Estudo questiona premissas para a reforma da Previdência

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Jornal GGN – Documento lançado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip) e Plataforma Política Social questiona as premissas que baseiam a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287, que trata da reforma da Previdência. 
 
Chamado de “Previdência: reformar para excluir?”, o documento analisa justificativas para a reforma com o envelhecimento da população, o deficit da previdência, a suposto “ingovernabilidade” dos direitos sociais determinados pela Constituição, entre outros pontos. 
 
Também são apresentadas alternativas baseadas nas experiências de outros países e ainda aponta para o problema de comparar o Brasil com países com outro nível de bem estar e que não enfrentam graves problemas com a desigualdade social. 

 
Leia mais abaixo e acesse o documento aqui.
 
Da Fundação Perseu Abramo
 
Reformar para excluir? Documento problematiza proposta de reforma da previdência
 
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip) e Plataforma Política Social lançam nesta semana um documento para problematizar a reforma da previdência proposta pelo governo através da PEC 287.
 
O documento síntese da iniciativa, já disponível ao público, questiona algumas premissas que baseiam a PEC 287/2016, tais como:
 
– a de que o envelhecimento demográfico seria o fim do mundo: no documento são apresentadas alternativas baseadas na experiência internacional;
 
– a do “deficit da previdência”, baseado no fato de não se contabilizar como receita da Previdência a contribuição do governo;
 
– a de que os direitos sociais inscritos na constituição tornam o país ingovernável, velho mito no Brasil que desconsidera que gastos sociais, em especial a previdência, não são os maiores itens do gasto público no Brasil
 
– a de que não existe aposentadoria por idade, o que desconsidera que em 1998 introduziu-se a “aposentadoria por idade” aos 65/60 anos para homens/mulheres, no caso do emprego urbano; e aos 60/55 no caso do emprego rural. Atualmente 53% das aposentadorias são por idade, contra 29% por tempo de contribuição e 18% por invalidez.
 
O documento ainda aponta para o problema de comparar o Brasil com países com outro nível de riqueza e bem estar e que não enfrentam graves problemas com a desigualdade, como no caso do Brasil, com desigualdades de renda e riqueza, no mercado de trabalho, expectativa de vida, desigualdade de acesso à saúde e educação, desigualdades no desenvolvimento humano, desigualdades regionais e urbanas/rurais, desigualdade de gênero etc.
 
O documento lista diversos pontos que precisam ser considerados no debate público sobre a previdência, tais como a falta de transparência nas projeções atuariais para a previdência que são apresentadas para o público em geral, o impacto da mudança nas regras na desigualdade social etc. O documento defende que qualquer modificação na previdência precisa ser discutida à luz de um projeto de país e que a reforma proposta pelo governo não é a única alternativa.
 
Para saber mais:

Previdência: reformar para excluir? Documento síntese 
Leia mais

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Redação

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