Com recursos federais, Haddad deve levar De Braços Abertos a outras regiões de SP

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Cida Oliveira

Haddad planeja ampliar programa ‘De Braços Abertos’ para bairros da periferia

Da Rede Brasil Atual

Ao completar um ano, o programa De Braços Abertos, de combate ao crack na região da Luz, mais conhecida como cracolândia, será ampliado para diversas regiões da cidade. Equipes das subprefeituras, em parceria com diretorias regionais vinculadas a diversos serviços públicos, como assistência social, saúde, educação, trabalho, segurança urbana e direitos humanos, entre outros, já estão identificando o perfil e as necessidades da população usuária de drogas nos pontos mais críticos de cada região.

A ampliação será financiada com recursos do programa Crack, é Possível Vencer, da Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad), que mantém contato permanente com o programa municipal de combate ao crack desde a sua criação, em janeiro de 2014.

“Vamos instalar traillers com equipes de assistência social e saúde em algumas cenas de uso da cidade que estão sendo escolhidas ainda. A ideia é uma aproximação com o usuário para diagnosticar a situação, o tipo de ação necessária, saber que tipo de ‘de braços abertos’ que aquele território precisa”, explica a secretaria municipal de Desenvolvimento e Assistência social, Luciana Temer.

Estruturado em frentes de trabalho de varrição e zeladoria de praças, com remuneração de R$ 15 por dia, atividades de capacitação, três alimentações diárias e vagas em hotéis da região do bairro da Luz, o programa De Braços Abertos foi implementado depois de meses de diálogo contínuo. Na primeira fase das ações, os antigos moradores dos cerca de 150 barracos que ocupavam as ruas da região foram então cadastrados pela prefeitura, desmontaram suas instalações precárias e passaram a morar em quartos de hotéis nas imediações, recebendo três refeições por dia e a chance em frentes de trabalho.

“O que a prefeitura construiu na Luz, com o modelo dos hotéis, foi construído com os usuários”, diz Luciana. “A gente conversou muito para entender quem eram as pessoas em situação de rua, o que queriam para sair daquela situação, e ter um lugar para dormir e um trabalho foi o que eles queriam. O programa surgiu considerando os hotéis da região, porque eles não queriam sair dali”, explica a secretária.

De acordo com a secretária, ao longo dos meses de operação do programa foram sendo criadas outras oportunidades de trabalho, além da varrição de ruas, a primeira opção oferecida. Atualmente, existe o Fábrica Verde, coordenado pelas Secretarias de Trabalho e Verde, que funciona no Complexo Prates, no Bom Retiro. Ali, onde foram instaladas estufas para a produção de flores, há cursos de capacitação de jardinagem. Além de aprenderem as técnicas do trabalho, ainda são estimulados a se unir em cooperativas.

Foi criado também um programa de zeladoria de praças, pelo qual as subprefeituras contratam essas pessoas para cuidar do jardim desses espaços. E o Autonomia em Foco, um acolhimento em que a pessoa tem seu quarto, com sua chave, e segue outra lógica. “Há dois irmãos que de lá já saíram para um quartinho que eles próprios alugaram, por conta própria. É claro que são poucos, mas esses casos nos animam”, diz Luciana. À medida que vão construindo autonomia, as pessoas se desligam do programa.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

14 Comentários

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  1. De braços abertos a todos

    So por esse trabalho a prefeitura de SP merecia um prêmio. Quem antes de Haddad quis fazer alguma coisa pela Cracolância ? E os pseudos-esclarecidos rmimetizam a imprensa paulistana e dizem que o prefeito é ruim. Mula sem cabeça, pau seco e gente besta não têm fim nesse mundão!

    Em tempo, a foto é bonita e tocante.  

  2. Dá gosto de ver!

    Além de todos os predicados de Haddad já mencionados por muitos, dá gosto de ver essa preocupação e vontade politica de um ser que demonstra uma sensibilidade profunda aos brasileiros em situação tão precária. Jamais pensei que existiria um político que tomasse tal iniciativa!  Sim ! Haddad merece um prêmio ! Um prêmio pelo seu sentido de humanidade tentando recuperar crianças e jovens que viviam a margem da vida, sem culpa pelo o que o destino lhes reservou. Há sim, que se combater a pobreza extrema que muitas das vezes empurra esses jovens às drogas!  Parabéns prefeito preferido!  

    1. SP só melhora.

      Ë, o amor é lindo e  as flores e borboletas são belas e coloridas, mas, prefiro ficar com a realidade, em SP o número de cracolândias e viciados só aumenta. Se plano do prefeito era diminuir o número de viciados, não está funcionando. Se o planoa era dar um aplique, funcioonau.

    2. Muitos acham que o combate à

      Muitos acham que o combate à pobreza em São Paulo deve ser feito ateando fogo nas favelas,como ocorria no tempo do NUNKASSAB, e que, aliás, acabaram em SamPa, com a chegada do HADDAD. Coincidência, né ?!?

       

      “O BRASIL PARA TODOS não passa  na REDE GLOBO DE SONEGAÇÂO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÂO & GOLPES é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”

    3. Muitos acham que o combate à

      Muitos acham que o combate à pobreza em São Paulo deve ser feito ateando fogo nas favelas,como ocorria no tempo do NUNKASSAB, e que, aliás, acabaram em SamPa, com a chegada do HADDAD. Coincidência, né ?!?

       

      “O BRASIL PARA TODOS não passa  na REDE GLOBO DE SONEGAÇÂO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÂO & GOLPES é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”

  3. Movimento Passe Livre, quinta coluna dos tucanos?

     

     Saiu na Carta Capital:

    MPL mira em Haddad e alivia para Alckmin

    Em 2015, três protestos passaram pela Prefeitura e um quarto foi à residência do prefeito; O governador, por sua vez, não foi o alvo de nenhuma das seis manifestaçõespor Lino Bocchini — publicado 31/01/2015 08:06, última modificação 31/01/2015 12:51

     

     

    O Movimento Passe Livre promoveu, até o momento, seis manifestações na capital paulista em 2015. Defensor da tarifa zero para o transporte público, o MPL, no entanto, direcionou os seus atos especificamente contra a Prefeitura de São Paulo e o prefeito Fernando Haddad (PT). Três dos seis protestos começaram ou terminaram na sede do poder público municipal –o prédio do Banespinha, no Viaduto do Chá, no Centro de São Paulo. O último deles, dia 29, passou pelo prédio no qual mora a família de Haddad.

    Recapitulando: o primeiro ato, dia 9 de janeiro, começou na Prefeitura; o segundo, em 16 de janeiro, passou pela Prefeitura e pela secretaria de Transportes do município; o terceiro, dia 20 de janeiro, aconteceu no Tatuapé (zona Leste) e não foi direcionado a nenhuma instância de governo; o quarto, dia 23, foi dispersado a poucos metros da Prefeitura, onde terminaria; o quinto, dia 27, caminhou pelo Largo da Batata e avenida Faria Lima e, novamente, não teve um “alvo” específico; o mais recente, na última quinta-feira 29, começou no Ibirapuera e terminou em frente à residência do prefeito, no bairro do Paraíso.

    Nenhum dos seis atos, contudo, passou por nenhuma secretaria estadual ou pelo Palácio dos Bandeirantes. Também nunca foi alvo do MPL a residência do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que vive com a família em um prédio no Morumbi próximo ao palácio.

    O transporte público mais utilizado dentro da capital paulista é o ônibus. São Paulo, no entanto, faz parte de uma gigantesca mancha urbana com 39 municípios conurbados que formam a sua Região Metropolitana. O governo do Estado, há mais de 20 anos nas mãos do PSDB, é o responsável pelo metrô, pelos trens da CPTM, por linhas de ônibus intermunicipais, e por todos os ônibus da EMTU, que operam em regiões como a Baixada Santista, Campinas e o Vale do Ribeira.

    Todos esses sistemas tiveram reajustes. E nenhum dos atos do MPL em 2015 cobrou o governador com manifestações à sua porta.

     

    tarifa haddad 2.jpgManifestante em frente à Prefeitura de SP durante ato do MPL

    No discurso oficial e em seus documentos, o Movimento Passe Livre critica também as tarifas estaduais e o governador. Na prática, porém, o alvo é exclusivamente a Prefeitura e Fernando Haddad. Basta ouvir os gritos de guerra e os trajetos. Basta ver a cobertura da imprensa convencional e alternativa e ler as redes sociais. O foco é só o prefeito.

    É ainda de responsabilidade do governador Geraldo Alckmin a Polícia Militar, que acabou de forma violenta com quatro das seis manifestações realizadas neste ano. Mesmo com o festival de cacetadas, detenções arbitrárias, agressões físicas, balas de borracha, bombas de efeito moral e nuvens de gás lacrimogêneo, o governo do Estado segue poupado das manifestações promovidas pelo grupo.

    É ainda o governador o responsável pela maior falta de água da história do Estado, e estamos às vésperas de um racionamento de grandes proporções. O MPL, como se sabe, é focado no transporte público. Mas veja este exemplo: movimentos com outros temas centrais de luta, como o MTST (moradia), já engrossaram os atos do Passe Livre. Sindicatos também. E o fizeram porque a questão do transporte público, inegavelmente, é um direito central para qualquer trabalhador. O que dizer, então, da importância da água?

    Em uma democracia, cada um protesta como e onde quiser, pelo motivo que for e contra quem desejar. É um direito constitucional e deve ser defendido de forma inequívoca. Chamam atenção, entretanto, as escolhas do movimento. Geraldo Alckmin agrade

  4. Me engana, seu Haddad

    Haddad, o prefeito que Sampa quer expurgar, mas o tempo não passa… A iniciativa é linda, mas como confiar em um político que faz qualquer negócio pra se reeleger? Chalita-Maluf-Temer (i.e., PMDB, Cunha etc)-Kassab-Quem_mais_aparecer… Ta lá a Dilma se ferrando e ferrando o Brasil por causa das alianças, reeleição, tempo na TV, governabilidade. E o Brasil estagnado e ingovernável. O Haddad está indo pelo mesmo caminho. Chega Haddad, olhe pra Brasília e pense em você, pense em Sampa, não tope qualquer parada para se reeleger, contente-se com quatro anos – por nós que não queremos Chalita, Kassab e a cambada toda por aqui de novo. Quem é progressista de verdade há de concordar integralmente com esta posição.

  5.  
    Este é o caminho. O próprio

     

    Este é o caminho. O próprio nome escolhido para batizar o programa “De Braços Abertos,” já o diferência da tradicionai viseira dos conservadores, e dos antolhos de velhos reacionários. Todos aqueles “muderninhos” que sucumbiram ao mercantilismo desbragado, onde tudo é visto como uma oportunidade de fazer dinheiro. Dai, se manterem apegados à ideias de combate ao terrorismo,  e da guerra permanente do bem contra os malvados, subversivos, terroristas e drogados pobres*. E, tome guerra às drogas…

    Orlando

     

    *Drogados pobres. Na verdade, para nossa elite, drogado pobre, é carimbado como traficante. Aos da bufunfa, tudo pode. Até, transportam drogas em hilipópteros privados. E, atendem à seleta clientela em seus aeroportos particulares. Nos aeródromos construidos em suas propriedades rurais ou nas dos parentes,  tios, etc. e tal e coisa…

    Orlando

     

  6. É um espanto…

    Estatizar as garagens das empresas de ônibus para aumentar a concorrência (estou rindo até agora, sabendo que com isso uma dívida com o bandid.. errr, perueir… oppss., cooperativados da periferia será quitada).

    Depredar os arcos do Jânio com as mesmas pinturas de gosto duvidoso que “ornam” a 23 de maio (minha opinião: um lixo!): nem um pio da população ou de qualquer jornalista.

    Agora esta: estender o programa braços abertos para seguir a diáspora dos nóias pela cidade.

    E tem gente que gosta. Vai entender…

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