Deputados solicitam recursos suspensos pelo governo federal para o Hospital São Paulo

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Foto: Divulgação
 
Jornal GGN – Deputados estaduais de São Paulo aprovaram uma moção de apoio ao Hospital São Paulo, mantido pela Unifesp, e solicitaram o recebimento de recursos suspenso do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), vinculado ao Ministério da Educação (MEC) e ao Ministério da Saúde (MS).
 
Soraya Smaili, reitora da universidade, afirma que o corte desta verba para prejudicar atividades nas áreas de ensino, pesquisa, extensão e assistência à saúde, afetando pacientes, pesquisadores e estudantes.
 
“A verba do Rehuf é destinada principalmente para este fim, para apoiar os hospitais universitários em suas ações de ensino. O Hospital São Paulo é um hospital universitário desde a sua fundação e ele não pode desistir de sua missão”, diz a reitora.

 
Na moção da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de São Paulo, os deputados pontuam que os prejuízos aos Hospital São Paulo vão afetar toda a população da cidade e do estado. Eles pedem a reversão do corte do programa e a adoção de medidas imediatas para normalizar as atividades do hospital. 
 
A Unifesp afirma que o hospital passa por uma grave crise financeira causada pelo aumento significativo de atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além da falta de reajuste nos repasses financeiros do sistema e do suspensão da verba do Rehuf. 
 
Ainda de acordo com a universidade, o Hospital São Paulo é responsável pelo atendimento de 5,8 milhões de habitantes da capital e da Grande São Paulo, além de atender pessoas de outros municípios e estados do país. 
 
O corte na verba vai prejudicar também a formação qualificada de profissionais e o andamento de pesquisas científicas, diz a Unifesp. “Atualmente, cerca de 730 pesquisas estão em andamento no hospital. Conhecimento como esse não pode ser desperdiçado e, se interrompidos os estudos, pode levar décadas até que sejam recuperados, afetando gerações de pesquisadores e prejudicando os pacientes que poderão se beneficiar de tratamentos de alta complexidade”, afirma Smaili.
 
A instituição afirma que possui dívidas de cerca de R$ 149 milhões com bancos e outros R$ 11 milhões com fornecedores. Com isso, foram suspensas as cirurgias eletivas, já que o hospital está racionando insumos hospitalares. 
 
A inflação e os dissídios salariais acumulados entre 2010 a 2016,  geraram um aumento obrigatório de 60% nos gastos, provocando um déficit mensal de até R$ 3 milhões, afirma a universidade. Em média, 1,5 mil pessoas são atendidas diariamente por dia no pronto-socorro do hospital, a maior parte em busca de atendimento de urgência como porta de entrada para o atendimento em especialidades médicas. Em 2016, foram realizados aproximadamente 376 mil atendimentos e 22,4 mil internações em suas 63 unidades. Na próxima quinta-feira (8), a Comissão de Mobilização da graduação da Escola Paulista de Medicina vai realizar um ato em defesa do hospital e contra a suspensão das verbas para a instituição. 
 
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Redação

3 Comentários

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  1. Socorro ao Hospital São Paulo

    Quem conhece sabe da importância desta grande instituição, já que na sua essência é um Hospital Universitário, que prima pela qualidade no atendimento, assim como atende à formação de profissionais formados na Unifesp (Paulista de Medicina) e outras faculdades oferecendo alto padrão quer  na graduação, residência ou capacitação profissional nas áreas de Medicina, Fonoaudiologia, Biomedicina e outros. Este movimento deve ser ampliado para que sejam sanadas todas as dificuldades encontradas, pois é fundamental sua recuperação, inclusive para manter o alto nível dos cursos oferecidos pela Unifesp.

  2. Sugiro a criação de um

    Sugiro a criação de um desmontômetro, pois é uma tragédia atrás da outra, ontem foi a descontrução do programa de combate a AIDS, que servia de referência mundial, hoje isso, amanhã o que mesmo. São multimas e velozes ações de desmonte, ninguém dá conta de acompanhar, as pessoas entram em estado de letargia, conforme explicado pela ativista Naomi Klein no livro e documentario Doutrina do Choque e Pavor

  3. deputados….

    Mais do mesmo. A história da tragédia brasileira que bovinamente o povo não sabe ainda combater. Nunca é falta de dinheiro. Sempre é o que é feito com o dinheiro. Instituições que adminsitram o dinheiro público, o enterra em salários e pensões nababescas de certa elite que autodetermina seus vencimentos. Aos outros, salários e pensões irrisórias. Superfaturamento e pagamentos generosos de aluguéis artificialmente inflados. 98% do desperdício do dinheiro público que raramente chega até a população, de quem origina através de impostos. Levantem o histórico deste hospital? Duvido que seja diferente do restante do Poder Público brasileiro. Para que Estado? A nossa redemocratização através da tal Constituição Cidadã conseguiu acabar até com as Santas Casas. O Brasil é muito fácil de se explicar. E de se lamentar. 

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