação pomposa e a perfídia  são artes praticadas por mais que um temer.

    O povo, sabido, sempre disse: queres conhecer um vilão? Põe-lhe na mão um bastão.

    http://www.tijolaco.com.br/blog/janot-o-cinico-historinha-de-aecio-era-cobertura-para-os-alvos-reais-lula-e-dilma/

  4. Dilma já governa com a rua e resistirá se a rua se organizar

    Carta Maior

    Dilma já governa com a rua e resistirá se a rua se organizar

     

    Hoje a palavra organizar virou sinônimo de resistir; assim como rua se tornou equivalente ao verbo lutar

     

    por: Saul Leblon

     

    Roberto Parizotti/ CUT

     

    A história apertou o passo no país e quem não entender isso será atropelado pela velocidade dos acontecimentos.
     
    Esse é um tempo em que jornais de hoje amanhecem falando de um remoto mundo de ontem; tempo em que a tergiversação colide com a transparência; tempo em que nenhum discurso faz mais sentido dissociado da tríade: ‘rua’, ‘resistência’ e ‘organização’.
     
    As sirenes da história anunciam confrontos intensos no front.
     
    De um lado, os interesses da maioria da população; de outro, a coalizão da escória parlamentar com o rentismo e a classe média fascista.

    No arremate desse enredo a mídia insufla a venezuelanização do Brasil.
     
    Não é sugestivo do lugar da Folha na história que a edição desta 2ª feira, por exemplo, mostre Paulinho Boca festejado pelo ‘povo’ e Dilma cercada por uma mosca?
     
    Dilma fez no 1º de Maio do Anhangabaú o melhor discurso de sua vida.
     
    Veja a íntegra de sua fala aqui: https://www.facebook.com/jornalistaslivres/posts/363835267073690
     
    Sim, Dilma incendiou um ato que começou morno e sem a presença de Lula. Como explicar essa mutação que passou batida aos petizes da mídia pautados no Anhangabaú para alimentar o golpe –de moscas, se possível—e não para fazer jornalismo?
     
    A explicação está no acirramento de um conflito que Lula, Dilma, o PT e todas as forças progressistas e democráticas resolveram encarar de frente, pelo simples fato de que não fazê-lo seria trair o país, o povo e, sobretudo, a esperança na construção de uma democracia social na oitava maior economia do mundo e principal referência da luta pelo desenvolvimento no ocidente.
     
    Todo o discurso da Presidenta Dilma irradiou esse discernimento de que o seu governo e mais que ele, o projeto que ele expressa só tem futuro se tiver o desassombro de ser defendido na rua.
     
    Foi isso que Dilma fez ao levar seu governo à rua do 1º de Maio e lá anunciar um aumento médio de 9% para o Bolsa Família, ademais de reafirmar a prorrogação do Mais Médicos por três anos, corrigir a tabela do IR e adicionar mais 25 mil contratações à linha do Minha Casa vinculada à autoconstrução.
     
    Dilma afrontou assim o martelete midiático do ‘país aos cacos’ , que lubrifica a sociedade para a resignação diante do arrocho embutido na tese do golpe ‘saneador’.
     
    Dilma fez mais que isso ao acusar a sabotagem paralisante contra o seu governo, por parte dos interesses que, derrotados quatro vezes no jogo democrático, resolveram destruir a urna e pisotear seus escombros para chegar ao poder.
     
    A propaganda do jornalismo embarcado sonega esse traço central da encruzilhada brasileira: a ofensiva golpista não é uma consequência da crise; ela é a crise em ponto de fusão.
     
    Em outras palavras, ao contrário do que solfejam os violinistasdo golpe, não existe uma ‘macroeconomia responsável’ (a do arrocho) que vai tirar o Brasil da espiral descendente.
     
    O que existe é um acirramento da luta de classes, a exigir uma repactuação política do país e do seu desenvolvimento. Algo que a plutocracia, a mídia, a escória e o fascismo decidiram elidir por meio do golpe e através dele impor a sua agenda à nação.
     
    ‘Eu vou resistir’, disse Dilma ovacionada pela multidão no Anhangabaú que teve o privilégio de participar desse pontapé da resistência de uma Presidenta que passou a governar na rua, pela rua, com a rua.  
     
    Esse é  o requisito para mudar a correlação de forças e destravar as verdadeiras reformas de que a sociedade e o desenvolvimento necessitam.
     
    A saber:  reforma política, para capacitar a democracia a se impor ao mercado; reforma tributária, para buscar a fatia da riqueza sonegada à expansão da infraestrutura e dos serviços; reforma do sistema de comunicação, para permitir o debate plural dos desafios brasileiros –que são poucos, nem se resolvem sem ampla renegociação do desenvolvimento.
     
    Quem rumina desalento diante do gigantismo dessa tarefa menospreza o salto histórico percorrido nos últimos meses.
     
    Há exatamente um ano, um outro comício do dia do trabalhador organizado no mesmo Vale do Anhangabaú foi igualmente desdenhado pelo noticiário –e mesmo por uma parte da esquerda.
     
    Foi tratado como mero evento retórico.
     
    Um ano depois, as ruas do Brasil já não dormem mais.
     
    Um ciclo de grandes mobilizações de massa está em curso no país.
     
    Respira-se a expectativa dos campos de batalha no amanhecer do confronto.
     

    A engrenagem capitalista puro-sangue escoiceia o chão do estábulo. Aguarda os cavalariços do golpe que vem lhe trazer a liberdade para matar.
     
    A chance de que o embate resulte em uma sociedade melhor depende da determinação progressista –acenada no discurso de Dilma– de assumir a rédea das forças xucras do mercado, para finalmente domá-las a favor do povo e da nação brasileira.
     
    O golpe tornou quase inevitável isso que o ciclo do PT sempre adiou em favor de soluções acomodatícias e avanços incrementais.
     
    A natureza ferozmente excludente de sua lógica revela os limites estreitos e  irredutíveis de uma parte da elite brasileira, da qual a mídia se fez porta-voz.
     
    No 1º de Maio do ano passado, Lula –ausente nesse por recomendação médica– lembrou que a primeira universidade brasileira só foi construída em 1920.
     
    Quatro séculos depois do descobrimento.
     
    Em 1507, em contrapartida, 15 anos depois de Colombo chegar à República Dominicana,  Santo Domingo já construía sua primeira universidade.
      

    Tome-se o ritmo de implantação do metrô em São Paulo, em duas décadas de poder tucano.
     

    Compare-se a extensão duas vezes maior da rede mexicana, ou a dianteira expressiva da rede argentina e  da chilena.
     
    O padrão não mudou.

     
    Lula criou 18 universidades em oito anos. A elite levou 420 anos para erguer a primeira e Fernando Henrique Cardoso não fez nenhuma.
     
    Há lógica na assimetria.
     
    Para que serve uma universidade se não faz sentido ter projeto de nação; se a industrialização será aquela que a ALCA rediviva permitir e se o pre-sal deve ser entregue à Chevron?
     
    O que Lula estava querendo dizer ao povo do Anhangabaú, então, tinha muito a ver com algo que agora assume nitidez desconcertante nos ‘planos’ do golpismo.
     
    O desenvolvimento brasileiro não pode depender de uma elite que dispensa ao destino da nação e à sorte do seu desenvolvimento o mesmo descompromisso do colonizador em relação aos povos oprimidos.
     
    Uma elite para a qual a soberania é um atentado ao mercado não reserva qualquer espaço à principal tarefa do desenvolvimento, que é civilizar o mercado para emancipar a sociedade e, portanto, universalizar direitos.

    Reinventar a soberania no Brasil do século XXI, portanto, implica vencer o golpe e seu projeto de terceirização do Estado e do patrimônio nacional aos mercados.
     
    A devastação do mundo do trabalho e a supressão da cidadania social é a lógica que move o golpismo e os homens-abutres que frequentam seu bazar de ministérios.
     
    O que a elite preconiza nos salões onde se negocia o botim é de uma violência inexcedível em regime democrático e muito provavelmente incompatível com ele.
     
    É como se uma gigantesca  engrenagem cuidasse de tomar de volta tudo aquilo que transgrediu os limites de uma democracia tolerada por ser apenas formal, mas que o ciclo iniciado em 2003, com todas as suas limitações, desvirtuou em direção a um resgate social transgressivo para o gosto da elite brasileira.
     
    No lugar disso, o que se pretende instituir agora é um paradigma de eficiência feito de desigualdade ascendente. A Constituição Cidadã de 1988 será retalhada. Programas e políticas sociais destinados a combater a pobreza e a desigualdade de oportunidades serão eviscerados. O que restou da esfera pública, privatizado. A riqueza estratégica do pré-sal e o impulso industrializante contido na exigência de conteúdo nacional serão ofertados no altar dos ditos livres mercados (ou Chevron).
     
    A ambição implica regredir aquém do ciclo de redemocratização que subverteu  o capitalismo selvagemente antissocial da ditadura. Como disse Dilma no 1º de Maio: lutamos hoje para preservar  tudo o que conquistamos com a redemocratização; mas também tudo o fizemos antes para ter a democracia de volta’.
     
    A petulância chega a tal ponto que na véspera deste 1º de Maio, Michel Temer afagou a bancada ruralista com uma promessa obscena:  o golpe revisará todos os decretos de desapropriação de glebas para reforma agrária e demarcações de áreas indígenas assinados por Dilma nos últimos meses.
     
    O confronto é aberto.
     
    Não será vencido só com palavras.
     
    No 1ºde Maio de 2015, o presidente da CUT, Vagner Freitas chamou para a frente do palco dirigentes da Intersindical e da CBT; chamou Gilmar, do MST; chamou Boulos, do MTST, e outros tantos; e através deles convocou quase duas dezenas de organizações presentes.
     
    Vagner apresentou ao Anhangabaú, então, a unidade simbólica da esquerda brasileira, fixada em torno de uma linha vermelha a ser defendida com unhas e dentes: a fronteira dos direitos, contra a direita.
     
    Premonitória, sua iniciativa, já não basta mais para deter uma violência que agora marcha ostensivamente para sua consumação.
     
    A  defesa da agenda progressista hoje implica, ademais da unidade das direções, promover a capilaridade da resistência popular.
     
    Comitês de resistência da vizinhança; comitês de resistência nos locais de trabalho; comitês profissionais e sindicais; comitês de amigos; comitês de mães de alunos; comitês por escola…
     
    Sobretudo, urge dotar essa capilaridade de uma prontidão articulada, exercida  por uma efetiva coordenação da frente progressista nascida no 1º de Maio de 2015.
     
    Hoje para afrontar o golpe; amanhã para vencer uma nova disputa presidencial, essa rede da legalidade é a tarefa inadiável dos dias que correm.
     
    Por uma razão muito forte: sem ela o próximo 1º de Maio talvez encontre o Vale do Anhangabaú cercado por tropas de um golpe vencedor.
     
    O Brasil será aquilo que a rua conseguir que ele seja.
     
    Quando o extraordinário acontece na vida de uma nação é inútil reagir com as ferramentas da rotina.
     
    Hoje a palavra organizar é sinônimo de resistir, assim como o substantivo ‘rua’ tornou-se equivalente ao verbo lutar.
     
    As lideranças populares não podem desperdiçar o significado histórico dessa mutação
     
    As ruas do Brasil já não dormem mais, cabe às lideranças dota-las de sonhos reais.

    http://cartamaior.com.br/?/Editorial/Dilma-ja-governa-com-a-rua-e-resistira-se-a-rua-se-organizar/36059

  5. “As instituições democráticas não estão funcionando”

    Entrevista – James Naylor Green

    “As instituições democráticas não estão funcionando”

    O brasilianista James Naylor Green critica a mídia e o judiciário e analisa: a plutocracia nativa optou pelo retrocessopor Eduardo Graça — publicado 04/05/2016 04p5 Carta CapitalPedro Kirilos/Agência O GloboNaylor-Green

    Green aponta o “caráter gritante” da parcialidade dos meios de comunicação brasileiros

    *De Nova York

    Um dos brasilianistas mais destacados da academia dos Estados Unidos, James Naylor Green, professor de história latino-americana e diretor da Iniciativa Brasil da Universidade Brown, afirma não ter a menor dúvida de que oimpeachment da presidenta Dilma Rousseff é um golpe.

    Um dos mentores de um manifesto crítico ao processo assinado por mais de 2 mil especialistas em estudos da América Latina, Green também não poupa o jornalismo brasileiro: “O papel representado pelos militares nos golpes do século XX foi substituído pela cumplicidade da mídia”. 

    CartaCapital: O recente pronunciamento de Dilma na ONU desagradou a seus apoiadores, que esperavam uma denúncia mais eloquente do que o governo qualifica como golpe. A presidenta errou no tom?

    James Naylor Green: Não. O pronunciamento foi digno e correto. A paranoia, a histeria dos pró-impeachment, ficou nítida no fato de dois deputados da oposição (José Carlos Aleluia e Luiz Lauro Filho) terem sido enviados a Nova York para fazer um contradiscurso, por conta da ideia de que Dilma iria ao exterior para difamar o Brasil.

    O que Michel Temer e Eduardo Cunha precisam entender é que a mídia internacional está a par do que de fato ocorre no Brasil. A manobra institucional para desqualificar Dilma como presidenta está clara.

    CC: A mídia internacional encampou a tese do golpe?

    JNG: Não, a mídia internacional foi além da guerra das narrativas governo versus oposição e entendeu não haver justificativa legal para um impedimento. Abriu-se um abismo entre a cobertura da crise política da mídia estrangeira internacional e aquela da brasileira, que se revelou tendenciosa ao extremo. Os correspondentes internacionais baseados no Brasil, especialmente, demoraram a entender o que de fato ocorria, mas todos chegaram a um ponto em comum, o da real motivação do impeachment, com a exceção de The Economist.

    CC: A The Economist foi a primeira publicação importante da imprensa internacional a pedir a renúncia de Dilma Rousseff…

    JNG: Sim, e aí cabe-se perguntar: onde estava a Economist que não pediu a renúncia de Médici, Geisel ou Figueiredo? A publicação jamais foi crítica da ditadura militar e de forma hipócrita e sem legitimidade alguma exigiu a renúncia de Dilma, no que foi devidamente ecoada pela grande mídia brasileira. De qualquer forma, a farsa da votação de domingo 17 na Câmara dos Deputados esclareceu aos muitos correspondentes baseados no Brasil algo que não parecia, para eles, tão evidente. Acabou a confusão entre escândalos de corrupção e as acusações pelas quais a presidenta está sendo julgada.

    CC: Três ministros do Supremo Tribunal Federal pronunciaram-se contra a tese do golpe…

    JNG: É impressionante como ministros do STF têm facilidade em comentar discussões internas como se fosse um debate público. É totalmente diferente da tradição norte-americana. Os juízes da Suprema Corte dos EUA jamais fazem esse tipo de politicagem. Não tentam influenciar a opinião pública, são mais sóbrios.

    Isso é extremamente problemático para a democracia brasileira, pois a impressão é de que se troca muito facilmente a objetividade legal por perspectivas ideológicas na casa mais alta do Judiciário. Não, as instituições democráticas não estão funcionando. É justamente esse o problema.

    CC: O senhor então acredita que o Brasil vive uma crise institucional?

    JNG: Sim, e vê-se isso claramente na Câmara, comandada por Cunha, que se recusa, por exemplo, a respeitar uma ordem do STF e dar prosseguimento ao pedido de investigação contra seu aliado Temer por crime de responsabilidade. São dois pesos e duas medidas. Ainda mais grave: as acusações seríssimas contra Cunha o deveriam impedir de comandar qualquer processo de impeachment relacionado ao Poder Executivo. A lógica democrática exige que ele seja afastado primeiro, o que não ocorreu. Ele tem interesse direto no resultado e está sob investigação. Daqui, o que tanto nós brasilianistas quanto a imprensa americana observamos é uma crise das instituições e da democracia brasileiras, sequestradas por determinadas personalidades com interesses próprios.

    CC: O senhor acredita que a investigação da Comissão de Ética sobre o deputado Eduardo Cunha não dará em nada?

    JNG: É evidente que Cunha jamais será julgado por seus pares por eventuais crimes por ele supostamente cometidos. Também não se sustenta para observadores internacionais a tese de que as pedaladas fiscais só são inconstitucionais e passíveis de crime de responsabilidade quando feitas por Dilma, mas não por Temer. Ou que não se tenha um único pedido de investigação contra os governadores que também pedalaram.

    Ou seja, é um golpe político escancarado e que fere um dos princípios básicos de qualquer democracia séria: a lei precisa valer para todos de forma igual. Fez-se um acordão, e dele fazem parte inclusive ministros do STF. Não estou falando de reuniões conspiratórias na calada da noite, não é assim que funciona, mas é possível perceber códigos, entendimentos, de um jogo político oferecido por lideranças que acreditam de fato estarem fazendo o que é melhor para o país. E neste tabuleiro aparece, em destaque, o impedimento de Dilma, mas não só.

    CC: O que o senhor imagina daqui para a frente?

    JNG: Os próximos lances, muito claramente, são o impedimento da candidatura presidencial de Lula em 2018, o consenso em torno de um governo provisório de Temer até as eleições e o retorno da aliança PSDB-DEM, muito provavelmente com um vice do PMDB e com o apoio de vários políticos acusados de corrupção. Muda-se para ficar como sempre foi. Aí nos cabe pensar nos cidadãos que foram às ruas pedir o impeachment e repetiam “nos devolvam o nosso país”.

    CC: Que país seria este?

    JNG: O Brasil do passado, no qual as classes sociais conhecem muito bem os seus lugares. Vamos dizer claramente: querem o retrocesso. É algo muito próprio do Brasil. É o rearranjo de forças para manter o equilíbrio das elites no poder, a partir de um cenário econômico mais tranquilo para elas. Setores das elites econômicas, políticas e sociais têm uma noção muito clara de como deve ser o Brasil ideal para sua manutenção no poder. Mas, se setores do PT não tivessem entrado nesse esquema, não tivessem jogado eles também o jogo, seria muito mais difícil derrubar Dilma.

    CC: Como o senhor vê a oposição do PT e da esquerda a um eventual governo Temer?

    JNG: A rearticulação da imagem do novo velho Brasil precisa se dar rapidamente, daí a correria na Câmara e no Senado para o impedimento de Dilma, pelo fato de se ter um palco de ocasião para esta mudança: as Olimpíadas do Rio. Ainda vai demorar muito tempo para que os setores independentes do PT na esquerda, que irão naturalmente liderar a oposição a este novo rearranjo político, acumulem forças para cobrar, resistir, mobilizar-se em torno de atos como a exigência do julgamento de Cunha e até mesmo o questionamento prático de uma presidência Temer. Espero que haja uma dignidade dos jornalistas para acompanharem todo este processo com olhar de fato crítico.

    CC: Como o senhor avalia o papel da mídia brasileira na crise política?

    JNG: Para o golpe, neste momento, não foi necessário chamar os militares. O papel por eles representado no século XX foi substituído pela cumplicidade da grande mídia, facilitada pelos episódios de corrupção do PT.

    O número de teses sobre a parcialidade da mídia brasileira na academia americana é enorme, e justamente por conta de seu caráter gritante. Quando houve a discussão da crise brasileira entre os brasilianistas, certo jornal brasileiro – não vou citar nome – deslocou um repórter para entrevistar os especialistas. Pois o jornal criou uma notícia falsa.

    Disse que havia um racha na organização, o que não é verdade. Depois, em reportagem com brasilianistas, entrevista um grupo e dá a entender que a maioria dos que pensam o Brasil no exterior o faz de uma maneira uniformemente contra a narrativa do golpe, apesar de 90% dos professores apoiarem o abaixo-assinado da associação. Foi um exemplo gritante de como um setor da mídia está dedicado à manipulação da notícia, especialmente na crise política atual.

    CC: Que resultado uma condenação internacional do processo poderia influenciá-lo?

    JNG: Sou pessimista. Apoio a contestação ao golpe e pode ser até que outros países e instituições, como a OEA já o fez, igualmente denunciem o ataque à democracia, mas todos compreendemos tratar-se de uma dinâmica interna brasileira.

    Eventuais manifestações serão traduzidas como apoio à resistência ao golpe, atos de solidariedade. Mas é difícil imaginar um roteiro diferente, a não ser que ecloda um novo escândalo a envolver diretamente boa parte dos protagonistas do teatro do impedimento e que a mídia atue de forma crítica e independente.

    CC: Como o governo e as corporações dos Estados Unidos se posicionam em relação ao impeachment?

    JNG: Não tenho acesso direto a conversas do Departamento de Estado. A subsecretária Roberta Jacobson esteve em Brown há três semanas e afirmou que a postura de Washington é a de não se fazer quaisquer intervenções relacionadas ao processo, um avanço em relação a 1964. Mas não tenho dúvida de que setores do governo e da economia dos EUA se articulam com os emissários de Temer. 

    CC: O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que é um dos principais interlocutores de Temer, manteve reuniões em Washington com altos oficiais do governo Obama e setores estratégicos da economia do país…

    JNG:  Sim. O mercado e as grandes corporações americanas estão preocupados com seus investimentos na economia brasileira e querem se garantir, se posicionar para novas oportunidades. Darão apoio a todo vapor ao governo Temer e a suas medidas econômicas. A gravação do Temer que vazou às vésperas da votação do impeachment na Câmara serviu não apenas para consumo interno, mas também para setores da economia internacional, acenando que Temer estava pronto para virar a mesa. Mas vamos ver se ele consegue se manter na presidência até o fim do mandato de Dilma. Se a situação econômica do Brasil é tão grave quanto a pintada pela oposição, vai ser difícil revertê-la em um governo de dois anos.

     

     

     

  6. Pedido de um filho sobre o ataque ao PIBID

    Pai, dá uma ajuda, se puder mandar para aqueles blogs que você sempre manda. 

     O Pibid, Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, está sofrendo um grave ataque, a portaria nº 046/Capes modifica o enfoque do Programa, estabelecendo regras que precarizam as ações que vem sendo realizadas com grande efetividade pelas Instituições de Ensino Superior em parceria com as Escolas de Educação Básica. Com esse retrocesso, os estudantes de licenciatura não só perdem a bolsa que também serve como auxilio à permanência estudantil, mas também uma base que vinha trazendo resultados inestimáveis à sua formação que contribui significativamente para uma mudança na educação que se encontra cada dia mais deteriorada. O novo edital redesenha o Pibid, deixando-o com o intuito de “foco na aprendizagem e reforço escolar em língua portuguesa e matemática” somente para as escolas com IDEB menor que o estabelecido, no caso de Rio Claro nenhuma escola estaria no padrão, extinguindo o PIBID da cidade. Além de dar uma falsa impressão que o ensino em Rio Claro por exemplo, estaria muito bem, ainda coloca os estudantes que vierem a serem contemplados em outras cidades, como São Paulo, numa encruzilhada, em que chegariam como solução para os problemas das escola, o que não seria bem visto entre os professores, além disso seria como cavar a própria cova, pois caso o IDEB não aumentasse depois de certo tempo daria margem suficiente para encerrar o projeto. Toda ajuda é bem vinda para que chegue aos ouvidos do Ministro da Educação Aloizio Mercadante e o Presidente do CAPES, Fundação que financia o PIBID, Carlos Nobre. 

    Nota de Repudio: NOTA DE REPÚDIO
      Excelentíssima Senhora Presidente da República,  
    Vimos manifestar com veemência o nosso repúdio à Portaria nº 046/2016, publicada no DOU de 15 de abril, por decisão arbitrária do Presidente da CAPES, Dr. Carlos Afonso Nobre, com vistas a alterar a estrutura do Programa Institucional de Bolsa de  Iniciação à Docência – PIBID.  
    Essa Portaria modifica o enfoque do Programa, estabelecendo regras que precarizam as ações que vem sendo realizadas com grande efetividade pelas Instituições de Ensino Superior em parceria com as Escolas de Educação Básica, tendo amplo reconhecimento de entidades educacionais. Essa decisão desconsiderou o processo de diálogo do que foi chamado pelo MEC de “grupo de trabalho”, com a participação de parlamentares, representantes dos coordenadores institucionais do PIBID e PIBID Diversidade, entidades que representam reitores, estudantes, redes de ensino e sociedade.  Sem transparência, desrespeitando decisões tomadas em audiências públicas no Congresso Nacional e tirando proveito das circunstâncias da crise política que mobiliza o país, a CAPES atua para desestruturar um Programa legítimo, que está produzindo resultados significativos para a formação de professores e para a melhoria da qualidade da escola pública.   
    Com anuência do Ministro, Dr. Aloísio Mercadante, a postura assumida pela CAPES coloca a Agência na contramão da proposta de governo democrático, comprometido com a educação em todos os níveis. É grave o nível de desrespeito e incontornável o grau de indignação entre os educadores e educandos do PIBID e PIBID Diversidade frente a mais uma ameaça ao trabalho em andamento, orientado pelo compromisso firmado pelo governo de continuidade dos projetos aprovados nos Editais 061/2013 e 066/2013 até 2018, prorrogáveis por mais quatro anos.   
    Assim, em nome dos profissionais em educação comprometidos com o fortalecimento do PIBID e PIBID Diversidade, solicitamos a imediata revogação da Portaria da Capes nº 046/2016, pois é inaceitável que o significativo trabalho em construção pelo PIBID nas IES e escolas públicas seja desfeito.    
    FÓRUM NACIONAL DO PIBID

  7. Começou a III Guerra Mundial por Paul Craig Roberts

    Começou a III Guerra Mundial

    por Paul Craig Roberts

    A Terceira Guerra Mundial já está a ser travada. Quanto tempo demorará até chegar à etapa quente?

    Washington está agora a efectuar uma guerra económica e de propaganda contra quatro membros do bloco de cinco países conhecidos como BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O Brasil e a África do Sul estão a ser desestabilizados com escândalos políticos fabricados. Ambos os países estão pejados de políticos e Organizações Não Governamentais (ONGs) financiadas por Washington. Washington cozinha um escândalo, põe os seus agentes políticos em acção exigindo actuação contra o governo e põe suas ONGs nas ruas em protestos.

    Washington tentou isto contra a China com o orquestrado “protestos estudantil” de Hong Kong. Washington esperava que os protestos se propagassem dentro da China, mas o esquema fracassou. Washington tentou isto contra a Rússia com os protestos orquestrados contra a reeleição de Putin e fracassou outra vez.

    Para desestabilizar a Rússia, Washington precisa um apoio mais firme lá dentro. A fim de obter um apoio mais firme, Washington operou junto a mega bancos de Nova York e junto aos sauditas para deitar abaixo o preço do petróleo, de mais de US$100 por barril para cerca de US$30. Isto pressionou as finanças russas e o rublo. Em resposta às necessidades orçamentais da Rússia, aliados de Washington dentro da Rússia estão a pressionar o presidente Putin a privatizar importantes sectores económicos russos a fim de levantar capital estrangeiro para cobrir o défice orçamental e suportar o rublo. Se Putin ceder, importantes activos russos sairão do controle russo para o controle de Washington.

    Na minha opinião, aqueles que estão a pressionar pela privatização são ou traidores ou completamente estúpidos. Seja o que forem, eles são um perigo para a independência russa.

    Eric Draitser apresenta alguns pormenores do assalto de Washington à Rússia do ataque de Washington à África do Sul essnews.com/brics-attack-empires-destabilizing-hand-reaches-south-africa/215126/ e do ataque de Washington ao Brasil Quanto ao meu artigo sobre o ataque de Washington à independência latino-americana, ver http://www.paulcraigroberts.org/...

    Como tenho destacado muitas vezes, os neoconservadores tornaram-se insanos pela sua arrogância e orgulho. Na sua busca da hegemonia americana sobre o mundo eles puseram de lado toda a cautela na sua determinação para desestabilizar a Rússia e a China.

    Ao implementarem as políticas económicas neoliberais que foram incutidas pelos seus economistas neoliberais treinados na tradição neoliberal ocidental, os governos russo e chinês preparam o caminho para Washington. Ao engolirem a linha do “globalismo”, utilizando o US dólar, participarem do sistema de pagamentos ocidental, abrem-se para a desestabilização por entradas e saída de capital estrangeiro, hospedando bancos americanos e permitindo a propriedade estrangeira, os governos russo e chinês tornaram-se maduro para a desestabilização.

    Se a Rússia e China não se desligarem do sistema ocidental e exilarem seus economistas neoliberais, eles terão de ir à guerra a fim de defender sua soberania.
     

    25/Abril/2016

    O original encontra-se em http://www.paulcraigroberts.org/2016/04/25/world-war-iii-has-begun-paul-craig-roberts/

    Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

  8. “É o embate entre um elefante e uma tartaruga, fica o elefante,”

    ‘Eu já pensei várias vezes em largar o cargo’, afirma Beltrame

    Secretário se mostra desanimado com a falta de verba para aplicar na segurança

    por Vera Araújo

     

     

    03/05/2016 22:23

    / Atualizado

    03/05/2016 22:30Beltrame: projetos parados – Fernando Lemos/21-9-2015

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    RIO – A falta de perspectivas para planejar a política de segurança no ano das Olimpíadas, em decorrência da crise financeira do estado, motivou o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, a fazer um desabafo: “Já pensei várias vezes em largar o cargo”. Embora tenha dito que ainda pode dar sua contribuição, Beltrame, sem o otimismo que virou sua marca registrada ao longo dos nove anos na pasta, afirmou nesta terça-feira que, como administrador, fica angustiado por não ter o que fazer, pois não há dinheiro nos cofres do estado. O orçamento inicial da pasta, que inclui as polícias Militar e Civil, além do Instituto de Segurança Pública, era de R$ 11,6 bilhões no início do ano. No entanto, por causa do contingenciamento imposto pela Secretaria de Fazenda, o valor caiu para R$ 7,88 bilhões.

    — A gente vê o estado numa situação de miserabilidade, a ponto de os salários dos servidores, principalmente inativos, não serem pagos. Programas de metas de incentivo aos policiais e o Regime Adicional de Serviço (RAS) foram por água abaixo (no mês passado, o governo do estado pagou os atrasados de novembro). Vejo as aeronaves e os carros blindados, que a polícia foi buscar lá fora, parados. É uma situação complicadíssima, que, sem dúvida, compromete o trabalho da segurança pública — afirmou.

    As declarações de Beltrame foram dadas ao radialista Roberto Canazio, no programa “Manhã da Globo”, da Rádio Globo. Por telefone, o secretário respondeu sobre a falta de segurança nos trens que passam no Jacaré, onde traficantes circulam armados, apesar de ser uma área com UPP e com a Cidade da Polícia. Por causa de tiroteios, a SuperVia interrompeu o serviço sete vezes só no mês passado. Beltrame disse que não foi procurado pela empresa, mas que a situação no local estava se estabilizando.

    DECLARAÇÕES REPERCUTEM MAL

    Quando lhe perguntaram se estava desanimado por se encontrar à frente da secretaria, Beltrame não escondeu a frustração com os projetos, embora ainda acredite nas UPPs.

    — Acho que ainda há muita coisa a ser feita pelo Rio. Graças à Comissão de Segurança da Alerj, o projeto das UPPs é o único que ainda não parou. Mas, se a gente não tiver um estado estruturado economicamente, não há política pública que se sustente — disse ele. — Eu tenho fôlego para fazer os projetos que me comprometi a executar. Obviamente que, na medida em que não consigo concluí-los, sem dúvida alguma não preciso ficar aqui.

    A entrevista de Beltrame não repercutiu bem nos corredores do Palácio Guanabara. Segundo uma fonte do governo, pegou mal o secretário ter se queixado publicamente da administração a que pertence. Outra fonte disse que pôr a culpa na crise financeira seria uma forma de deixar o cargo, por não ter mais o domínio das polícias.

    O presidente da CPI das Armas, deputado Carlos Minc (PV), contou que percebeu o desânimo de Beltrame quando ele foi depor na comissão:

    — Ele está num estado de depressão enorme. Viveu a glória de ter enfrentado, de forma criativa, o domínio territorial do tráfico. Devemos isso a ele. Beltrame sempre foi bem disposto, com respostas diretas. Hoje, está apático.

    O presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), concorda com Minc sobre o legado de Beltrame:

    — Ele tem feito milagre. O Rio é devedor do secretário, que é um homem íntegro, correto, dedicado e que fez e faz um ótimo trabalho. Infelizmente, o deixaram nessa situação. Mas Beltrame é muito bom. O Rio precisa dele.

    Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/eu-ja-pensei-varias-vezes-em-largar-cargo-afirma-beltrame-19226016#ixzz47h9LEYBp
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  9. AOS AMIGO? TUDO! AOS

    AOS AMIGO? TUDO! AOS INIMIGOS? entre um elefante e uma tartaruga, fica o elefante, muito maior em estatura e força.

     

    Câmara aprova urgência de projetos que reajustam salário de ministros do STF

    Vencimento será de R$ 39.293,38 a partir de 1º de janeiro de 2016, incluindo o pagamento retroativo

    por Leticia Fernandes

     

     

    03/05/2016 22:01

    / Atualizado

    03/05/2016 22:05Câmara aprova urgência de projetos que reajustam salário de ministros do STF – Luis Macedo / Agência Câmara

    BRASÍLIA – Como acordado na reunião de líderes com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a Câmara aprovou, na noite desta terça-feira, o requerimento de urgência para dois projetos: o que reajusta os salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para R$ 39.293,38 a partir de 1º de janeiro de 2016, incluindo o pagamento retroativo aos meses deste ano, e o que concede o benefício a carreiras do Ministério Público da União. O MPU terá a prerrogativa de exigir, entre outras coisas, formações profissionais específicas nos editais para concursos.

    A remuneração do órgão ficará entre R$ 3.416,66 e R$ 3.928,39, para os auxiliares; de R$ 4.069,80 e R$ 6.633,12, no caso dos técnicos; e irá de R$ 6.855,73 a R$ 10.883,07, para os analistas. Não houve acordo entre os deputados para votar o regime de urgência dos projetos que dão reajuste salarial às carreiras da Advocacia Geral da União (AGU) e Defensoria Pública da União, entre outros, como queria o PT. A oposição rejeitou essa possibilidade.

    O plenário também aprovou a Medida Provisória 701, que pode beneficiar um eventual governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP). O PT, que vem obstruindo as votações por conta do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, desistiu de obstruir a votação da MP. Apesar de aprovada, a MP perde a vigência no dia 17 de maio, e pode não haver tempo hábil para votá-la no Senado. A ideia, segundo líderes da oposição, é reeditar, já numa nova gestão, as Medidas Provisórias que trazem benefícios ao eventual novo governo.

    A MP 701 autoriza seguradoras e organismos internacionais a oferecer o Seguro de Crédito à Exportação (SCE). A medida pretende ampliar o número de agentes que podem vender o seguro, destinado à venda de produtos brasileiros no exterior. Essa operação hoje é concentrada pelo BNDES. O seguro protege o exportador contra a falta de pagamento pelo importador no caso de riscos políticos, como moratória do país, e por conta de eventuais riscos comerciais – atrasos e falência por parte do importador.

    Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/camara-aprova-urgencia-de-projetos-que-reajustam-salario-de-ministros-do-stf-19225693#ixzz47hC9bhNV
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  10. Militante do MTST é baleada durante passeata na Grande São Paulo

    Militante do MTST é baleada durante passeata na Grande São Paulo

    Por Estadão

    Conteúdo | 04/05/2016 14:08

    O coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos, disse que a vítima passa por cirurgia no pronto-socorro de Itapecerica Estadão Conteúdo Uma integrante do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) foi baleada na manhã desta quarta-feira (4) durante passeata do grupo em direção à Prefeitura Municipal de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Edilma Aparecida Vieira dos Santos, de 36 anos, foi baleada na barriga. O coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos, informou que a vítima passa por cirurgia no Pronto-Socorro Municipal de Itapecerica. “Eram cerca de 500 pessoas que caminhavam da Ocupação João Goulart, em Itapecerica, quando um homem passou de carro e atirou”, informou. Na hora, durante a confusão, militantes tomaram nota da placa do carro e informaram a Polícia Militar. O carro, um Corsa, com as placas indicadas, foi localizado instantes depois, ainda em Itapecerica, e o suspeito foi detido. A manifestação se dividiu depois do ataque. Integrantes da marcha se deslocaram para a Delegacia Seccional de Itapecerica, onde o caso está sendo registrado, parte acompanhou Edilma até o hospital e uma terceira frente seguiu a caminhada à sede do Executivo municipal.

  11. Afastamento de Cunha será julgado amanhã no STF

    https://br.noticias.yahoo.com/stf-vai-julgar-na-quinta-feira-5-pedido-de-214303842.html

    PS.: anunciaram com estardalhaço que o STF iria “liberar a maconha” num julgamento que tramitava lá.  Teori suspendeu a tramitação do processo quando 3 dos ministros já eram a favor da liberalização. E suspenso ficou, sumiu das mídias.

    Espero que não sumam com o processo da droga que é esse Cunha.

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