Enviado por Gardenal
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sexta, 26 de abril de 2024
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O Flamengo é considerado o
O Flamengo é considerado o mais querido do Brasil, gosto e muitas escolas de samba e considero a União da Ilha como uma das mais simpáticas!
União da Ilha levando o
União da Ilha levando o consagrado TEMA 13 . . . .Áh muleke , , , , , ,
Minha Ilha Querida
Este samba me faz lembrar muito o Haroldo Melodia.
Saudade e lembranca de onde era o ensaio. Os sambas de quadra!
Mais este tem uma referencia de um momento e uma partida. O mergulho no desconhecido e ignorado.
“É hoje”, é um samba composto por Didi e Mestrinho, e cujo enredo foi desenvolvido pelo carnavalesco Max Lopes, em 1982; Por ser um dos mais populares samba-enredo de todos os tempos, e para dar força a escola de samba, foi reeditado pela mesma União da Ilha do Governador, para sua apresentação no carnaval 2008, agora com um novo carnavalesco: Jack Vasconcelos e rebatizado como: É hoje o dia. Wiki
Realmente o Haroldo vai ficar na minha lembranca do clube Portuguesa e este belo samba: Autores – Didi/ Mestrinho
Intérprete(s):: Aroldo melodia
a minha alegria atravessou o mar
e ancorou na passarela
fez um desembarque fascinante
no maior show da terra
será que eu serei
o dono desta festa,
um rei…
no meio de uma gente tão modesta
eu vim descendo a serra
cheio de euforia para desfilar
o mundo inteiro espera
hoje é dia do riso chorar
levei o meu samba [bis]
pra mãe-de-santo rezar
contra o mau olhado
carrego o meu patuá
acredito ser o mais valente
nesta luta do rochedo com o mar (e com o mar)
é hoje o dia, da alegria e a tristeza
nem pode pensar em chegar
diga espelho meu [bis]
se há na avenida
alguém mais feliz que eu
União da Ilha do Governador
Talvez pouca gente saiba que a União da Ilha é uma escola bem antiga, tão antiga quanto o Salgueiro, por exemplo. Fundada em 1953, começou a desfilar no ano seguinte, mas apenas no carnaval insulano, como representante do bairro do Cacuia. A partir do carnaval de 1960, passa a integrar o grupo 3. Fez seu primeiro desfile no grupo de cima em 1975 e se sustentou entre as grandes até 2001, voltando no último carnaval. Infelizmente não temos nenhuma gravação dos sambas da União na década de 60, época áurea, quando brilhou mais alto a parceria entre Didi e Aurinho, ganhadores de quase todas as disputas. Essa é a relação dos 41 sambas gravados, não incluídos alguns sabidos parcialmente de memória e descontada a reedição de 2008:
1956 Epopéia do petróleo
1959 Paisagens da Ilha
1970 O sonho de um sambista
1971 Ritual afro-brasileiro
1973 I-juca-pirama
1974 Lendas e festas das iabás
1975 Nos confins de Vila Monte
1976 Poema de máscaras em sonhos
1977 Domingo
1978 O amanhã
1979 O que será?
1980 Bom, bonito e barato
1981 1910, burro na cabeça
1982 É hoje
1983 Toma lá, dá cá
1984 Quem pode, pode, quem não pode, quá
1985 Um herói, uma canção, um enredo
1986 Assombrações
1987 Extra, extra!
1988 Aquarilha do Brasil
1989 Festa Profana
1990 Sonhar com rei dá João
1991 De bar em bar, Didi, um poeta
1992 Sou mais minha Ilha
1993 Os maiores espetáculos da terra
1994 Abracadabra, o despertar dos mágicos
1995 Todo dia é dia de índio
1996 A viagem da pintada encantada
1997 Cidade maravilhosa, o sonho de Pereira Passos
1998 Fatumbi, Ilha de Todos os Santos
1999 Barbosa Lima, 101 anos do sobrinho do Brasil
2000 Pra não dizer que não falei de flores
2001 A União traz a força com muita energia
2002 Folias de Caxias: de João a João
2003 Maria Clara Machado
2004 Com pandeiro ou sem pandeiro eu brinco
2005 Corcovado tentação
2006 As minas del rei São João
2007 Ripa na tulipa
2009 Viajar é preciso, viagens extraordinárias
2010 Dom Quixote de La Mancha
Elegemos os seguintes clássicos:
EPOPÉIA DO PETRÓLEO (1956)
[Didi e Aurinho]
Samba de belíssima melodia, representa bem o estilo clássico da parceria campeã. Apesar de ter desfilado apenas na Ilha, o samba atravesou o mar e foi gravado por Jamelão em 1961, num disco com os melhores sambas de enredo, segundo a opinião do grande intérprete. Não é pouca coisa, considerando-se que nesse mesmo disco foi gravado “Seca do nordeste”, da Tupi de Brás de Pina, que Jamelão considerava o maior samba de todos os tempos.
LENDAS E FESTAS DAS YABÁS (1974)
[Aroldo Melodia e Leôncio]
Samba campeão, que levou pela primeira vez a escola à elite do carnaval, fez um imenso sucesso na voz de Elza Soares. Tem uma passagem imortal, em letra e melodia: “o Brasil é lindo e merece o nosso amor”. Quem não se emociona ouvindo isso? O refrão final (com um jogo de palavras entre Oyá e oia , forma popular de “olha”) é também inesquecível: “Oyá, Oyá, oia eu/ Oyá, Matamba de Cacurucaia, Zinguê”.
NOS CONFINS DE VILA MONTE (1975)
[Cezão]
Um dos primeiros sambas, senão o primeiro, a tratar do cangaço, narra de maneira concisa e emocionante a história de amor entre Nhá Branca e o menino Bento (que se tornaria o cangaceiro Bento Lampejo). Cezão, o autor da obra-prima, nunca mais disputaria um samba de enredo. Cumpriu seu papel, na história do carnaval.
DOMINGO (1977)
[Aurinho, Ione, Ademar e Valdir da Vala]
Único Estandarte de Ouro da escola insulana no quesito samba de enredo, esse obra-prima dispensa apresentação. Disputa com “É hoje” o título de maior samba da União, em todos os tempos. E vale lembrar que foi composto todo em tom menor. E para um desfile alegre e descontraído, que marcou a estréia de Maria Augusta como carnavalesca, obtendo uma de suas melhores colocações no grupo de cima. A partir desse samba e desse desfile, a União passaria a preferir, por longo tempo, criando um estilo “União da Ilha”, os enredos descontraídos e os sambas mais soltos.
BOM, BONITO E BARATO (1980)
[Robertinho Devagar, João Ferreira e Edinho Capeta]
Esse é um samba-síntese daquele estilo insulano de fazer carnaval, firmado a partir de 1977. Alegre, descontraído, com belas soluções melódicas, exalta o valor fundamental da escola: a capacidade de se contagiar o público e revelar a beleza que existe nas coisas simples. Era, também, uma espécie de protesto contra as superescolas de samba S A.
1910, BURRO NA CABEÇA (1981)
[Franco, Wilson Jangada, Barbicha e Dazinho]
Outro clássico da descontração e do estilo “União da Ilha”, esse samba tem uma passagem satírica imortal, quando diz que “Rui Barboseava / no senado / dizendo ser grosseira / a música popular brasileira”. Tapa com luva de pelica, no espírito do Águia de Haia.
É HOJE (1982)
[Didi e Mestrinho]
Para muitos, é o maior samba da história da União da Ilha, disputando a preferência apenas com “Domingo”. Mas foi “É hoje”, e não “Domingo”, o samba escolhido para reedição, em 2008, quando a escola lutava desesperadamente para voltar à elite. Fez também sucesso na voz de Caetano Veloso, que considerava esse não somente o maior samba da Ilha, mas o maior samba de enredo de todos os tempos. A melodia é linda, a letra é inteligente. É a União da Ilha, em todo o seu clássico e descontraído esplendor.
UM HERÓI, UMA CANÇÃO, UM ENREDO (1985)
[Didi, Aurinho e Aritana]
Último samba que uniu os amigos Didi e Aurinho, último samba ganho por Didi na União da Ilha (ele que iria falecer em 1987, depois de ver o Salgueiro desfilar com outro samba seu), essa obra-prima foge completamente ao estilo melódico que a escola vinha adotando desde 1977. Não que seja um samba grave, com predomínio do menor. Mas tem uma melodia tão sofisticada, tão inusitada, que merece ser classificado à parte. O enredo também ajudou: falar de João Cândido e da Revolta da Chibata só pode dar num grande samba.
FESTA PROFANA (1989)
[J. Brito e Bujão]
Outro grande sucesso popular, outro marco do estilo União da Ilha, que se escuta em qualquer lugar durante o carnaval, é um dos raros sambas que “sacodem” com boas soluções melódicas; que é possível cantar sem necessariamente marchear. Prova que samba pra cima não é necessariamente samba óbvio.
DE BAR EM BAR, DIDI, UM POETA (1991)
[Franco]
Outro grande sucesso popular, outro marco do estilo União da Ilha, que se escuta em qualquer lugar durante o carnaval, esse samba tem um significado que transcende o enredo e talvez só tenha sido compreendido pelos integrantes da escola. É que Franco, o autor do samba, um dos grandes compositores insulanos, foi também um dos maiores rivais de Didi nas disputas de samba de enredo. Os dois nunca se uniram numa parceria, estavam sempre em lados opostos, quase sempre brigando nas finais. E Franco ganhou o samba que homenageava seu grande adversário. A homenagem era justa. E ele compôs, com verdadeiro sentimento, essa passagem: “poeta, enredo da canção / cartilha em que eu aprendi / canta, Ilha, de emoção / saudade de você, Didi”. Não é preciso dizer mais nada.
A VIAGEM DA PINTADA ENCANTADA (1996)
[Alberto Varjão e Vicentinho]
O enredo grave foge da tradição da escola. Mas o samba segue o espírito do enredo. Que, diga-se de passagem, é muito sério, lida com altos mistérios, com segredos milenares. É um dos mais belos sambas da década de 90.
http://saideira.galeriadosamba.com.br/post/uniao-da-ilha-do-governador/92/sai/1/