CNPq tem novo presidente

Jornal GGN – O bioquímico Hernan Chaimovich é o novo presidente do CNPq. Ele aceitou o convite do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo. Chaimovich defende “o uso da ciência para o benefício da humanidade”. “Trata-se de uma nova responsabilidade e espero que minha longa experiência em Ciência e Política Científica nacional e internacional, possa ser útil para o desenvolvimento harmônico da Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil”, disse.

Enviado por Rogerio Bertani

Hernan Chaimovich é indicado presidente do CNPq

Da Agência FAPESP

O bioquímico Hernan Chaimovich aceitou o convite do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, para ocupar o cargo de presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Chaimovich é coordenador do programa Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) da FAPESP.

“Trata-se de uma nova responsabilidade e espero que minha longa experiência em Ciência e Política Científica nacional e internacional, possa ser útil para o desenvolvimento harmônico da Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil”, disse Chaimovich.

Chaimovich faz ciência há 55 anos. Graduou-se na Faculdade de Ciência Farmacêuticas e Químicas da Universidade do Chile, em 1962. Veio para o Brasil com bolsa da FAPESP, fez doutorado na Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutorado nas universidades da Califórnia, em Santa Bárbara, e Harvard, nos Estados Unidos. Foi professor nas universidades do Chile e livre docente, professor adjunto e professor titular de Bioquímica do Instituto de Química da USP.

“Faço política desde os 15 anos. Toda a minha carreira científica independente foi desenvolvida no Brasil”, disse. Começou oficialmente a fazer política acadêmica no Brasil em 1983, quando integrou a diretoria da Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp), num período em que a Associação “não era um sindicato”.

Paralelamente à atividade científica, à formação pessoal e à docência, ocupou posições de chefe de Departamento de Bioquímica da USP em duas gestões, implantou e coordenou o curso de Ciências Moleculares da USP, dirigiu o Instituto de Química, integrou o Conselho Universitário por quase 20 anos, ocupou o cargo de pró-reitor de Pesquisa da USP entre 1997 e 2001 e de Vice-Diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP.

Chaimovich foi presidente da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular e é membro da Academia Brasileira de Ciência (ABC), atualmente ocupando posição de vice-presidente.

Também no exterior tem participação ativa em política científica, “sempre defendendo o uso da ciência para o benefício da humanidade”, como ele sublinha.

Foi diretor do International Council for Science (ICSU) e seu vice-presidente, fundou a Rede InterAmericana de Academias de Ciências (IANAS), da qual foi co-presidente por seis anos e tem participado de estudos internacionais sobre biossegurança, biosseguridade e sobre tratados de armas químicas e biológicas.

Em novembro de 2014, a convite da Academia de Ciências da Nicarágua, organizou e co-presidiu um workshop com especialistas internacionais para analisar e levantar questões sobre o impacto ecológico, econômico e social de um canal interoceânico que está sendo construído pelo governo da Nicarágua em parceria com um investidor chinês.

Ao longo de sua carreira de pesquisador, publicou centenas de artigos científicos em reputadas revistas científicas. Um dos primeiros artigos de sua carreira cientítica, Kinetic studies and properties of potato apyrase, publicado no Archive of Biochemistry and Biophysics, em 1965, junto com Aída Traverso e Osvaldo Cori, é citado até hoje.

Dentre as contribuições se destacam Conceptual Framework for Ion-Exchange in Micellar solutions, publicado no Journal of Physical Chemistry em 1979, no qual, junto com Frank H. Quina descreve metodologia de análise da velocidade de reações em sistemas complexos e o artigo Pumping Plants, publicado na Nature em 1995, junto com Anibal Vercesi, Iolanda M. Cuccovia e colaboradores, que abriu uma nova forma de ver a função de um grupo de proteínas na função mitocondrial. 

Redação

3 Comentários

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  1. Será que ele vai protestar

    Será que ele vai protestar contra os 240 milhões doados ao Instituto Eike Nicolelis no RN?

    Aliás, a revista cientifica do MIT ababa de botar o exoesqueleto do cientista petista no roll dos grandes fracassos de 2014 junto com o Bitcoin e o Google Glass…

    Nicolelis de Duke é fraude da grossa.

     

    1. Se você não compartilhar

      Se você não compartilhar informações precisas ou o link de acesso à fonte da sua informação sobre Nicolelis na revista do MIT vai ficar parecendo que você está inventando.

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