Jornal GGN – Embora as perspectivas em relação à inflação e ao desemprego tenham melhorado um pouco em maio, os brasileiros continuam pessimistas: o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) alcançou 98,7 pontos neste mês e ficou praticamente estável em relação a abril. “O resultado mantém o índice no menor valor desde junho de 2001”, segundo levantamento elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Os dados mostram ainda que o indicador de expectativa de inflação aumentou 3,1% e o de expectativa de desemprego subiu 2,7% frente a abril. Conforme a metodologia da pesquisa, a alta dos dois indicadores mostra que subiu o número de pessoas que espera a queda da inflação e do desemprego nos próximos seis meses. Mesmo assim, ambos indicadores estão muito abaixo do registrado em maio do ano passado, o que confirma que, mesmo com a leve melhora deste mês, muita gente aposta no aumento da inflação e do desemprego.
Os componentes do INEC mostram comportamentos contrários, resultando na pequena variação do índice. Os índices de expectativa de inflação e de desemprego mostram variações positivas entre abril e maio. Embora permaneçam elevados, os percentuais de entrevistados que acreditam em aumento da inflação e do desemprego se reduzem e, por isso, a variação é positiva. O índice de expectativa de evolução da própria renda também mostra variação positiva, ainda que menor (0,7%). A evolução do endividamento também é mais favorável, de forma que o índice de endividamento aumenta 1,9%.
Por outro lado, a avaliação da situação financeira está mais negativa e as expectativas de compras de bens de maior valor estão mais pessimistas, refletindo em quedas nesses índices e, consequentemente, no INEC.
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