Fora de Pauta

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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  1. Ação Militar Americana

     

    Senadores que votaram ‘sim’ ao uso de forças militares na Síria receberam mais dinheiro da indústria de armamentos do que aqueles que votaram ‘não’

    IBTimes/Lisa Mahapatra

    A Comissão de Relações Exteriores do Senado votou 10-7 a favor da autorização do uso de forças militares na Síria na última quarta-feira. Aqueles que votaram “sim” para as ações militares tinham recebido muito mais dinheiro do que aqueles que votaram não, segundo a análise de dados contribuição anual de campanha realizada por Maplight.org.

    Os Senadores que votaram “sim” receberam, em média, 83 por cento mais contribuições dos operadores da área de defesa e interessados no sistema de defesa, do que os outros Senadores que votaram não, de acordo com o relatório da ofensiva militar.

    As informações são baseadas na análise anual “de contribuições de empresários e PACs de empreiteiros da indústria de defesa e de outros interesses atuais membros do Comitê de Relações Exteriores do Senado, a partir de 1 de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2012”

    O Senador John McCain, que votou “sim” na questão, já recebeu $ 176,300 do lobby defesa, mais do que qualquer outro membro do comitê.

    Veja como cada senador na comissão votou, contrastando com o quanto eles receberam em contribuições do lobby da área de defesa.

    defense contributions for senators

    A MapLight é uma organização de apartidária e sem fins lucrativos de pesquisa, que revela a influência do dinheiro na política.

  2. Pesquisa Ibope para presidente

    Há um dado estranho na pesquisa Ibope divulgada hoje. Da semana passada pra cá, Dilma passou de 38% para 39%: variação positiva de 1%. Mas nas pesquisas estaduais também divulgadas hoje pelo mesmo Ibope, com intervalo também de uma semana em relação ao último levantamento feito pelo instituto, o crescimento de Dilma foi bem maior: em SP + 4% (25 para 29); em MG +4% (de 32 para 36); no RJ +3% (de 34 para 37) e no DF +3% (de 20 para 23). Pelo peso desses estados, a Dilma teria que ter caído significativamente nos outros lugares para ter crescido só 1% no plano nacional.

  3. LUTO

     

    Jadir Ambrósio, o compositor do hino do Cruzeiro, morre aos 91 anos

    O músico estava internado há um mês para tratamento de doenças renais e cardíacas

    DA REDAÇÃO @SUPER_FC | 30/09/14

    Jadir Ambrósio

    Morreu nesta terça-feira o compositor do hino do Cruzeiro Jadir Ambrósio. O músico de 91 anos estava internado há um mês para tratamento de doenças dos rins e do coração, mas não resistiu e faleceu durante a madrugada em um hospital em Belo Horizonte. O clube confirmou a informação através do seu site oficial.

    De acordo com o Cruzeiro, o corpo de Jadir Ambrósio será velado nesta terça, a partir das 14h, no velório 1 do Cemitério Bosque da Esperança, em Belo Horizonte. O sepultamento está marcado para as 10h da manhã desta quarta-feira.

    O hino do Cruzeiro foi escrito por Jadir em 1965, para disputar um concurso da rádio Inconfidência. Ambrósio, que era morador do bairro Cachoeirinha, região noroeste de BH, desde 1950, também foi autor de diversos sambas gravados por músicos famosos como Agnaldo Timóteo e Luiz Gonzaga. O sambista também foi professor de música e era amigo pessoal da cantora Clara Nunes.

    [video:http://youtu.be/09UliRgwXw8 width:600 height:450]

    http://www.otempo.com.br/superfc/aos-91-anos-morre-o-compositor-do-hino-do-cruzeiro-jadir-ambr%C3%B3sio-1.924050

  4. A Levy da Marina

      Mais corda pra marina se enforcar. Uma candidata ao governo do Ceará esquece a própria campanha e usa seu tempo pra enaltecer a candidatura de Marina à presidência, mas parece desconhecer os apuros em que sua  companheira se encontra em nível nacional e internacional, usou em um debate expressões de duplo sentido à moda marineira para atacar um candidato homossexual e mostrou a mais nova definição da velha política, troca troca, um vira o outro vira, ah bom era isso então.

    é o que se vê a partir de 1:09:45 nesse video:

    http://www.youtube.com/watch?v=2x-UnK_Hous#t=4185

  5. Ele voltou, Nassif.
     
    Ano

    Ele voltou, Nassif.

     

    Ano passado no dia das mães o Nassif  publicou aqui uma pequena crônica de uma mãe à beira de um ataque de nervos.Sim, eu estava feliz e ao mesmo tempo em pânico  porque meu “menino” ia viajar  para a Inglaterra pelo Ciências Sem Fronteiras . Para mim e centenas de mães do meu grupo (Mães Sem Fronteira) nossos filhos  iriam enfrentar o “desconhecido” .A maioria das mães como eu nunca tinha viajado ao exterior, e como seria para nossos filhos?Ficariam bem?Conseguiriam sobreviver sem nós, mães  assumidamente protetoras ?

    Enquanto  não vinha a hora da viagem, um curso caseiro básico de cozinha , instalação do Skipe,uma visitinha ao dentista, ao médico, uma lista do que levar na mala correu pelo grupo  e lá vai meu “menino”,sem a panela de pressão que eu tanto queria que ele levasse.

    Um ano se passou e acreditem, ele conseguiu sobreviver sem mim!

    A acolhida da Universidade foi ótima, meu filho estava bem instalado, protegido por um plano de saúde escolhido por ele e pago pelo Ciências  Sem Fronteira . Tem coisa melhor? Tem, nunca precisei mandar  um centavo para ele, o Dilmacard (como eles chamam o cartão do CSF) cobria todas as suas necessidades.

    Hoje fui buscar meu “menino” e enquanto aguardava as 12 horas que me separavam de um abraço saudoso li no aeroporto o livro que despertou seu amor  pela pesquisa e Biologia, “O gene egoísta”. Lendo e refletindo pensei, que meu filho estava lá por merecimento, mas a OPORTUNIDADE foi dada pela  Dilma.

    Obrigada, presidenta.

    PS- Em casa depois de matar a saudade, vi que nem tudo mudou, duas malas cheias de roupas prá lavar, mas afinal, ser mãe não é padecer no paraíso?

    Ana Lacerda.

  6. Arnaldo Jabor prevê catástrofe se Dilma for reeleita

    Arnaldo Jabor, o alarmista, prevê catástrofe se Dilma for reeleita

    Do Brasil 247

    Colunista Arnaldo Jabor prevê o fim dos tempos caso a presidente Dilma Rousseff consiga se reeleger; ele fala em controle da mídia, fim das agências reguladoras, continuidade do “inútil” Mercosul e de um estado “infestado por petistas”; “O programa do PT é um plano de guerra. Essa gente não larga o osso. Eles odeiam a democracia e se consideram os “sujeitos”, os agentes heroicos da História. Nós somos, como eles falam, a “massa atrasada”. É isso aí. Tenho vontade de registrar este texto em cartório, para depois mostrar aos eleitores da Dilma. Se ela for eleita”, avisa o malucão.

    247 – O Brasil está prestes a acabar. Para isso, basta a presidente Dilma Rousseff ser reeleita. Ao menos, é essa a tese de Arnaldo Jabor. Leia abaixo:

    A lista dos perigos – ARNALDO JABOR

    O que acontecerá com o Brasil se a Dilma for eleita?

    Aqui vai a lista:

    A catástrofe anunciada vai chegar pelo desejo teimoso de governar um país capitalista com métodos “socialistas”. Os “meios” errados nos levarão a “fins” errados. Como não haverá outra “reeleição”, o PT no governo vai adotar medidas bolivarianas tropicais, na “linha justa” da Venezuela, Argentina e outros.

    Dilma já diz que vai controlar a mídia, economicamente, como faz a Cristina na Argentina. Quando o programa do PT diz: “Combater o monopólio dos meios eletrônicos de informação, cultura e entretenimento”, leia-se, como um velho petista deixou escapar: “Eliminar o esterco da cultura internacional e a ‘irresponsabilidade’ da mídia conservadora”. Poderão, enfim, pôr em prática a velha frase de Stalin: “As ideias são mais poderosas do que as armas. Nós não permitimos que nossos inimigos tenham armas, porque deveríamos permitir que tenham ideias?”.

    As agências reguladoras serão mais esvaziadas do que já foram, para o governo PT ter mais controle sobre a vida do País. Também para “controlar”, serão criados os “conselhos” de consulta direta à população, disfarce de “sovietes” como na Rússia de Stalin.

    O inútil Mercosul continuará dominado pela ideologia bolivariana e “cristiniana”. Continuaremos a evitar acordos bilaterais, a não ser com países irrelevantes (do “terceiro mundo”) como tarefa para o emasculado Itamaraty, hoje controlado pelo assessor internacional de Dilma, Marco Aurélio Garcia. Ou seja, continuaremos a ser um “anão diplomático” irrelevante, como muito acertadamente nos apelidou o Ministério do Exterior de Israel.

    Continuaremos a “defender” o Estado Islâmico e outros terroristas do “terceiro mundo”, porque afinal eles são contra os Estados Unidos, “inimigo principal” dos bolcheviques que amavam o Bush e tratam o grande Obama como um “neguinho pernóstico”.

    Os governos estaduais de oposição serão boicotados sistematicamente, receberão poucas verbas, como aconteceu em S. Paulo.

    Junto ao “patrimonialismo de Estado”, os velhos caciques do “patrimonialismo privado” ficarão babando de felicidade, como Sarney, Renan “et caterva” voltarão de mãos dadas com Dilma e sua turminha de brizolistas e bolcheviques.

    Os gastos públicos jamais serão cortados, e aumentarão muito, como já formulou a presidenta.

    O Banco Central vai virar um tamborete usado pela Dilma, como ela também já declarou: “Como deixar independente o BC?”.

    A Inflação vai continuar crescendo, pois eles não ligam para a “inflação neoliberal”.

    Quanto aos crimes de corrupção e até a morte de Celso Daniel serão ignorados, pois, como afirma o PT, são “meias-verdades e mentiras, sobre supostos crimes sem comprovação…”.

    Em vez de necessárias privatizações ou “concessões”, a tendência é de reestatização do que puderem. A sociedade e os empresários que constroem o País continuarão a ser olhados como suspeitos.

    Manipularão as contas públicas com o descaro de “revolucionários” – em 2015, as contas vão explodir. Mas ela vai nomear outro “pau-mandado” como o Mantega. Aguardem.

    Nenhuma reforma será feita no Estado infestado de petistas, que criarão normas e macetes para continuar nas boquinhas para sempre.

    A reforma da Previdência não existirá, pois, segundo o PT, “ela não é necessária, pois exageram muito sobre sua crise”, não havendo nenhum “rombo” no orçamento. Só de 52 bilhões.

    A Lei de Responsabilidade Fiscal será desmoralizada por medidas atenuantes – prefeitos e governadores têm direito de gastar mais do que arrecadam, porque a corrupção não pode ficar à mercê de regras da época “neoliberal”. Da reforma política e tributária ninguém cogita.

    Nossa maior doença – o Estado canceroso – será ignorada e terá uma recaída talvez fatal; mas, se voltar a inflação, tudo bem, pois, segundo eles, isso não é um grande problema na política de “desenvolvimento”.

    Certas leis “chatas” serão ignoradas, como a lei que proíbe reforma agrária em terras invadidas ilegalmente, que já foi esquecida de propósito.

    Aliás, a evidente tolerância com os ataques do MST (o Stedile já declarou que se Dilma não vencer, “vamos fazer uma guerra”) mostra que, além de financiá-los, este governo quer mantê-los unidos e fiéis, como uma espécie de “guarda pretoriana”, como a guarda revolucionária dos “aiatolás” do Irã.

    A arrogância e cobiça do PT aumentarão. As 30 mil boquinhas de “militantes” dentro do Estado vão crescer, pois consideram a vitória uma “tomada de poder”. Se Dilma for eleita, teremos um governo de vingança contra a oposição, que ousou contestá-la. Haverá o triunfo “existencial” dos comunas livres para agir e, como eles não sabem fazer nada, tudo farão para avacalhar o sistema capitalista no País, em nome de uma revolução imaginária. As bestas ficarão inteligentes, os incompetentes ficarão mais autoconfiantes na fabricação de desastres. Os corruptos da Petrobrás, do próprio TCU, das inúmeras ONGs falsas vão comemorar. Ninguém será punido – Joaquim Barbosa foi uma nuvem passageira.

    Nesta eleição, não se trata apenas de substituir um nome por outro. Não é Fla x Flu. Não. O grave é que tramam uma mutação dentro do Estado democrático. Para isso, topam tudo: calúnias, números mentirosos, alianças com a direita mais maléfica.

    E, claro, eles têm seus exércitos de eleitores: os homens e as mulheres pobres do País que não puderam estudar, que não leem jornais, que não sabem nada. Parafraseando alguém (Stalin ou Hitler?) – “que sorte para os ditadores (ou populistas) que os homens não pensem”.

    Toda sua propaganda até agora se acomodou à compreensão dos menos inteligentes: “Quanto maior a mentira, maior é a chance de ela ser acreditada” – esta é do velho nazista.

    O programa do PT é um plano de guerra. Essa gente não larga o osso. Eles odeiam a democracia e se consideram os “sujeitos”, os agentes heróicos da História. Nós somos, como eles falam, a “massa atrasada”.

    É isso aí. Tenho vontade de registrar este texto em cartório, para depois mostrar aos eleitores da Dilma. Se ela for eleita.

     

  7. Com partido ou sem partido?
    Manifestações de junho questionam organização dos partidos políticos no BrasilEvento realizado na Faculdade de Direito da USP debate a importância dos partidos políticos e as manifestações de junho Por Giovana Bellini Ribeiro – [email protected] – em 12/05/2014  
     

    A jornada de junho – como ficou conhecido o movimento heterogêneo que se iniciou em protesto contra o aumento das tarifas do transporte público em várias regiões do país – teve um caráter apartidário que acabou tornando-se antipartidário: muitos daqueles que saíram às ruas para protestar reagiram com violência em relação à presença de integrantes de partidos políticos e sindicatos nas manifestações. Embora os protestos tenham acontecido há quase um ano, suas características e seus reflexos são assuntos de extrema importância na atual conjuntura brasileira, de tal modo que é imprescindível discutir o papel dos partidos políticos na estrutura de Estado adotada no Brasil. 

    Um evento realizado pelo Centro Acadêmico XI de Agosto, durante a semana de recepção aos calouros da Faculdade de Direito da USP, debateu exatamente a importância dos partidos políticos e sua relação com as jornadas de junho de 2013. Foram convidados para o debate o professor de Ciências Políticas da USP, André Singer, o professor Armando Boito da Unicamp e Daisy, uma militante do Movimento Passe Livre (MPL).

    A perda de legitimidade  dos partidos políticos perante a sociedade, segundo a militante do MPL, decorre do fato de que as ideias preconizadas pelos movimentos populares não são contempladas pelos partidos políticos. Entretanto, conforme foi dito pelo professor Boito, não é graças à existência de partidos políticos que a população trabalhadora não é ouvida nas tomadas de decisão, mas é sim decorrente do Regime Político existente no país: “a crítica deveria se centrar no Regime Político que precisa ser mudado para que os interesses populares possam ser ouvidos, possam ser atendidos pelas decisões de Estado”. 

    O professor André Singer também entende a necessidade da existência dos partidos políticos, pois “não se inventou ainda democracia moderna sem partidos políticos”. Porém, Singer afirma que existe uma crise dessas instituições em todos os países democráticos: “toda grande organização tende, com o tempo, a ser dominada por uma burocracia que olha mais para o seus interesses do que para os interesses daqueles que ela representa, porque toda burocracia tem seus interesses próprios”

    Necessidade dos partidos políticos

    A história dos partidos políticos mostra que, antes da existência desse tipo de instituição, a burguesia “agia por intermédio daquilo que se chamava na época de facções parlamentares – as grandes fortunas colocavam representantes seus nos parlamentos e acionavam esses parlamentos na medida da necessidade – enquanto as classes populares ainda engatinhavam no plano da organização”, como explicou Armando Boito. Nesse contexto, quem criou os partidos políticos foi o movimento operário e, assim, “os partidos políticos são uma arma dos trabalhadores”, concluiu o professor da Unicamp.

    Para Boito, o que explica esse pioneirismo da classe operária na criação de partidos políticos foi o fato de vivermos em um Estado capitalista, acessível à burguesia, não, porém, à classe operária: “são os trabalhadores que precisam de uma outra instituição que os organize, porque a burguesia já tem um Estado para organizá-la”, ponderou o professor. Assim, um tema que deve permear a discussão dentro dos movimentos sociais é a necessidade de um plebiscito para uma Constituinte Originária Limitada que discuta uma reforma política no Brasil, Armando Boito acredita que “o plebiscito pela convocação de uma Constituinte pela reforma política é o grande eixo, uma grande luta na conjuntura brasileira atual”. 

     

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=HpOKuoitivM#t=291%5D

    http://www.usp.br/aun/exibir.php?id=5927

     

  8.  
     
    Juvandia Moreira: “O povo

     

     

    Juvandia Moreira: “O povo brasileiro não tem um centavo na Bolsa”

    publicado em 30 de setembro de 2014 às 17:52

    Captura de Tela 2014-09-30 às 17.37.30

    Quem fica com os ovos de ouro reproduzidos no site do InfoMoney?

    por Luiz Carlos Azenha

    Os brasileiros acompanham, com grande alarde na mídia corporativa, uma espécie de “terrorismo”, que se manifesta na especulação promovida na Bolsa de Valores de São Paulo, a Bovespa.

    O palavreado utilizado por “especialistas” traz ameaças explícitas ou implícitas ao futuro econômico do Brasil. É uma espécie de milenarismo de mercado.

    Note-se que os que opinam na mídia corporativa sobre as flutuações da Bovespa não foram eleitos para nada. Resumindo, são funcionários do dinheiro e do lucro colocando na parede governos e políticos eleitos.

    As frases que reproduzo abaixo são todas literais, reproduzidas no site InfoMoney:

    “O mercado entrou com todas as fichas numa vitória da oposição e pagou para ver. O que a gente está vendo hoje é a reversão deste movimento” (Reginaldo Galhardo, da corretora Treviso);

    “Se isso se confirmar (avanço da Dilma) nas próximas pesquisas, o céu é o limite para o dólar” (Mário Battistel, da corretora Fair);

    “A percepção de risco tem aumentado cada vez mais uma vez que uma reeleição de Dilma traz incertezas ao mercado em relação a quais políticas serão adotadas pelo seu governo e, consequentemente, isso tem impactado também os juros futuros, que mostram hoje forte alta” (Ignacio Crespo, Guide Investimentos)

    Notem, nas falas acima, que o “mercado” paira absoluto sobre a sociedade. Nenhum dos entrevistados, por motivos óbvios, questiona a serviço de quem está o mercado. Nem diz, de forma explícita, que Marina Silva ou Aécio Neves serão melhores para o mercado e para quem se serve dele.

    Mercado=povo? Mercado=banqueiros?

    É tudo um jogo de palavras cujo objetivo, em vez de esclarecer, é o de esconder.

    Da mesma forma, o noticiário da mídia corporativa reproduz as oscilações da Bovespa de forma acrítica, transmitindo aos leitores, ouvintes e telespectadores o terrorismo eleitoral gerado por computadores a serviço do lucro.

    Os movimentos nos preços das ações, que flutuam ao sabor das pesquisas eleitorais, podem produzir ganhos, inclusive aos que conseguem informação privilegiada.

    O próprio InfoMoney descreve um cenários de lucros espetaculares:

    Captura de Tela 2014-09-30 às 17.20.43

    Notem, aliás, que sempre quem “perde” na Bolsa é a Petrobras, o Banco do Brasil ou a Caixa Econômica. As “estatais”. Quem ganha é sempre um “investidor”. Na mídia brasileira simplesmente não existem os lucros de estatais e as perdas de investidores.

    “O povo brasileiro não tem um centavo na Bolsa”, disse a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, quando a procurei hoje para falar sobre a greve e a especulação eleitoral na Bovespa.

    “Quem vive do rentismo [de ganho com juros] prefere um Estado mínimo, que terceirize, que precarize as relações de trabalho, que privatize”, continua, lembrando que o mesmo “terrorismo” a que assistimos hoje se deu nas semanas que antecederam a eleição de Lula, em 2002.

    Os bancários, em sua conferência nacional, decidiram apoiar a reeleição de Dilma Rousseff. Seguem os principais motivos, descritos por Juvandia: ganhos reais nos salários, liberdade para se organizar, políticas de inclusão social e políticas de crédito (a relação crédito/PIB saltou de 22% para 56% entre 2003 e 2014).

    Por outro lado, sustenta a sindicalista, “os bancos privados incluiram no programa de Marina [Silva] tudo aquilo que eles querem”.

    Lembrei à presidente do Sindicato dos Bancários que Marina tem dito, nos debates, que é vítima de boatos da campanha petista.

    Juvandia respondeu frisando que as críticas a Marina, pelo menos as que partem de sua entidade, são baseadas no que está escrito no programa de governo da coalizão liderada pelo PSB.

    Por exemplo, aqui:

    Captura de Tela 2014-09-30 às 17.45.25

    O programa da candidata do PSB significa, segundo a sindicalista, “entregar a condução da economia na mão do sistema financeiro”, uma vez que além de propor uma Banco Central autônomo (para Juvandia, “da população”), Marina pretende diminuir o papel dos bancos públicos (BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica) e aumentar a participação dos bancos privados.

    Diz o Viomundo, a partir do trecho que reproduzimos acima: seria o mesmo “dirigismo” que o programa de Marina critica, só que na direção do capital privado.

    Juvandia sugere que Marina não leu o próprio programa de governo, que os bancários analisaram detidamente em reuniões.

    Para fechar o círculo, uma informação sobre a greve dos bancários, em andamento: os banqueiros ofereceram 7,35% de reajuste, o que significaria aumento real inferior a 1%.

    Declarou Juvandia:

    “O fim da greve depende dos bancos. Mesmo com o lucro dos cinco maiores bancos em R$ 28,5 bilhões no primeiro semestre do ano, a Fenaban propõe para os trabalhadores reajuste salarial com índice menor de 1%. Além disso, os bancos se enquadram entre as empresas com maior risco de acidente de trabalho ou doença ocupacional, são mais de 16 mil afastamentos por ano, e não houve avanço para a melhoria nas condições de trabalho”.

    Clique abaixo para ouvir a íntegra da proveitosa entrevista com Juvandia Moreira (todo o conteúdo exclusivo do Viomundo é financiado pelos nossos assinantes):

     

    http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/juvandia-moreira-povo-brasileiro-nao-tem-um-centavo-na-bolsa-quem-vive-dos-juros-e-que-prefere-o-estado-minimo.html

     

  9. Debate Boff, Dowbor e Sorrentino – Ecologia e Eleições – PUCSP

    Oi Nassif, estamos organizando um debate na PUC, amanhã, dia 02/10, com Leonardo Boff, Ladislau Dowbor e Marcos Sorrentino, sobre o tema Ecologia e Eleições, 2014. Você poderia divulgar? 

    Abaixo as informações.

    Convite no facebook:

    https://www.facebook.com/events/300402530152647/301916276667939/?notif_t=plan_mall_activity

    Texto de Apresentação: 

    Nesse debate convidamos três pensadores brasileiros para discutir sobre o tema da Ecologia no contexto da disputa presidencial de 2014. Quais os interesses estão em jogo quando se trata de pensar uma agenda ecológica, com justiça social, para o Brasil? Quais as propostas que atendem a necessidade de fazer uso dos recursos naturais sem alterar sua capacidade de regeneração? As políticas públicas de educação ambiental têm respondido à demanda urgente de conscientização dos jovens para os riscos, e as injustiças sociais, da degradação ecológica? Esse debate está sendo organizado pelo Núcleo de Pesquisa Imagens, Metrópoles e Culturas Juvenis do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUC/SP.

    Presenças Confirmadas:

    Leonardo Boff – Teólogo, filósofo e escritor.
    Ladislau Dowbor – Doutor em Economia, Professor da PUC SP.
    Marcos Sorrentino – Professor da ESALQ – USP, Educador Ambiental.

  10.  
    Tumultos (financiados pelos

     

    Tumultos (financiados pelos EUA − NED) em Hong Kong

     

    29/9/2014, [*] Moon of Alabama

    The (NED Financed) Hong Kong Riots

    Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

     

    Polícia detém manifestantes com “spray”de pimenta e gás lacrimogêneo

     

     

    Em Hong Kong, “grupos de estudantes” organizados tentaram ocupar prédios públicos e bloquearam algumas ruas. A Polícia fez o que qualquer Polícia faz onde essas coisas aconteçam. Usou esquadrões antitumultos, spray de pimenta e gás lacrimogêneo para impedir ocupações e desimpedir as ruas.

     

    A imprensa-empresa “ocidental” está indignadíssima, como se governos “ocidentais” agissem de modo muito diferente.

     

    A questão-pretexto, dessa vez, é a eleição do novo prefeito de Hong Kong, em 2017. Segundo a lei básica de Hong Kong, que foi implementada quando a Grã-Bretanha desistiu da ditadura que mantinha sobre a colônia, haverá eleições com sufrágio universal, todos podem votar, mas os candidatos ao cargo terão de ter seus nomes pré-aprovados por uma comissão especial. É o que a China prometeu fazer, e é o que os “estudantes” tentam fazer crer que seria a China, agora, a trair alguma promessa passada.

     

    Peter Lee, codinome Chinahand escreveu brilhante coluna sobre o assunto, para o Asia Times Online. Lee cometeu só um erro, porque não considerou a possibilidade de a “manifestação” ter origem externa:

     

    A manifestação que se autodenomina “Occupy Hong Kong” decidiu ampliar, começando com boicote às aulas e manifestações de rua organizadas pela Federação de Estudantes de Hong Kong. E eu, que nunca me intimido ante novas metáforas, digo que o governo de Hong Kong jogou gasolina ao fogaréu, com sprays de pimenta e bombas de gás contra os jovens.

     

    Usando armas não-letais a polícia impede invasões

     

    Quem, de fato, “decidiu ampliar”? Para mim, as “manifestações” e o correspondente noticiário “ocidental” sobre elas exalam forte odor, não de gás lacrimogêneo, mas de um conhecido e caro perfume da griffe Revolução Colorida, fabricado no “ocidente”.

     

    Consideremos então a sempre importante fonte de tão rara fragrância. O relatório anual de 2012  da organização National Endowment of Democracy (NED) [literalmente, “Dotação Nacional para a Democracia”], que é mantida pelo governo dos EUA, que também atende pelo nome de Agência Central para Promoção de Revoluções Coloridas [ACPRC], mostra três pagamentos para Hong Kong, um dos quais surge em 2012, ausente dos relatórios anuais prévios:

     

     

    National Democratic Institute (NDI) for International Affairs – US$ 460,000.00 Para promover a conscientização sobre instituições políticas em Hong Kong e reforma do processo constitucional, e para desenvolver capacidadesentre os cidadãos – especialmente entre alunos universitários –para que participem mais efetivamente no debate público sobre reforma política, o NDI trabalhará com organizações da sociedade civil sobre monitoramento de parlamentares, pesquisas e desenvolvimento de um portal Internet mediante o qual alunos e cidadãos possam explorar possíveis reformas que levem ao sufrágio universal.     Pagamentos efetuados pela NED & outras ONGs    Quer dizer que em 2012 (ainda não há números de 2013) o governo dos EUA entregou por lá quase meio milhão de dólares, para “desenvolver capacidades” de “alunos universitários” relacionadas à questão do “sufrágio universal” na eleição para o Executivo de Hong Kong. É isso.  Dois anos depois de o dinheiro começar a aparecer por lá, enviado pelo governo dos EUA, aqueles estudantes em Hong Kong saem às ruas, provocam tumultos e exigem exatamente o que o dinheiro do governo dos EUA queria ver exigido nas manchetes “jornalísticas”. 
     

    Mas… que impressionante coincidência, não é mesmo?

     

     

    Vestimenta padrâo, em folheto distribuído pela NED e ONGs, dos manifestantes e “black blocs” nas revoluções coloridas 
    (Clique na imagem para aumentar)

     

    PS (2): Já observamos há algum tempo que o novo esquema 2.0 para Revoluções Coloridas (vide Líbia, Síria, Ucrânia) inclui atualmente muita, muita violência:

     

    As revoluções coloridas de antigamente converteram-se claramente em modelão para uso subsequente. Mas o conceito foi estendido para incluir vasto emprego de violência e de mercenários no “apoio” das forças “locais”; mercenários e “apoio” que vêm de fora, como armas, munição, treinamento e outras ferramentas.

     

    Enquanto as Revoluções Coloridas de antes utilizavam quase que exclusivamente meios pacíficos, o objetivo hoje é fazer correr a maior quantidade possível de sangue pelas ruas e provocar o maior dano possível à infraestrutura local, para enfraquecer as forças que se oponham-resistam contra os golpes para mudar regimes. As autoridades em Hong Kong devem preparar-se, portanto, para muito mais do que apenas “manifestações” de estudantes que “pedem democracia”.

     

    PS (3): O National Democratic Institute (NDI) do governo dos EUA, através do qual o dinheiro foi encaminhado para lá, é o braço do Partido Democrata para campanhas pró-“mudança de regime”. Já está se intrometendo demais e financiando também várias outras organizações em Hong Kong.

     

     Esse tipo de agente externo tem de ser contido.

     

    http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2014/09/tumultos-financiados-pelos-eua-ned-em.html  

     

  11. COVARDIA CONTRA OS IDOSOS

    Na América do Sul, apenas o Paraguai é pior que o Brasil no bem estar dos idosos

    Por Maria Fernanda Ziegler – iG São Paulo | 

    01/10/2014 05:00Texto  22 pessoas lendo 4Comentários 

    Brasil é o 58º em ranking que mede qualidade de vida de idoso em 96 países; Noruega e Afeganistão são 1º e último em índice

    No dia Internacional do Idoso, celebrado nesta quarta-feira (1) , as notícias são de fazer qualquer um, não importa a idade, cair para trás. A situação para os idosos no mundo não está boa. De acordo com o AgeWatch Index, um terço dos países do mundo não consegue atender às necessidades dos mais velhos.

    Veja especial do iG sobre longevidade

    Thinkstock/Getty ImagesPesquisa mede qualidade de vida para os idosos em 96 países do mundo

    Os brasileiros têm mais um pesar: no índice de qualidade de vida dos idosos, aparece em 58º lugar entre os 98 países analisados .Entre os países da América do Sul, o País só não fica atrás do Paraguai. Em relação com o relatório divulgado no ano passado, caímos de 31º para 58º.

    Entrevista: ‘Brasil vai envelhecer rápido e na pobreza’

    “O País não só piorou, como os outros melhoraram. O Brasil desde o Estatuto do Idoso [de 1997] parou e não tem implementado o que já foi feito”, disse a gerontóloga Laura Mello Machado, porta-voz da pesquisa no Brasil.

    O índice é baseado a partir de quatro fatores – renda, saúde, emprego/educação e ambiente favorável (segurança física, rede social, autonomia e acesso ao transporte público) – que medem o bem estar. Dois fatores pesaram muito na conta sobre qualidade de vida de idosos no Brasil: segurança e transporte público.

    “São índices que merecem atenção especial. O idoso tem direito constitucional para não pagar o ônibus, mas sofre preconceito, os ônibus não param, arrancam”, explica Laura.

    Raridade: Por que os brasileiros não chegam aos 100 anos?

    No ranking que mediu apenas renda o Brasil ficou em 12º, no de saúde 43º. “Esse tipo de avaliação é interessante, pois não está baseado apenas em renda. Porém, a posição que ocupamos de saúde está baseada a autoavaliação do idoso. Se fosse uma pesquisa sobre acesso à saúde ficaríamos entre os 10 piores”, afirma João Bastos Freire Neto, presidente da Sociedade Brasileira Geriatria e Gerontologia (SBGG).

    Veja: Seis passos para se tornar um idoso saudável

    Os fatores emprego e educação (66º) e ambiente favorável (87º) foram os principais responsáveis pela média baixa. “Caiu porque a segurança pública piorou e o acesso ao transporte público também. Na pergunta sobre segurança física, mais de 50% das pessoas com mais de 50 anos disseram que não se sentem seguras para sair à noite na rua onde moram”, disse Neto.

    A tendência é piorar

    De acordo com dados do último censo, a população brasileira é formada por 12% de pessoas com mais de 60 anos. A expectativa é que em 20 anos a taxa suba para 29%. “Quando dizemos que idoso só precisa de saúde, é uma visão equivocada. O idoso está inserido na sociedade e é preciso medir qualidade de vida”, afirmou Neto.

    O AgeWatch Index provou mais uma vez que qualidade de vida de idosos pouco tem a ver com Produto interno Bruto. O Brasil é a sétima maior economia do mundo e teve um resultado pífio. Exceto a Chita, todos os outros países que formam o bloco econômico conhecido como Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul)  estão abaixo do Brasil no ranking de qualidade de vida dos idosos.

    “Não é a riqueza que o País produz que determina a condição de envelhecimento. Um dos principais determinantes do envelhecimento é a educação. Sem educação não tem emprego, renda, previdência, lazer e assim por diante”, diz Neto.

    Veja também: 
    70% dos idosos estão insatisfeitos com próprio corpo; autoimagem influi na saúde

    Na pesquisa deste ano, apenas 21% dos idosos pesquisados afirmou ter segundo grau completo ou nível superior. “ Hoje a gente tem ainda o problema da educação de jovens . Não ter resolvido isso ainda é estarmos condenando eles a a terem um envelhecimento sofrível”, completa.

    Veja ranking dos países com maior qualidade de vida para idosos

    1 Noruega
    2 Suécia
    3 Suíça
    4 Canadá
    5 Alemanha
    6 Holanda
    7 Islândia
    8 Estados Unidos
    9 Japão
    10 Nova Zelândia
    11 Reino Unido
    12 Dinamarca
    13 Austrália
    14 Áustria
    15 Finlândia
    16 França
    17 Irlanda
    18 Israel
    19 Luxemburgo
    20 Estônia
    21 Espanha
    22 Chile
    23 Uruguai
    24 Panamá
    25 República Tcheca
    26 Costa Rica
    27 Bélgica
    28 Georgia
    29 Eslovênia
    30 México
    31 Argentina
    32 Polônia
    33 Equador
    34 Chipre
    35 Letônia
    36 Tailândia
    37 Portugal
    38 Ilhas Maurício
    39 Itália
    40 Armênia
    41 Romênia
    42 Peru
    43 Sri Lanka
    44 Filipinas
    45 Vietnã
    46 Hungria
    47 Eslováquia
    48 China
    49 Quirquistão
    50 Coreia do Sul
    51 Bolívia
    52 Colômbia
    53 Albânia
    54 Nicarágua
    55 Malta
    56 Bulgária
    57 El Salvador
    58 Brasil
    59 Bangladesh
    60 Lituânia
    61 Tajiquistão
    62 República Dominicana
    63 Guatemala
    64 Bielorrússia
    65 Rússia
    66 Paraguai
    67 Croácia
    68 Montenegro
    69 Índia
    70 Nepal
    71 Indonésia
    72 Mongólia
    73 Grécia
    74 Moldávia
    75 Honduras
    76 Venezuela
    77 Turquia
    78 Sérvia
    79 Camboja
    80 África do Sul
    81 Gana
    82 Ucrânia
    83 Marrocos
    84 Laos
    85 Nigéria
    86 Ruanda
    87 Iraque
    88 Zâmbia
    89 Uganda
    90 Jordânia
    91 Paquistão
    92 Tanzânia
    93 Malawi
    94 Cisjordânia e Gaza
    95 Moçambique
    96 Afeganistão

     

    Leia tudo sobre: idosos • qualidade de vida • ranking de qualidade de vida • saúde públicaTexto 

     

  12. Um Paul SInger e um CIro Gomes a convidar semanal ou quinzenal

    ou mensalmente. Mesmo se houver diferenças sobre economia, p.ex., entre Nassif e Ciro Gomes (num video de um antigo roda viva percebi, embora… nao tenha entendido patavina da discussão). Mas Esses P SInger e o próprio Ciro têm visão humanista, muito ampliada, do pouco que conehço deles. Um ou outro pode tecer comentário análise sobre outros temas, ou em linguagem acessível (aguentemos alguns termos da língua afiada e descontrolada do slegundo, mas que passa muita e quase suicida verdade e franqueza, isso é raro entre os que ingressam ou ingressaram na vida política). Posso ser tolo, mas é simbólico uma artista tb de visão larga (fez 2 excelentes documentários-filmes sobre e comWaldick Soriano, uma artista Patrícia Pillar), pra mim já é significativo (sim, se separaram, tudo acaba). Fico ansioso se Nassif acatar a sugestão. (PS – apaludi-os pelo Aldo FOrnazieri último, mas geralmente não aprecio as análises dele. Da mesma forma, podemos apreciar alguma coisa, até entender outras, até aprender, com quem pensa diferente da gente, num ou em vários aspectros.

  13. NaMaria: Veja dirigiu a educação pública brasileira nos governos

    Nassif, a NaMaria News voltou com tudo e fez a relação que faltava para entendermos o caos da educação, graças aos tucanos. Vale a pena ler a entrevista etalvez publicar aqui. É a bela EDUCASSAUM moldada pela Abril, nos moldes americanos, ou seja negócios, apenas negócios. Essa laia é um perigo absoluto.

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/namaria-2.html

  14. Justiça rejeita recurso de

    Justiça rejeita recurso de vítima de bala de borracha

    — 29/09/14

    http://ponte.org/justica-rejeita-recurso-de-vitima-de-bala-de-borracha/

    Desembargador reafirma que fotógrafo Alex Vieira é culpado pelo tiro de bala de borracha, disparado pela PM, que atingiu seu olho esquerdo em 2000. Defesa vai recorrer ao STJ e STF.

    Foto: Alex Silveira/Auto-retrato

    Foto: Alex Silveira/Auto-retrato

    Nem o governo, nem a polícia. O único responsável pelo tiro de bala de borracha que reduziu em 80% a visão esquerda do fotógrafo Alex Silveira, 43 anos, continua a ser a própria vítima. Na última sexta-feira, dia 26, o desembargador Vicente de Abreu Amadei, do Tribunal de Justiça de São Paulo, rejeitou um recurso movido pela defesa do fotógrafo e reafirmou a decisão anterior, assinada um mês antes, juntamente com o desembargador Sérgio Godoy Rodrigues de Aguiar e o juiz Maurício Fiorito, que culpava Alex por se colocar em risco ao fotografar um confronto entre a PM e um grupo de professores que reivindicava melhores salários, na avenida Paulista, em 18 de julho de 2000.

    “A única coisa que posso fazer é continuar nessa briga, que está óbvio que é muito mais um recado para a imprensa ficar em seu lugar do que realmente uma posição judicial”, afirmou o fotógrafo à Ponte. A advogada de Alex, Virginia Veridiana Barbosa Garcia, disse que agora pretende recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao STF (Supremo Tribunal Federal).

    “Não há deficiência alguma no acórdão embargado: sem erro material e ausente omissão, contradição ou obscuridade”, afirma em texto os autores do acórdão, que também julgaram o recurso.

    A advogada havia entrado com um embargo de declaração – um recurso que serve para questionar omissões, pontos obscuros ou contradições de decisões judiciais. Os autores do acórdão, que também julgaram o recurso, consideraram que o embargo não podia ser acolhido, porque a decisão que haviam assinado não continha falhas.  “Não há deficiência alguma no acórdão embargado: sem erro material e ausente omissão, contradição ou obscuridade”, afirma o texto.

     

  15.  
     
    Apólogo Brasileiro sem

     

     

    Apólogo Brasileiro sem Véu de Alegoria

    Alcântara Machado

    O trenzinho recebeu em Magoarí o pessoal do matadouro e tocou para Belém. Já era noite. Só se sentia o cheiro doce do sangue. As manchas na roupa dos passageiros ninguém via porque não havia luz. De vez em quando passava uma fagulha que a chaminé da locomotiva botava. E os vagões no escuro.

    Trem misterioso. Noite fora, noite dentro. O chefe vinha recolher os bilhetes de cigarro na boca. Chegava a passagem bem perto da ponta acesa e dava uma chupada para fazer mais luz. Via mal e mal a data e ia guardando no bolso. Havia sempre uns que gritavam :

    — Vai pisar no inferno!

    Ele pedia perdão (ou não pedia) e continuava seu caminho. Os vagões sacolejando.

    O trenzinho seguia danado para Belém porque o maquinista não tinha jantado até aquela hora. Os que não dormiam aproveitando a escuridão conversavam e até gesticulavam por força do hábito brasileiro. Ou então cantavam, assobiavam. Só as mulheres se encolhiam com medo de algum desrespeito.

    Noite sem lua nem nada. Os fósforos é que alumiavam um instante as caras cansadas e a pretidão feia caía de novo. Ninguém estranhava. Era assim mesmo todos os dias. O pessoal do matadouro já estava acostumado. Parecia trem de carga o trem de Magoarí.

    * * *

    Porém, aconteceu que no dia 6 de maio viajava no penúltimo banco do lado direito do segundo vagão um cego de óculos azuis. Cego baiano das margens do Verde de Baixo. Flautista de profissão dera um concerto em Bragança. Parara em Magoarí. Voltava para Belém com setenta e quatrocentos no bolso. 0 taioca guia dele só dava uma forga no bocejo para cuspir.

    Baiano velho estava contente. Primeiro deu uma cotovelada no secretário e puxou conversa. Puxou à toa porque não veio nada. Então principiou a assobiar. Assobiou uma valsa (dessas que vão subindo, vão subindo e depois descendo, vêm descendo), uma polca, um pedaço do Trovador. Ficou quieto uns tempos. De repente deu uma coisa nele. Perguntou para o rapaz:

    — O jornal não dá nada sobre a sucessão presidencial?

    O rapaz respondeu:

    — Não sei: nós estamos no escuro.

    — No escuro?

    — É.

    Ficou matutando calado. Claríssimo que não compreendia bem. Perguntou de novo:

    — Não tem luz?

    Bocejo.

    — Não tem.

    Cuspada.

    Matutou mais um pouco. Perguntou de novo:

    — 0 vagão está no escuro?

    — Está.

    De tanta indignação bateu com o porrete no soalho. E principiou a grita dele assim:

    — Não pode ser! Estrada relaxada! Que é que faz que não acende? Não se pode viver sem luz! A luz é necessária! A luz é o maior dom da natureza! Luz! Luz! Luz!

    E a luz não foi feita. Continuou berrando:

    — Luz! Luz! Luz!

    Só a escuridão respondia.

    Baiano velho estava fulo. Urrava. Vozes perguntaram dentro da noite:

    — Que é que há?

    Baiano velho trovejou:

    — Não tem luz!

    Vozes concordaram:

    — Pois não tem mesmo.

    * * *

    Foi preciso explicar que era um desaforo. Homem não é bicho. Viver nas trevas é cuspir no progresso da humanidade. Depois a gente tem a obrigação de reagir contra os exploradores do povo. No preço da passagem está incluída a luz. O governo não toma providências? Não toma? A turba ignara fará valer seus direitos sem ele. Contra ele se necessário. Brasileiro é bom, é amigo da paz, é tudo quanto quiserem: mas bobo não. Chega um dia e a coisa pega fogo.

    Todos gritavam discutindo com calor e palavrões. Um mulato propôs que se matasse o chefe do trem. Mas João Virgulino lembrou:

    — Ele é pobre como a gente.

    Outro sugeriu uma grande passeata em Belém com banda de música e discursos.

    — Foguetes também?

    — Foguetes também.

    — Be-le-za!

    Mas João Virgulino observou:

    — Isso custa dinheiro.

    — Que é que se vai fazer então? Ninguém sabia. Isto é: João Virgulino sabia. Magafere-chefe do matadouro de Magoarí, tirou a faca da cinta e começou a esquartejar o banco de palhinha. Com todas as regras do ofício. Cortou um pedaço, jogou pela janela e disse:

    — Dois quilos de lombo!

    Cortou outro e disse:

    — Quilo e meio de toicinho!

    Todos os passageiros magarefes e auxiliares imitaram o chefe. Era cortar e jogar pelas janelas. Parecia um serviço organizado. Ordens partiam de todos os lados. Com piadas, risadas, gargalhadas.

    — Quantas reses, Zé Bento?

    — Eu estou na quarta, Zé Bento!

    Baiano velho quando percebeu a história pulou de contente. O chefe do trem correu quase que chorando.

    — Que é isso? Que é isso? É por causa da luz? Baiano velho respondeu :

    — É por causa das trevas!

    O chefe do trem suplicava:

    — Calma ! Calma ! Eu arranjo umas velinhas.

    João Virgulino percorria os vagões apalpando os bancos.

    — Aqui ainda tem uns três quilos de colchão mole!

    0 chefe do trem foi para o cubículo dele e se fechou por dentro rezando. Belém já estava perto. Dos bancos só restava a armação de ferro. Os passageiros de pé contavam façanhas. Baiano velho tocava a marcha de sua lavra chamada Às armas cidadãos! 0 taioquinha embrulhava no jornal a faca surrupiada na confusão.

    Tocando a sineta o trem de Magoarí fundou na estação de Belém. Em dois tempos os vagões se esvaziaram. O último a sair foi o chefe, muito pálido.

    * * *

    Belém vibrou com a história. Os jornais afixaram cartazes. Era assim o título de um: Os passageiros no trem de Magoarí amotinaram-se jogando os assentos ao leito da estrada. Mas foi substituído porque se prestava a interpretações que feriam de frente o decoro das famílias. Diante da Teatro da Paz houve um conflito sangrento entre populares.

    Dada a queixa à polícia foi iniciado o inquérito para apurar as responsabilidades. Perante grande número de advogados, representantes da imprensa, curiosos e pessoas gradas, o delegado ouviu vários passageiros. Todos se mantiveram na negativa menos um que se declarou protestante e trazia um exemplar da Bíblia no bolso. O delegado perguntou:

    — Qual a causa verdadeira do motim?

    O homem respondeu:

    — A causa verdadeira do motim foi a falta de luz nos vagões.

    O delegado olhou firme nos olhos do passageiro e continuou:

    — Quem encabeçou o movimento?
    Em meio da ansiosa expectativa dos presentes o homem revelou:

    — Quem encabeçou o movimento foi um cego!

    Quis jurar sobre a Bíblia mas foi imediatamente recolhido ao xadrez porque com a autoridade não se brinca.

     

    http://www.releituras.com/amachado_apologo.asp

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