Fora de Pauta

O espaço para os temas livres e variados e as matérias para serem lidas e comentadas. Concentraremos aqui o antigo Clipping.

Redação

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  1. Não sirvo pra quem dá conselho
    meu coração
    bate sem saber
    que meu peito é uma porta
    que ninguém vai atender

    quem sente
    agora está ausente
    quem chora
    agora está por fora
    quem ama
    agora está na cama
    doente
    só corre e nunca chega na frente
    se chega é pra dizer: vou embora
    sorriso não me deixa contente

    e todas as pessoas que falam
    pra me consolar
    parecem um bocado de bocas
    se abrindo e fechando
    sem ninguém pra dublar
    eu já disse adeus
    antes mesmo de alguém me chamar
    não sirvo pra quem dá conselho
    quebrei o espelho
    torci o joelho
    não vou mais jogar

    meu coração
    bate sem saber
    que meu peito é uma porta
    que ninguém vai atender 

    Link: http://www.vagalume.com.br/arnaldo-antunes/meu-coracao.html#ixzz2itjkraEo%5Bvideo:http://www.youtube.com/watch?v=VYszGNEp8RQ%5D

    1. Muito boa reportagem, sem

      Muito boa reportagem, sem histeria nenhuma, so os fatos mesmo.

      Quanto ao endurecimento que a PM ta prometendo, vai ser o standard procedimento policial do mundo todo:  mascarou, apanha…  Inclusive porque a arma da vitima nao foi  achada ainda.  (continua com cara de armacao e que o coronel era alvo especifico.)

  2. Reinaldo Azevedo não representa nada com coisa nenhuma

    Reinaldo Azevedo não representa nada com coisa nenhuma

     

    DAVIS SENA FILHO

     

     

    25 de Outubro de 2013 às 17:16

     

    Ele ressoa seus preconceitos, intolerâncias e sandices em um círculo vicioso frequentado por pessoas que acreditam ou compactuam com suas formulações esquizofrênicas

    O Brasil 247 alardeou recentemente em forma de manchete a contratação pela Folha do blogueiro de extrema direita da Veja — a Última Flor do Fáscio e associada à quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira —, o jornalista Reinaldo Azevedo, que não representa nada com coisa nenhuma. Apenas sua figura é superdimensionada por quem quer vendê-lo.

    Entretanto, a verdade é que considero o que o Azevedo fala e pensa ou deixa de falar ou pensar é irrelevante ao Brasil, à grande maioria dos cidadãos brasileiros e até mesmo ao jornalismo, como fonte de informação quando de fato as notícias ou opiniões são fidedignas e intelectualmente honestas.

    Reinaldo Azevedo é o ventríloquo de si mesmo. Ele ressoa seus preconceitos, intolerâncias e sandices em um círculo vicioso frequentado por pessoas que acreditam ou compactuam com suas formulações esquizofrênicas, que têm por finalidade combater “tudo o que está aí”, ou seja, os movimentos sociais, as conquistas do povo brasileiro nos últimos 11 anos, o PT e os governos trabalhistas dos presidentes Lula e Dilma Rousseff.

    Para o direitista, o mundo ideal teria de se adequar às ideias segundo os preceitos conservadores e os devaneios ideológicos dos “especialistas” de prateleiras do Instituto Millenium e da Globo News, os capitães do mato que defendem os interesses da Casa Grande, cujos moradores, por intermédio de seus DNA, têm saudade imensa dos tempos de escravidão de seres humanos.

    É dessa forma que funciona a cabeça de direita de Reinaldo Azevedo. E a imprensa de negócios privados enche sua bola quando, na verdade, tal pessoa não passa de um ser medíocre, intelectualmente sofrível, que despreza segmentos importantes da sociedade, pois seguramente pensa que é superior à “plebe”, conforme demonstram, indelevelmente, suas palavras e preconceitos políticos e de classe.

    Acho que é isso: o blogueiro da Veja (a revista do bicheiro), contratado pela Folha de S. Paulo, aquele jornal que nos tempos da ditadura emprestava seus carros para os torturadores, considera-se superior à grande maioria das pessoas que compõem a humanidade.

    Por isso, ele se junta aos seus patrões magnatas e bilionários para repercutir o pensamento insano daqueles que desejam e lutam por uma sociedade injusta, sectária, privada e voltada para atender os privilégios das classes ricas e abastadas e que odeiam ver pobre em restaurante, shopping, aeroporto e a dirigir automóveis. Afinal, na cabeça doentia dos direitistas o mundo foi feito para os coxinhas. Não existe nem uma lei a respeito disso, mas é dessa maneira que os “doentes” pensam.

    Reinaldo Azevedo apenas se comporta como o reflexo da imagem no espelho dos que controlam os meios de produção, no caso dele os megaempresários do sistema midiático corporativo e de passado e presente golpistas — a rememorar 1964. O jornalista é um dos áulicos do comportamento desleal e perverso da imprensa de mercado em relação às mudanças sociais e econômicas acontecidas no Brasil e à luta pela emancipação do povo brasileiro.

    É para isso e por causa disso que ele é pago. Porque é exatamente dessa forma que se conduz, sistematicamente e ferozmente, o senhor jornalista de extrema direita da Veja e agora da Folha. Só que ele não representa nada em âmbito universal quando pensamos na sociedade brasileira em conjunto.

    Realmente, ele não representa nada, e por isso deveria se recolher à sua insignificância como agente social, pois seu ambiente, mesmo agora na Folha, não muda e se modifica, porque seu público é cativo, extremado à direita, conforme comprovam as milhares de mensagens que o blogueiro conservador recebe.

    O público do Reinaldo Azevedo vai migrar para a Folha, porque quem consome jornalismo de péssima qualidade editorial é a parcela mais à direita das classes médias — a tradicional e a alta. Além do mais, quem lê a Veja, a revista porcaria, lê também a Folha, o jornal dos coxinhas pseudos intelectuais, leitores de Elio Gaspari e Clóvis Rossi e que acreditam em Papai Noel e Mula Sem Cabeça, se assim for necessário para enganar a si próprios e não reconhecer os avanços sociais verificados, inapelavelmente, pelo IBGE.

    Não existe dúvida sobre essa realidade. O barão de imprensa, Otávio Frias Filhos, vai perceber esse fato, se já não o percebeu e não se importa, pois o que está em jogo é entoar ao máximo a voz de gente com o perfil político e ideológico de Reinaldo Azevedo. O blogueiro que se acha maior do que realmente ele o é, pois muito vaidoso, e, consequentemente, não o suficiente sábio para saber de suas ridicularidades, porque suas diatribes o impedem de ser sensato para ser justo.

    Faço essas assertivas porque sei que Reinaldo Azevedo tem um público restrito, apesar de individualmente ser um blogueiro bastante lido. Contudo, seus leitores são os mesmos e passarão a lê-lo na Folha impressa, online e na UOL. Se seus patrões magnatas e bilionários pensam que Reinaldo Azevedo vai ter influência política no que é relativo às eleições de 2014, podem tirar o cavalinho da chuva, porque essa “estratégia” não vai ser concretizada.

    E sabe por quê? Porque a direita não tem nada para oferecer ao povo e nem para os coxinhas de classe média que leem seus péssimos pasquins ou vota nela. O motivo desse fato e realidade é que a direita não distribui renda e riqueza; não se preocupa com o ser humano e, sim, com os números e índices; e, a resumir a grosso modo, não tem preocupação social. Por isso e por causa disso é que a direita não ganha eleição, mesmo a ter um canhão em forma de mídia.

    Então, vamos à pergunta que teima em não se calar: “Como a direita faz para vencer pleitos eleitorais ou atrair pessoas para apoiá-la?” Respondo: “Dissimula, tergiversa, manipula, confunde e mente, por intermédio da imprensa de negócios privados. E para concretizar seus sonhos políticos, que, evidentemente, vão lhes trazer muitos lucros e dividendos, os magnatas bilionários de direita contratam pessoas do nível de Reinaldo Azevedo e companhia. Mas põe companhia nisso. Reinaldo não é neocon, pois velhocon. É isso aí.

    http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/118870/Reinaldo-Azevedo-não-representa-nada-com-coisa-nenhuma.htm

     

  3. Pré-história do

    Pré-história do pré-sal

    Profeta e precursor foi Getúlio Vargas, ele entendeu o que a UDN pretendia

    por Mauricio Dias
     

    A exploração do pré-sal, deslanchada na segunda-feira 21, com o leilão do Campo de Libra, é uma questão igual ou talvez até de maior importância para o País como foi, em meados do século XX, a luta pela exploração do petróleo brasileiro.

    No plano dos episódios que movem de fato a história brasileira, a luta pelo petróleo, em fins dos anos 40, de onde nasceu a Petrobras, pode ser identificada como a pré-história do pré-sal. No plano político, resguardadas as diferenças promovidas em um mundo que, por razões da física, não para de girar, a presidenta Dilma Rousseff moveu-se, por motivos políticos, por um caminho novo.

    Em vez do controle total do petróleo, ela optou por um sistema de partilha com a criação de uma empresa estatal brasileira, a PPSA, responsável pela gestão e fiscalização dos investimentos. O resultado desagradou aos gregos de esquerda e aos troianos de direita. Realizado o leilão, tudo agora se transformou, prós e contras, em contendas semânticas.

    Ideologicamente, uma parte da esquerda considera que o Brasil entregou o ouro aos bandidos. Exagero. Inspirados em lutas sociais dos anos 1940-1950, quando a situação era, de fato, tudo ou nada, alegam que o País era dono de 100% do petróleo do pré-sal, agora ficou com 40%.

    À direita, protestos contra a presença de uma estatal, a PPSA, que teria inibido a formação de mais consórcios. Havia uma previsão de 14 deles. Imediatamente após o resultado surgiram os primeiros protestos no sentido de alterar o regime de partilha nas licitações do pré-sal.

    Dilma privilegia o confronto com o setor privado e garantiu que nada vai mudar: “Eu não vejo onde o modelo precisa de reajustes. Sabe por quê? Porque aqueles que são contra o conteúdo local querem transferir a riqueza do pré-sal de outra forma para o exterior”.
    Houve discussão semelhante na criação da Petrobras nos anos 1950. Naquele momento, 60 anos atrás, pouca gente entendeu – porque é difícil mesmo de ser entendido – as razões pelas quais a UDN, partido conservador até a medula, foi responsável pelo toque final de estatização total do petróleo brasileiro.

    A pressão não era pouca. Ela se estendia das noções interessadas e equivocadas, supostamente nacionalistas, de Monteiro Lobato, entre outros, ao sufoco político imposto pelos interesses dos Estados Unidos.

    Uma frase do presidente Getúlio Vargas, perdida na história, ajuda a entender essa suposta contradição udenista: os liberais estatizaram o controle do petróleo. Evito aspas no esforço de captar melhor a ironia da fala de Vargas. Ele apontava os adversários e dizia: para eles, o petróleo é nosso, mas embaixo da terra.

    A UDN apostava que o Brasil não teria dinheiro para bancar a exploração e, ao fim, o País envergonhado privatizaria o petróleo. Sustentavam também que não havia condições técnicas para explorar as “terras profundas” do solo.

    Desdenharam da capacidade financeira e técnica do País tropical e deram com os burros n’água. Como se dizia muito antigamente: bem feito! O pré-sal só existe pela pré-história dele. O desenvolvimento tecnológico da Petrobras.

    http://www.cartacapital.com.br/revista/772/pre-historia-do-pre-sal-1097.html

     

  4. A farra de Henrique

    A farra de Henrique Deputado

     Henrique Eduardo Alves transforma a presidência da Câmara em reduto de apadrinhados que não dão expediente e até de condenados pela Justiça
     

    Em 1987, quando dirigia a Assembleia Constituinte que colocou de pé o mais amplo regime de liberdades da história republicana, o deputado Ulysses Guimarães possuía uma equipe de 30 pessoas para ajudá-lo nas tarefas burocráticas da presidência da Câmara de Deputados. Em 2013, três décadas e meia depois, quando o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) ocupa a cadeira de Ulysses, o número praticamente dobrou: são 58 funcionários. O salário desses cidadãos começa em R$ 3,2 mil e pode chegar a R$ 14,8 mil mais benefícios, como tíquete alimentação de R$ 800 reais e diárias por serviços externos. O aspecto mais curioso dessa turma é que ali há de tudo. Não faltam  cidadãos que acordam cedo para pegar no batente e justificam cada centavo recebido. Mas há casos surpreendentes, inclusive de pessoas condenadas pela Justiça que conseguiram ser contratadas antes de cumprirem a pena.

    Lobista condenado a quatro anos de prisão por desvio de recursos da União, Eurípedes Marinho dos Santos chegou a ser preso durante a Operação Carranca, da Polícia Federal. Como tem direito a cumprir pena em regime aberto, Eurípedes logo teve a ideia de bater às portas da Câmara – e foi atendido com a ajuda do deputado  licenciado e prefeito de Coruripe (AL), Beltrão (PMDB). “O Eurípedes estava pleiteando uma vaga para trabalhar na presidência da Casa e eu concedi apoio”, diz Beltrão. A contratação de Eurípedes ocorreu no início do ano, ainda que seu caso devesse chamar a atenção numa instituição que mexe com dinheiro público, pois fora condenado por formação de quadrilha e corrupção passiva. Ao apurar a situação do funcionário-condenado, ISTOÉ descobriu um fato espantoso. Nem mesmo a assessoria do presidente Henrique Eduardo sabia das pendências judiciais do caso. Num esforço para diminuir a repercussão, a Câmara resolveu demitir Eurípedes na semana passada. “Assim que o gabinete da presidência foi informado sobre a situação jurídica do servidor, decidiu-se por sua exoneração” informou, em nota, a presidência da Casa.

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    DIÁRIO OFICIAL
    Os funcionários contratados pela Câmara: Eurípedes chegou a ser preso e
    Dheyfesson e José Geraldo costumam se ausentar do trabalho, segundo colegas

    O ambiente de descontrole da Câmara é antigo. Em 2006, quando ocupou a presidência da Casa, o atual ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB), estabeleceu regras para deixar claro que os ocupantes de cargos conhecidos pela sigla CNE (ou Cargo de Natureza Especial) são funcionários administrativos da Casa. Isso quer dizer que não podem exercer qualquer atividade política. Outra determinação é que tenham residência em Brasília e não se ausentem da capital federal em dia de expediente. Essa cláusula, nem sempre é cumprida. Na semana passada, ISTOÉ tentou localizar funcionários que, conforme os colegas, são notados pela ausência no trabalho. Um deles é o agropecuarista José Geraldo Moura da Fonseca Júnior. Apadrinhado pelo próprio Henrique Eduardo, José Geraldo tem um contracheque de R$ 11,1 mil reais. No ano passado, questionado sobre a atividade profissional do apadrinhado, o então líder do PMDB Henrique Eduardo respondeu que ele ficava na sede do partido, em Natal, onde recebia prefeitos do interior. Hoje dirigente do Sindicato dos Pecuaristas do Rio Grande do Norte, José Geraldo dá expediente todas as tardes na sede do sindicato em Natal, segundo uma funcionária da entidade. Procurado por ISTOÉ, ele não retornou as ligações.

    Outro funcionário conhecido pela ausência em Brasília é Dheyfesson Pinheiro, um dos líderes do PRP de Roraima. Ele foi preso em 2010, acusado de comprar votos. Quando recuperou a liberdade, Dheyfesson recebeu proteção do senador Romero Jucá (PMDB-RR), maior liderança do Estado, apontado como intermediário do pedido de nomeação assinada por Henrique Eduardo Alves. Através de sua assessoria, Jucá nega ter prestado o favor: “O senador não tem qualquer indicação de funcionário na presidência da Câmara”. Embora tenha recebido recados para comentar o caso, Dheyfesson não retornou as ligações da revista.  

    http://www.istoe.com.br/reportagens/331583_A+FARRA+DE+HENRIQUE

  5. Europeus exigem ‘código de

    Europeus exigem ‘código de conduta’ após casos de espionagem dos EUA

    França e Alemanha lideram ofensiva diplomática. Casos foram revelados por documentos vazados por Edward Snowden.
     

    O escândalo de espionagem americana continua a fazer eco nesta sexta-feira (25) e pressiona os líderes europeus, em sua maioria indignados, a exigir de Washington um “código de boa conduta”.

    Após a França e a Alemanha, foi a vez da Espanha de anunciar a convocação do embaixador americano em Madri para explicações sobre os casos, revelados pelos documentos vazados pelo ex-consultor de inteligência americano Edward Snowden.

    Esta decisão do primeiro-ministro Mariano Rajoy é uma resposta às novas revelações da imprensa, segundo as quais a Agência de Segurança Nacional (NSA) americana teria espionado membros do governo espanhol, incluindo seu predecessor José Luis Zapatero.

    Ao todo, 35 líderes mundiais, incluindo a chanceler alemã Angela Merkel e a presidente Dilma Rousseff, teriam sido grampeados, publicou na quinta-feira o jornal britânico “Guardian”.

    Além disso, a França suspeita que os serviços secretos americanos estão por trás de um ataque cibernético à presidência sofrido em maio de 2012, segundo o jornal “Le Monde”.

    As revelações, que surgiram a partir de junho, “criaram uma tensão considerável em nossas relações com alguns dos nossos mais próximos parceiros estrangeiros”, admitiu Lisa Monaco, conselheira de Barack Obama para a segurança interna.

    Mas, apesar dos protestos, os líderes europeus rejeitam sanções contra os Estados Unidos.

    “Não se trata de aumentar a pressão desnecessariamente em relação aos Estados Unidos”, declarou o primeiro-ministro belga Elio Di Rupo, resumindo o estado de espírito dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia.

    Os 28 líderes tentam apresentar uma unidade de fachada para exigir explicações de Washington.

    A ofensiva é liderada pela França e pela Alemanha, que irão “discutir bilateralmente com os Estados Unidos, a fim de encontrar até o final do ano um acordo sobre suas relações mútuas nesta questão”, segundo o comunicado da cúpula.

    “Tentaremos implementar um código de boa conduta com os Estados Unidos, sobre o que é aceitável e o que não é”, indicou o primeiro-ministro do Luxemburgo, Jean-Claude Juncker.

    Em um texto comum, os europeus reconhecem que a “coleta de informações constitui um elemento não essencial da luta contra o terrorismo”, a justificativa usada por Washington.

    Mas “a falta de confiança poderia causar prejuízos à cooperação”, advertiu.

    “Todo mundo pode entender a adoção de medidas excepcionais quando há ameaças terroristas importantes (…), mas não estamos em uma situação onde é preciso espionar uns aos outros”, declarou nesta sexta Di Rupo.

    O presidente francês, François Hollande, disse por sua vez que “não podemos controlar os celulares das pessoas que encontramos em cúpulas internacionais”.

    O chefe de Governo finlandês, Jyrki Katainen, resumiu o dilema dos europeus: “devemos preservar a relação transatlântica e afirmar que isso (a espionagem) não é aceitável”.

    Para além dos protestos, os europeus rejeitam sanções, em particular uma eventual suspensão das negociações de livre comércio lançadas recentemente entre os dois blocos.

    Vários países, como o Reino Unido e a Espanha, também decidiram não ofender Washington aderindo a iniciativa franco-alemã. A Espanha continua a ser um “parceiro e aliado” dos Estados Unidos, afirmou Rajoy.

    Por sua vez, o primeiro-ministro britânico David Cameron preferiu não comentar o escândalo, insistindo no fato de que as questões de inteligência cabem às nações e não à UE.

    A dificuldade de chegar a um consenso, se expressa nas divergências sobre o projeto de lei apresentado pela Comissão Europeia há meses para reforçar a proteção dos dados pessoais contra os gigantes da internet e dos serviços de inteligência.

    Enquanto a comissária europeia da Justiça, Viviane Reding, cobra medidas e a adoção da reforma até à primavera de 2014, os 28 decidiram por uma “margem de manobra” até 2015.

    “Nós devemos avançar mais rápido, mas a tarefa é complexa. Não envolve somente a vida privada, mas também o mundo dos negócios”, afirmou Van Rompuy.

    http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/10/europeus-exigem-codigo-de-conduta-apos-escandalo-da-espionagem.html

  6. Sul21 recomenda documentário

    Sul21 recomenda documentário sobre Serra Pelada, BR Trans e muito mais
     

    Serra Pelada — A Lenda da Montanha de Ouro (****)
    , de Victor Lopes, 2012, Brasil, 100 min

    serra pelada

    Este excelente documentário investiga a lenda e os fatos por trás de Serra Pelada, no sul do Pará, o maior garimpo a céu aberto do planeta. Para que não sabe, na década de 80, no coração da floresta amazônica, 115 mil homens garimparam algo entre 30 (número oficial) e 100 toneladas de ouro, carregando aos pedaços, em suas costas, uma montanha de 150m de altura. Hoje devastada, Serra Pelada se transformou num lago de 150 metros de profundidade, cercado por miséria, disputas e lendas. A aventura da maior corrida do ouro do século XX, e a segunda maior concentração de trabalho humano depois das pirâmides do Egito, é uma história que não acabou de ser contada.

    http://www.sul21.com.br/jornal/todas-as-noticias/cultura/sul21-recomenda-documentario-sobre-serra-pelada-br-trans-e-muito-mais/

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=OtRASMNlUug%5D

  7. Presidente usa FMI em

    Presidente usa FMI em provocação a tucanos

    Dilma afirma em São Paulo que antecessores consideravam ‘inadequado’ investir em metrô

    Ao participar de cerimônia ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), a presidente Dilma Rousseff fez nesta sexta-feira, 25, em São Paulo, críticas indiretas à gestão tucana do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2002). No anúncio da liberação de R$ 5,4 bilhões do governo federal para o setor metroferroviário do Estado, Dilma disse que o País era refém do Fundo Monetário Internacional (FMI) para fazer qualquer tipo de investimento.
     

    A presidente disse também que antes de o PT ocupar a Presidência da República os investimentos federais em metrô e trens nos Estados eram considerados “inadequados”. Segundo Dilma, o País passou por um período de “déficit histórico” em políticas de mobilidade urbana.

    “Nos anos 80 e 90, era considerado inadequado fazer metrôs dado o custo elevado de investimento. Essa inadequação estava ligada ao fato de o Brasil passar por um momento muito difícil, que durou muito tempo”, disse Dilma em seu discurso no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista.

    Ao citar o FMI, Dilma se dirigiu a Alckmin: “A gente tinha que pedir autorização ao Fundo Monetário para investir. Por isso foi tão bom, né governador, a gente ter pagado a dívida do Fundo Monetário, que não supervisiona mais as nossas contas”, disse a presidente.

    Em 2005, no último ano do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo brasileiro quitou o restante da sua dívida externa, de US$ 15,6 bilhões, livrando-se da cartilha de exigências do Fundo. O País se tornou nos anos seguintes credor do fundo.

    Críticas externas. Recentemente, o FMI provocou forte reação das autoridades brasileiras ao fazer críticas à economia nacional em seu relatório anual. O Fundo criticou a fragilidade dos investimentos, a política de combate à inflação e o que chamou de erosão da política fiscal.

    Antes de Dilma discursar, o governador Geraldo Alckmin cobrou mais colaboração financeira da União para a expansão da malha metroferroviária paulista. “Todos os grandes metrôs do mundo tiveram recursos do governo federal”, afirmou.

    O aporte federal de R$ 5,4 bilhões anunciado ontem por Dilma em São Paulo será destinado para as obras na linha 2-verde do metrô, a expansão da linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), a implantação da linha 13-Jade até o aeroporto de Guarulhos e também para a reforma de mais 19 estações da CPTM.

    Do total liberado pelo Planalto, R$ 4,1 bilhões são oriundos de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O restante – R$ 1,3 bilhão – são provenientes do próprio Orçamento da União. O repasse é parte de um pacote de mobilidade anunciado por Dilma logo depois das manifestações de junho. Em julho deste ano, a presidente já tinha destinado R$ 8 bilhões para a Prefeitura de São Paulo investir em transportes na capital.

    Giro. A presidente relembrou em seu discurso ontem que o governo vai destinar de um total de R$ 50 bilhões em investimentos como parte dos pactos anunciados em junho. Segundo ela, o detalhamento dos aportes vai ser feito num giro que Dilma pretende fazer até o final deste ano em todas as capitais.

    “Lancei a segunda etapa dos R$ 50 bilhões em Porto Alegre, Salvador, no Rio. Terça fazemos Curitiba e, até o final do ano, todas as principais capitais”, afirmou a presidente.

    Antes de anunciar a liberação de recursos da União para as obras no metrô em São Paulo, Dilma publicou no seu Twitter uma mensagem fazendo referência aos protestos de junho. “Os movimentos de junho não foram apenas pelos 20 centavos. Foram por mais direitos. Por isso, respondemos com a proposta dos cinco pactos. Um deles é da Mobilidade Urbana”, escreveu.

    http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,presidente-usa-fmi-em-provocacao-a-tucanos,1089751,0.htm

  8. 2050 ou um ponto logo ali,

    2050 ou um ponto logo ali, adiante

    De olho na China, o Brasil precisa se preparar para o acirramento da competição entre as economias nacionais mais industrializadas
     

    Nas instituições multilaterais, e também em alguns países, fazer previsões econômicas de longo prazo é uma prática. Aqui no Brasil, a ausência de interesse nesse tipo de projeção é uma característica; outra, é que pouco refletimos sobre qual é a visão, para o futuro, que essas instituições têm de nós. No contato com alguns dos documentos disponíveis, salta aos olhos a necessidade de entendermos melhor o que condiciona nosso futuro.

    No World Agriculture Towards 2030/2050: The 2012 revision (em inglês, em PDF), a FAO estima que, em 2050, o mundo terá universalizado um padrão de consumo alimentar hoje existente apenas nos países já desenvolvidos (3 mil calorias diárias per capita). Em escala mundial, isso vai propiciar uma drástica redução da desnutrição infantil.

    Entretanto, para que essa projeção se confirme, em 2050 o mundo terá de produzir 50% mais toneladas de alimentos do que produz atualmente. Nessa previsão de safra global está embutida a certeza de que o Brasil continuará expandindo sua base exportadora de alimentos. O que representará, mesmo num cenário de preços de commodities estáveis, exportações mais altas.

    No mesmo sentido, vemos no World Trade Report 2013: Factors shaping the future of world trade (em inglês), da OMC, um implícito cenário de expansão sustentada de nossa economia. Segundo estas projeções, mesmo num cenário pessimista o PIB mundial deverá crescer 2% ao ano, até 2035; e 4% ao ano num cenário otimista. Neste caso, as exportações mundiais deverão crescer, no cenário mais pessimista, 1% ao ano; e, no cenário mais otimista, 7% ao ano.

    Para a OMC, o Brasil chegará em 2035, em qualquer cenário, com um mesmo share mundial: no PIB (2%); no total das exportações (1%); e nas exportações de manufaturados (1%). Nosso crescimento, segundo a OMC, seguirá a mesma dinâmica do mundo.

    Porém, quando analisamos as previsões contidas em China 2030 (em inglês, em PDF), um documento do Banco Mundial e do Centro de Pesquisa do Desenvolvimento do Conselho de Estado Chinês, delineamos uma perspectiva melhor. Nesse documento, há uma clara visão de como, nos próximos a 17 anos, a China pretende tornar-se uma sociedade moderna, criativa e de alta renda. Essa construção, tal como ocorreu nos anos recentes, vai gerar uma forte aceleração do setor exportador brasileiro.

    Recentemente, a China tornou-se o maior parceiro comercial do Brasil e, para se tornar o país terciário e urbano de sua previsão, terá que comprar ainda mais nossas commodities (minério de ferro, petróleo, soja e carne). Com isso, nossa forte relação comercial tende a evoluir para grandes acordos de investimentos, seja nas concessões ferroviárias ou na exploração do pré-sal, por exemplo.

    Nesse aspecto, é oportuno lembrar que o Brasil, em virtude da descoberta de uma fonte de riqueza off shore, já tem uma das maiores carteiras de encomendas navais do mundo. E também possui um robusto projeto de concessões ferroviárias (10 mil km); rodoviárias (5 mil km); de aeroportos e portos.

    Assim, o fato da China crescer numa velocidade maior que o mundo nos permitirá um aumento da produção nacional, para exportação, de minério de ferro, alimentos, óleo e gás. Isso pode, por si, sustentar um longo período de saldo comercial positivo. E com isto, maior segurança cambial.

    Essa perspectiva é ainda mais promissora quando analisamos outro componente das transações correntes do país: a conta de capital. Podemos projetar que o fluxo de investimento estrangeiro direto será também positivo, e alto. Isto está escrito nos contratos de concessão e nas entrevistas dos principais CEO mundiais.

    Grandes concessões, vultosos planos de investimento de grandes empresas transnacionais e a expansão do mercado nos permitem consolidar uma visão de futuro melhor do que aquele que está desenhado no relatório da OMC.

    Se o cenário cambial, por conta do aumento da atividade exportadora e do aporte de investimento produtivo é bom, tal como sugere esta reflexão, a questão passa a ser como nossa economia, especialmente o setor industrial, vai incorporar os avanços tecnológicos do Século 21.

    Nesse sentido, vale refletir sobre como algumas nações já estão se preparando para novas mudanças. O Reino Unido, com toda a sua tradição liberal, elaborou, em seu Government Office Science (em inglês, em PDF), um estudo para mostrar às suas empresas como acumular vantagens nas transformações tecnológicas em curso e em outras que estão por vir. A ideia é construir, a partir das reconhecidas bases científicas e industriais do país, vantagens competitivas comerciais.

    Esse estudo aponta que em 2020 o mercado mundial de nanomateriais será de 100 bilhões de dólares; até lá, apenas a rede de smart-grid da União Europeia vai gerar dispêndios de outros 200 bilhões de dólares. Daqui a sete anos, segundo os britânicos, a biotecnologia industrial e os plastic eletronics serão produtos de novos e bilionários mercados.

    No governo australiano há um exemplo similar de visão de futuro. Um dos pontos fortes do Trends in Manufacturing 2020 (em inglês, em PDF) é a expectativa de manter um milhão de empregos na indústria de transformação numa situação de pleno emprego e com a consolidação de um sistema de produção global, baseadas em impressões 3D de última geração e com uso intensivo da robótica para a integração de manufaturas ainda inexistente.

    No que tange à robótica, a Coréia do Sul nos informa que tornou o tema assunto de Estado. Seu Ministério do Conhecimento coordena um programa de Pesquisa e Desenvolvimento que objetiva posicionar sua indústria nacional Top 3 no ranking mundial. Eles nos antecipam que este setor deverá ter vendas de 220 bilhões de dólares em 2020.

    Se para a FAO e para a OMC o mundo globalizado, no médio prazo, vai superar mazelas e promover um maior intercâmbio de mercadorias e serviços, as estratégias nacionais aqui apresentadas seguem no sentido de transformar essas perspectivas em oportunidades e, com isso, consolidar empregos de maior valor agregado.

    Isso também está presente no A National Strategic Plan for Advanced Manufacturing (em inglês, em PDF), elaborado pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia do Gabinete do Presidente dos Estados Unidos. Este plano objetiva reverter o atual déficit comercial (100 bilhões de dólares) de manufaturas de alta tecnologia daquele país, fortalecendo a classe média e a América.

    O governo americano, em 2013, lançou um pacote bilionário de incentivos públicos para reforçar investimentos em robótica, nanotecnologia e biotecnologia. Não é sem razão que uma das maiores empresas do mundo hoje anuncia, na web, que seu futuro computador de ponta será desenhado e montado nos Estados Unidos, talvez pela primeira vez.

    Nestes planos nacionais de crescimento, além da firme orquestração nacional, pública e privada, há uma visão global que sustenta estratégias setoriais focadas em oportunidades reconhecidamente relevantes. A leitura destes documentos, além de inspiração, sugere que temos de nos preparar para o acirramento da competição entre as economias nacionais mais industrializadas.

    *Leonardo Guerra é chefe da Assessoria Econômica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

    http://www.cartacapital.com.br/economia/2050-ou-um-ponto-logo-ali-adiante-4425.html

     

  9. Os sinais do colapso de Fukushima

    Queda de encosta

    Dois trabalhadores de Fukushima comentaram, no Twitter, que o Tufão Wipha provocou a queda da encosta do terreno localizado ao sul na rua Okuma, na área da usina nuclear.

    O deslizamento bloqueou, por terra e areia, a rua principal e, além disso, houve, em parte, uma subsidência.

    O trabalhador acrescentou que há mais pistas, naquela área, que podem indicar um provável colapso que pode ser causado pelo próximo tufão.

    Comentário dos trabalhadores no Twitter:

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    Fotos perturbadoras

    Registros fotográficos do local, onde ocorreu o deslizamento do terreno, tomadas no dia 16, foram publicadas pela TEPCO no dia 26 de outubro.

    Embora o governo japonês e a TEPCO não admitam, os seus trabalhadores estão afirmando que o chão desabou na área da usina nuclear.

    Os perigos de Fukushima

    O que isso significa para o resto do mundo? 

    ‘A pesca foi suspensa depois que a água radioativa foi encontrada para estar vazando para o oceano a partir da usina nuclear de Fukushima Daiichi.’

    ‘Autoridades dizem que testes de radiação de produtos marinhos e de água salgada não indicaram problemas.’ 

    Há uma saída?

    ‘[…] Que tipo de amanhã aguarda Japão? […] O público japonês consome os seus dias com medo e ansiedade pelas repercussões da crise nuclear, que pode ser sentida em todos os lugares, e não há final à vista ainda. […]’

    Professor Taisei Namura, Ph.D., Instituto Nacional de Inovação Biomédica do Ministério do Japão da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, localizado em Osaka:

    – ‘Um câncer não acontece imediatamente. Se você não reconhecê-lo e agir agora, você não tem futuro. Devemos sensibilizar o público. Nós não podemos ter a certeza porque é uma quantidade pequena. Os sintomas não aparecem até décadas mais tarde.’

    Professor Eiji Makino,da Hosei University, tradicional universidade privadas com sede em Tóquio:

    – ‘Esta tragédia revelou que os padrões políticos, sociais, econômicos e morais do Japão estão caindo aos pedaços. Acho que estamos diante de uma grande crise. Quero enfatizar mais uma vez que o Japão está à beira de um colapso.’

    O vídeo-compilação informativo, ‘O Japão à Beira do Colapso’, de um professor da Universidade de Tóquio, alerta ​​sobre as implicações nefastas deste pesadelo em curso.

    [video:http://youtu.be/xDpR703zOeg%5D

    Informações:

    http://beforeitsnews.com/japan-earthquake/2013/10/ground-collapse-at-fukushima-2444310.html

  10. Data Folha e os Black Blocs
    O

    Data Folha e os Black Blocs

    O Data Folha fez uma pesquisa, nesta sexta feira, 25/10, onde 95% dos paulistanos rejeitaram a violência dos Black Blocs. O Data Folha fica devendo uma pesquisa de quando a PM agrediu professores dentro da Câmara Municipal do Rio, autorizada pelo governador Sérgio Cabral e prefeito Eduardo Paes; outra seria sobre a ação da PM em atirar bala de borracha na cara de jornalistas em várias manifestações. A Folha deveria entrevistar os manifestantes que foram feridos de bala de verdade pela PM no Rio. Deveria fazer também uma pesquisa dos Black Blocs que saíram em defesa dos professores no Rio, como também quando participaram dos protestos contra o leilão de Libra que entregou a maior parte de nosso petróleo, pois a Petrobrás ficou com 40% e 60% foram para Shell (Hollandeses e Britânicos), Total (Franceses) e Chineses. Que tal falar dos Blacs Blocs que protestaram contra o sacrifício de animais como cobaia? E aquele PM que apareceu num blog com um cassetete quebrado, dizendo com ironia: “ foi mal, professor!”. E os oficiais da PM que foram flagrados colocando morteiro em mochila de adolescente? Lamento a agressão a qualquer cidadão, que seja policial, civil, comandante, soldado ou professor. Mas, cá para nós, foram os Black Blocs que inauguraram a violência no país? Quem foram os autores da chacina em Vigário Geral na Candelária,  em Eldorado dos Carajás etc?

    Faço parte da grande parte da população que defende manifestações pacíficas e condenam qualquer tipo de violência. Mas não foram os Black Blocs que inauguram essa prática no país. Aliás, foram os Black Blocs os mais agredidos nas manifestações e são os únicos manifestantes que estão presos. O principal problema dos Black Blocs e que eles enfrentam a polícia e denunciam os banqueiros, agiotas oficiais, e a mídia manipuladora do país. Aliás, gostei muito quando eles jogaram estrume na Globo! É bom lembrar que todo tipo de manifestante e não só o Black Blocs foi agredido com gás de pimenta, bomba de efeito moral, bala de borracha e até Pistola elétrica.

    Uma coisa é certa, a Folha não está preocupada com a PM, pois poderia usar seu poder para melhorar os salários aviltantes da categoria, ela está preocupada é com os bancos e com esse poder constituído que massacra o povo brasileiro.

    RIO DE JANEIRO, 27 de outubro de 2013

     

  11. Russia e EUA

    O longo (20 anos!) “pas de deux” de Rússia e EUA está chegando ao fim?

    Do “Redecastorphoto”

    http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2013/10/o-longo-20-anos-pas-de-deux-de-russia-e.html

    http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2013/10/o-longo-20-anos-pas-de-deux-de-russia-e_17.html

    As recentes tensões entre União Europeia e Rússia, por causa do “basta” que o Greenpeace recebeu no Ártico só confirma um fato que já ninguém perde tempo com tentar desmentir: as elites políticas e financeiras ocidentais absolutamente odeiam Putin e estão em pânico ante o comportamento da Rússia, seja dentro da Rússia seja na cena internacional. Essa tensão estava bem visível na fisionomia de Obama e Putin na reunião do G8 em Lough Erne, onde ambos se mostravam absolutamente incomodados um com o outro. 

    As coisas pioraram quando Putin fez algo jamais visto na história da diplomacia russa: disse publicamente que Kerry é desonesto, e até o chamou de mentiroso. Vídeo a seguir:

    http://www.youtube.com/watch?v=lAArQmkXIjQ&feature=player_embedded#t=0

    Apesar de as tensões terem atingido uma espécie de clímax na questão síria, os problemas entre Rússia e EUA nada têm de novidade. Rápido exame do passado recente basta para mostrar que a empresa-imprensa ocidental dedica-se empenhada e sustentadamente numa campanha estratégica para identificar e explorar qualquer pressuposta fragilidade no “escudo político” russo, e para pintar a Rússia como se fosse país mesquinho, não democrático e autoritário ou, em outras palavras, grave ameaça para o ocidente. Basta listar alguns episódios da campanha de difamação da Rússia (na ordem em que me ocorrem agora): ·         Berezovsky apresentado como empresário “processado”·         Politkovskaya “assassinada pelos assassinos da KGB”·         Khodorkovsky na cadeia, por seu amor à “liberdade”·         A “agressão” da Rússia contra a Georgia ·         As guerras “genocidas” dos russos contra o povo checheno·         “Pussy Riot” [Agito das Bucetas] como “prisioneiras de consciência”·         Litvinenko “assassinado por Putin”·         Homossexuais russos “perseguidos” e “maltratados” pelo estado·         Magnitsky e, na sequência, a “Lei Magnitsky”·         Snowden como “traidor escondido na Rússia”·         “Eleições roubadas” para a Duma e para a presidência·         A “Revolução Branca” na praça Bolotnaya·         O “novo Sakharov” (Alexei Navalnyi)·         O “apoio da Rússia” a “Assad, o “açougueiro (químico) de Bagdá”·         A constante “intervenção dos russos” em assuntos da Ucrânia·         O “total controle”, pelo Kremlin, sobre a mídia russa A lista nem se aproxima de ser completa, mas basta para nossos objetivos. Permitam acrescentar imediatamente, aqui, que meu objetivo hoje não é desmentir todas essas acusações, uma a uma. Já o fiz várias vezes nesse blog. Quem se interesse, que procure. Hoje, me dedicarei apenas a declarar algo extremamente importante, que não posso provar, mas do que estou absolutamente convencido, sem sombra de dúvida: 90% ou mais do público russo considera todas essas “causas” perfeito, absoluto nonsense, tolices, não questões infladas até se converterem… não se sabe em que, se não totais sandices. Além disso, a maioria dos russos acredita que as chamadas “forças democráticas” que as elites ocidentais apoiam na Rússia (Iabloko, Parnas, Golos, etc.) são, basicamente, agentes pagos para fazer propaganda pró-ocidente, sustentados pela CIA, pelo MI6, por George Soros e por oligarcas judeus exilados. O que é garantido é que, exceto esses pequenos grupos liberais/ democráticos, ninguém, na Rússia leva a sério essas acusações. A maioria dos russos vê essas questões exatamente pelo que são: campanha de difamação. Em muitos sentidos, tudo isso é ainda reminiscência de como eram as coisas na Guerra Fria, quando o ocidente usou seus imensos recursos de propaganda para demonizar a União Soviética e apoiar forças antissoviéticas em todo o mundo, inclusive dentro da própria URSS. Entendo que esses esforços foram muitíssimo bem-sucedidos e que, à altura dos anos 1990s, a vasta maioria dos soviéticos, inclusive os russos, estavam muito desgostosos com seus líderes. Assim sendo, por que a diferença, hoje? Para responder essa pergunta, temos de olhar na direção do passado, dos processos que aconteceram na Rússia nos últimos 20 anos aproximadamente, porque só assim, só se conhecermos o que houve nessas duas décadas, será possível chegar à raiz dos atuais problemas entre EUA e Rússia. Quando a União Soviética realmente desapareceu? A data oficial do fim da União Soviética é 26/12/1991, dia em que o Soviete Supremo da União Soviética adotou a Declaração n. 142-Н, que oficialmente reconheceu a dissolução da União Soviética como estado, submetido à lei internacional. Mas esse é mofo muito superficial, formal, de ver as coisas. Alguém poderia argumentar que a União Soviética encolheu até ficar do tamanho da Federação Russa, mesmo assim ela sobreviveu nessas fronteiras reduzidas. Afinal, leis não mudam da noite para o dia, muito menos grande parte da burocracia. Mesmo que o Partido Comunista tenha sido banido depois do golpe de agosto de 1991, o resto do aparato do estado continuou a existir. Para Yeltsin e seus apoiadores, essa realidade criou situação MUITO difícil. Já tendo banido o Partido Comunista da União Soviética e desmantelado a KGB, os liberais de Yeltsin ainda enfrentavam um adversário formidável: o Soviete Supremo da Federação Russa, o Parlamento da República Russa Soviética Federativa Socialista – eleito pelos deputados do Congresso do Povo da Federação Russa. Ninguém aboliu essa instituição MUITO soviética, que rapidamente se tornou o centro de quase todas as forças anti-Yeltsin e pró-Sovietes no país. Não posso aqui entrar nos detalhes desse pesadelo legal. Basta dizer que o Soviete Supremo apresentou-se como “Parlamento Russo” (o que, de fato, não era) e que seus membros engajaram-se numa campanha sistemática para impedir que Yeltsin implementasse suas “reformas” (em termos bem gerais, pode-se dizer que tentaram impedir que Yeltsin arruinasse o país). Pode-se dizer que a “nova Rússia” e a “velha URSS” disputavam entre elas o futuro do país. Como seria de prever, o Soviete Supremo desejava uma democracia parlamentarista, e Yeltsin e seus liberais queriam uma democracia presidencialista. Os dois lados mostravam o que, para a maioria dos russos, parecia ser claro contraste: 1) O presidente russo Bóris Yeltsin: oficialmente, representava a Rússia, em oposição à União Soviética; se autoapresentava como anticomunista e democrata (esqueçam que ele fora membro de alto escalão do Partido Comunista da União Soviética e membro não votante do Politburo!). Yeltsin era também muito claramente o queridinho do ocidente, e prometia integrar a Rússia ao mundo ocidental.   Alexandder Rutskoi (E) e Ruslan Khasbulatov (D)2) O Soviete Supremo: comandado por Ruslan Khasbulatov com o apoio do vice-presidente da Rússia,Alexander Rutskoi, o Soviete Supremo tornou-se o ponto em torno do qual se reuniram todos os que acreditavam que a União Soviética fora ilegalmente dissolvida (o que é verdade) e contra o desejo da maioria do povo russo (o que também é verdade). Muitos, embora não todos, os apoiadores do Soviete Supremo eram, se não completos comunistas, com certeza, no mínimo, socialistas e anticapitalistas. Grande parte do muito desorganizado movimento nacionalista russo também apoiava o Soviete Supremo. Nós todos sabemos o que aconteceu: Yeltsin esmagou a oposição num vastíssimo banho de sangue, muito pior do que o noticiado pela empresa-imprensa ocidental (ou russa). Escrevo isso com alto grau de certeza, porque é informação que obtive de fonte muito boa: aconteceu que eu estava em Moscou naqueles dias trágicos, e em contato diário com um coronel de uma unidade das forças especiais mais secretas da KGB chamda “Vympel” (mais sobre isso, adiante), o qual me contou que a KGB, para efeito interno, estimava que o número de pessoas assassinadas no Moscow Oblast chegara bem perto de 3.000. Sou testemunha ocular, também, de que os combates duraram muito mais tempo do que reza a narrativa oficial: assisti a uma batalha de fogo ininterrupto, de metralhadora, exatamente abaixo da minha janela, que durou cinco dias inteiros, depois de o Soviete Supremo já se ter rendido. Insisto em anotar isso, porque acho que ilustra uma realidade muito frequentemente apagada: a chamada “crise constitucional de 1993” foi, na verdade, uma mini guerra civil, em que se disputou o destino da União Soviética. Só depois dessa crise é que a União Soviética realmente desapareceu. Nos dias que precederam o assalto dos tanques contra o Soviete Supremo, tive a oportunidade de passar muito tempo com apoiadores do presidente e do Soviete Supremo. Tive tempo para longas conversas, tentando ver por mim mesmo o que cada lado defendia e se me deveria aliar a um ou a outro lado. Cheguei a uma conclusão bem triste: os DOIS lados eram compostos, basicamente, de ex- (ou não ex-) comunistas; os DOIS lados diziam que defendiam a democracia e os DOIS lados se acusavam, um ao outro, de serem fascistas. De fato, os dois lados eram, isso sim, muito parecidos. Acredito que não fui o único a sentir isso, naqueles dias, e desconfio que muita gente na Rússia sentia, profundamente, exatamente a mesma coisa que eu, e terminaram realmente desgostosos de todos os políticos envolvidos “naquilo”. Quero partilhar aqui uma história pessoal: aqueles foram dias pessoalmente muito divertidos para mim. Aqui estava eu, jovem, nascido numa família de russos emigrados e furiosamente antissoviéticos, que passara muito anos combatendo contra o sistema soviético e, especialmente, contra a KGB. E, mesmo assim, por ironia, acabei passando praticamente todo o meu tempo na companhia de um coronel de uma unidade das forças especiais da KGB (o modo como nos encontramos é longa história, para outro postado). O mais divertido para mim foi o fato de que, apesar de todas as nossas diferenças, nós dois tivemos exatamente a mesma reação aos eventos que se desenrolavam ali, diante dos nossos olhos. Os dois decidimos que não poderíamos nos alistar em nenhum dos dois lados em conflito – os dois lados nos pareciam igualmente repugnantes. Eu estava no apartamento dele, quando ele recebeu um telefonema do quartel general da KGB, ordenando-lhe que se apresentasse num ponto da cidade, para preparar-se para um assalto, pelas forças especiais, contra a “Casa Branca” (apelido “de rua”, do prédio do Parlamento Russo) – ele recusou-se a obedecer, disse ao chefe que não ia e desligou o telefone. Não foi o único, nessa resposta: como em 1991, nem os soldados regulares russos, nem os agentes das forças especiais russas aceitaram atirar contra russos (outros, pressupostos mais “democráticos”, atiraram sem dó). Em vez de obedecer aos chefes, meu novo amigo dedicou-se a dar-me vários conselhos, muito úteis, sobre como retirar de Moscou um parente meu, em segurança, sem sermos, nem mortos, nem presos (falante nativo da língua russa, com passaporte estrangeiro, eu absolutamente não estava em segurança em lugar algum, naqueles dias). Quis contar essa história aqui, porque ela mostra algo muito importante: em 1993, uma vasta maioria de russos, inclusive emigrados exilados, e até coronéis das forças especiais da KGB, estavam muito desgostosos, de fato, estávamos fartos, dos DOIS partidos envolvidos naquela crise. De certo modo, poder-se-ia dizer que muitos russos estavam à espera de que surgisse uma TERCEIRA força, na cena política. De 1993 a 1999 – um pesadelo democrático Depois de os bandidos de Yeltsin terem esmagado a oposição, as portas do inferno realmente se abriram na Rússia: o país inteiro foi tomado por máfias, e os vastos recursos nacionais russos foram pilhados por oligarcas (judeus, a maioria deles). A chamada “privatização” da economia russa criou dois grupos: um de poucos multimilionários, e outro, de dezenas de milhões de miseráveis que mal conseguiam sobreviver. Em todas as cidades cresceu a criminalidade, a infraestrutura nacional entrou em colapso e muitas regiões da Rússia passaram a planejar ativamente para separarem-se da Federação Russa. A Chechênia foi autorizada a separar-se da Federação Russa, depois de uma guerra grotesca e sangrenta, em que se viram os militares russos ser apunhalados pelas costas, pelo Kremlin. E ao longo de todos aqueles anos infernais, as elites ocidentais garantiram o mais pleno apoio a Yeltsin e aos seus oligarcas. A única exceção a essa festa amorosa, foi o apoio político, econômico e militar que a anglosfera deu aos chechenos insurgentes. Até que o que tinha de acontecer afinal aconteceu: o país declarou falência em 1998, ao desvalorizar o rublo e dar calote nas dívidas. Embora não se venha jamais a saber com certeza, creio firmemente que, em 1999, a Rússia esteve a poucos passos de sumir completamente, como país e como nação. O legado deixado pelos liberais/democratas Tendo esmagado a oposição em 1993, os liberais russos obtiveram completa liberdade para escrever uma nova Constituição que servisse perfeitamente aos seus objetivos. E, com a visão caolha que lhes é típica, adotaram uma nova Constituição que dava poderes imensos ao presidente e poderes realmente mínimos ao novo Parlamento, a Duma Russa. Chegaram até a abolir o posto de vice-presidente (não queriam algum outro Rutskoi, a sabotar os planos deles). Gennadi Zuiganov Mesmo assim, nas eleições presidenciais de 1996, os liberais só por um triz não perderam tudo. Para horror deles, o candidato comunista Gennadi Zuiganov foi mais votado no 1º turno das eleições, o que obrigou os liberais a tomarem duas medidas: primeiro, claro, falsificaram os números da contagem oficial de votos; e, segundo, alinhavaram às pressas uma aliança com o general de exército Alexander Lebed, nome muito popular. Essas duas medidas tornaram possível para os liberais declarar vitória no 2º turno das eleições (embora, de fato, o vitorioso tenha sido Ziuganov). Também nesse caso, o ocidente apoiou Yeltsin integralmente. Ora… E por que não apoiariam? Já haviam apoiado Yeltsin no massacre dos apoiadores do Soviete Supremo. Por que não o apoiariam numa eleição roubada, OK? Perdidos por um, perdidos por mil. Mas Yeltsin só se dedicava empenhadamente, mesmo, a manter-se quase ininterruptamente embriagado, e logo ficou bem claro que não duraria muito. Em pânico, o campo liberal cometeu erro de dimensões gigantescas: permitiram que um burocrata pouco conhecido e absolutamente pouco interessante ou impressionante saísse de São Petersburgo para substituir Yeltsin como presidente em exercício: Vladimir Putin. Putin era burocrata competente, calado, discreto, cujo principal atributo pareceu ser a falta de personalidade. Era o que pensavam os liberais. Mas rapaz… Que imenso erro de avaliação! Hadji Kadyrov (E) e Vladimir Putin (D)Imediatamente depois de nomeado, Putin agiu com a rapidez do raio. Surpreendeu todos, ao envolver-se pessoalmente na 2ª Guerra da Chechênia. Diferente do antecessor, Putin deu total liberdade aos comandantes militares para que guerreassem como achassem melhor. E Putin outra vez surpreendeu todos quando obteve acordo realmente histórico com Ahmad Hadji Kadyrov, para fazer a paz na Chechênia. Kadyrov comandara a insurgência durante a 1ª Guerra da Chechênia. A popularidade de Putin atingiu a estratosfera, e ele imediatamente usou o evento a seu favor. Num movimento realmente surpreendente, de virada histórica inesperada, Putin usou a mesma Constituição redigida e aprovada pelos russos liberais, para implementar uma série muito rápida de reformas cruciais, e para eliminar a base do poder dos liberais: os oligarcas judeus (Berezovksy, Khorodkovsky, Fridman, Gusinsky, etc.).  Também fez aprovar muitas leis destinadas a “fortalecer o poder vertical”, que dava ao Centro Federal o controle direto sobre as administrações locais. Assim, não apenas esmagou muitas das máfias locais, que já haviam corrompido e estavam infiltradas nos governos locais, como, simultaneamente, deteve, em pouco tempo, todos os vários movimentos divisionistas dentro da Rússia. Por fim, usou o que se chama “recurso administrativo” para criar o seu partido Rússia Unida, ao qual deu total apoio do estado. A ironia de todo esse processo é que Putin jamais teria conseguido fazer com sucesso tudo o que fez, se os liberais russos não tivessem, antes, inventado uma Constituição hiper-presidencialista, que deu a Putin todos os meios de que ele precisava para alcançar seus objetivos. Parafraseando Lênin, eu diria que os russos liberais deram a Putin a corda para enforcá-los. O ocidente, é claro, rapidamente percebeu o que estava acontecendo, mas era tarde: os liberais haviam perdido o poder para sempre (se Deus quiser!) e a Rússia estava claramente sendo ocupada por uma terceira força que, antes, nunca tinha sido vista em ação. Quem realmente pôs Putin no poder? Eis a pergunta de 10 mil dólares. Formalmente, a resposta oficial é conhecida: a entourage de Yeltsin. Mas é bem óbvio que outro grupo não identificado de gente manobrou para brilhantemente passar a perna nos liberais e enfiar a raposa dentro do galinheiro. Considere-se que as forças pró-soviéticas haviam sido fragorosamente derrotadas em 1993. Portanto, não se tratou de ação de revanchistas nostálgicos, que sonhassem com a ressurreição da velha União Soviética. Nem é preciso examinar esse campo, cujos militantes, de fato, permanecem, até hoje, na oposição a Putin. Então… Quem? Foi uma aliança de DUAS forças: elementos do ex “PGU KGB SSSR” e vários líderes-chaves da comunidade industrial e financeira. Examinemos essas forças, uma a uma: Primeiro a PGU KGB SSSR: o braço de inteligência estrangeira da KGB soviética. O nome oficial era 1º Diretorado-Chefia do Comitê de Segurança do Estado da URSS. Em termos gerais, o equivalente do MI6 britânico. Não há qualquer dúvida de que era a elite da elite da KGB, e sua unidade mais autônoma (tinha seu próprio quartel-general na área sul de Moscou). Embora o PGU trabalhasse em várias questões e campos, era também muito intimamente ligado ao, e interessado no, mundo da grande finança, do big business, na URSS e no exterior. Dado que o PGU nada tinha a ver com as atividades mais sórdidas da KGB, como a perseguição de dissidentes (que era função do 5º Diretorado) e que pouco tinha a ver com a segurança interna (prerrogativa do 2º Diretorado-Chefia), não aparecia no topo da lista de instituições a serem reformadas, simplesmente porque não era odiado como as partes mais visíveis da KGB. A segunda força que pôs Putin no poder foram jovens saídos de ministérios-chave da ex-União Soviética, que trabalhavam com questões industriais e financeiras, e que odiavam os oligarcas judeus que mantinham Yeltsin. Diferentes dos oligarcas de Yeltsin, esses jovens líderes não estavam interessados exclusivamente em pilhar os recursos da Rússia para, adiante, se aposentarem nos EUA ou em Israel; queriam que a Rússia se convertesse em poderosa economia de mercado integrada ao sistema financeiro internacional. Dmitri MedvedevAdiante, o primeiro grupo viria a ser o que chamo de “Soberanistas Eurasianos”; e os segundos converter-se-iam no que chamo de “Integracionistas  Atlanticistas”. Podemos chamá-los de “turma de Putin” e “turma de Medvedev”. Por fim, não se pode esquecer que há também uma terceira força, que jogou todo o seu peso nessa parceria Putin-Medvedev – o povo russo, que, até hoje, sempre votou para mantê-los no poder. Fórmula absolutamente brilhante, mas cujo prazo de validade venceu Não há dúvida de que a ideia de criar essa “parceria” foi absolutamente brilhante: Putin arregimentaria os nacionalistas; Medvedev, o pessoal de orientação mais liberal. Putin teria o apoio dos “ministros do poder” (Defesa, Segurança, Inteligência); Medvedev, da comunidade dos negócios. Putin assustava suficientemente as autoridades locais para que obedecessem ao centro federal; Medvedev fazia EUA e União Europeia sentirem-se bem em Davos. Ou, dito de outro modo: quem se atreveria a ser contra o duo Putin & Medvedev? No máximo, apoiadores linha-duríssima da União Soviética; nacionalistas xenofóbicos pervertidos; liberais pervertidos pró-EUA; e judeus exilados. No máximo, esses: e é pouca gente. Aliás… Quem se vê hoje na oposição a Putin? Um Partido Comunista à cata de nostálgicos da era soviética; um Partido Liberal-Democrata à cata de nacionalistas; e um pequeno partido “Just Russia” cujo único objetivo parece ser tirar votos dos outros dois e cooptar alguns dos liberais mais pervertidos. Em outras palavras: Medvedev e Putin eliminaram, basicamente, todo e qualquer tipo de oposição que mantivesse alguma credibilidade. Como já mencionei em outros postados anteriores, há hoje claros sinais de sérias tensões entre os “Soberanistas Eurasianos” e os “Integracionistas Atlanticistas”, a tal ponto que Putin já criou, em 2011, o seu próprio movimento (a “Frente Popular de Todo o Povo Russo” [orig. All-Russia People’s Front]). Tendo passado os olhos pelos processos complexos que levaram Putin à presidência da Rússia, é preciso examinar também o que acontecia nos EUA durante o mesmo período. Enquanto isso, os EUA foram neocon-detonados Diferentes da União Soviética que basicamente desapareceu do mapa do planeta, os EUA “venceram” a Guerra Fria (não é absolutamente verdade, mas é como os norte-americanos veem a coisa); e, tendo-se tornado a última e única real superpotência, os EUA imediatamente embarcaram numa série de guerras em terras distantes, para implantar a sua “dominação de pleno espectro” sobre todos, sobretudo depois dos eventos do 11/9. Mesmo assim, a sociedade dos EUA pós-11/9 tem suas raízes em passado mais distante: os anos Reagan. Durante a presidência de Ronald Reagan, um grupo que adiante passaria a ser conhecido como “neoconservadores”, ou “neocons”, tomou a decisão estratégica de assumir o completo controle do Partido Republicano, de suas instituições e think-tanks afiliados. Se, no passado, tantos ex-trotskystas inclinaram-se mais na direção de apoiar um Partido Democrata suposto de esquerda, o “novo Grande Velho Partido Republicano, renovado e melhorado”, sob o comando de Reagan, exibia traços extremamente atraentes para os neoconservadores: 1) Dinheiro: Reagan era apoiador incondicional da grande finança e do mundo corporativo. Seu mantra “o problema é sempre o governo” encaixava-se à perfeição na intimidade histórica que sempre houve entre Neoconservadores, Barões Ladrões, chefões mafiosos e grandes banqueiros. Para eles, desregulação significa liberdade de empreender – uma liberdade que faria a imensa fortuna dos especuladores e espertos em geral Wall Street. 2) Violência: Reagan apoiava firmemente o complexo industrial-militar dos EUA e uma política de intervenção em todos e quaisquer países do planeta. Aquela fascinação pela força bruta e – sejamos honestos – pelo terrorismo, também se encaixava perfeitamente na forma mentis dos trotskystas-neoconservadores. 3) Ilegalidade: Reagan absolutamente não se deixava perturbar pela lei, internacional ou nacional dos EUA. Sim, nos casos em que a lei implicasse vantagens para os EUA ou para interesses dos Republicanos, então, sim, era cumprida com muitas solenidades. Caso contrário, os the Reaganites destratavam a sei, sem qualquer prurido. 4) Arrogância: sob Reagan, o patriotismo e um hubris imperial ganharam renovado prestígio. Mais do que jamais antes, os EUA viram-se como o único “Líder do Mundo Livre” a proteger o planeta contra o “Império do Mal”, mas também como únicos e superiores ao resto da humanidade (como aquele comercial da Ford, nos anos 1980s: “somos o número um, os primeiros, antes de nós, ninguém!” [orig. “we’re number one, second to none!”). 5) Mentiras sistemáticas: sob Reagan mentir deixou de ser prática ocasional, embora regular na política, e tornou-se a forma-chave da comunicação pública. Reagan e seu governo podiam dizer uma coisa e, na sequência, o contrário do que acabavam de dizer, na mesma frase. Podiam prometer o que claramente não cumpririam (viramStar Wars?). Podiam jurar solenemente e, em seguida, quebrar o juramento (caso dos Irã-Contras). E, se obrigado a enfrentar provas de suas mentiras, Reagan sempre repetia “Bem, não, não me lembro de ter dito isso”. 6) Messianismo: Reagan não só contou com o apoio de todas as mais ensandecidas seitas religiosas nos EUA (inclusive de todo o “Cinturão Bíblico”), como também se dedicou a promover grupos seculares messiânicos que pregavam uma mistura tóxica de xenofobia bem próxima do racismo, com fascinação narcísica por tudo que fosse patriótico, por ridículo ou estúpido que fosse, e que várias vezes beirou o culto deles mesmos. Assim, se se soma tudo isso (dinheiro + violência + ilegalidade + arrogância + mentira sistemática + messianismo), tem-se o quê? Não tem ar de coisa conhecida, bem conhecida? Não temos aí uma perfeita descrição de sionismo e de Israel? Não surpreende que os neoconservadores tenham voado em bandos cada vez maiores para esse novo velho Grande Partido Republicano! O Partido Republicano de Reagan serviu como perfeita placa de Petri na qual cresceu a bactéria sionista. E como cresceu! Cresceu muito. Muito. Acho que seria razoável dizer que os EUA passaram por um longo processo, duas décadas, de “sionização”, que culminou na grande operação clandestina do 11/9, na qual tipos do Project for the New American Century (PNAC) [Projeto do Novo Século Americano] [8] usaram o acesso fácil aos centros do poder nos EUA, em Israel e na Arábia Saudita para conjurar um novo inimigo – o “terror islamo-fascista” –, o qual não só justificaria uma guerra planetária contra o “terrorismo”, mas, também, o mais incondicional apoio a Israel. Há outros derrotados nessa evolução, especialmente o que chamo de “velho campo anglo”, o qual, basicamente, perdeu o controle de quase todo o seu poder político doméstico e todo o poder de sua política exterior: pela primeira vez, um novo curso de política exterior gradualmente começou a tomar forma sob a liderança de um grupo que, adiante, seria identificado como “Israel Firsters” [“Israel antes de tudo!”]. Por algum tempo, os velhos Anglos pareciam ter retomado os reinos do poder – no governo de George Bush Pai – mas imediatamente perderam-nos outra vez, com a eleição de Bill Clinton. 
    Mas o apogeu do poder sionista-conservador só aconteceu durante o governo de George W. Bush, que comandou um expurgo em massa de “Anglos”, tirados de posições chaves no governo (especialmente no Pentágono e na CIA). Previsivelmente, já com o pessoal que Bush Pai chamara de “os doidos do porão” bem firmemente instalados no poder… os EUA rapidamente se aproximaram da beira do precipício de um colapso global: externamente, a simpatia massiva que o 11/9 angariara para os EUA converteu-se num tsunami de ressentimentos e ira; e internamente, o país estava diante de uma massiva crise bancária, que quase resultou na implantação de lei marcial nos EUA. E entra Barak Obama! – “Mudança em que se pode crer!” A eleição de Barack Obama para a Casa Branca, foi evento histórico espetacular. Não apenas a maioria da população branca elegeu um negro ao posto mais alto do país (de fato, tratou-se de explícita expressão de desespero, muito mais do que de anseio profundo por mudança), mas porque, depois de uma das mais efetivas campanhas de propaganda e Relações Públicas da história, a vasta maioria dos norte-americanos e muitos, se não todos os povos, em todo o planeta, realmente acreditaram que Obama promoveria algumas mudanças profundas, significativas. A desilusão com Obama foi tão ampla, quanto as esperanças que milhões depositaram nele. Pessoalmente, sinto que a história registrará Obama não apenas como um dos piores presidentes que os EUA jamais tiveram, mas, também – e mais importante – como a última chance inaproveitada para que o “sistema” se autorreformasse. A chance passou, desaproveitada. E enquanto alguns, em desgosto profundo, descreviam Obama como “um Bush light”, entendo que seu governo pode ser descrito como “mais do mesmo, só que pior”. Tendo dito isso, há algo que, para minha perfeita felicidade, a eleição de Obama conseguiu: afastou (muitos, embora não todos) os neoconservadores, de muitas (embora não de todas) as posições-chave do poder; e reorientou (grande parte, embora não toda) a política externa dos EUA para uma linha mais tradicional de “primeiro os EUA”, normalmente apoiada pelos interesses dos “velhos Anglos”. Sim, sim, os neoconservadores continuam firmemente no controle do Congresso e da imprensa-empresa nos EUA; mas o Executivo está, afinal, por hora, de volta ao controle pelos Anglos (estou, é claro, generalizando: Dick Cheney não foi nem judeu nem sionista; e Henry Kissinger não pode ser descrito como “Anglo”). E, embora Bibi Netanyahu tenha recebido mais aplausos de pé no Congresso (29 vezes) que qualquer presidente dos EUA, o ataque ao Irã que Bibi desejava tão ardentemente não aconteceu. Em vez disso, Hillary e Petraeus foram mandados pra casa, dando lugar a Chuck Hagel e John Kerry. Pode não ser (e não é) “mudança em que se pode crer”, mas, pelo menos, é prova de que o Partido Likud já não controla a Casa Branca. É claro que a coisa ainda não acabou. Se algo se pode concluir da galinhagem em curso entre a Casa Branca e o Congresso, na disputa pelo orçamento, com risco inerente de que os EUA deem calote nos credores, é que essa disputa está longe de terminar. A atual matriz real de poder nos EUA e na Rússia Já vimos que há dois partidos não oficiais na Rússia, engalfinhados numa luta mortal pelo poder: os “Soberanistas Eurasianos” e os “Integracionistas Atlanticistas”. Há também dois partidos não oficiais nos EUA, também engalfinhados numa luta mortal pelo poder: os Neoconservadores e os “velhos Anglos imperialistas”. Minha opinião é que, pelo menos por hora, os “Soberanistas Eurasianos” e os “velhos Anglos” estão ganhando a disputa contra seus respectivos competidores internos; mas os “Soberanistas Eurasianos” russos estão em posição muitíssimo mais forte que os “velhos Anglos” norte-americanos. Há duas principais razões para que assim seja: 

    1)  A Rússia já passou por seu próprio colapso econômico & calote aos credores: e
    2)  A maioria dos russos apoiam fortemente o presidente Putin e suas políticas “Soberanistas Eurasianas”. Diferente disso, os EUA estão à beira de um colapso econômico e a claque dos 1%, que hoje governa os EUA é absoluta e profunda e sinceramente odiada e desprezada pela maioria dos norte-americanos. 

    Passada a imensa, profunda, dolorosa desilusão com Obama, mais e mais norte-americanos vão-se convencendo de que trocar o fantoche que habita a Casa Branca não faz nem sentido nem diferença. E que os EUA precisam, isso sim, urgente, de MUDANÇA DE REGIME.

    A URSS e os EUA – de volta para o futuro? É curioso, para os que se lembram da União Soviética do final dos anos 1980s, ver o quanto os EUA sob Obama tornaram-se parecidos à URSS sob Brezhnev: internamente, é caracterizado por um senso geral de desgosto e de alienação das pessoas, acionado pela inegável estagnação de um sistema apodrecido até o âmago. Um estado militar e policial extensivo, com uniformes por todos os cantos, enquanto a cada dia mais e mais pessoas são empurradas para um estado de pobreza abjeta. Uma máquina governamental de propaganda que, como no 1984 de Orwell, existe para propagandear sucessos, quando todos sabem que só fazem publicar e divulgar mentiras. Externamente, os EUA espalharam-se por todo o mundo, e em toda parte são ou odiados ou ridicularizados. Exatamente como nos dias dos sovietes, os líderes dos EUA vivem em visível estado de medo, com medo do próprio povo, a ponto de se sentirem forçados a se autoprotegerem atrás de caríssima rede global de espiões e propagandistas, todos eles também em estado de terror permanente ante qualquer opinião divergente e para os quais o pior inimigo é o seu próprio povo. George OrwellAcrescentem a isso um sistema político que, longe de cooptar os melhores cidadãos, aliena-os cada vez mais profundamente, ao mesmo tempo em que promove, para as posições de poder, os mais profundamente corruptos e imorais. Um complexo industrial-prisional e outro complexo industrial-militar, ambos em pleno crescimento, mas que o país não tem, simplesmente, dinheiro para continuar a sustentar. Uma infraestrutura pública em ruínas, combinada a um sistema completamente disfuncional de assistência à saúde, no qual só os ricos e bem relacionados conseguem bom tratamento médico. E, sobretudo, um discurso público terminalmente esclerosado, entupido de clichês ideológicos e absolutamente desconectado da realidade. Jamais esquecerei as palavras de um embaixador paquistanês na Conferência da ONU Para o Desarmamento, em Genebra, em 1992, o qual, falando a uma assembleia de arrogantes diplomatas ocidentais, disse o seguinte: Os senhores parecem acreditar que venceram a Guerra Fria. Mas nem consideraram a possibilidade de que o que realmente aconteceu tenha sido, apenas, que as contradições internas do comunismo detonaram aquele comunismo antes de que as contradições internas do capitalismo deem cabo desse capitalismo de vocês?!  Desnecessário dizer que essas palavras proféticas foram saudadas pelo silêncio mais pétreo e foram logo esquecidas. Pois entendo que o homem acertou em cheio: agora o capitalismo  chegou a uma crise tão profunda como a que afetava a União Soviética no final dos anos 1980s. E há chance-zero de que saiba reformar-se ou, seja como for, modificar o capitalismo que há. A única saída possível é a mudança de regime. Raízes históricas da russofobia das elites norte-americanas Tudo isso – dito acima – posto, torna-se de fato muito simples entender por que a Rússia em geral, e Putin em especial, provocam ódio tão amplo, geral e irrestrito aos plutocratas ocidentais: depois de terem-se autoconvencido de que teriam vencido a Guerra Fria, hoje aqueles mesmos plutocratas têm de enfrentar um duplo desapontamento; de um lado veem crescer a Rússia, em plena recuperação; de outro lado veem o declínio econômico e político do ocidente, que parece estar-se convertendo agora em agonia dolorosa e lenta. Em sua ira amarga e ressentida, os líderes ocidentais sequer percebem que a Rússia nada tem a ver com os atuais problemas do ocidente. De fato, aconteceu exatamente o oposto: o colapso da URSS criou nova demanda por dólares norte-americanos na Europa Oriental e na Rússia, o que deu alguma sobrevida ao sistema econômico internacional puxado pelos EUA (alguns economistas, como Nikolai Starikov, estimam que o colapso da URSS deu cerca de dez anos de vida, a mais, ao dólar norte-americano). No passado, a Rússia sempre foi arqui-inimiga histórica do Império Britânico. Quanto aos judeus – a Revolução de 1917 trouxe grande esperanças para muitos judeus do leste da Europa, mas tiveram vida curta, a partir do momento em que Stálin derrotou Trotsky e o Partido Comunista foi expurgado de praticamente todos os membros judeus. Mais uma vez, a Rússia teve papel trágico na história dos judeus azquenazes e isso, é claro, deixou marca profunda na visão de mundo dos neoconservadores, os quais são, até hoje, furiosamente russofóbicos.  Stalin (E) e Trotsky (D)Alguém poderia contra-argumentar que muitos judeus são profundamente gratos ao Exército Soviético, que libertou judeus dos campos de concentração dos nazistas; e pelo fato de a União Soviética ter sido o primeiro país a reconhecer Israel. Mas nesses dois casos a gratidão recai sobre a UNIÃO SOVIÉTICA, não sobre a Rússia, que muitos judeus azquenazes ainda associam a políticas e valores anti-judeus. Não surpreende, pois que ambos, os “Anglos” e as elites judaicas nos EUA alimentem horror quase instintivo, e muito medo, da Rússia, sobretudo se vista como ressurgente ou antiamericana. De fato, não erram, nessa percepção: a Rússia, sim, está definitivamente, sim, ressurgindo; e a vasta maioria da opinião pública russa é, sim, veementemente antiamericana, pelo menos no sentido em que “EUA” signifique o modelo civilizacional ou o sistema econômico dos EUA. O sentimento antiamericano na Rússia  O sentimento sobre os EUA passou por mudança dramática, depois da queda da União Soviética. Nos anos 1980s, os EUA não eram apenas “populares”: estavam absolutamente “na moda”. A juventude russa criou vários grupos de rock (alguns dos quais imensamente populares, e populares até hoje, como o grupo DDT de São Petersburgo), roupas e fast food à moda dos EUA eram os sonhos de todos os adolescentes russos, e muitos intelectuais pensavam sinceramente os EUA como “líder do mundo livre”. Evidentemente, a propaganda de estado da URSS sempre desejou apresentar os EUA como país imperialista agressivo, mas o esforço deu em nada: naquele momento a maioria dos russos gostava muito dos EUA. Um dos grupos pop mais populares dos anos 1990s (o Nautilus Pompilius) tinha uma canção (Goodbye America) que dizia (vídeo –som- e letra traduzida a seguir[NTs]):   Adeus EUA, oh Onde jamais estive, Adeus para sempre! Pegue seu banjo E toque na minha despedida la-la-la-la-la-la, la-la-la-la-la-la Seus jeans gastos Ficaram apertados demais para mim Nos ensinaram por tempo demais A amar seus frutos proibidos. Apesar de algumas exceções a essa regra, acho que, no início dos anos 1990s quase todo o povo russo, especialmente os mais jovens, haviam engolido toda a propaganda norte-americana, isca, anzol e vara. A Rússia, naquele momento era desanimadoramente pró-EUA. O colapso catastrófico da URSS em 1991 e o apoio total, incondicional que o ocidente deu a Yeltsin e aos seus oligarcas mudou tudo isso. Em vez de tentar ajudar a Rússia, os EUA e o ocidente usaram toda e qualquer ocasião que encontraram para enfraquecer a Rússia no plano externo (envolvendo toda a Europa Oriental na OTAN, apesar de terem prometido que não o fariam). E, internamente, o ocidente apoiou os oligarcas judeus que estavam, literalmente, saqueando para fora da Rússia toda a riqueza russa, como vampiros sugando uma jugular; e o ocidente, simultaneamente, estimulou todas as formas imagináveis de separatismo. Ao final dos anos 1990s, as palavras “democrata” e “liberal” já eram palavrões. Uma piada do final dos anos 1990 é bom exemplo desse sentimento generalizado:
    Um novo professor chega à classe: – Meu nome é Abram Davidovich, e sou liberal. Agora, cada um de vocês levante-se e se apresente, como eu fiz. – Meu nome é Masha, e sou liberal. – Meu nome é Petia, e sou liberal. – Meu nome é Joãozinho, e sou stalinista. – Joãozinho! Por que você é stalinista?! – Minha mamãe é stalinista, meu papai é stalinista, meus amiguinhos são stalinistas e eu também sou stalinista. – Mas, Joãozinho, se sua mãe fosse puta, seu pai viciado em cocaína, e seus amigos, homossexuais… Você seria o quê?! – Aí, sim, eu seria liberal. Observem que, na piada, “liberalismo” e “judeus” já aparecem associados: o nome Abram Davidovich é nome tipicamente judeu. Observem também a inclusão de “homossexuais” entre a puta e o viciado em cocaína, e lembrem dessa piada sempre que avaliarem a típica reação dos russos à campanha anti-Rússia orquestrada por organizações ocidentais de homossexuais. O efeito político desses sentimentos é bem evidente: nas últimas eleições, nenhum partido político pró-ocidente obteve votos suficientes para eleger sequer um representante ao Parlamento. E, não! Não foi porque Putin tivesse proibido os partidos pró-Ocidente (como vários propagandistas gostam de crer). Há atualmente 57 partidos políticos na Rússia, e alguns poucos são pró-ocidentes. O fato real e inegável é que a porcentagem de russos que manifestam simpatia pelos EUA e pela OTAN/União Europeia não chega a 5%. Pode-se também dizê-lo de outro modo: todos, absolutamente todos os partidos políticos representados no Parlamento russo são profundamente antiamericanos, até o muito moderado “Just Russia”. Sentimentos anti-Rússia nos EUA? Se se considera o ininterrupto fogo de artilharia de propaganda anti-Rússia nos veículos da imprensa-empresa ocidental, vale a pena examinar para saber se há ou não sentimentos anti-Rússia no ocidente. É difícil avaliar objetivamente, mas, como nascido na Europa Ocidental e residente por um total de 15 anos nos EUA, posso dizer que sentimentos anti-Rússia no ocidente são raros, praticamente inexistentes. Nos EUA, sempre houve forte sentimento de anticomunismo – que persiste até hoje –, mas, seja lá como for, a maioria dos norte-americanos consegue estabelecer a diferença entre uma ideologia política que eles absolutamente não compreendem (mas detestam, mesmo assim) e o povo que, no passado, esteve associado àquela ideologia. Os “políticos” norte-americanos, é claro, na expressiva maioria, odeiam a Rússia, mas entre os norte-americanos poucos são os que nutrem sentimentos de oposição ou de temor contra a Rússia ou o povo russo. Para mim, isso se explica por uma combinação de vários fatores. Em primeiro lugar, dado que cada vez mais pessoas no ocidente vão-se dando conta de que não vivem em democracia, mas numa plutocracia dos 1% mais ricos, todos tendem a ver com olhos mais céticos a propaganda oficial (foi exatamente o que também aconteceu entre os russos, nos anos 1980s). Além disso, cada vez mais e mais pessoas no ocidente opõem-se à ordem imperial plutocrática que as empobrece e desempodera e as converte em servos das corporações; essas pessoas tendem a ser simpáticas à Rússia e a Putin, que “enfrentam os bastardos em Washington”. Mas, num plano mais fundamental, há o fato de que, numa bizarra virada histórica, a Rússia de hoje defende os valores ocidentais de ontem: a lei internacional, o pluralismo, a liberdade de expressão, os direitos sociais, o anti-imperialismo, oposição à intervenção militar contra estados soberanos, rejeição da guerra como meio para resolver disputas, etc.. No caso da guerra na Síria, a posição da Rússia foi absolutamente consistente e coerente, sempre na defesa da lei internacional; essa firmeza impressionou muita gente nos EUA e na Europa, e já se ouvem cada vez mais elogios a Putin, vindos de gente que, antes, nutria contra ele as mais terríveis suspeitas e profundas desconfianças. A Rússia, é claro, não é uma utopia, nem alguma espécie de sociedade perfeita, longe disso; mas o país tomou a decisão fundamental de tornar-se país *normal*, exatamente o antônimo de ser império global, e qualquer país normal aceita defender os princípios do “ocidente de ontem”, não só a Rússia. De fato, a Rússia é muito não-excepcional, na compreensão pragmática de que defender esses princípios não é questão de algum idealismo simplório, mas um objetivo político firmemente realista. No ocidente, os governantes e sua imprensa-empresa adestrada dizem aos povos que Putin é o perfeito mal, ex-ditador da KGB, grande ameaça para os EUA e seus aliados. Mas desde que as pessoas possam ouvir o que Putin realmente diz, poucos são os que não se percebem em perfeito acordo de opiniões com ele. Numa outra engraçada virada histórica, assim como a população soviética procurava a BBC, a Voice of America ou a Radio Liberty para obter notícias e informação, hoje, cada dia mais gente no ocidente assiste aos programas de Russia Today, Press TV ou Telesur para obter informação mais confiável. Daí a reação de pânico de Walter Isaacson, Presidente do Comitê de Presidentes de Redes de Comunicação [orig. Chairman of the Broadcasting Board of Governors] comissão que supervisiona a mídia norte-americana dirigida para audiências estrangeiras: Walter IsaacsonNão podemos nos deixar ultrapassar e descartar por nossos inimigos, na luta pela comunicação. Já há Russia Today, a Press TV do Irã, a TeleSUR da Venezuela e, claro, a China também está lançando seu canal internacional de notícias, 24 horas no ar, com correspondentes em todo o mundo.  Gente como Isaacson sabem que estão lenta e inexoravelmente perdendo a batalha informacional pelo controle da cabeça e dos pensamentos do grande público. E agora, com todo esse affair Snowden, a Rússia vai-se convertendo em porto seguro para tantos ativistas políticos que precisam salvar-se da ira do Tio Sam. Rápido exame pela Internet, ajuda a ver que a cada dia mais pessoas falam de Putin como “líder do mundo livre”, e há, até, quem já esteja recolhendo assinaturas pelo planeta, para exigir que Obama transfira a Putin o prêmio Nobel que recebeu. Fato é que muitos que, como eu, realmente combatemos contra o sistema soviético, estamos gostando muito de ver esse giro de 180 graus, em relação à posição mundial nos anos 1980s. Elites ocidentais – ainda paralisadas, catatônicas, na Guerra Fria O mundo mudou radicalmente nos últimos 20 anos, mas as elites ocidentais nunca mudaram e não mudam. Obrigadas a encarar uma realidade que as frustra, essas elites buscam desesperadamente re-combater a Guerra Fria, na esperança de re-vencer. Assim, afinal, se explica o ciclo infinito de repetição de campanhas de propaganda para denegrir a Rússia, de que falei no início desse postado. Tentam apresentar a Rússia como alguma espécie de nova União Soviética, com minorias oprimidas, encarceradas ou dissidentes assassinados, com pouca ou nenhuma liberdade de expressão, mídia monolítica controlada pelo governo, e aparelho sempre presente de vigilância contra os cidadãos. O problema é que essa leitura aparece com 20 anos de atraso, as acusações não convencem a opinião pública ocidental e têm tração zero dentro da Rússia. Na verdade, as tentativas para interferir em assuntos internos da Rússia têm sido sempre tão mal feitas, tão ridículas, que têm tido efeito de tiro saído pela culatra. Primeiro, as tentativas patéticas em que o ocidente se empenhou para criar uma revolução “colorida” nas ruas de Moscou, até as tentativas contraproducentes para criar algum (qualquer) tipo de crise em torno dos direitos humanos na Rússia – e cada passo empreendido pela máquina de propaganda ocidental só fez reforçar a posição de Vladimir Putin e de seus “Soberanistas Eurasianos”, contra a facção dos “Integracionistas Atlanticistas” que há dentro do Kremlin. Houve um simbolismo pungente, profundo, na mais recente reunião dos 21 países reunidos na Cooperação Econômica do Pacífico Asiático [orig. Asia-Pacific Economic Cooperation, APEC], em Bali. Obama teve de cancelar sua viagem por causa da crise do orçamento nos EUA; e Putin recebeu a homenagem musicalmente horrível, mas politicamente muito significativa, de um “Parabéns a você”, de aniversário, cantado em coro por todos os presidentes dos países do Pacífico na região. Pode-se imaginar a fúria, na Casa Branca, ao verem os “aliados” do Pacífico, a cantar serenatas de aniversário para Putin! Conclusão: “Estamos em todos os lugares” Em uma de suas mais belas canções, David Rovics [1] canta os seguintes versos (We Are Everywhere), que quero registrar na íntegra (vídeo a seguir) porque se aplicam direta e completamente à situação atual:   When I say the hungry should have food I speak for many When I say no one should have seven homes While some don’t have any Though I may find myself stranded in some strange place With naught but a vapid stare I remember the world and I know We are everywhere  When I say the time for the rich, it will come Let me count the ways Victories or hints of the future Havana, Caracas, Chiapas, Buenos Aires How many people are wanting and waiting And fighting for their share They hide in their ivory towers But we are everywhere  Religions and prisons and races Borders and nations FBI agents and congressmen And corporate radio stations They try to keep us apart, but we find each other And the rulers are always aware That they’re a tiny minority And we are everywhere  With every bomb that they drop, every home they destroy Every land they invade Comes a new generation from under the rubble Saying “we are not afraid” They will pretend we are few But with each child that a billion mothers bear Comes the next demonstration That we are everywhere.  Esses versos são bela expressão da esperança que deve inspirar todos os que nos opomos ao Império EUA-sionista: estamos em todos os lugares, literalmente. De um lado, estão o 1%, os imperialistas Anglos e os sionistas-neoconservadores; do outro lado, estamos o resto do planeta e, potencialmente também 99% do povo dos EUA. Se é verdade que nesse ponto do tempo Putin e seus Soberanistas Eurasianos são o grupo mais forte e mais bem organizado dessa resistência planetária contra o Império, também é verdade que não estão no centro da luta e nem são cruciais na luta. Sim, sim, a Rússia pode desempenhar e desempenhará esse papel, mas como PAÍS NORMAL dentre outros PAÍSES NORMAIS, alguns pequenos e economicamente fracos, como o Equador; outros gigantescos e muito poderosos, como a China. Mas até o pequeno Equador foi enorme, gigante, quando garantiu refúgio a Julian Assange (e a China apequenou-se, ao pedir que Snowden, por favor, se escafedesse). Quer dizer: o Equador não é pequeno. Seria ingênuo esperar que esse processo de “desimperialização” dos EUA possa acontecer sem violência. Os impérios francês e britânico só vieram abaixo depois do morticínio da 2ª Guerra Mundial; e os impérios nazista e japonês foram arrasados sob montanhas de bombas. O colapso do império soviético gerou comparativamente menos mortes, e a violência não aconteceu dentro, mas na periferia dos sovietes. Na Rússia, o número de mortos na miniguerra civil de 1993 contava-se aos milhares, não aos milhões. E, graças à grande bondade de Deus, nenhuma bomba atômica foi jamais detonada por agente da Rússia, em lugar algum. Assim sendo, o que acontecerá quando o Império EUA-sionista-neoconservador afinal desabar, em colapso, sob o próprio peso? Ninguém sabe com certeza, mas pode-se pelo menos esperar que, assim como não apareceu qualquer grande força para salvar o Império Soviético em 1991-1993, tampouco há de aparecer alguma grande força interessada em salvar o Império Norte-americano. Como David Rovic diz tão bem, a grande fraqueza dos 1% que comandam o império EUA-sionista é que “eles são pequena minoria, e nós estamos em todos os lugares”. Nos últimos 20 anos, os EUA e a Rússia seguiram rotas diametralmente opostas, e, ao que parece, trocaram os papéis. Esse pas-de-deux está agora chegando a alguma espécie de fim. Circunstâncias objetivas puseram os dois países em oposição, mas, isso, só por causa da natureza do regime em Washington DC. Os líderes russos podem bem repetir as palavras do rapper britânico Lowkey e declarar “I’m not anti-America, America is anti-me!” [Não sou antiAmérica, a América é que é anti-eu (vídeo a seguir)] e podem facilmente ser acolhidos pelos 99% dos norte-americanos que, saibam disso ou não, são também vítimas do Império EUA-sionista-neoconservador.   Enquanto isso, a gigantesca barreira de propaganda anti-Rússia continuará sem refresco, simplesmente porque parece ter-se convertido numa forma de psicoterapia para uma plutocracia ocidental que não vê saída e consome-se em pânico. E, como em todos os casos precedentes, essa propaganda não terá efeito algum. Espero que, na próxima vez que começar o falatório sobre seja lá o que inventem depois da atual campanha “ecológica” da ONG Greenpeace, todos vocês relembrem o que leram aqui. [assina] The Saker _______________________________ Nota dos tradutores [1] Tradução de We Are Everywhere Quando digo que os famintos devem poder comerFalo pelos muitosQuando digo que ninguém deve ter sete casasse outros não têm nenhumaAinda que eu esteja preso numa cidade estranhasem nada e ninguém além de um olhar sem vidaAinda assim lembro do mundo e seiQue nós estamos em todos os lugares Quando digo que a hora dos ricos não demora a chegarSão muitas as vias, as vitórias, as pistas do futuroHavana, Caracas, Chiapas, Buenos AiresQuantas e quantas pessoas querem e esperame lutam pelo seu quinhãoEles se escondem em suas torres de marfimMas nós estamos em todos os lugares Religiões e prisões e raçasfronteiras e naçõesAgentes do FBI e deputados e senadorese rádios e televisões-empresasSó querem nos segregar, nos separarMas sempre nos reencontramos uns os outrosE os que mandam sempre sabem bemque eles são poucos, poucos, uma ínfima minoriaE que nós estamos em todos os lugares Com cada bomba lançadacada lar que põem abaixocada terra que ocupamUma nova geração nasce debaixo das ruínase diz “Não temos medo”Vão mentir que somos poucosMas cada um filho que um bilhão de mães amamentamdirão na próxima manifestação de ruaQue estamos em todos os lugares.

     

  12. O retorno de Lucia Hippolito

    Em entrevista ontem ao programa Globo News Painel, a especialista em petróleo da emissora, Lucia Hippolito, afirmou que o excesso de veículos nas grandes cidades e o caos no trânsito se deve ao preço baixo dos combustíveis.

     

    Adriano Pires

    Foto Lucia Hippolito

  13. O Príncipe do Camp Nou

    REVISTA DE PRENSA

    As.com | Madrid | 27 de octubre de 2013 10:57h

    La prensa mundial se rinde ante el Clásico de Neymar

    Todos los periodicos del planeta acuerdan que la estrella de la noche fue el brasileño Neymar, que con un gol y una asistencia, pasó por encima a Bale.

    El clásico se ha vivido en todo el mundo y así lo reflejan hoy los periódicos de todo el planeta.

    La prensa mundial se rinde ante el Clásico de Neymar

     La Gazzetta dello Sport titula: “Gol de Neymar y obra maestra de Sánchez”. Y detalla: “Los azulgranas ganaron el Clásico en el Camp Nou con los goles de Brasil y Chile. El Barça vuela a 6 puntos del rival. El argumento de Ancelotti fue: El mundo entero, excepto el árbitro vio el penalti”.

    A bola titula: “El Barça vence el clásico en la tarde de Neymar”. Y explica: “Día grande en España, con el Madrid viajando al Camp Nou para enfrentarse a su archirrival el Barcelona, que gano por 2-1. Destacó Neymar que con un gol y una asistencia fue la estrella de la tarde”. 

    The Guardian abre con el titular: “Neymar eclipsa a Bale en la derrota del Madrid”. En el interior de la noticia detalla: “Bale tendrá que esperar su oportunidad para tener efecto en un clásico. Fue Neymar el que tomó protagonismo en la nueva era de los clásicos, últimamente es él el que decide. Ancelotti sorprendió colocando a Ramos en el medio del campo”. 

    L’Equipe titula en la crónica del partido: “Neymar, príncipe del Camp Nou”. Y detalla: “No tienen la misma camiseta, pero si la misma presión. Neymar y Gareth Bale, los dos fichajes estrella del verano en España, jugaron su primer Clásico de este sábado, y vivieron dos partidos totalmente diferentes”.

    Diario Olé destaca en su titular: “Del culé del mundo” Y explica: “Con los goles sudamericanos de Neymar y Alexis Sánchez, Barcelona le ganó el primer clásico bajo el mando de Martino 2-1 al Real Madrid. Messi estuvo muy marcado y no pudo convertir la única que tuvo. Los catalanes siguen líderes y le sacaron seis al rival de turno”.

    Video: Así fue el partidazo de Neymar en su primer Clásico

    ESPN titula: “El Baça somete al Madrid” y destaca: “Neymar marcó, Valdés atajó, Alexis explotó y el Barça marchó del Clásico más extraño de los últimos tiempos atado al liderato y descolgando a un desafortunado Real Madrid, que probablemente mereció mejor suerte en el Camp Nou”.

    Récord lleva en su titular: “El Barcelona le gana la partida al Madrid” Y explica: “Barcelona hizo valer su condición de local y se impuso en el Camp Nou 2-1 al Real Madrid en el Clásico”

    Bild titula: “Neymar, héroe en su debut en el clásico”. Y detalla: “Superstar Neymar llevó al Barça a la victoria. El Barça amplía la distancia con el Madrid. Khedira fue excepcional ofensivamente, pero falló dos oportunidades”.

    O globo lleva en su titular: “El Barça vence al Madrid con gol de Neymar”. Y detalla en la crónica: “En su primer clásico Neymar brilló manteniendo la tradición de otros cracks brasileños que pasaron por el club azulgrana”.

    Así fue el partidazo de Neymar en su primer Clásico

    El brasileño firmó una exhibición en su primer partido ante el Real Madrid. Vivo, participativo y decisivo. Marcó y asistió. Salió ovacionado por la grada del Camp Nou.

    [video:http://youtu.be/10HoHwVFOp8%5D

    Fonte: http://futbol.as.com/futbol/2013/10/27/portada/1382867866_513949.html

     

  14. Rio de janeiro, 26 de outubro
    Rio de janeiro, 26 de outubro de 2013    PROJETO PARA DIVULGAR O CARNAVAL   Caros amigos (as) o carnaval brasileiro é um patrimônio nacional, mas que infelizmente ainda é mal explorado e divulgado pelas nossas TVs, as escolas de samba  poderiam criar um evento pre-carnavalesco, para que  desde já, as pessoas conheçam os seus sambas enredos, seria o Encontro de Bambas na TV, onde todo sábado em uma quadra de um escola, se reuniria alguns cantores, para apresentar os sambas do grupo especial e de acesso, e esse evento seria transmitido ao vivo, por alguma emissora de TV a cabo, com isso, o carnaval, teria um destaque maior e os sambas enredos ficariam mais conhecidos, pois hoje em dia, alguns Shows de artistas de fora, já são transmitidos por algumas emissoras, e o nosso carnaval só ganha destaque na TV no dia do desfile. Nesse programa o pessoal do mundo do samba teria o seu destaque merecido. Esse programa (festa)  também poderia ser transmitido e feito diretamente da cidade do samba e o dinheiro arrecadado poderia ser dividido pelas escolas de samba.      Atenciosamente:  Cláudio José, Um amigo do povo e da paz. 

  15. Idade média ? Santa inquisição ?

    Após escândalo, Isis Valverde volta a sair na rua e é xingada pelas pessoas

     Por  |

    (Foto: AgNews)Isis Valverde, 26, passou por apuros durante um passeio público que fez no Rio de Janeiro.

    De acordo com a colunista Fabíola Reipert, do portal “R7”, a atriz foi xingada na rua próxima ao shopping em que esteve neste sábado (26), na Barra da Tijuca.

    Um grupo de jovens falou coisas pesadas para a global, que fingiu não ter ouvido e continuou conversando com os amigos que estavam ao lado dela.

    Recentemente, Isis Valverde mandou um comunicado à imprensa dizendo que estava muito triste por ter sido envolvida na separaçãode Cauã Reymond, 33, e Grazi Massafera, 31. Na web, a atriz continua sendo detonada pelos internautas, que a chamam de destruidora de lares.

     

  16. Os inocentes do Leblon

    Já foi melhor a qualidade da informação no Brasil? Acho que sim. Já vivemos tempos em que as informações, ainda que sempre tenham sofrido a influência da interpretação de quem dava, mais do que natural, já foram mais confiáveis.

    Já houve o tempo dos grandes jornalistas, aqueles que não só escreviam bem como também emprestavam o peso do seu nome à informação prestada. Deu na coluna de…

    Não é difícil perceber o empobrecimento atual na formação dos profissionais das diversas áreas. Além do aspecto técnico inerente a cada profissão, a formação sócio/política é um desastre. Os recentes episódios têm mostrado isso com uma clareza assustadora. Há classes que se expuseram tanto que sequer perceberam o desgaste que sofreram diante da sociedade brasileira.

    O juramento proferido na ex-solene solenidade de formatura hoje não passa de um protocolo a ser cumprido. Recorro a uma frase de (Oscar) Niemeyer em uma de suas entrevistas: “o sujeito às vezes cresce na profissão, mas não toma conhecimento da vida”.

    No jornalismo isso vem se manifestando com muita força.

    A guerra da política nunca foi das coisas mais puras do mundo, mas, mesmo quando atingia níveis de maior agressividade, geralmente havia uma inegável qualidade no contexto geral.

    Já houve maior consciência política? Talvez não seja tão simples responder a essa pergunta. Ao mesmo tempo, entretanto, não parece ser difícil perceber que o nível de discernimento não é entusiasmante no atual momento.

    Se o eleitor é reflexo da classe política (ou é o contrário?), talvez o leitor seja reflexo da classe jornalística (ou também é o contrário?).

    É difícil entender e aceitar a passividade (alienação?) de boa parte da sociedade brasileira. Será que esses leitores/telespectadores não percebem o quanto são manipulados pela imprensa, ainda que parte dela apresente cada vez menos recursos intelectuais para isso?

    Maior humorista do Brasil, o cearense Chico Anísio sempre fez a apologia do carioca.

    Para ele carioca não era só o cara que nascia no Rio de Janeiro, mas sim o que tinha o espírito do carioca; despojado, curtidor, gozador. E aí, com todo o seu talento, seguia arrebentando nos shows. Imperdíveis.

    Acho que Carlos Drummond de Andrade também pensava assim. Veja o que ele diz.

    Inocentes do Leblon

    Os inocentes do Leblon

    não viram o navio entrar.

    Trouxe bailarinas?

    Trouxe imigrantes?

    Trouxe um grama de rádio?

    Os inocentes, definitivamente inocentes, tudo ignoram,

    mas a areia é quente, e há um óleo suave

    que eles passam nas costas, e esquecem.

    Os inocentes do Leblon não são só os que vivem naquele bairro do Rio. Os inocentes do Leblon vivem em São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Natal, Florianópolis, Salvador…

    A sutileza do poeta muitas vezes é uma arma letal. Quando se trata de Drummond, então. O que será que ele quis dizer com inocentes?

    Veja Drummond por Chico.

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=r_l8OHiPRG8&feature=player_embedded align:center]

  17. Hoje é dia de festa na casa da familia de Lula da Silva

     

    Parabéns e feliz dia, querido presidente!

    Biografia de Luiz Inácio Lula da Silva

    Luiz Inácio Lula da SilvaPresidente da República Federativa do Brasil entre os anos de 2003 e 2010, Luiz Inácio Lula da Silva manteve em sua trajetória pessoal e política o compromisso firme com a democracia, a redução da pobreza, o combate à fome e a erradicação da miséria. Nasceu em 27 de outubro de 1945, na cidade de Garanhuns, no estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil.

    O presidente Lula vivenciou em seu caminho dificuldades semelhantes às de grande parte da população brasileira, trazendo para sua vida política a sensibilidade e identidade com as populações em situação de vulnerabilidade social. Nascido em uma região pobre, com muitas carências materiais, aos 7 anos migrou, junto com a família, para o estado de São Paulo, cidade de Guarujá, onde existiam maiores possibilidades de emprego.

    Começando a trabalhar ainda cedo para contribuir com a renda da família, o jovem Luiz Inácio manteve atividades de engraxate, ajudante de tintureiro e office boy; posteriormente, entrou para a área metalúrgica na Fábrica de Parafusos Marte.

    Já formado torneiro mecânico pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), trabalhou nas Indústrias Villares, no ABC paulista, onde começou a participar do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema.

    Após ocupar diferentes cargos na instituição, elegeu-se presidente em 1975, sendo reeleito em 1978, e passou a representar 100 mil trabalhadores. Os sindicatos dos trabalhadores da região do ABC participaram ativamente, por meio de movimentos grevistas, das contestações ao regime militar brasileiro e da luta por mais direitos e melhores salários para os trabalhadores no final dos anos 1970, quando Lula já era o principal líder sindical.

    Em 10 de fevereiro de 1980, Lula ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores, que representava a união de centenas de milhares de pessoas ligadas aos movimentos sindicais, comunidades eclesiais de base da igreja católica, grupos de esquerda e intelectuais.

    Em 1984, Lula participou, como uma das principais lideranças, da campanha das “diretas-já” para a Presidência da República. Em 1986, foi eleito o deputado federal mais votado do país, para a Assembleia Constituinte.

    Após três tentativas, Lula foi eleito presidente da República para o período de 2003 a 2006 e reeleito para o segundo mandato, de 2007 a 2010. Durante os seus oito anos de governo, foram gerados 15 milhões de empregos. Entre 2003 e 2009, 27,9 milhões de pessoas saíram da pobreza, enquanto 35,7 milhões ascenderam à classe média.

    Lula terminou o segundo mandato com 87% de aprovação, tornando-se um dos mais populares presidentes da história do Brasil e um dos políticos mais respeitados do mundo.

    Em 2010, Lula apoiou a candidatura de Dilma Rousseff, que foi ministra de Minas e Energia e depois ministra da Casa Civil durante seus dois mandatos. Ela venceu as eleições e se tornou a primeira mulher eleita presidente do Brasil. O mandato dela começou no dia 1º de Janeiro de 2011.

    Desde fevereiro de 2011, Luiz Inácio Lula da Silva é presidente honorário do Partido dos Trabalhadores pela segunda vez.

    Ao término do segundo mandato de Lula, o Instituto Cidadania — onde Lula elaborou, em debate amplo com a sociedade, propostas de políticas públicas antes de ser eleito presidente — deu lugar ao Instituto Lula, que cuida do acervo histórico, do intercâmbio internacional das experiências políticas do ex-presidente e das iniciativas África eAmérica Latina.

    Desde a fundação do Instituto Lula, o ex-presidente recebeu vários prêmios de expressão nacional e internacional. Como World Food Prize, em Des Moines (EUA), Prêmio Norte-Sul de Direitos Humanos, em Lisboa e Prêmio Indira Gandhi para Paz, Desarmamento e Desenvolvimento, na Índia. Veja a lista completa de prêmios e títulos de doutor honoris causa recebidos por Lula.

    Clique e conheça o Balanço de Governo dos oito anos de Lula na Presidência.

     

  18. Por que as chaleiras apitam

    Gizmodo Brasil

     

     

    Nós finalmente descobrimos por que chaleiras apitam

     

    Por: 
    24 de outubro de 2013 às 17:27

     

    chaleira

    Isto pode deixar você um pouco chocado, mas durante mais de um século, cientistas se perguntaram por que chaleiras apitam — e falhavam completamente em descobrir uma resposta. Tudo mudou agora, entretanto, graças a dois pesquisadores da Universidade de Cambridge.

    O apito da chaleira é criado quando o vapor passa através de duas placas posicionadas bem próximas uma da outra, cada uma com um buraco. Mas os cientistas tentaram, por décadas, entender exatamente o que leva esse processo a gerar um som agudo – mas falharam.

    Ross Henrywood e Anurag Agarwal usaram insights obtidos da análise da criação de ruídos em motores a jato e responderam a questão. Analisando o fluxo de vapor, que viaja até o bico da chaleira, eles foram capazes de apontar o que cria o apito.

    Os resultados obtidos, publicados no periódico The Physics Of Fluids, mostram que o som é produzido por pequenos vórtices — regiões em que o vapor forma redemoinhos — que, a certas frequências, podem produzir ruídos. Eles explicam:

    Assim que o vapor sobe até o bico da chaleira, ele encontra um buraco no começo do apito, que é muito mais estreito que o bico em si. Isto comprime o fluxo de vapor, à medida que ele entra no apito e cria um jato de vapor através dele. O jato de vapor é naturalmente instável, assim como o jato d’água de uma mangueira de jardim que começa a quebrar em gotas depois de viajar uma certa distância.

    Por isso, no momento em que ele chega ao fim do apito, o jato de vapor não é uma coluna pura, mas está ligeiramente perturbado. Estas instabilidades não podem escapar perfeitamente do apito e, à medida que atingem a segunda parede do apito, elas formam uma pequena pulsação. Ela faz com que o vapor cause vórtices assim que sai do apito. Estes vórtices produzem ondas sonoras, criando o confortável ruído que anuncia uma vindoura xícara de chá.

    Isso é fascinante. Mas também pode se mostrar útil, pois o conhecimento obtido nesse estudo poderá ajudar outros cientistas e engenheiros a encontrar e evitar outros ruídos parecidos — mas mais irritantes.Henrywood explica:

    O efeito que identificamos pode, na verdade, acontecer em todos os tipos de situações — qualquer coisa em que a estrutura contenha um fluxo de ar é semelhante ao apito de uma chaleira. Tubos dentro de um prédio são um exemplo clássico, e os efeitos semelhantes são vistos também dentro de escapamento de veículos. Agora que sabemos de onde vem o apito, e o que faz com que ele ocorra, nós potencialmente podemos nos livrar dele.

    O próximo da lista? Secadores de mão de alta velocidade. Banheiros de shopping, preparem-se, vocês são o próximo alvo. [The Physics Of Fluids via University of Cambridge]

    Imagem: niseag03 sob licença Creative Commons

     

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