Dormindo com o inimigo, ou a lição de Napoleão, por Motta Araújo

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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DORMINDO COM O INIMIGO, OU A LIÇÃO DE NAPOLEÃO

Por Motta Araújo

A fama histórica de Napoleão Bonaparte vem de sua carreira militar, a imagem de estadista vem de sua visão modernizadora mas sua qualificação menos conhecida é de operador político. O Imperador era um político frio e astuto, nada emocional, que sabia fazer acordos e recrutar auxiliares.

Napoleão sabia o valor da competência e não trabalhava com medíocres só porque eram simpáticos e aduladores.

Seus dois maiores auxiliares políticos eram, para ele, pessoas detestáveis, desagradáveis, maus caracteres.

Charles Meurice de Talleyrand Perigord , ministro de Relações Exteriores e Joseph Fouché, ministro da Polícia eram os dois grandes instrumentos do general corso, o primeiro na diplomacia e o segundo na segurança interna,

Talleyrand serviu a oito regimes, desde a Revolução  até à Restauração Bourbon, foi Ministro de Exteriores do Comité de Salvação Publica, o governo da Revolução em 1789, passou pelo Consulado, Diretório, Império, chegando a ser o Ministro de Luis XVIII, irmão do guilhotinado Rei Luis XVI, cujo decreto de execução ele subscreveu, o que não o impediu do irmão nomeá-lo Miinistro. 

O Principe de Talleyrand serviu profissionalmente a Napoleão até sua primeira derrocada mas não aderiu à aventura dos 100 dias porque já não via chance de uma relançamento do Império que acabou em Waterloo, além do que quando Napoleão desembarcou da ilha de Elba, Talleyrand estava representando a França do Ancien Regime no Congresso de Viena, convocado para enterrar o período napoleônico para sempre.

Napoleão tinha horror a ele, só superado pelo horror que tinha a seu chefe de polícia, Fouché, criador da primeira polícia política moderna. Fouché tinha fichados 100 mil nomes de potenciais riscos ao governo napoleônico. Napoleão soube recompensá-lo com o título de Duque de Otranto.

Ambos, Talleyrand e Fouché, eram altamente corruptos, Talleyrand tinha gostos caros, jogava muito, ostentava uma coleção de amantes, palácios em Paris e no campo, tinha fome insaciável de dinheiro. Certa feita recebeu 4 milhões de francos de ouro dos nobres poloneses para recriar um Reino da Polônia, não conseguiu e devolveu o dinheiro, era um corrupto honesto.

Ao entrarem na Sala do Trono, Talleyrand, manco por um defeito na perna, apoiado em Fouché, Napoleão proferiu a célebre frase em alto e bom som “”Eis que entra o vício apoiado no crime””.

Pois Napoleão tolerava esses dois canalhas porque precisava da extraordinária competência deles.

Para Winston Churchill não havia nenhum ser mais desprezível do que o líder do Partido Trabalhista Clement Attlee.

Em 1940, Churchill, Primeiro Ministro de uma Inglaterra lutando sozinha contra o Terceiro Reich ainda sem o apoio americano, convidou Attlee para Vice Primeiro Ministro porque precisava do apoio do Labour Party na união de esforços para a luta. Não só Attlee mas o Gabinete era multipartidário, tinha a situação e a oposição. Finda a guerra, Attlee derrota Churchill nas eleiçõs gerais e o substitui em junho de 1945.

Roosevel fez mais, deu um cargo de Embaixador Extraordinário a seu oponente nas eleições de 1940, Wendell Wilkie e lhe confiou tarefas da mais alta importância nos esforços diplomaticos da Segunda Guerra.

Getúlio também usou adversários em Ministérios, não tinha qualquer problema com isso. Após derrotar a elite paulista na Revolução de 1932, coloca um de seus maiores líderes, a quem tinha exilado, Armando de Salles Oliveira, como interventor em São Paulo, quando Salles Oliveira funda a USP.  Getúlio teve vários Ministros que se alternavam como colaboradores e adversários, Oswaldo Aranha, José Américo, Eurico Dutra, Neves da Fontoura, Flores da Cunha, Baptista Luzardo, Danton Coelho.

A Presidente Dilma deveria seguir essa receita, trazendo adversários de ontem para o Ministério, sei que isso é dificil para mulheres na política, elas têm uma personalização muito maior do que os homens, mulheres são mais emocionais por natureza e não sepultam facilmente antipatias mas lançar pontes é um dos segredos da alta politica.

Seria também uma forma de embaralhar o jogo político da frente anti-governo que vai se formando no horizonte.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

44 Comentários

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  1. http://www.loisirs44.fr/image

    http://www.loisirs44.fr/images/pp-g.jpg

    CHATEAU DE VALENÇAY no Vale do Loire,  onde nasceu e morreu o  Principe de Talleyrand, Charles Meurice de Talleyrand Perigord, tambem Bispo de Autun, nascido em 1754 e morto em 1838, com 84 anos, solteiro, vivia com a sobrinha, a Duquesa de Dino. Os Talleyrand são nobreza muito mais antiga do que os Bourbon.

    O Chateau de Valençay, construido no Seculo XVI pelos Principes de Talleyrand Perigord, até hoje pertence à familia.

  2. Artigo motta Araujo

    Certo que Bonaparte utilizou os serviços desses dois canalhas: Talleyrand e Fouché. mas disse a Talleyrand  com absoluta sinceridade;”Você é um merda numa meia de seda. 

  3. Sr. André,saudações.
    A frase 

    Sr. André,saudações.

    A frase  “Eis que entra o vicio apoiado no crime “ não é de Napoleão ,e sim do escritor François-René  Chateaubriand(Memoirs d’Outre – Tombe “)

    Aliás,este escritor tem frases belíssimas  como :

     

    Depois da liberdade desaparecer, resta um país, mas já não há pátria

     

    A ameaça do mais forte faz-me sempre passar para o lado do mais fraco.

     

    Toda a instituição passa por três estágios – utilidade, privilégio, e abuso.

     

    Outrora, a velhice era uma dignidade; hoje, ela é um peso.

     

    O escritor original não é aquele que não imita ninguém , mas sim aquele que ninguém pode imitar.

     

    E talvez a melhor (não tenho certeza de ser dele):

    -O céu só raramente faz nascer ao mesmo tempo o homem que quer e o homem que pode.

     

     

    1. Bem observado, a frase

      Bem observado, a frase referia-se a cena dos dois entrando na Sala do Trono frente a Napoleão mas de fato a frase foi de Chateabriand. Há um filme recente sobre essa cena, dirigido por Edoard Molinaro.

        1. Meu caro, já escrevi cinco

          Meu caro, já escrevi cinco livros, vc pode acessar o Google e lá estão, o ultimo foi MOEDA E PROSPERIDADE, editora Top Books, à venda em muitas livrarias, como Cultura, da Vila e nas virtuais Submarino, da Folha, Amazon, tambem à venda na livraria da Stanford University, a versão em inglês deve sair no fim do ano com o titulo CURRENCY AND DEVELOPMENT IN LATIN AMERICA. Os cinco livros são sobre economia politica (4) e escolas de economia , este ultimo A ESCOLA DO RIO,

          editora Alfa Omega, sobre o Departamento de Economia da PUC-Rio.

          1. Olá André,    o que seriam
            Olá André,    o que seriam muitíssimo interessante seria um livro de História com o texto semelhante ao que você faz no blog. A dinâmica e o sabor dos seus texto são muito diferentes de um livro convencional — são muito melhores. Talvez por não ser historiador profissional você tenha mais liberdade para escrever, colocando suas opiniões pessoais no texto e romanceando (no bom sentido) os fatos históricos. Um livro com textos pequenos e assuntos diferentes como os que você coloca no blog seria excelente.  José

  4. Bem observado, porém…

    Bem observado, porém um pouco atrasado. O atual ministério mostra que Dilma está em amplo contubérnio com seus inimigos.

     

      1. Posso citar dois. Cardoso e

        Posso citar dois. Cardoso e Mercadante. Alias foi isso que eu entendi do título, “dormindo com o inimigo”. A de que aduladores que aparentemente te querem bem, é que vão ser sua ruína.

        Não foi esse o sentido, mas os dois não exlcuem um ao outro, muito pelo contrário. Fora a sugestão de colocar o FHC, fecho com seu raciocínio, AA.

        1. Juliano, nesse caso, acho que

          Juliano, nesse caso, acho que é contrário.

          Eles são amigos, mas amigos que atrapalham.

          Segundo o texto, podem existir inimigos que ajudam.

    1. Sr Fábio ,esse principe

      Sr Fábio ,esse principe Talleyrand nos tirou a Guiana Francesa no Congresso de Viena ,(que tinha sido invadida pelo príncipe D.João VI) ,e que hoje seria do Brasil por direito .Por causa disso ,os franceses quase nos tiram o Amapá  ,ainda bem que tínhamos o Barão do Rio Branco .

      1. Well… eu ão disse o

        Well… eu não disse o que Talleyrand pode representar para os brasileiros e sim o que ele representava para Napoleão. 

  5. Prezado MottaComo naquele

    Prezado Motta

    Como naquele ditado de Lao Tse:

    “Mantenha os amigos sempre perto de você e os inimigos mais perto ainda.” 

    Esqueça, Dilma, prefere o confronto.

  6. Grande lição mas…

    quais são as competências na oposição? Talvez Anastasia, mas depois do Lava Jato?

    Ou então ter coragem de enfrentar Globo + Moro e entrar na briga?

    Mas com quem?

  7. Mandela convidou De Klerk para seu governo…

    Mais um exemplo de um hábil político que trabalhou lado a lado com seu inimigo. Nelson Mandela ao constituir seu primeiro governo como presidente da África do Sul nomeou para seu ministério ninguém menos que Frederik De Klerk que era o presidente anterior, da África do Sukl do Apartheid.

  8. Uma adendo ao seu excelente

    Uma adendo ao seu excelente post, AA. Acho que algumas comentaristas mulheres não vão gostar da sua teoria de que essa falta de habilidade política deriva do fato de Dilma ser mulher. Afinal, houveram poucas, mas algumas grandes políticas mulheres. Aqui na AL, lembro da Evita Peron, com certeza, nem um pouco inábel.

    Mas realmente a preferência da presidenta por puxa-dores de saco pode esconder uma necessidade de afirmar autoridade. Em nosso país machista, ainda mais no meio político, imagino a dificuldade que ela tenha passado. Nem vou falar da barra pesada da luta armada.

    Mas aí é entrar no terreno da psicanálise. Paro por aqui, pensando logo naqueles psicanalistas midiáticos que “psicanalizam” baseado em notícias da TV

    1. EVITA era um grande politica

      EVITA era um grande politica populista, de massas MAS era ultra passional e pretendia algo que confrontava o calculo politico frio do seu marido, Peron era um excelente calculista do poder, tres meses antes de morrer, Evita colocou como inarredavel sua candidatura a Vice-Presidente na chapa do marido, queria ser a Vice de Peron, algo que o General Peron

      mostrou a ela que seria IMPOSSIVEL, mas ela não desistia, fez ocupar o centro de Buenos Aires com 1,5 milhão de partidarios dela, por seus horas, com faixas e cartazer, EVITA VICE PRESIDENTE, para emparedar Peron, que era

      candidato à reeleição MAS que sabia que o Exercito NÃO aceitaria nunca Evita na chapa e se isso acontecesse Peron seria deposto. Peron era militar mas não dominava o Exercito, ele não era do nucleo duro do Comando do Exercito, inteiramente controlado pela CASTA militar, que na Argentina era uma especie de aristocracia fechada. O Exercito aceitava o Tenente General Juan Domingo Peron mas não sua amante-esposa Evita, considerada de classe baixa demais pela nobreza militar e rural, alem de perigosa demagoga. A morte de Evita encerrou a questão.

       

  9. A erudição do André Araújo é

    A erudição do André Araújo é sempre bem vinda(pelo menos da minha parte). Pena que muitas vezes os exemplos históricos não possam ser aplicados na contemporaneidade dada o grau extremo de radicalismo no processo político.

    Inimaginável no atual contexto qualquer mimetização de parâmetros de outrora ou ocorridos em outras plagas. O nosso Brasil varonil é único. Por aqui não existe essa de composição, unificação de forças com propósitos maiores, visões abrangentes,,,nada disso. É cada um olhando, petrificado pelo lindeza, para o próprio umbigo. 

    Somos a terra onde ao menos aventar, teorizar, acerca de uma eventual, possível, quem sabe, intersecção de valores e motivações em comum, já é suficiente para ser execrado, e até mesmo queimado, em praça pública. Cada um dá sua “mijadinha” para demarcar território político-ideológico. 

    Somos também  – que orgulho! – o único país que a cada quatro anos se reinventa. Muito previsiível: são 32 partidos políticos cada um com ideário singular; com propostas para nos levar ao “paraíso”. 

    Numa crise como essa, o que se poderia se esperar das nossas elites? 

     

    1. Eu entendo que no caso atual

      Eu entendo que no caso atual pode sim ser aplicado, de certa forma, JB.

      Não resta outra alternativa a Dilma, a não ser se aliar a Cunha e Renam. Ou ampliar a atual aliança. Infelizmente, na atual configuração do congresso é o que ela tem que fazer para continuar governando minimamente.

      E isso seria, de certa forma, aplicar os princípios do texto do André.

  10. Emotivas por natureza??

    Poderia ter evitado o “mulheres são emotivas por natureza”. É ridículo. Tem exemplos historicos de mulheres que de emotivas não tinham nada. Cleopatra, Catarina a Grande, Elizabete I,  para chegar mais perto a propria Margarete Tatcher e Golda Meir. A frieza e as decisões que foram obrigadas a implementar, transforma o mais severo dos machões em pintinhos. Por fim, o autor poderia sugerir nomes de alguns adversários para concluir sua tese. Porém, muitos já estão  compondo o governo. Como bem lembrou o Cid Gomes.

    1. Minha cara, agradeço o

      Minha cara, agradeço o comentario. Se vc analisar as biografias das grandes mulheres poderososas da Historia, verá que muitas, como as que vc lembrou, foram durissimas nos atos de governo MAS sempre foram emocionais, não voi aqui me alongar em detalhes historicos mas as relações passionais de Elizabeth I da Inglaterra e da alemã Catarina da Russia foram fatores determinantes nas suas biografias, Thatcher reagiu passionalmente ao atacar a Argentina na questõ das Malvinas, não foi puro calculo politico, da biografia da norte-americana Golda Meir conheço pouco e não posso comentar, mas existe Chefe de Estado mais passional do que Cristina Kirchner, que parece um vulcão em ebulição?

      O atributo de “emocional” ai no contexto NÃO é pejorativo, as mulheres no poder tem um atributo mais forte que nos  homens, a CORAGEM, mulheres são em geral mais corajosas e mais lutadoras frente aos perigos, lutam mesmo quando sabem que vão perder,  muitos homens no poder são mais calculistas, mais cautelosos e menos emotivos,

      frente ao perigo excessivo preferem não enfrentar, não quer dizer que sejam covardes, mas POR CALCULO frio

      batem em retirado quando medem forças e veem que tem pouca chance, como Jango em 1964, saiu de cena sem ir até o fim que poderia ser inglorio, mulheres não reconhecem derrota facilmente e tem uma caracteristica, tentam destruir o inimigo mesmo que afundem junto com ele, tudo isso não é critica, é reconhecimento da realidade biologica.

  11. O novo esta ai. E não foi aceito.

    …. “mulheres são mais emocionais por natureza e não sepultam facilmente antipatias…”

    Fico observando os passos de Dilma Rousseff, sua dureza aparente, mas uma fragilidade à flor da pele (o que pode ser um defeito em alguns momentos), e acho que temos personalidades similares.

    Não é que sejamos “emocionais por natureza”; é que Dilma Rousseff não é uma fiel do “Principe”, não é pessoa de tergiversar, de contemporizar ou de abaixar a cabeça facilmente. E acontece que é a primeira vez na historia brasileira que temos um presidente que mudou, queiramos ou não, a forma de fazer politica. Novos tempos, novos paradigmas. Parece que estamos, como no livro de Saramago. Cegos! O Haddad em SP, em outro grau e com mais verniz, também tem esse perfil.  

    Ela não é apolitica – isso não é uma verdade, Dilma sempre esteve no seio da politica, desde sua luta pela democraia – mas é um presidente que esta acima da politica-carreirista-fisiologica, que se pratica no mundo da realpolitik e das coalizões e que sinaliza claramente contra isso. Claro que ir contra o establishment ha um alto preço cobrado e a “megera indomada” esta pagando esse preço.  

     

  12. É sempre saboroso os textos

    É sempre saboroso os textos de Mota Araújo, de grande conteúdo e extarordinária cultura. Sobre Fouché, aliás, Stefan Zweig escreveu uma biografia na qual relata a incrível capacidade de sobrevivência política, de manter a salvo o pescoço, um feito nada desprezível em considerando os dias caóticos da revolução francesa em que a suspeita pairava sobre todos e qualquer sinal de vacilo era motivo para morte na guilhotina. Já rodei a WEb em busca do link para download e não encontrei.

  13. o gênio do século XIX – um “funcionario padrão”

    O maior gênio político do seculo XIX foi um craque na arte de se relacionar com superiores:: Clemens von Metternich. É daqueles que conseguem eclipsar os seus “chefes”, legando uma obra gigantesca, sem cair na armadilha de fazer superar a áurea dos mesmos, mas sabendo que, de fato, ele era maior. Ou seja, se dependia dos Habsburgo para seu emprego, fez com que a sobrevivência deles ficasse subordinada diretamente a ele.

    1. Meu caro, o Principe de

      Meu caro, o Principe de Metternich foi contemporaneo e parceiro de Talleyrand no Congresso de Viena, considero ambos equivalentes em papel historico, defendiam o principio da legitimidade, assim entendido o poder dinástico dos reis em oposição ao poder revolucionario.  Mas Talleyrand tem algo a mais. Enquanto Metternich esteve sempre do lado da ordem conservadora, Talleyrand foi a um tempo revolucionario no pior sentido do termo, bispo da Igreja confiscou terras da Igreja, nobre da mais alta nobreza guilhotinou nobres por atacado, anti-britanico e de tudo que lembrasse a Inglaterra tinha

      grandes relacionamentos na Inglaterra e morou nos Estados Unidos, Talleyrand era um devasso, jogador e aventureiro, Metternich era a personificação do conservador de um viés só, Talleyrand era mais humano e mais fascinante.

      O maior biografo moderno de Metternich é o Metternich do Seculo XX, Henry Kissinger.

  14. Perfeito, Motta. Mas que papo

    Perfeito, Motta. Mas que papo mesmo é esse sobre as Mulheres? E a dama de ferro, só para citar um exemplo?

  15. “Corrupto honesto”. Veja só

    “Corrupto honesto”. Veja só que coisa, já tinha tucano naquele tempo.

    Não foi Napoleão quem disse “Se perco o controle da imprensa não aguentarei no poder nem por três meses”?

    Bom, ele era imperador, tinha seus “meios” de controlar a imprensa. A situação da Dilma é bem diferente. A regulamentação da mídia visa torná-la mais democrática e menos concentrada, mas não exercer o controle do que pode ou não ser publicado. Então, mesmo que tivéssemos uma lei de mídia implantada (o que, infelizmente, não temos), não podemos comparar o que Napoleão podia fazer em relação a imprensa e o que hoje um governo democrático no Brasil, pode.

    O que estou tentando dizer, é que Napoleão podia se cercar de “corruptos competentes”, pois tinha como controlar o que era publicado sobre eles. Já a Dilma, não tem essas facilidades. “Corruptos competentes” só são tolerados quando estão na oposição.

    1. “Corruptos competentes” só

      “Corruptos competentes” só são tolerados quando estão na oposição.

      Em um país onde, até pouco tempo atrás, “rouba mas faz” era dito com orgulho por apoiadores de certos políticos por aqui, não tenho certeza se isso é verdade.

      1. Lembra da reação quando

        Lembra da reação quando apareceu aquela foto do “rouba mas faz” com Lula e Haddad?

        Imagine a Dilma nomeando o “rouba mas faz” como ministro. Atualmente, aliado é o partido como um todo, não só uma pessoa. Mas e se colocasse essa pessoa diretamente no governo, que é o tipo de atuação mencionada pelo autor do post, quando deu os exemplos dos auxiliares de Napoleão. Imagine o rebú.

  16. “Lançar pontes”

    Não se pode dizer que o governo Dilma não lançou pontes, nada disso, seria uma injustiça. No início do primeiro mandato, ingenuamente, lançou pontes – que haviam sido todas queimadas por Lula e Franklin Martins – em direção à mídia golpista. Destruiu a SECOM, botou a Helena Chagas, que até hoje não sei se é loira ou morena, para cumprir uma única missão: apanhar calado.  

     

  17. Eu creio que o Lula fez algo

    Eu creio que o Lula fez algo assim no 1º mandato, ou será que ele gostava do Jobin e do ex ministro que faleceu ano passado ?

  18. Nota 10 em machismo opiniático

    “sei que isso é dificil para mulheres na política, elas têm uma personalização muito maior do que os homens, mulheres são mais emocionais por natureza e não sepultam facilmente antipatias mas lançar pontes é um dos segredos da alta politica”

    Haja bobeira. Há homens e homens, mulheres e mulheres, nao existe nada de universal sobre homens ou sobre mulheres. Aliás, basta ver exemplos de mulheres na política para ver como isso é besteira. Basta pensar em Margaret Thatcher… Ou Ângela Merckel. 

     

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