Delator diz à CPI que corrupção na Petrobras era restrita às diretorias de Duque e Costa

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O delator da Operação Lava Jato Augusto de Mendonça Neto, executivo da Toyo Setal – uma das empresas integrantes do cartel que atuou na Petrobras – disse em depoimento à CPI, nesta quinta-feira (23), que a corrupção na estatal não era “generalizada”, mas sim restrita a três dirigentes patrocinados por políticos para manter o esquema de pagamento de propina em troca de contratos. 

Segundo Mendonça, que diz ter muitos anos de parceria com a Petrobras, apenas as diretorias comandadas por Paulo Roberto Costa e Renato Duque participavam das negociatas com empresários e políticos. Duque ainda contava com o apoio de um subordinado, o ex-gerente Pedro Barusco.

“Dentro da diretoria de Serviços era generalizado (…) Agora, que isso aconteceu dentro da companhia como um todo, isso não”, afirmou o executivo da Toyo Setal, segundo informações da Folha de S. Paulo.

À CPI, Mendonça também afirmou que a formação de cartel entre empreiteiras e o pagamento de vantagens indevidas a dirigentes da Petrobras existia desde a gestão FHC, com pelo menos 9 empresas envolvidas, embora o esquema tenha se tornado mais forte e “institucionalizado” após a entrada de Duque e Costa, em 2003 e 2004. O foco da Lava Jato é a partir desse período. 

Leia mais: “Apenas” 9 empresas formavam cartel na Petrobras na gestão FHC

Delator da Lava Jato já era suspeito de formação de cartel desde Mário Covas

 

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. Mendonça não disse que houve

    Mendonça não disse que houve esquema institucionalizado dentro da Petrobrás. Pelo contrário. Elogiou demais a Companhia e a qualificação profissional de seus empregados. Para ele, a safadeza estava nas diretorias de Paulo Roberto Costa, Baruc e Duque apenas. 

  2. Como assim?

    Como assim, “o foco da Lava Jato é a partir de 2003”? Qual foi a Lei que anistiou os crimes e improbidade administrativa anteriores? Qual foi a Lei que dispensou a PF e o MPF de investigarem todos os crimes ou de ficarem impunes, se descumprirem seu poder-dever de investigar tudo? Não entendi.

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