Fernando, fascinante Pessoa

Enviado por jns

Fascinante Pessoa

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

“Tenho a náusea física da humanidade vulgar, que é, aliás, a única que há.”

“Inglês é a língua da ciência, mas o Português é a linguagem dos sentimentos”

Fernando Pessoa nasceu em Lisboa, em junho de 1888, e morreu em novembro de 1935, na mesma cidade, aos 47 anos, em consequência de uma cirrose hepática.

Sua última frase foi escrita na cama do hospital, em inglês, com a data de 29 de Novembro de 1935:

“I know not what tomorrow will bring”  [ Não sei o que o amanhã trará ].

Redação

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  1. Fernando Antonio Nogueira Pessoa

    “Sou um poço de gestos que nem em mim se esboçaram todos, de palavras que nem pensei pondo curvas em meus labios, de sonhos que me esqueci de sonhar até o fim. 

    Sou ruinas de edificios que nunca foram mais que essas ruinas, que alguém se fartou, em meio construi-las, em que constuia.

    Não nos esqueçamos de odiar os que gozam porque gozam, de desprezar os que são alegres, porque não soubemos ser, nos, alegres como eles…

    Benditos os que não confiam a vida a ninguém.” 

    Livro do Desassossego

    1. Álvaro de Campos

      Antonio Abujamra, o mal-humorado bem-amado

      “Não sou de dar entrevistas do jeito que vocês querem. Não sei, fico irritado”.

      A mulher, Cibélia (a Belinha), antes de sair de cena, antecipa o que virá: “Agora vou pro meu quarto, que não quero assistir malcriação”.

      Abujamra encarna, então, seu papel mais conhecido: o de marginal, inconformado, íntimo de Álvaro de Campos, o mais pessimista dos heterônimos de Fernando Pessoa.

      [video:http://youtu.be/ouKHuxPek7Y%5D

      As citações acima foram extraidas da entrevista concedida por Abujamra a Paula Bonelli para o Estadão.

  2. ¿Muere Lentamente es un poema de Pablo Neruda?

    “Morre lentamente quem não troca de ideias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.

    Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.

    Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.

    Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

    Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

    Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo. Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.

    Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.

    Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

    Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.”

    O poema Muere Lentamente, atribuído por engano a Pablo Neruda, circula há anos na Internet.

    [video:http://youtu.be/UZ_K0BDtG3Y%5D

    Em declarações à EFE, Martha reconhece que não sabe como o seu poema ‘A Morte Devagar’ começou a circular creditado a Pablo Neruda na Internet, já que há “muitos textos” seus que estão na rede “como se fossem de outros autores”. “Infelizmente, não há nada a fazer”, acrescenta.  

    A poeta e romancista brasileira de 47 anos admira profundamente o poeta chilen , de quem se declara uma fã, mas prefere que “cada um tenha seu trabalho reconhecido”. No entanto, não perde o sono com essas coisas e assegura que tem “humor suficiente para rir de tudo isso”.  A Fundação concorda com Martha e afirma que pouco pode ser feito para deter esta bola de neve na rede, já que ao fazermos uma busca no Google sobre o poema ‘Muere Lentamente’ associado ao nome do poeta Pablo Neruda, vão aparecer milhares de referências associadas ao seu nome.

    A cronista do jornal Zero Hora Martha Medeiros, nascida em Porto Alegre em 1961, formada em Publicidade, escreve livros de poesias e crônicas.

    1. Saudades de Lisboa

      A apresentadora esta no “Café Brasileiro”, o famoso café, onde Fernando Pessoa gostava de passar horas lendo, observando os passantes e a vida lisboeta. Onde provavelmente fez rascunhos e esboços de suas obras. Quem passa por Lisboa não perde a oportunidade de fazer a famosa foto ao lado da estatua do poeta casmurro e tomar um café com pastel de nata no terraço do velho café. 

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