Fora de Pauta

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Lourdes Nassif

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      1. casa poços (2)

        Nassif, segunda vez que vou para Poços. Tirei várias fotos da cidade, duas da “sua” casa. Ficam de presente. Meu irmão (Ruy Lombardi, que também faz parte da sua comunidade) perguntou da farmácia de seu pai, porém não consegui encontrar, mesmo com seu livro à mão. Ela ainda existe, quer dizer, o prédio?

        1. última foto

          Última foto. Descobri mais essa que tirei da Igreja que fica próxima à casa (que está atrás da palmeira bem à esquerda). É uma vista panorãmica de Poços daquela região que fica bem no alto.

          Abçs

          Sforza (Mário Botelho)

  1. OS EUA PARALISAM A ECONOMIA

    OS EUA PARALISAM A ECONOMIA MUNDIAL – Com a desculpa de combater o terrorismo, o trafico de drogas e a corrupção certos grupos de poder nos EUA reunidos em torno do Partido Democrata colocaram a economia americana e a mundial em uma camisa de força burocratica que atende pelo nome de COMPLIANCE. Para fazer qualquer negocio pequeno ou grande com uma empresa americana a contra-parte, socio potencial, executivo a ser contratado,

     fornecedor de bens ou serviços que queira vender, precisa responder a questionarios enormes e absurdos, que descem a micro detalhes.  É uma agenda policialesca, de desconfiança a priori, de vigilancia sobre o nada, para

    esse interrogatorio, o sistema bancario mundial foi transformado em delator para qualquer transação acima de 10 mil dolares, complicando, atrasando, impedindo e infernizando a vida de milhões de pessoas comuns e especialmente empresarios. A cultura juridico burocratica que vem do Departamento de Justiça americano contaminou os Judiciarios e Ministerios Publicos de todo o planeta, como um virus de ebola policialesco, TRAVANDO A ECONOMIA MUNDIAL sem nenhum beneficio para as populações, Estados ou para as empresas.

    Mas essa burocracia não seria util para combate ao terrorismo, ao trafico e à corrução? DEFINITIVAMENTE NÃO.

    Esses tres ambientes PASSAM POR FORA DO COMPLIANCE, que só inferniza empresarios estabelecidos, com residencia fixa, patrimonio, filhas para serem ameaçadas e bens a serem confiscados.

    O COMPLIANCE NÃO DIMINUI UMA FRAÇÃO DE TERRORISMO, TRAFICO E CRIME, atividade que operam sem se incomodar a mínima com esse ridiculo  receituario. O Estado Islamico decapitador maneja centenas de milhões de dolares sem qualquer problema, os carteis de cocaina giram com bilhões em malas, a corrupção continua fazendo parte de muitas culturas.

    O COMPLIANCE faz a festa dos advogados, muitos  se especializaram nesse ramo, tem serviço a vontade MAS A ECONOMIA MUNDIAL ESTÁ TRAVANDO POR CAUSA DO COMPLIANCE, muitas transações não se realizam porque a outra parte tem a bisavó com um processo por briga de vizinhos, então não passa no compliance e se desmancha o combinado.

    E como certos processos na Justiça brasileira, o rigor é seletivo. Como o Departamento de Justiça investiga a PETROBRAS e não investiga outra empresa de petroleo que exporta 90% de sua produção para os EUA? Me refiro à SONANGOL, a petroleira estatal angolana que fez de Isabel dos Santos a mulher mais rica da Africa. E ai não tem compliance em cima da SONANGOL? Para onde vai o dinheiro do petroleo de Angola? Para o povão é que não é.

    Por todo Oriente Medio o petroleo é hoje 100% explorado por empresas estatais, como a ARAMCO saudita, a KUWAIT

    OIL, a IRAQ NATIONAL OIL, todas manejadas por empresas americanas com contatos de prestação de serviços.

    E cadê o compliance das empresas que confundem seu patrimonio com o do emir, sheik ou Rei?

    O COMPLIANCE é um ramo da burocracia, da visão estreita do burocrata, que não estabelece relações de custo-beneficio, um risco a correr é muitas vezes muito mais barato do que o custo de controlar o risco, o burocrata, assim como o chefe de COMPLIANCE nas grandes empresas, não mede isso, gasta 100 mil Reais para controlar um pequeno risco de 2 mil Reais. Isso perpassa por to o serviço publico.

    Por exemplo, paralisar uma obra de 5 bilhões por causa de uma irregularidade de 12 milhões, a paralisão vai custar 150 milhões, muito mais que a irregularidade, a mentalidade burocratica não enxerga assim.

    Uma queda de 1% no crescimento do Brasil em 2015 (acredito que será maior) equivale a 25 bilhões de dolares, muito mais que o suposto valor-propina da Lava Jato, aliás com um discurso absurdo de que serão recuperados 10 bilhões de reias, valor sonhático, se chegar a 500 milhões de Reais será muito, isso a custa de quebra de pelo menos duas das nove empreiteiras, qualquer uma dessas quebras custará ao Pais muito mais que a Lava Jato.

    A culpa de tudo isso é dos EUA que espalham suas praticas, mnias, medos, idiosincrasias pelo mundo, criam emprego para aduitores e advogados a custo do crescimento da economia porque com esse clima NINGUEM MAIS CONTRATA, COMPRA OU INVESTE, na Petrobrás nem sequer se pagam as faturas devidas porque os funcionarios tem medo de assinar, os atrasos de pagamento pelos “”não me comprometa”” vai arrebentar dezenas de fornecedores,

    O custo interno do COMPLIANCE nas empresas é enorme, as medias e grandes já tem um Diretor de Compliance, só para cuidar da burocracia. As companhias americanas se fanatizaram a tal ponto que no ano passado um um diretor de firma cliente devolveu uma garrafa de vinho que dei de presente de Natal, o sujeito foi à loja do vinho perguntar o valor e me retornou a garrafa dizendo que estava 7 Reais acima do teto que ele poderia receber, conseguiram estragar até um gesto carinhoso com um parceiro, do meio termo para um exagero é um lance de escada.

    Depois se queixam que o mundo não cresce, MAS SÃO ELES QUE ESTÃO TRAVANDO.

     

    1. Então deve ser por conta

      Então deve ser por conta disso que está aumentando a quantidade de renúncia à cidadania estadounidense por  endinheirados residentes no exterior? Segundo li há algum tempo, o IRS inferniza a vida de bancos estrangeiros onde tais pessoas  são correntistas.

      1. O IRS assim como a nossa

        O IRS assim como a nossa Receita são obstaculos centrais ao crescimento da economia, ao desistimular empresarios a assumir riscos, ao extrapolar a imensa burocracia sempre crescente, são TRAVAS que criam obstaculos ao empresario antigo e a quem quer ser, qualquer negocio tem risco para existir mas a brocracia cria barreiras desde o primeiro dia,

        muitos negocios nem começam porque o iniciante não consegue ou não tem tempo para enfrentar tantas dificuldades. Resultado, o PAIS NÃO CRESCE.

  2. Regulação da mídia

    Viomundo

     

    Requião: Regular a mídia é medida sanitária, “de emergência pública”

    publicado em 24 de novembro de 2014 às 17:20

     

    Requião

    Discurso do senador Roberto Requião, via e-mail

    Há nesta Casa senadoras e senadores que são radicalmente contra qualquer tipo de regulação da mídia.

    A justificativa é sempre a mesma: a defesa da liberdade de imprensa. Mas, respondam-me. A propriedade cruzada de meios de comunicação, isto é, o fato de o mesmo grupo empresarial controlar jornais, revistas, rádios, televisões, internet não favorece a monopolização da informação e o consequente manejo de opinião?

    Não terá sido por isso que países com instituições sólidas e uma longuíssima estabilidade democrática, como Estados Unidos e Inglaterra, proíbem a propriedade cruzada de meios de comunicação?

    A inexistência de qualquer mecanismo que permita ao cidadão o direito de resposta, no caso de notícia mentirosa, injuriosa, ofensiva não significa uma grave ofensa à liberdade de informação e às liberdades individuais?

    A unificação e centralização das programações, especialmente nas televisões e no rádio, impostas pelas emissoras que detém o monopólio dessas mídias, cerceando as manifestações culturais regionais, nesse Brasil tão imenso e diverso, não são, igualmente, formas de censura e discriminação e até mesmo preconceito?

    A ideologização e partidarização das informações, e a autocensura, que tornam as notícias tendenciosas, cegas, enviesadas não são um gravíssimo atentado à liberdade de informação e ao direito do cidadão de conhecer a verdade dos fatos?

    Os dois pesos e as duas medidas usados pelos veículos de comunicação das cinco famílias que monopolizam o setor, na campanha eleitoral deste ano, quer na campanha presidencial quer nas campanhas regionais, não são a prova mais barulhenta do propósito de manipular a opinião pública?

    Os gráficos produzidos por observatórios de mídia independentes, durante as eleições presidenciais, avaliando os conteúdos veiculados pelas organizações Globo, Abril, Folha, Estadão, principalmente, não deixam a mais fugaz, fugidia dúvida da parcialidade da cobertura desses veículos.

    Ninguém, nenhum jornalista, nenhum parlamentar, nenhum juiz, nenhum promotor, nenhum acadêmico, qualquer cidadão minimamente isento e honesto, confrontado com ao gráficos, deixará de atestar essa parcialidade.

    Nada contra. Afinal o parti pris desses veículos é bem conhecido, o que os pressiona a assumir posições indisfarçadas.

    O que não é honesto, o que soa cínico, zombeteiro, debochado e hipócrita são as profissões de fé de praticantes de um jornalismo isento, equilibrado e aquele truísmo todo.

    Melhor fosse que assumissem limpidamente apoio às candidaturas conservadoras, pelas quais torcem e distorcem. Seria mais digno, mais decente, do que ficarem brandindo indevidamente a bandeira da liberdade de imprensa, cada vez que se aponte a sua nudez, as suas vergonhas expostas.

    O caso da capa de “Veja”, a dois dias do segundo turno, é exemplar. E houve até estranhamento entre veículos da dita grande imprensa, com um acusando o outro de frouxo, pusilânime por não repercutir a intrujice.Mas todos, de uma forma ou outra ecoaram a mentira.

    Vejam só o que disse o procurador geral Janot sobre o episódio à Folha de S. Paulo: “Estava visível que queriam interferir no processo eleitoral. O advogado do Alberto Youssef operava para o PSDB do Paraná, foi indicado pelo [governador] Beto Richa para a coisa de saneamento [Conselho de administração da Sanepar], tinha vinculação com partido. O advogado começou a vazar coisa seletivamente. Eu alertei que isso deveria parar, porque a cláusula contratual diz que nem o Youssef nem o advogado podem falar. Se isso seguisse, eu não teria compromisso de homologar a delação”.

    A Folha, que gostaria que a Globo fosse a fundo na divulgação da mentira de “Veja”, nem ficou corada ao reproduzir, semanas depois, as declarações do procurador.

    Já outros veículos, da sagrada e seleta família, não se deram à ocupação de repercutir a gravíssima acusação de Janot.

    A prisão de empreiteiros, acusados de vínculos com os desvios na Petrobrás, deu azo a outras manifestações de parcialidade, de partidarismo de nossa mídia.

    Mesmo que o ex-ministro tenha negado fortemente, a grande família mediática vinculou um dos diretores da Petrobrás preso a José Dirceu.

    E classificou o indigitado de “engenheiro mediano”, para desqualificar ainda mais o suposto padrinho.

    Ao noticiar o montante da contribuição das empreiteiras às campanhas eleitorais, porque a bufunfa, o capilé envolvia outros partidos, além dos dois enlameados de sempre, o PT e o PMDB, a mídia não citou qualquer partido. Foi isenta.

    É assim, selecionando os fatos e a verdade dos fatos que organizações Globo, Abril, Folha e Estadão, com seus fortes parceiros regionais no Sul, em Minas, no Norte e no Nordeste moldam a opinião pública.

    Os clássicos mapas, partindo o país em vermelho e azul, como se o Norte, o Nordeste, Minas e Rio houvessem votado em peso em Dilma e o restante do país houvesse votado cem por cento em Aécio estimularam o ódio, o preconceito, o separatismo, o racismo e uivos fascistas.

    E vociferações de um lacerdismo serôdio, adjetivo tão fora de moda que uso em homenagem aos eternos vigilantes, sempre à espreita de um golpe que os redima do fracasso das urnas.

    A desclassificação especialmente dos nordestinos, diminuindo-lhes o peso do voto, um ensaio patético de reinstituição do voto censitário, tem o mesmo sentido da campanha conservadora que pretendia anular a vitória de Juscelino Kubitschek, em 1955. Campanha, vê-se, a que aderiu a nossa mídia isenta, democrática e patriótica, sempre a serviço do Brasil.

    Naquela eleição, Juscelino teve três milhões e setenta e sete mil votos; Juarez Távora, dois milhões e seiscentos mil votos. A diferença entre os dois foi de quatrocentos e sessenta mil votos. Foi essa diferença que animou Carlos Lacerda e a UDN a lançar a cruzada pela anulação da vitória de JK. Os udenistas argumentavam que os quase 500 mil votos que derrotaram Juarez Távora foram dados pelos comunistas, e como o Partido Comunista Brasileiro fora colocado na ilegalidade, os votos dos comunistas deveriam ser também cassados.

    Mas como eles chegaram a esse cálculo se o voto era secreto? Comp distinguir os votos dos comunistas de outros votantes?

    Elementar, diziam os udenistas. Nas eleições presidenciais de 1945, dez anos antes, quando o PCB era legal, o candidato dos comunistas, o gaúcho Yedo Fiuza, tivera 569 mil votos.

    Ora, dez anos depois, era de se crer que todos os quase 500 mil votos que deram a vitória a Juscelino eram votos comunistas, já que Prestes orientara o voto em JK.

    Tão simples assim, diziam os golpistas democráticos. Da mesma forma, hoje, 59 anos depois, com os seus mapas dicotômicos e desonestos, de um primarismo monstruoso, a mídia e os conservadores colocam em xeque, questionam a legitimidade da reeleição da presidente Dilma, por causa dos votos dos nordestinos, dos mais pobres, dos menos instruídos.

    Já que o Brasil desenvolvido e mais instruído teria votado majoritariamente em Aécio, como disseram por aí e por aqui também, a reeleição não valeu. Aliás, nem isso é verdadeiro, uma vez que Dilma teve mais votos no Sul e no Sudeste que no Norte e no Nordeste.

    Logo, o mapa dicotômico da mídia é uma fraude.Temos, assim, agora, a reprodução farsesca da tentativa de golpe udeno-lacerdista de seis décadas passadas.

    De um lado, a mídia ecoa fortemente toda manifestação de inconformidade com a reeleição da presidente. Basta que duas pessoas se reúnam para exibir cartazes pedindo o impedimento da presidente, para que essa massiva demonstração ganhe as cabeças dos noticiários.

    Ao mesmo tempo, exige que a presidente escolha “nomes do mercado” para a Fazenda e o Banco Central.

    Perderam a eleição, a mídia e a oposição perderam a eleição, mas cobram que a vencedora adote programa do derrotado. E nem ficam constrangidos com tamanha desfaçatez. Afinal, julgam-se domos do país, reservas morais da nacionalidade.

    A regulação da mídia é imprescindível para a preservação, a consolidação e o avanço da democracia. Porque a grande mídia empresarial é intrinsecamente golpista, geneticamente antidemocrática, arraigadamente elitista.

    A regulação da mídia é condição inescusável para se garantir a soberania nacional. Porque os grupos que monopolizam a mídia são entreguistas e, historicamente, se opõem aos interesses nacionais, servindo de cabeça de ponte para o avanço imperial sobre a nossa economia, sobre os nossos recursos naturais, sobre as nossas riquezas, sobre o mercado interno, sobre as nossas relações externas.

    Os mais velhos devem se lembrar que, segundo a mídia, o Brasil não tinha petróleo.

    Agora mesmo, em voz casada os setores mais dependentes e integrados aos interesses multinacionais de nossa burguesia industrial, financeira e agrária, a mídia ergue as bandeiras antiMercosul, anti-Brics, pró-acordos bilaterais com os Estados Unidos e União Européia, pela ressurreição da Alca, da Teoria da Dependência, da Doutrina Truman, sabe-se lá que passo atrás mais.

    A regulação da mídia é vital como a água à terra, como o oxigênio à vida. Porque a mídia monopolista é parte integrante de nossas elites econômicas, políticas, sociais, culturais. E as nossas elites fracassaram miseravelmente na construção de um país desenvolvido, pacífico, culto, justo e solidário.

    Porque a mídia monopolista é conivente, quando não cúmplice, com o preconceito, o racismo, a discriminação, a violência contra os trabalhadores, contra os negros, os pardos, os pobres, contra os índios.

    Porque a mídia monopolista é indiferente, quando não conluiada com a violência que abate, anualmente, mais de cem mil brasileiros, vítimas da repressão policial, da insegurança urbana e rural, do tráfico de drogas e do crime organizado. Dos acidentes de trabalho, dos atropelamentos no trânsito.

    Porque as policias brasileiras estão entre as mais letais do mundo, e a mídia empresarial e monopolista estimula e afiança essa violência à medida que não a investiga, não a denuncia e não a combata. E, com frequência, a enalteça, contribuindo para apertar o gatilho dos executores.

    A regulação da mídia é urgente e obrigatória porque a mídia monopolista e empresarial colabora e associa-se com a política de concentração de rendas que faz do Brasil um dos países mais desiguais e injustos do Planeta Terra.

    Porque o imposto sobre fortunas, corriqueiro nos países mais desenvolvidos, tem da parte da mídia uma oposição fundamentalista e até mesmo rancorosa. Porque a inexistência desse imposto favorece ainda mais a concentração de rendas e o acúmulo de fortunas fantásticas, e relaciona alguns detentores de concessões públicas de televisão e rádio, como os irmãos Marinho, entre os bilionários mundiais.

    A regulação da mídia é uma medida sanitária, de emergência pública.

    Porque a mídia é omissa em relação à sonegação e às fraudes fiscais – quando não a pratica– e acoberta que os super-ricos brasileiros têm a quarta maior fortuna do mundo em paraísos fiscais. São mais de um trilhão de reais, cerca um terço de nosso PIB, esse mesmo PIB cuja anemia nos últimos anos a mídia, a oposição e a nossa indignada burguesia tanto tem criticado.

    O país campeão em concentração de rendas, onde se alarga cada vez mais a distância entre ricos e pobres, é o país que está no G4 das maiores fortunas depositadas em paraísos fiscais. A regulação da mídia é uma medida anticorrupção, porque as denúncias de corrupção que a mídia monopolista faz são seletivas, parciais, incompletas, dirigidas.

    Ou não é corrupção as manobras de que a mídia e os bancos se utilizam para sonegar impostos, fraudar o fisco, não pagar imposto sobre a renda ou pagar menos imposto de renda que os assalariados?

    Tão ciosa em escarafunchar as fichas sujas de pequenos e médios delinquentes políticos, a mídia não se ocupa em escarafunchar a origem e a propriedade desse mais de um trilhão de reais refugiados em paraísos fiscais. Difícil investigar?

    Não. Incômodo? Certamente. À moda norte-americana, alguns veículos passaram a divulgar o tal do “impostômetro”, uma medição presumida de quanto o Estado arrecada. Mas nenhum espaço para a medição, também suposta, da sonegação.

    E já que adotamos a moda ianque, deveríamos também adotar a rigorosíssima a legislação norte-americana contra a sonegação.

    A regulação da mídia é um ato de defesa do trabalho, do emprego e do salário. Porque a mídia monopolista defende, com radicalismo cada vez maior, o ponto de vista do mercado, do capital financeiro, da elite econômica que prega a adoção de medidas contracionistas que levarão ao desemprego, ao arrocho salarial, ao corte de gastos sociais, à diminuição dos investimentos em saúde, educação, segurança e infraestrutura.

    A fúria com que a mídia monopolista reagiu à decisão do governo de reduzir os gastos com juros da dívida pública, redimensionando essa excrescência liberal chamada de superávit primário, é reveladora de seu compromisso com o capital financeiro, com os rentistas, e não com os brasileiros.

    Senhores e senhores senadores, a mídia monopolista é a quinta coluna dos interesses antinacionais, antidemocráticos, antipopulares.Regular a mídia é salvar o país do atraso, da pobreza, da violência, da desindustrialização, da dependência da exportação de produtos primários, do sangramento da remessa de lucros para o exterior, do esgotamento de seus recursos naturais, da destruição do Estado que zele pelo bem-estar social. Porque a mídia monopolista não está a serviço do Brasil.

     

    Vídeo: http://www.robertorequiao.com.br/regulacao-da-midia-monopolista-e-garantia-da-soberania-nacional-e-da-liberdade-de-opiniao/

     

  3. http://spartacus-educational.

    http://spartacus-educational.com/USAhollywood10a.jpg

    OS DEZ DE HOLLYWOOD – Em 25 de Novembro de 1947 dez diretores, roteiristas e produtores de Hollywood foram depor na Comissão de Atividade Anti-Americanas do Senado americano sob acusaão de proselitismo comunista. Começa ai a

    infame campnha do Senador Joseph Mc Carthy que manteve um clima de terror nos EUA, destruindo a vida de milhares de americanos, em um frenesi de justiciamento, alguns se suicidaram, outras se exilaram, como Charles Chaplin, centenas perderam emprego, casa e familia, o justiceiro Mc Carthy acabou por sua vez destruido por sua canalhice e alcoolismo ,

    quase acaba com a Democracia americana, com prisões ilegais e sem processo formado, típico dos justiciamentos.

  4. O DNA golpista de Alexandre Garcia

    No Conversa Afiada: “Um comentário feito pelo jornalista Alexandre Garcia em uma rede de emissoras de rádio na semana passada está causando um tremendo mal-estar na Globo. O comentarista afirmou que os “53 milhões de eleitores” que votaram em Dilma Rousseff são “cúmplices” da corrupção na Petrobras, porque as denúncias envolvendo a estatal são conhecidas desde o início do ano. Na Globo, o comentário foi visto como agressivo, exagerado e inoportuno”.

     

    Na qualidade de eleitor da Dilma eu me senti ofendido com tal comentário, que se encontra em vídeo para quem quiser ouvir (https://www.youtube.com/watch?v=C7ulQ6zgVu8). Mas, como não tenho a quem reclamar por causa da pusilanimidade da justiça brasileira que se acovarda diante das agressões diárias da mídia contra os brasileiros comuns, em particular diante do poderio da Rede Globo de Televisão, só me resta comentar sobre o DNA golpista do infeliz e senil comentarista, divulgando alguns dados da sua história profissional encontrados na Wikipédia, a enciclopédia livre (http://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandre_Garcia).

     

    Alexandre Eggers Garcia (Cachoeira do Sul11 de novembro de1940) é um jornalistaapresentadorcomentarista de telejornais,colunista político e conferencista brasileiro.

     

    Já atuou no Jornal do Brasil e na extinta TV Manchete. Por 18 meses, entre os anos de 1979 e 1980, foi porta-voz oficial da Presidência da República, no governo de João Batista Figueiredo.

     

    A primeira cobertura internacional de Alexandre Garcia foi o fechamento do Congresso Uruguaio, em 1973, que instaurou uma ditadura no país vizinho. Nessa época, o jornalista escrevia para o Jornal do Brasil. De Montevidéu, foi transferido para Buenos Aires onde cobriu a crise política argentina por três anos. O jornalista deixou a capital depois que fez uma reportagem denunciando o esquema de corrupção da polícia rodoviária argentina próximo à cidade de Mar del Plata.

     

    No final da década de 1970, Alexandre Garcia retornou ao Brasil e foi trabalhar em Brasília durante o governo Geisel. Pelo Jornal do Brasil, participou da cobertura da viagem do Ernesto Geisel ao Japão em 1976. O jornalista ficou dez anos no JB. Depois da eleição do presidente João Baptista Figueiredo, Alexandre Garcia trabalhou como secretário de imprensa (porta-voz) do governo, porém acabou sendo exonerado devido à repercussão de uma entrevista  concedida à revista masculina “Ele & Ela”, na qual o jornalista se apresentava deitado em uma cama, de cueca, recoberto por uma felpuda toalha e revelava que era ali que ele “abatia suas lebres”.

     

    Em 1983, Alexandre Garcia foi trabalhar na sucursal da TV Manchete em Brasília. Para a emissora, o jornalista fez uma entrevista com João Figueiredo no final do mandato como presidente da República. Foi quando Figueiredo pronunciou uma das suas frases mais conhecidas: “Eu quero que me esqueçam”. No final da década de 1980, foi convidado pelo então diretor de telejornais da Rede GloboAlberico de Souza Cruz, para trabalhar na redação da emissora em Brasília.

     

    Enquanto atuava como porta-voz do presidente Figueiredo, viveu uma situação inusitada durante uma viagem oficial entre Brasília e Pindamonhangaba. Um cano do sistema hidráulico do avião da Força Aérea Brasileira estourou e molhou as calças do Presidente da República. Figueiredo disse: “É perigoso tirar as calças na sua frente!” e ficou completamente nu diante do jornalista (fevereiro/1980).

    Em comentário na Rádio CBN, afirmou que o Ministério da Saúde estaria fazendo “uma maluquice” ao estimular a gravidez de mulheres portadoras do vírus HIV. Sua declaração gerou forte protesto dos ativistas de movimentos sociais, que repudiaram publicamente seu comentário (maio/2010).9

    Desde 1996, Alexandre Garcia apresenta o Espaço Aberto na GloboNews, hoje renomeado Globo News Alexandre Garcia.

    De 2000 à 2011 apresentou e foi o editor-chefe do telejornal local DFTV – 1ª Edição. Também realizou a cobertura especial das eleições presidenciais de 20022006 e 2010. É autor do livro Nos Bastidores da Notícia, lançado pela Editora Globo em 1990. Além disso, assina artigos para jornais do país e faz comentários políticos para 80 emissoras de rádio.11

    Atualmente além do programa na Globo News, Alexandre é comentarista de politica e segurança pública do Bom Dia Brasil e do DFTV.

    Diariamente, atua como colunista político dentro da coluna “Bastidores” do Jornal da Cidade, comandado pelo jornalista José Carlos Magdalena e transmitido pela Rádio Morada do Sol AM/FM e pela TVAra, emissoras sediadas em Araraquara, interior de São Paulo”.

    OBS: O mais hilariante disso tudo é o seguinte: o “jornalista” que agrediu os eleitores da Dilma “assina artigos para jornais do país e faz comentários políticos para 80 emissoras de rádio”. É um poder extraordinário de inoculação de veneno, principalmente se considerarmos o fato de que a mídia convencional como um todo apoiou e fez campanha por anos a fio contra os candidatos PTistas, contando inclusive com a colaboração do poder judiciário, principalmente a partir do momento em que o quadro sucessório ficou mais ou menos definido com a morte de Eduardo Campos. E a Dilma com os seus feitos, estes verdadeiramente extraordinários, apresentados no programa eleitoral gratuito, na internet  e defendidos pela aguerrida militância PTista, conseguiu reverter um quadro de ódio elevado a enésima potência, ódio disseminado por Alexandre Garcia e muitos outros comentaristas da própria Rede Globo . Mas quem assistiu ao vídeo deve ter notado que o ódio de Alexandre Garcia no momento é com relação à sua própria insignificância, à sua própria falta de importância. E deu Dilma na cabeça.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

  5. Rui e a mídia.

    Como prometido, aqui o outro texto do Rui sobre  a mídia. 

     

    O apoio de Rui Barbosa a regulação da mídia.

     

    A Imprensa e o dever da verdade

    Bahia, 1924 – Pag. 15

     

    1920 – A imprensa é a vista da nação. Por ela é que a nação acompanha o que  lhe passa ao perto e ao longe, enxerga o que lhe malfazem, devassa o que lhe ocultam e tramam, colhe o que lhe sonegam, ou roubam, percebe onde lhe alvejam, ou nodoam, mede o que lhe cerceiam, ou destroem, vela pelo que lhe interessa e se acautela do que a ameaça.

    Sem vista mal se vive. Vida sem vista é vida no escuro, vida na soledade, vida no medo , morte em vida: receia de tudo, dependência de todos; rumo à mercê do acaso; a cada passo acidentes, perigos, despenhadeiros. Tal condição do país, onde a publicidade se avariou, e, em vez de ser os olhos, por onde se lhe exerce a visão, ou o cristal que lha a clareia, é a obscuridade, onde se perde,a ruim lente, que lha turva ou a droga maligna, que lha perverte obstando-lhe a noticia da realidade, ou não lha deixando senão adulterada, invertida, enganosa.

    Já lhe não era pouco ser o órgão visual da nação. Mas a imprensa, entre os povos livres, não é só o instrumento da vista, não é unicamente o aparelho de ver,a serventia de um só sentido. Participa, nesses organismos coletivos, de quase todas asa funções vitais. É sobretudo, mediantea publicidade que os povos respiram.

    Todos sabem que cada um de nós tem na ação respiratória , uma das mais complexas do corpo, e uma das em que se envolvem maior número de elementos orgânicos. A respiração pulmonar combina-se com os tecidos, para constituir o sistema de ventilação, cuja essência consiste na troca incessante dos princípios necessários à vida entre o ar atmosférico e o sangue, da circulação da qual vivemos. Nos pulmões está o grande campo dessas permutas. Mas os músculos também respiram, e o centro respiratório se encontra, bem longe do aparelho pulmonar, nesse bulbo misterioso, que lhes preside a respiração, e lhe rege os movimentos.

    Da mesma sorte, senhores, os corpos morais, nas sociedades humanas, essa respiração, propriedade e necessidade absoluta de toda célula viva, representa, com a mesma principalidade, o papel de nutrição, de aviventação, de regeneração, que lhe é comum em todo o mundo orgânico animado ou  vegetativo.

    Nos indivíduos, ou nos povos, o mundo espiritual também tem a sua atmosfera, donde eles absorvem o ar respirável, e para onde exalam o ar respirado. Cada um dos entes que se utilizam desse ambiente incorpóreo, desenvolve, na sua existência, graças as permutas que com esse ambiente entretem, uma circulação, uma atividade saguinea, condição primordial de toda a sua vida, que dele depende. Não há vida possível, se esse meio, onde todos respiram, lhes não elabora o ar respirável, ou se lhes deixa viver o ar respirado.

    Entre as sociedades modernas, esse grande aparelho de elaboração e depuração reside na publicidade organizada, universal e perene: a imprensa. Eliminai-a da economia desses seres morais, eliminai-a, ou envenenai-a, e será como se obstruísseis as vias respiratórias a um vivente, ou o pusésseis no vazio, ou o condenásseis à inspiração de gases letais. Tais são os que uma imprensa corrupta ministra aos espíritos, que lhe respiram as exalações perniciosas.

    Um país de imprensa degenerada  ou degenerescente é, portanto, um país cego e um país miasmado, um país de ideias falsas e sentimentos pervertidos, um país, que, explorado na sua consciência não poderá lutar com os vícios, que lhe exploram as instituições.

    …………………………………………………………………………………………………………..

    Todos os regimes que decaem para o absolutismo, vão entrando logo a contrair amizades suspeitas entre os jornais. Bem se sabe, por exemplo, o que, a tal respeito, foi o império de de Napoleão III. Mas na Alemanha, debaixo da influencia bismarckina, é que se requintou, em proporções desmedidas e com inconcebível generalidade, essa anexação da publicidade ao governo.

    Vai por cerca de cinquenta anos que um historiador prussiano, dos mais notáveis de sua terra, professor WUTTKE, lente(1) na universidade de Leipzig, escrevia o seu célebre livro sobre a verba dos reptis (Reptilienfund), livro clássico no assunto.

    Por ele se veio a saber que, com o nome de “Repartição da Imprensa”, “Bismarck estabeleceu às margens do Spréia, a mais vasta fábrica da opinião publica até então conhecida, e lhe derramara as filiais pelo mundo inteiro” .

    É um depoimento estupendo acerca desse terrível mecanismo, graças ao qual, há mais de meio século, já o gabinete de Berlim se considerava senhor de toda a imprensa. Foi por esse meio que se aparelhou a vitória alemã contra a Áustria, em 1886, se vingou o triunfo alemão contra a França, em 1871, e estava organizada para 1914, a inundação do mundo pela Alemanha.

    Por meio desses recursos diabólicos é que desde a falsificação da ordem do dia de Benedeck,  no primeiro desses assaltos, e a ordem do telegrama de Ems no segundo, até as monstruosas fábulas que caracterizaram o terceiro, se maleou, nas forjas da mentira, para a execução das vontades da casta militar, essa nacionalidade enganada e alucinada, que desperta agora aturdida entre as decepções da mais inesperada realidade.

    A surpresa desse acordar entre ruínas tais, desse cair de tão vertiginosa altura em tão incomensurável abismo, lampeja com uma claridade sinistra sobre o regime, que ora se vai introduzindo no Brasil, de apagamento da consciência das nações  pela imersão habitual do seu espírito e costumes da mentira.

    Ora, assim nas autocracias, como nas oligarquias o poder corre ao encontro dos maus exemplos, como a limalha ao do imã.

    No Brasil, a monarquia não padeceu, sensivelmente desse vício. Mas a República, adernando logo ao começo da sua inauguração constitucional, como nau que mete água dentro ao sair do porto, simpatizou com esses modelos, e foi já, desde os seus mais verdes anos, prematurando, com a corrupção da sua primeira idade a obra do tempo.

    ……………………………………………………………………………………………………….

    Três ancora deixou Deus ao homem: o amor da pátria, o amor da liberdade, o amor da verdade.

    Cara nos é a pátria, a liberdade mais cara; mas a verdade mais cara que tudo. Patria, cara, carior libertas, veritas caríssima. (LIEBER, Reminiscenses, pag.42). Damos a vida pela pátria. Deixamos a pátria pela liberdade. Mas pátria e liberdade renunciamos pela verdade. Porque esse é o mais santo de todos os amores. Os outros são da terra e do tempo. Este vem do céu e vai à eternidade.

    Nenhum país salva a sua reputação com os abafos, capuzes e mantilhas da corrupção encapotada.

    Durante a campanha da Criméia, em 1854, o Times, o jornal dos jornais europeus, não hesitou em romper na mais tremenda hostilidade contra a administração militar da Grã Bretanha, sustentando que seu serviço era “infame, infamous”  que os soldados enfermos não achavam nem cama, onde jazessem, que o exercito, gasto, desmoralizado e miserando, não tinha, em Balaclava, nem onze mil homens capazes de entrar em combate.

    Russel, o famoso correspondente desse jornal britânico no teatro da guerra, perguntava em carta, a Delane, o célebre diretor do grande órgão: “Que hei de fazer? Dizer estas coisas ou calar?”  Mas o interrogado não hesitou na resposta. As instruções, em que lha deu, recomendaram-lhe , com energia, “falar a verdade, sem indulgencia nem receios” .  O Times, declaravam elas, o Times não admitia “véus”.

    Era opinião do seu editor que, “nas circunstancias do caso, a publicidade constituía o meio de cura indispensável”.  Embora chegassem a dizer que “o exército deveria linchar o correspondente do Times”,  embora o príncipe consorte o apodasse de “miserável libelista”,  embora o presidente do conselho dissesse, no Foreing Office, que “três batalhas campais, ganhas pela Inglaterra, não a restituiríam do dano “ causado pelas correspondências e editoriais daquela folha, o Times não variou seu rumo, de atitude e de franqueza até o termo da luta do Reino Unido com o Império Russo.

    Sabeis com que resultados, senhores? A Câmara dos Comuns, acabou por mandar abrir, em 1855, um inquérito sobre a situação do exército em Sebastopol. O gabinete caiu demolido pela campanha do terrível órgão londrino. As mais eminentes autoridades miliatres declararam afinal, que ele, “narrando com fidelidade ao público os padecimentos da tropa, salvaram o rosto do inglês”. O governo da Rainha Vitória, pela voz de Gladstone, agradeceu a Delane o “valioso apoio” (palavras suas), “o valioso apoio do Times, subscrevendo, sem reservas, o principio seguido por ele, de “nunca se deve encobrir ao público, circunstancia alguma, quaisquer que sejam os inconvenientes da sua divulgação”.

    Biblioteca do pensamento vivo; O pensamento vivo de Rui Barbosa. Apresentado por Américo Jacobina Lacombe. Livraria Martins Editora em 1967.

  6.  
    STJ repudia argumentos da

     

    STJ repudia argumentos da Justiça paulista para absolver estuprador de menina de 11 anos

     

    Ministros consideraram que a decisão do tribunal paulista é ‘anacrônica’ e reforça a insegurança de crianças e adolescentes

     

    por Rodrigo Gomes, da RBA publicado 24/11/2014 19:13

     

     

      ministro Divulgação/STJ

    O ministro Cruz defendeu que a decisão do TJ-SP deixa crianças e adolescentes desprotegidas contra abusos

     

    São Paulo – Por quatro votos a um, os ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinaram a condenação de um homem pelo estupro de uma menina de 11 anos, no estado de São Paulo, em 2009. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) havia absolvido o réu, que tinha 27 anos à época, considerando que a garota praticou ato sexual “por vontade própria, sabendo o que significava” e com “plena consciência do que estava fazendo e completa sensibilidade a respeito do ato”.

    Para o relator do caso, ministro Rogerio Schietti Cruz, os argumentos são “repudiáveis” e reproduzem um “comportamento judicial tipicamente patriarcal”, que inverte a situação e primeiro julga a vítima para somente depois avaliar a conduta do réu, em casos de violência contra a mulher.

    O caso corre em segredo de justiça, sendo portanto resguardado o nome do réu e da vítima. Mas a situação é repetida. Em julho deste ano o mesmo TJ-SP absolveu um fazendeiro da cidade paulista de Pindorama da acusação de estupro de duas adolescentes, de 13 anos e 14 anos, alegando que ele não tinha como saber que elas eram menores de idade, em virtude do seu comportamento. O caso ocorreu em 2011 e também tramita em segredo de justiça.

    Porém, a decisão pode referenciar novos julgamentos desse tipo, inclusive o do fazendeiro citado.

    O relator enfatizou que o consentimento da criança ou adolescente não tem relevância na avaliação da conduta criminosa. “É anacrônico o discurso que procura associar a evolução moral dos costumes e o acesso à informação como fatores que se contrapõem à natural tendência civilizatória de proteger certas minorias, física, biológica, social ou psiquicamente fragilizadas”, diz um trecho da decisão.

    Para Cruz, esse tipo de crença “acaba por desproteger e expor pessoas ainda imaturas a todo e qualquer tipo de iniciação sexual precoce, como na espécie, ou a outras formas de violência”.

    O recurso especial ao STJ foi apresentado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo e julgado no dia 7 de agosto. Mas só foi publicado pela Justiça paulista no dia 17 deste mês. Os ministros Nefi Cordeiro, Marilza Maynard (desembargadora convocada do Tribunal de Justiça de Sergipe) e Sebastião Reis Júnior (presidente da seção) votaram com o relator. A ministra Maria Thereza de Assis Moura votou contra.

    O réu ainda pode recorrer da decisão.

    http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2014/11/stj-repudia-argumentos-da-justica-paulista-para-absolver-estuprador-de-menina-de-11-anos-8173.html

     

  7. MPF/RJ encontra documentos

    MPF/RJ encontra documentos que comprovam existência da Operação Condor

     

    Flavia Villela,
    da Agência Brasil

     

     

    Paulo Malhães, conhecido por atuar na repressão durante a ditadura foi encontrado morto no seu sítio em abril deste ano.| Foto: Divulgação/Comissão Nacional da Verdade

     

    Paulo Malhães, conhecido por atuar na repressão durante a ditadura foi encontrado morto no seu sítio em abril deste ano.| Foto: Divulgação/Comissão Nacional da Verdade

     

     

    O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ) informou nesta segunda-feira (24) ter encontrado documentos na casa coronel Paulo Malhães, assassinado em abril deste ano, que comprovam colaboração entre os regimes ditatoriais da América do Sul nas décadas de 1970 e 1980. Mais conhecida como Operação Condor, a colaboração entre ditaduras do Cone Sul é negada pelas Forças Armadas e pelo Ministério das Relações Exteriores.

    Em diligência na casa de Malhães, o Grupo de Trabalho de Justiça e Transição do MPF/RJ descobriu documentos relativos à Operação Gringo, que consistia no monitoramento, na vigilância e prisão de estrangeiros que demonstrassem qualquer atividade considerada ofensiva ao regime. A operação era de responsabilidade do Centro de Informações do Exército do Rio de Janeiro.

    Um informe em espanhol, denominado Operação Congonhas, detalha a estrutura de organizações de militância e guerrilha contra a ditadura argentina. Também explicava atividades de infiltração de militares argentinos no Brasil para monitorar, contatar e prender os “inimigos” do regime argentino.

    Advogada e integrante da Comissão da Verdade do Rio, Nadine Borges foi uma das responsáveis por tomar o depoimento de Malhães. Segundo ela, o coronel reformado negava o uso da terminologia Operação Condor, mas reconhecia a Operação Gringo.

    “Ele contou ter coordenado uma ação para monitorar a entrada de todos os estrangeiros. Ele tinha registro, fotos, endereços e codinomes de todas as pessoas”, salientou. Conforme Nadine, a operação chefiada por Malhães colaborou para a derrocada da Guerrilha Montonera no Brasil, que preparava, no Sul do país, no fim da década de 1970, um contraataque ao regime militar argentino.

    Em nota, o procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, disse que a descoberta é uma marco histórico para revelar os responsáveis por crimes durante a ditadura. Segundo ele, os documentos são a maior prova da existência da Operação Condor e de que a Operação Gringo era um braço internacional.

    Também foram encontrados nomes de organizações estrangeiras e brasileiras contrárias ao regime militar e de 140 personalidades, entre elas, Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Francisco Buarque de Hollanda e Francisco Julião.

     

    http://www.sul21.com.br/jornal/mpfrj-encontra-documentos-que-comprovam-existencia-da-operacao-condor/

  8. Sunitas e xiitas no Irã e

    Sunitas e xiitas no Irã e no Iraque

    Posted on25/11/2014by

    BurnaQuando conquistaram o Irã, no começo do século XVI, os Safávidas fizeram do xiismo a religião oficial do Estado. Até então o xiismo era um movimento esotérico intelectual e místico, e seus adeptos tinham por princípio manter-se à margem da política. Sempre houve importantes (e poucos) centros xiitas no Irã, porém as maiorias de seus membros eram árabes, não persas. O experimento dos Safávidas constituiu, portanto, uma extraordinária inovação.

    Sunitas e xiitas se diferenciavam no tocante à postura, não à doutrina. A visão da história muçulmana era basicamente otimista entre os sunitas e mais trágica entre os xiitas, para os quais o destino dos descendentes de Maomé se convertera em símbolo da luta cósmica entre o bem e o mal, a justiça e a tirania, com os maus prevalecendo.

    Enquanto os sunitas transformaram a vida do Profeta em mito, os xiitas mitificaram a vida de seus descendentes. Para compreender o xiismo – e acontecimentos como as Revoluções Iranianas de 1978-79, Karen Armstrong afirma que tem de examinar sucintamente sua história.

    Quando Maomé morreu, em 632, a questão de sua sucessão estava em aberto, e a maioria da ummah elegeu para o califado seu amigo Abu Bakr. Alguns acreditavam, porém, que o Profeta preferiria ter como sucessor Ali ibn Abi Talib, que era seu parente mais próximo (primo e genro), além de seu pupilo. Preterido em várias eleições, Ali finalmente se tornou o quarto califa, em 656.

    Os xiitas, contudo, não reconhecem os três primeiros califas e o chamam de Primeiro Imame (“líder”). Indubitavelmente piedoso, Ali escreveu a seus dignitários cartas inspiradoras, enfatizando a importância do governo justo. Em 661 foi assassinado por um extremista muçulmano, e tanto sunitas quanto xiitas lamentaram o trágico acontecimento.

    Seu rival, Muawiyyah, assumiu o califado e fundou a dinastia dos Omíadas, com sede em Damasco. Hasan, o primogênito de Ali, a quem os xiitas chama de Segundo lmame, abandonou a política e, em 669, morreu em Medina.

    Quando o califa Muawiyyah faleceu, em 680, ocorreram em Kufa, no Iraque, grandes manifestações favoráveis a Husain, o segundo filho de Ali. A fim de evitar represálias por parte dos Omíadas, Husain se refugiou em Meca, mas o novo califa Omíadas, Yazid, enviou emissários para assassiná-lo, profanando, assim, a cidade santa.

    Considerando a necessidade de posicionar-se contra esse governante injusto e ímpio, Husain, o Terceiro Imame dos xiitas, partiu para Kufa, com um pequeno grupo de cinquenta seguidores, que levaram suas esposas e Mos. Acreditava que o pungente espetáculo da família do Profeta marchando em oposição à tirania reconduziria a ummah a uma prática mais autêntica do islamismo. Mas durante o jejum sagrado do Ashura, o décimo dia do mês de Muharram, tropas dos Omíadas cercaram e massacraram o pequeno exército de Husain na planície de Kerbala, arredores de Kufa. Husain foi o último a morrer, segurando nos braços seu filho, ainda bebê.

    A tragédia de Kerbala teria seu próprio culto e se tornaria um mito, um fato intemporal na vida de todo xiita. Yazid se converteu em emblema da tirania e da injustiça. No século X, os xiitas comemoravam anualmente o martírio de Husain no jejum do Ashura, quando choravam, espancavam-se e declaravam sua eterna oposição à corrupção da política muçulmana. Poetas escreveram elegias em homenagem aos mártires, Ali e Husain.

    Assim, os xiitas criaram uma devoção de protesto, centrada no mythos de Kerbala. O culto mantinha vivo um apaixonado anseio de justiça social que está no âmago da visão xiita. Quando marcham em procissão solene durante os rituais do Ashura, os xiitas proclamam sua determinação de seguir Husain e até mesmo morrer na luta contra a tirania.

    Demorou algum tempo para surgirem o mito e o culto. Nos primeiros anos posteriores a Kerbala, o filho de Husain, Ali, que conseguira sobreviver ao massacre, e seu filho Muhammad (chamados, respectivamente, de Quarto e Quinto Imames) instalaram-se em Medina e não participaram da vida política.

    Entrementes, Ali, o Primeiro Imame, se transformara num símbolo de retidão para muita gente insatisfeita com o governo dos Omíadas. Quando finalmente derrubou os Omíadas, em 750, e fundou sua própria dinastia (750-1260), a facção dos Abássidas se declarou pertencente ao Shiah-i Ali (Partido de Ali). O Shiah [xiismo] também estava associado com especulações mais fantasiosas, que a maioria dos muçulmanos considerava “extremas“.

    No Iraque, os muçulmanos haviam tido contato com um mundo religioso mais antigo e mais complexo, e alguns sofreram influências da mitologia cristã, judaica ou zoroástrica. Em alguns círculos xiitas, Ali era venerado como uma encarnação do divino, semelhante a Jesus.

    Os xiitas rebeldes acreditavam que seus líderes não tinham morrido, mas estavam escondidas (ou “na ocultação“) para voltar um dia e conduzi-los à vitória. Outros se encantavam com a ideia do Espírito Santo incorporando-se em um ser humano e concedendo-lhe sabedoria divina. Todos esses mitos, modificados, seriam importantes para a visão esotérica do Shiah.

    O culto a Husain transformou uma tragédia histórica em um mito crucial para a visão religiosa dos xiitas. Dirigiu a atenção dos devotos para uma luta incessante, mas invisível entre o Bem e o Mal, travada no centro da existência humana. Os rituais liberaram Husain das circunstâncias específicas de sua época e o converteram em presença viva, assim como em símbolo de uma verdade profunda.

    Entretanto, a mitologia do xiismo não tinha aplicação prática no mundo real. Mesmo quando governantes xiitas como os Abássidas tomaram o poder, as duras realidades da política os impediram de governar em consonância com esses ideais elevados.

    Os califas Abássidas tiveram grande sucesso no plano material, mas logo após sua ascensão abandonaram o radicalismo xiita e se tornaram sunitas comuns. Não se mostravam mais justos que os Omíadas, porém os verdadeiros xiitas nada podiam fazer, pois toda rebelião era violentamente reprimida. O próprio mito de Husain parecia sugerir que qualquer tentativa de oposição a um governante tirânico estava fadada ao fracasso, por mais devota e sequiosa de justiça que fosse.

    Karen Armstrong termina esse capítulo sobre o Islamismo, “Em Nome de Deus”, argumentando que, ao terminar o século XVIII, quando ocorria a Revolução Industrial na Inglaterra, os impérios otomano e iraniano estavam desorganizados. Haviam sucumbido ao destino inevitável de uma civilização agrária que excedera seus recursos.

    Desde a Era Axial, o espírito conservador ajudava homens e mulheres a aceitarem num nível profundo as limitações desse tipo de sociedade. Isso não significa que as sociedades conservadoras eram, estáticas e fatalistas. A espiritualidade havia levado o mundo islâmico a grandes conquistas culturais e políticas.

    Até o século XVII, o Islã era a maior potência mundial. Todavia, esse esforço político, intelectual e artístico tivera lugar em contexto mitológico estranho aos valores da nova cultura ocidental que se desenvolvia na Europa. Muitos dos ideais da Europa moderna seriam caros aos muçulmanos.

    Olhos verdes IIKaren Armstrong mostrou que sua fé os incentivara a adotar valores semelhantes aos do Ocidente moderno: justiça social, igualitarismo, liberdade individual, espiritualidade de bases humanas, política secular, fé privatizada, cultivo do pensamento racional. Outros aspectos da nova Europa, porém, dificilmente teriam aceitação em um etos conservador.

    No final do século XVIII, os muçulmanos eram intelectualmente atrasados em relação ao Ocidente. Como os impérios islâmicos também estavam politicamente enfraquecidos, seriam vulneráveis aos Estados europeus que tentavam conquistar a hegemonia mundial.

    Os ingleses já haviam se instalado na Índia, e a França estava decidida a criar seu próprio império. Em 19 de maio de 1798, Napoleão Bonaparte zarpou de Toulon com 38 mil homens e quatrocentos navios para desafiar o poderio britânico no Oriente. Depois de cruzar o Mediterrâneo, desembarcou em Alexandria, no dia 1° de julho, e, à frente de 4300 soldados, tomou a cidade na madrugada seguinte.

    Assim, conquistou uma base no Egito. Napoleão levara consigo um grupo de estudiosos, uma biblioteca da moderna literatura europeia, um laboratório científico e um prelo com caracteres arábicos. A nova cultura científica e secularista do Ocidente invadira o mundo muçulmano, que nunca mais seria o mesmo.

    Classificar isto:

  9. PT e assemelhados que se cuidem

    das suas costela pode nascer um “Podemos ” aqui também..

    Do Diario de Centro do Mundo

     

    A corrupção e o sucesso do partido espanhol “Podemos”, fenômeno da esquerda europeia

        inShre 

     

    Postado em 24 nov 2014por :  Pablo Iglesias, o líder do partido

    Pablo Iglesias, o líder do partido

     

    Após uma série de protestos organizados pelas redes sociais que reivindicavam mudanças na política e na sociedade por considerarem que nenhum dos partidos políticos os representavam, um nome surge carregando o grito das ruas (em especial o “basta de corrupção”). Jovens desiludidos com o sistema político e por tabela desconfiando de todos os partidos buscam algo totalmente novo, desinfetado, e afirmam que apostarão seus votos ali. Já em seus primeiros meses de vida a promessa lidera as itenções de voto, deixando as grandes legendas para trás.

     

    Estamos em um Brasil fictício de 2013 em que a REDE de Marina Silva vingou e arrebanhou a massa? Não. Espanha 2014, mundo real. O PODEMOS espanhol em seu primeiro ano conquistou cinco cadeiras no Parlamento europeu e em uma recente pesquisa de intenção de voto ficou em primeiro lugar, por ecoar fortemente os anseios que vêm desde o movimento Indignados naquele país.

    Originado na insatisfação com o bipartidarismo e com os casos de corrupção no país, o PODEMOS se apresentou não como um partido mas como um “novo método participativo, pensado para transformar a indignação em mudança política.” O responsável pela organização, o ativista social Miguel Urbán, sempre mostrou sua preocupação com a corrupção (que viria como chaga número um) mas as questões que há décadas assolam a Espanha como o alto desemprego, o aumento da pobreza e as consequências das medidas de austeridade também são tratados.

    O movimento trabalha com a meta de modificar até o tão festejado futebol espanhol que sofre de alguns problemas similares aos nossos e propõe o combate a distribuição desigual do dinheiro da TV entre os clubes, um teto salarial para que os mais ricos não se distanciem tanto dos mais pobres e obrigatoriedade do estudo para os jogadores da primeira divisão. Enfim, um sacode geral.

    Mas um movimento ou partido que tem como carro-chefe da plataforma o combate à corrupção é algo que se deve ser levado à sério? Um partido que se intitula incorruptível, ao se desmembrar em inúmeras faces para atender aos acordos políticos, composto por seres humanos, levará quanto tempo para ter um aliado pego em flagrante?

    Política sem corrupção é uma utopia como desejar o mundo sem corrupção, ou a raça humana composta de 100% de seus espécimes incorruptíveis (esse grito mesmo que ouve-se hoje – ‘começar do zero’ – como imaginam fazer isso? Alteração genética?)

    Corrupção sempre existiu e por isso a propaganda feita por seus combatentes na maioria das vezes se apoia em falácias. Por aqui ouvimos até que é algo endêmico, que em nenhum lugar do mundo há tanta corrupção, que nenhum partido ou governo foi mais corrupto do que o atual, que nunca se roubou tanto, que é preciso tirar todo mundo que está aí e começar do zero, que isso, que aquilo.

    Não se combate a corrupção visando sua extinção. Ela é algo universal, atemporal e inerente à existência do polígono dinheiro/poder/benefícios/ser humano. Sempre existirá. Deve-se criar mecanismos que dificultem sua prática e punições que imponham receio e que sejam de fato cumpridas. Desejar o fim da corrupção assemelha-se a desejar a felicidade eterna, a perfeição.

    Não é possível, ela é um fator humano. E as leis não evitam que algo seja feito, e sim determinam qual o preço a se pagar por tal comportamento. Uma vez que sejam duras e cumpridas com rigor, colaboram para atenuar, já que o contrário transforma práticas em epidemia.

    Pode-se torcer muito para que um país tenha sucesso nessa empreitada (e por isso não desdenho das intenções do PODEMOS) e observar quais medidas passem a funcionar. Penas duras, por exemplo, num país em que a cultura da corrupção já está arraigada podem não ser necessariamente multas altas. O ditado de que o bolso é a parte mais sensível do ser humano é levado ao pé da letra mas multas muito altas também colaboram para a indústria da corrupção (vale mais a pena pagar para ao fiscal, por exemplo).

    O discurso contra a corrupção sempre cai num vazio dada sua hipocrisia. Raros são os casos e as pessoas que não se deixam corromper. A diferença está na esfera de atuação de cada um. Há aqueles que não querem sujar as mãos por pouco e envolvem-se nos grandes “acordos” proporcionais às suas posições hierárquicas e há aqueles que não têm acesso a grandes esquemas mas que no dia-a-dia admitem um gato na instalação da TV a cabo, uma sonegaçãozinha de imposto, um suborno “sem grandes consequências”.

    Se diferem na dimensão, as justificativas são similares na vitimização. “Fui coagido a participar” é o que se ouve dos grandes tubarões (como estivessem num beco sem saída e não em um saguão chamado ganância). Já o “todo mundo faz, porque serei o honesto trouxa?” é o argumento dos pequenos contraventores e assim cria-se toda uma cultura.

    Então quem pode mesmo pintar o rosto de verde-amarelo e sair acusando os outros de ladrões, corruptos, dizer-se cansado de roubalheira, demonstar indignação?

    Penas severas para corruptos e menos hipocrisia, por favor. Quer o fim da corrupção? Seja honesto.

     

  10. ” A Máfia Médica” e a Indústria da Doença

     aqui como lá a Máfia de Branco atuada mesma maneira, investindo e alferindo lucros astronômicos com a indústria da doença..isso explica a reação raivosa da classe médica conta o Mais Médicos e a defesa de sua reserva de mercado..

    Fonte: http://www.noticiasnaturais.com/2013/12/a-mafia-medica-e-a-industria-da-doenca/

    “A Máfia Médica” e a Indústria da Doença

     10 de dezembro de 2013   

    máfia-médica-“A Máfia Médica” é o título do livro lançado em 2010 que custou à doutora Ghislaine Lanctot a sua expulsão do colégio de médicos e a retirada da sua licença para exercer medicina. Trata-se provavelmente da denúncia publicada mais completa, integral, explícita e clara do papel que forma, a nível mundial, o complô formado pelo Sistema Sanitário e pela Indústria Farmacêutica. O livro expõe, por um lado, a errônea concepção da saúde e da enfermidade, que tem a sociedade ocidental moderna, fomentada por esta máfia médica que monopolizou a saúde pública criando o mais lucrativo dos negócios. Além de falar sobre a verdadeira natureza das enfermidades, explica como as grandes empresas farmacêuticas controlam não só a investigação, mas também a docência médica, e como se criou um Sistema Sanitário baseado na enfermidade em vez da saúde, que cronifica enfermidades e mantém os cidadãos ignorantes e dependentes dele. O livro é pura artilharia pesada contra todos os medos e mentiras que destroem a nossa saúde e a nossa capacidade de auto-regulação natural, tornando-nos manipuláveis e completamente dependentes do sistema. A seguir, uma bela entrevista à autora, realizada por Laura Jimeno Muñozpara Discovery Salud:

    Medicina significa negócio

    A autora de A Máfia Médica acabou os seus estudos de Medicina em 1967, numa época em que – como ela mesma confessa – estava convencida de que a Medicina era extraordinária e de que antes do final do séc. XX se teria o necessário para curar qualquer enfermidade. Só que essa primeira ilusão foi-se apagando até extinguir-se. – Porquê essa decepção? – Porque comecei a ver muitas coisas que me fizeram refletir. Por exemplo, nem todas as pessoas respondiam aos maravilhosos tratamentos da medicina oficial. Além disso, naquela época entrei em contato com várias terapias suaves – ou seja, praticantes de terapias não agressivas (em francês Médecine Douce) – que não tiveram problema algum em me abrir as suas consultas e em deixar-me ver o que faziam. Rapidamente concluí que as medicinas não agressivas são mais eficazes, mais baratas e, ainda por cima, têm menores efeitos secundários. – E suponho que começou a perguntar-se por que é que na Faculdade ninguém lhe havia falado dessas terapias alternativas não agressivas? – Isso mesmo. Logo a minha mente foi mais além e comecei a questionar-me como era possível que se chamassem de charlatães a pessoas a quem eu própria tinha visto curar e porque eram perseguidas como se fossem bruxos ou delinquentes. Por outro lado, como médica tinha participado em muitos congressos internacionais – em alguns como oradora – e me dei conta de que todas as apresentações e depoimentos que aparecem em tais eventos estão controlados e requerem, obrigatoriamente, ser primeiro aceitos pelo comitê científico organizador do congresso. – E quem designa esse comitê científico? – Geralmente quem financia o evento: a indústria farmacêutica. Sim, hoje são as multinacionais quem decide até o que se ensina aos futuros médicos nas faculdades e o que se publica e expõe nos congressos de medicina! O controle é absoluto. – E isso ficou claro para você? – E muito! Me dar conta do controle e da manipulação a que estão sujeitos os médicos – e os futuros médicos, ou sejam os estudantes – me fez entender claramente o que a medicina é, antes de tudo, um negócio. A medicina está hoje controlada pelos seguros públicos ou privados, o que dá na mesma, porque enquanto alguém tem um seguro perde o controle sobre o tipo de medicina que tem. Já não pode escolher. E há mais, os seguros determinam inclusivamente o preço de cada tratamento e as terapias que se vão praticar. E  se olharmos para trás das companhias de seguros ou da segurança social… encontramos o mesmo. – O poder econômico? – Exato, é o dinheiro quem controla totalmente a Medicina. E a única coisa que de verdade interessa a quem maneja este negócio é ganhar dinheiro. E como ganhar mais? Claro, tornando as pessoas doentes…. porque as pessoas sãs, não geram ingressos. A estratégia consiste em suma, em ter enfermos crônicos que tenham que consumir o tipo de produtos paliativos, ou seja, para tratar só sintomas, medicamentos para aliviar a dor, baixar a febre, diminuir a inflamação. Mas, nunca fármacos que possam resolver uma doença. Isso não é rentável, não interessa. A medicina atual está concebida para que a gente permaneça enferma o maior tempo possível e compre fármacos; se possível, toda a vida.

    Um sistema da doença

    – Deduzo que essa é a razão pela qual no seu livro se refere ao sistema sanitário como “sistema da doença” – Efetivamente. O chamado sistema sanitário é na realidade um sistema da doença. Pratica-se uma medicina da doença e não da saúde. Uma medicina que só reconhece a existência do corpo físico e não leva em conta nem o espírito, nem a mente, nem as emoções. E que além disso, trata apenas o sintoma e não a causa do problema. Trata-se de um sistema que mantém o paciente na ignorância e na dependência, e a quem se estimula para que consuma fármacos de todo o tipo. – Supõe-se que o sistema sanitário está ao serviço das pessoas! – Está ao serviço de quem dele tira proveito: a indústria farmacêutica. De uma forma oficial – puramente ilusória – o sistema está ao serviço do paciente, mas oficialmente, na realidade, o sistema está às ordens da indústria que é quem move os fios e mantém o sistema da doença em seu próprio benefício. Em suma, trata-se de uma autêntica máfia médica, de um sistema que cria enfermidades e mata por dinheiro e por poder.  – E que papel desempenha o médico nessa máfia? – O médico é – muitas vezes de uma forma inconsciente, na verdade – a correia de transmissão da grande indústria. Durante os 5 a 10 anos que passa na Faculdade de Medicina o sistema encarrega-se de lhe inculcar uns determinados conhecimentos e de lhe fechar os olhos para outras possibilidades. Posteriormente, nos hospitais e congressos médicos, é reforçada a ideia de que a função do médico é curar e salvar vidas, de que a doença e a morte são fracassos que se deve evitar a todo o custo e de que o ensinamento recebido é o único válido. E mais, te ensinam que o médico não deve implicar-se emocionalmente e que é um «deus» da saúde. Daí resulta o caça às bruxas entre os próprios profissionais da medicina. A medicina oficial, a científica, não pode permitir que existam outras formas de curar que não sejam servis ao sistema. – O sistema, de fato, pretende fazer crer que a única medicina válida é a chamada medicina científica, a que você aprendeu e que renegou. Precisamente no mesmo número da revista em que vai aparecer a sua entrevista, publicamos um artigo a respeito. – A medicina científica está enormemente limitada porque se baseia na física materialista de Newton: tal efeito obedece a tal causa. E, assim, tal sintoma precede a tal enfermidade e requer tal tratamento. Trata-se de uma medicina que ademais só reconhece o que se vê, se toca, ou se mede e nega toda a conexão entre as emoções, o pensamento, a consciência e o estado de saúde do físico. E quando a importunamos com algum problema desse tipo, cola a etiqueta de doença psicossomática no paciente e envia-o para casa, receitando-lhe comprimidos para os nervos. – É dizer, que no que lhe toca, a medicina convencional só se ocupa em fazer desaparecer os sintomas. – Salvo no que se refere a cirurgia, os antibióticos e algumas poucas coisas mais, como os modernos meios de diagnóstico, sim. Dá a impressão de curar mas não cura. Simplesmente elimina a manifestação do problema no corpo físico mas este, cedo ou tarde, ressurge. –  Você acha que dão melhores resultados as chamadas medicinas suaves ou não agressivas – É a melhor opção porque trata o paciente de uma forma holística e ajuda na cura… mas tão pouco cura. Olhe, qualquer das chamadas medicinas alternativas são uma boa ajuda mas apenas isso: complementos! Porque o verdadeiro médico é você próprio. Quando está consciente da sua soberania sobre a saúde, deixa de necessitar de terapeutas. O enfermo é o único que pode curar-se. Nada pode fazê-lo em seu lugar. A autocura é a única medicina que cura. A questão é que o sistema trabalha para que esqueçamos a nossa condição de seres soberanos e nos convertamos em seres submissos e dependentes. Nas nossas mãos esteremos rompendo essa escravidão. – E, na sua opinião, por que é que as autoridades políticas, médicas, midiáticas e econômicas o permitem? Porque os governos não acabam com este sistema da doença, que além de tudo é caríssimo? – Acerca disso, tenho três hipóteses. A primeira é que talvez não saibam que tudo o que se passa… mas é difícil de aceitar porque a informação está ao seu alcance há muitos anos e nos últimos vinte anos foram já várias as publicações que denunciaram a corrupção do sistema e a conspiração existente. A segunda hipótese é que não podem acabar com ele… mas também resulta, como difícil de acreditar, porque os governos têm poder. – E a terceira, suponho, é que não querem acabar com o sistema. – Pois o certo é que, eliminadas as outras duas hipóteses, essa parece a mais plausível. E se um Governo se nega a acabar com um sistema que arruína e mata os seus cidadãos é porque faz parte dele, porque faz parte da máfia.

    A máfia médica

    – Quem na sua opinião, integra a “máfia médica”? – Em diferentes escalas e com distintas implicações, com certeza, a industria farmacêutica, as autoridades políticas, os grandes laboratórios, os hospitais, as companhias seguradoras, as Agencias dos Medicamentos, as Ordens dos Médicos, os próprios médicos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) – o Ministério da Saúde da ONU- e, com certeza, o governo mundial na sombra do dinheiro. – Entendemos que para você, a Organização Mundial da Saúde é “a máfia das máfias”? – É sim. Essa organização está completamente controlada pelo dinheiro. A OMS é a organização que estabelece, em nome da saúde, a “política da doença” em todos os países. Todo o mundo tem que obedecer cegamente às diretrizes da OMS. Não há escapatória. De fato, desde 1977, com a Declaração de Alma Ata, nada pode escapar ao seu controle. – Em que consiste essa declaração? – Trata-se de uma declaração que dá à OMS os meios para estabelecer os critérios e normas internacionais da prática médica. Assim, foi retirada dos países a sua soberania em matéria de saúde para transferi-la para um governo mundial não eleito, cujo “ministério da saúde” é a OMS. Desde então, “direito à saúde” significa “direito à medicação”. Foi assim que impuseram as vacinas e os medicamentos a toda a população do globo. – Uma ação que não se questiona – Claro porque, “quem vai ousar duvidar das boas intenções da Organização Mundial de Saúde?” Com certeza, há que perguntar quem controla, por sua vez essa organização através da ONU? O poder econômico! – Você acredita  que nem sequer as organizações humanitárias escapam a esse controle? – Com certeza que não. As organizações humanitárias também dependem da ONU, ou seja, do dinheiro das subvenções. E portanto, as suas atividades estão igualmente controladas. Organizações como Médicos Sem Fronteiras acreditam que servem altruisticamente as pessoas, mas na realidade servem ao dinheiro. – Uma máfia extremamente poderosa! – Onipotente, eu diria. Eliminou toda a competência. Hoje em dia, “orientam-se “ os investigadores. Os dissidentes são encarcerados, manipulados e reduzidos ao silêncio. Aos médicos “alternativos” os intitulam de loucos, retiram-lhes a licença, ou os encarceram também. Os produtos alternativos rentáveis caíram igualmente nas mãos das multinacionais graças às normativas da OMS e às patentes da Organização Mundial do Comércio. As autoridades e os seus meios de comunicação social ocupam-se a alimentarem, entre a população, o medo da doença, da velhice e da morte. De fato, a obsessão por viver mais ou simplesmente, por sobreviver, fez prosperar inclusive o tráfico internacional de órgãos, sangue e embriões humanos. E em muitas clínicas de fertilização na realidade “fabricam-se” uma multidão de embriões, que logo se armazenam para serem utilizados em cosmética, em tratamentos rejuvenescedores, etc. Isso sem contar com o que se irradiam os alimentos, se modificam os genes, a água está contaminada e o ar envenenado. E mais, as crianças recebem absurdamente, até 35 vacinas antes de irem para a escola. E assim, cada membro da família tem já o seu comprimido: o pai, o Viagra; a mãe, o Prozac; o filho, o Ritalin. E tudo isto para quê? Porque o resultado é conhecido: os custos sanitários sobem e sobem, mas as pessoas continuam adoecendo e morrendo da mesma forma.

    As autoridades mentem

    – O que você explicou sobre o sistema sanitário imperante é uma realidade que cada vez mais gente começa a conhecer, mas nos surpreenderam alguns das suas afirmações a respeito do que define como “as três grandes mentiras das autoridades políticas e sanitárias”. – E reitero: as autoridades mentem quando dizem que as vacinas nos protegem, mentem quando dizem que a doença é contagiosa e mentem quando dizem que o câncer é um mistério. – Bem, falaremos disso mas, já lhe adianto, na revista não compartilhamos alguns dos seus pontos de vista. Se lhe parece bem, podemos começar falando das vacinas. Na nossa opinião, a sua afirmação de que nenhuma vacina é útil, não se sustenta. Uma coisa com que concordamos, é que algumas são ineficazes e outras inúteis; às vezes, até perigosas – Pois eu mantenho todas as minhas afirmações. A única imunidade autêntica é a natural, e esta se desenvolve em 90% da população antes dos 15 anos. E mais, as vacinas artificiais curto-circuitam por completo o desenvolvimento das primeiras defesas do organismo. E que as vacinas têm riscos, é algo muito evidente; apesar da ocultação. Por exemplo, uma vacina pode provocar a mesma doença para que se destina. Porque não se adverte? Também é ocultado que a pessoa vacinada pode transmitir a doença ainda que não esteja enferma. Mesmo assim , não é dito que a vacina pode sensibilizar a pessoa perante a doença. Ainda que o mais grave seja a ocultação  da inutilidade, constatada, de certas vacinas. – A quais se refere? –  Às das doenças como a tuberculose e o tétano, vacinas que não conferem nenhuma imunidade; a rubéola, de que 90% das mulheres estão protegidas de modo natural; a difteria, que durante as maiores epidemias só alcançava  7% das crianças apesar disso, hoje, vacinam todas; a gripe, a hepatite B, cujos vírus se fazem rapidamente resistentes aos anti-corpos das vacinas. – E até que ponto podem ser também perigosas? – As inumeráveis complicações que causam as vacinas – desde transtornos menores até à morte – estão suficientemente documentadas; por exemplo, a morte súbita do lactante. Por isso há  numerosos protestos de especialistas na matéria e são inúmeras as demandas judiciais que foram interpostas contra os fabricantes. Por outro lado, quando se examinam as consequências dos programas de vacinações massivas extraem-se conclusões esclarecedoras. – Agradeceria se mencionasse algumas – Olhe, em primeiro lugar as vacinas são caras e constituem para o Estado um gasto de milhões de euros ao ano. Portanto, o único benefício evidente e seguro das vacinas… é o que obtém a industria. Além disso, a vacinação estimula o sistema imunológico, mas repetida a vacinação o sistema esgota-se. Portanto, a vacina repetida pode fazer por exemplo, estalar a “doença silenciosa” e garantir um “mercado da doença”, perpetuamente. Mais dados: a vacinação incita à dependência médica e reforça a crença de que o nosso sistema imune é ineficaz. Ainda o mais horrível é que a vacinação facilita os genocídios seletivos pois permite liquidar pessoas de certa raça, de certo grupo, de certa região… Serve como experimentação para testar novos produtos sobre um amplo mostruário da população e uma arma biológica potentíssima ao serviço da guerra biológica porque permite interferir no património genético hereditário de quem se queira. -Bom, é evidente que há muitas coisas das quais se pode fazer um bom ou mau uso mas isso depende da vontade e intenção de quem as utiliza. Bem, falemos então da segunda grande mentira das autoridades: você afirma que a doença não é contagiosa. Me  perdoe, mas assim como o resto das suas afirmações nos pareceram pensadas e razoáveis, neste âmbito não temos visto que argumente essa afirmação. – Eu afirmo que a teoria de que o único causador da sida  é o HIV o Vírus da Imunodeficiência Adquirida é falsa. Essa é a grande mentira. A verdade é que ter o HIV não implica necessariamente desenvolver a doença. Porque a sida não é senão uma etiqueta que se “coloca” num estado de saúde a que dão lugar numerosas patologias quando o sistema imunitário está em baixa. E nego que ter doença equivalha a morte segura. Mas, claro, essa verdade não interessa. As autoridades impõem-nos à força a ideia de que a sida é uma doença causada por um só vírus apesar de o próprio Luc Montagnier, do Instituto Pasteur, co-descobridor oficial do HIV em 1983, ter reconhecido já em 1990, que o HIV não é suficiente por si só para causar a sida. Outra evidência é o fato de que há numerosos casos de sida, sem vírus HIV e numerosos casos de vírus HIV, sem sida (seropositivos). Por outro lado, ainda não se conseguiu demonstrar que o vírus HIV cause a sida, e a demonstração é uma regra científica elementar para estabelecer uma relação causa-efeito, entre dois fatores. O que se sabe, sem dúvida, é que o HIV é um retrovírus inofensivo que só se ativa quando o sistema imunológico está debilitado. – Você afirma no seu livro que o HIV foi criado artificialmente num laboratório -Sim. Investigações de eminentes médicos indicam que o HIV foi criado enquanto se faziam ensaios de vacinação contra a hepatite B em grupos de homossexuais. E tudo indica que o continente africano foi contaminado do mesmo modo durante campanhas de vacinação contra a varíola. Claro que outros investigadores vão mais longe ainda e afirmam que o vírus da sida foi cultivado como arma biológica e depois deliberadamente propagado mediante a vacinação de grupos de população que se queriam exterminar. – Também observamos que ataca duramente a utilização do AZT para tratar a sida -Já no Congresso sobre SIDA celebrado emCopenhague em Maio de 1992 os sobreviventes da sida afirmaram que a solução então proposta pela medicina científica para combater o HIV, o AZT, era absolutamente ineficaz. Hoje isso está fora de qualquer dúvida. Pois bem, eu afirmo que se pode sobreviver à sida… mas não ao AZT. Este medicamento é mais mortal que a sida. O simples senso comum permite entender que não é com fármacos imuno-depressores que se reforça o sistema imunitário. Olhe, a sida converteu-se noutro grande negócio. Por isso, promociona-se amplamente combatê-lo, porque ele dá muito dinheiro à industria farmacêutica. Simples assim. – Vamos falar da “terceira grande mentira” das autoridades: a de que o câncer é um mistério – O chamado câncer, ou seja, a massiva proliferação anômala de células, é algo tão habitual que todos nós padecemos varias vezes ao longo da nossa vida. Só que quando isso ocorre, o sistema imunológico atua e destrói as células cancerígenas. O problema surge quando o nosso sistema imunológico está frágil e não pode eliminá-las. Então o conjunto de células cancerosas acaba crescendo e formando um tumor. – E é nesse momento quando se entra na engrenagem do “sistema da doença” – É sim. Porque quando se descobre um tumor se oferece de imediato ao paciente, com o pretexto de ajudá-lo, que escolha entre estas três possibilidades ou “formas de tortura”: amputá-lo (cirurgia), queimá-lo (radioterapia) ou envenena-lo (quimioterapia). Escondendo-se, que existem remédios alternativos eficazes, inócuos e baratos. E depois de quatro décadas de “luta intensiva”contra o câncer, qual é a situação nos próprios países industrializados? Que a taxa de mortalidade, por câncer, aumentou. Esse simples fato põe em evidência o fracasso da sua prevenção e do seu tratamento. Desperdiçaram milhares de milhões de euros e tanto o número de doentes, como o de mortos, contínua crescendo. Hoje sabemos a quem beneficia esta situação. Como sabemos quem a criou e quem a sustenta. No caso da guerra, todos sabemos que esta beneficia sobretudo aos fabricantes e traficantes de armas. Bom,  na medicina quem se beneficia são os fabricantes e traficantes do “armamento contra o câncer” ou seja, quem está detrás da quimioterapia, da radioterapia, da cirurgia e de toda a industria hospitalar.

     A máfia, uma necessidade evolutiva

    – No entanto, apesar de tudo, mantém que a máfia médica é uma necessidade evolutiva da humanidade. Que quer dizer com essa afirmação? – Você verá, pense num peixe comodamente instalado no seu aquário. Enquanto tem água e comida tudo está bem, mas se lhe começa a faltar o alimento e o nível da água desce perigosamente o peixe decidirá saltar para fora do aquário buscando uma forma de se salvar. Bom, pois eu entendo que a máfia médica pode nos ajudar a dar esse salto individualmente. Isso, se houver muita gente que prefira morrer a saltar. – Mas para dar esse salto é preciso um nível de consciência determinado – Sim. E eu creio que se está elevando muito e muito rapidamente. A informação que antes se ocultava agora é pública: que a medicina mata pessoas, que os medicamentos nos envenenam, etc. Além do mais, o médico alemão Ryke Geerd Hamer demonstrou que todas as enfermidades são psicossomáticas e as medicinas não agressivas ganham popularidade. A máfia médica irá desmoronar como um castelo de cartas quando 5% da população perder a sua confiança nela. Basta que essa percentagem da população mundial seja consciente e conectada com a sua própria divindade. Então decidirá escapar à escravatura a que tem sido submetida pela máfia e o sistema atual derrubará. Tão simples como isto. – E em que ponto crê que estamos? – Não sei quantificá-lo, mas penso que provavelmente em menos de 5 anos todo o mundo se dará conta de que quando vai ao médico vai a um especialista de doença e não a um especialista da saúde. Deixar de lado a chamada “medicina científica” e a segurança que oferece, para ir a um terapeuta é já um passo importante. Também perder o respeito e a obediência cega ao médico. O grande passo é dizer não à autoridade exterior e dizer sim à nossa autoridade interior. – E o que é que nos impede de romper com a autoridade exterior? – O medo. Temos medo de não chamar o médico. Mas é o medo, por si próprio, quem nos pode adoecer e morrer. Nós morremos de medo.  – E o que podem fazer os meios de comunicação para contribuir para a elevação da consciência nesta matéria? – Informar sem tentar convencer. Dizer o que sabe e deixar às pessoas fazerem o que queiram com a informação. Porque tentar convencê-las será impor outra verdade e de novo estaríamos noutra guerra. Necessita-se apenas dar referencia. Basta dizer as coisas. Logo, as pessoas escutarão, se ressoarem nelas. E, se o seu medo for maior do que o seu amor por si mesmos, dirão: “Isso é impossível”. Se pelo contrário têm aberto o coração, escutarão e questionarão as suas convicções. É então, nesse momento, quando quiserem saber mais, que se poderá dar mais informação.

    [video:http://youtu.be/UU0zw0oggHs%5D

      Fontes: – Simbiosis Restaurando de la consciencia: La mafia médica Portal em Pauta: “A Máfia Médica” e a indústria da doença

    Leia mais: http://www.noticiasnaturais.com/2013/12/a-mafia-medica-e-a-industria-da-doenca/#ixzz3K5CXzpvI

  11. As incompreensíveis trapalhadas políticas do governo –

    Do Blog O Cafezinho

     

     

    As incompreensíveis trapalhadas políticas do governo

    Por , postado em novembro 24th, 2014 | 32 comentários

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    Primeiramente, peço desculpas aos leitores pela lentidão do blog nos últimos dias. Estou no meio de uma viagem ao exterior.

    Nesta terça-feira, devo ficar em trânsito. Na quarta, a rotina do blog volta ao normal.

    Mas acompanho tudo, naturalmente.

    Pelo que vejo, a política brasileira continua na mesma.

    Só se fala em golpe.

    (Na verdade, a política brasileira é assim há quase 100 anos. O golpismo, real ou imaginário, é a principal característica da nossa experiência democrática).

    Ainda acho, porém, que não há mais clima para isso no país.

    Dilma acabou de ganhar as eleições, e uma tentativa, por parte da oposição, de interromper seu novo mandato antes mesmo dele começar, geraria um efeito contrário ao esperado: aumentaria a popularidade da presidenta.

    Do jeito que as coisas estão indo, é melhor para oposição deixar o governo tropeçar nas próprias pernas, o que aliás é justamente o que está acontecendo.

    O apagão político continua.

    Esperávamos que o lema “governo novo, ideias novas” fosse trazer oxigenação ao Executivo.

    Que nada.

    Não há porta-voz, não há secretário de imprensa, não há nenhum tipo de comunicação com a sociedade.

    O Brasil parece viver uma situação que a Bélgica experimentou há pouco tempo. O governo parlamentarista caiu e nenhuma coalização partidária tinha maioria para montar outro governo. O resultado foi que a Bélgica ficou sem governo por mais de um ano.

    Só que a Bélgica continuou na boa. É um país pequeno e rico, sem problemas sociais graves, e um sistema público autônomo.

    E, importante, não há Rede Globo na Bélgica.

    Enquanto isso, o governo – o do Brasil – continua fazendo burradas.

    Uma atrás da outra.

    Depois de uma eleição duríssima, altamente polarizada entre esquerda e direita, onde as críticas mais pesadas e mais bem sucedidas à Marina e Aécio foram justamente as suas alianças com a direita retrógrada, esperava-se que Dilma fosse trazer fatos positivos, com objetivo de cultivar a nova militância que se formou no calor das batalhas.

    Criou-se a esperança de que haveria renovação política no PT e na esquerda em geral, envelhecidos precocemente após 12 anos no poder.

    E qual o primeiro fato político criado por Dilma para o novo governo?

    Katia Abreu.

    É burrice demais.

    E isso uma semana após João Pedro Stédile, líder do MST, fazer as declarações que talvez tenham sido o fato político que enterrou de vez qualquer buchicho sobre golpe, impeachment ou intervenção militar.

    Stédile disse que o movimento social irá as ruas defender Dilma e a democracia, se houver golpe, independente do “disfarce” que mídia ou direita quiserem lhe dar.

    Entendo perfeitamente a necessidade do governo se preocupar em formar maioria no Congresso, de um lado, e agradar a bancada ruralista, de outro.

    A pasta da Agricultura, durante Lula e Dilma, sempre ficou com os ruralistas, e com a direita.

    O nome de Katia não está confirmado, mas quem está sendo “fritado” é o governo.

    E por quê?

    Katia Abreu não é apenas uma representante do mundo rural.

    Ela é um símbolo, uma mensagem política. Não havia necessidade do governo ferir tanto as suscetibilidades da esquerda. Há outros nomes do agronegócio, tão representativos como Katia, e mais competentes, que poderiam assumir o Ministério da Agricultura.

    Faltou “timing”.

    Dilma tinha que iniciar seu governo com fatos positivos. Não positivos junto à mídia de oposição, mas junto à sua base social, que nesta eleição, mais que nunca, foi fundamental para sua vitória.

    O governo deveria fazer diferente desta vez.

    Poderia chamar os movimentos sociais ligados à agricultura: as federações, sindicatos, associações, tanto de trabalhadores como patronais, para reuniões, nas quais se discutissem as políticas para o setor.

    E apresentar alguns nomes.

    Os ministérios tinham que vir chancelados pela base social, isso lhes dariam força para fazer política, inclusive no parlamento.

    Do jeito que vai, o governo vai ceder para o PMDB, mas não vai ganhar nada em troca. Nem maioria parlamentar, nem apreço da mídia, e muito menos apoio de sua base social.

    Ficará isolado.

    A mesma coisa vale para o ministério da Fazenda.

    O governo deveria fazer debates públicos com empresários, economistas, líderes sindicais, e traçar diretrizes políticas antes de nomear qualquer ministro.

    A cúpula do PT, em especial os medalhões, como Mercadante, Cardoso, Pimentel, Gleisi, e a própria Dilma, não parecem ter aprendido nada com as eleições.

    O conforto do poder não lhes deixam ver a extensão da carnificina política desencadeada por uma eleição tão radicalmente polarizada.

    Estão cegos.

    Todas as crises políticas do governo Dilma foram criadas pela mesma atitude que ele está tomando agora: um arrogante isolamento e uma quase indiferença por suas próprias bases sociais.

    E todas as vitórias do mesmo governo apenas foram obtidas quando se dispôs a conversar, tanto com os grupos sociais, quanto com as próprias bases parlamentares, sindicais, empresariais.

    Antes das manifestações de junho de 2013, Dilma nunca havia recebido as centrais sindicais!

    Depois de junho de 2013, o governo fez intensas reuniões com uma grande quantidade de grupos e conseguiu debelar a crise que se aproximava do governo.

    Na campanha eleitoral deste ano, a mesma coisa. O governo abriu as portas para conversas com todos os grupos, e ganhou as eleições.

    Obama envia regularmente, a qualquer indivíduo, americano ou não, previamente cadastrado, emails com textos, alguns longos, sobre a conjuntura política.

    Por que Dilma não pode fazer isso?

    Se há necessidade de escolher um ministro da Agricultura do campo conservador, porque não enviar uma cartinha a todos, expondo, com transparência e franqueza, as diretrizes da política agrária, mostrando os investimentos em crédito à agricultura familiar, etc?

    Se o governo quer fazer diferente, a comunicação é o principal fator, porque mesmo nas coisas onde o governo encontra dificuldade para mudar, ela gera engajamento e participação política da população, o que o ajudará a acumular forças para enfrentar os obstáculos.

    Dilma está numa situação bem mais confortável agora. Já ganhou as eleições, e não disputará outra em 2018.

    Pode ser mais franca, mais descontraída, mais ousada, mais ela mesma.

    Quem ganhou as eleições foi o coração valente, a Dilma guerreira, que contará com o apoio corajoso de milhões de brasileiros.

    Esta é a Dilma que queremos.

    Entende-se a questão da governabilidade, mas em que o nome de Katia Abreu, que apenas atiça as rixas ideológicas no país, contribui para isso?

    Resultado: o MST invadiu terras e destruiu plantações de milho transgênico, em protesto contra Katia Abreu.

    E agora?

    O que o governo ganhou com isso? Isso vai ajudar a derrubar o Eduardo Cunha? Improvável.

    Que eu saiba, Katia Abreu não é nenhuma grande articuladora no parlamento.

    Além disso, é óbvio que o governo precisará, nos próximos quatro anos, mais que nunca, de base social.

    Em relação à regulação da mídia, é importante que o governo participe do debate usando os microfones que o povo lhe deu, através do voto, para esclarecer, para deixar claro que se trata de um esforço para ampliar a liberdade de expressão, o pluralismo, a diversidade de opiniões.

    Basta abrir a boca e falar!

    É preciso fazer a batalha de ideias!

    É preciso lutar pela democracia!

    Num primeiro momento, essa luta de ideias, esse debate, é mais importante do que qualquer reforma da mídia, porque a antecede.

    Se não houver debate,  se não houver disposição do governo e do núcleo duro da base de fazer a luta de ideias, não haverá nenhuma reforma, nem política, nem da mídia, nem de nada.

    O governo não vai investir na TV Brasil?

    Dilma não vai trocar o Café com a Presidente, que vai para rádios do interior, para um programa de TV semanal, que pode ir também para internet?

    O blog do Planalto não terá preocupação em participar, de maneira mais assertiva e corajosa, do debate político nacional?

    Dilma é a presidenta de todos, petistas e não petistas, esquerdistas ou não esquerdistas, progressistas e conservadores.

    Mas a presidenta pode ter opinião, não pode?

    Todos os presidentes do mundo democrático podem ter, só Dilma não pode?

    *

    Hoje o Banco Central divulgou dados do setor externo. A economia brasileira continua sólida, com dívida bruta pequena, em relação a outros países, e reservas internacionais em condições de excelência.

    O que chama a atenção, sobretudo, é o aumento do chamado investimento estrangeiro direto, o IED, que é o investimento não-especulativo, voltado para a produção.

    De janeiro a outubro deste ano, o IED aumentou 3% sobre o mesmo período do ano anterior, atingindo US$ 51 bilhões.

    Ou seja, o Brasil continua sendo um dos principais destinos dos investidores internacionais.

    Problemas políticos, o mundo inteiro tem. E nações democráticas costumam, mais que quaisquer outras, experimentar duras rixas políticas e ideológicas.

    O mal do Brasil, a meu ver, é mesmo a concentração da mídia, de um lado, e a irritante covardia do governo, de outro, que finge não ver o problema.

    Enquanto a caravana passa, os cães não se contentam em apenas ladrar, como outrora. Eles mordem as rodas e ameaçam paralisar a sua marcha.

     

    – See more at: http://www.ocafezinho.com/2014/11/24/as-incompreensiveis-trapalhadas-politicas-do-governo/#sthash.7YH4Tbgx.dpuf

  12. Romana e o bilionário do

    Romana e o bilionário do amianto: a dor que não prescreve

    A italiana que se tornou símbolo da luta contra a fibra assassina é uma das vítimas derrotadas por Stephan Schmidheiny no tribunal que envergonhou a Itália

    http://brasil.elpais.com/brasil/2014/11/24/opinion/1416832282_033103.html  24 NOV 2014 – 10:31 BRST

    Quando a entrevistei, dois anos atrás, ela me disse que já não chorava. Em algum momento da sua luta contra a Eternit, as lágrimas secaram dentro de Romana Blasotti Pavesi. Passamos uma tarde e uma manhã conversando em seu apartamento em Casale Monferrato. É difícil acreditar à primeira vista que na pequena cidade do Piemonte a tragédia respira entre ruas e paisagens de cinema italiano, nas vitrines das confeitarias onde os krumiris, o delicioso biscoito de Casale, se oferecem a quem passa. Então pessoas como Romana começam a falar. E quando falam enumeram seus mortos. E a narrativa mais uma vez desafina com o cenário do apartamento em que sua solidão é acompanhada por uma população de bibelôs bem ordenados e coloridos, por uma coleção de pequenos elefantes de todas os formatos, origens e texturas – a maioria deles com a tromba para cima, que é como ela gosta. Pergunto a ela se é por significar boa sorte, ela responde que assim parecem felizes. Romana pede um momento, diz com licença, e desaparece no quarto. Volta de lá com uma caixa. De dentro ela tira com a ponta dos dedos um cabelo longo e raro, com diferentes nuances de dourado e vermelho. Bello, molto bello. É de Maria Rosa, ela diz. A filha de Romana foi a quinta de sua família a morrer pelo câncer do amianto.

    Luto sem fim: Romana Blasotti Pavesi, em seu apartamento, na cidade italiana de Casale Monferrato / João Luiz Guimarães/2012

    Romana é a presidente da Associação de Familiares e Vítimas do Amianto de Casale Monferrato. A cidade foi marcada pela fábrica da Eternit instalada lá em 1906. Durante décadas considerada o melhor lugar para um operário trabalhar, até que os primeiros começaram a tombar das doenças provocadas pelo material conhecido também como asbesto. Depois, já não eram os trabalhadores que tiveram contato direto com a fibra, mas moradores que nunca haviam pisado no chão de fábrica. Professores, médicos, jornalistas, profissionais de todo o tipo que habitavam a cidade começaram a morrer de doenças causadas pelo amianto. A contaminação ambiental já havia se consumado e as décadas seriam atravessadas pela tragédia. Romana afirma que mais de 40 novos casos de mesotelioma, um câncer agressivo e fatal causado pelo amianto, surgem a cada ano na cidade.

    Casale Monferrato então se levantou e liderou um processo histórico na Justiça italiana contra o bilionário suíço Stephan Schmidheiny e o barão belga Louis de Cartier de Marchienne, este último morto ao longo do julgamento. Stephan Schmidheiny é herdeiro da família que fundou a Eternit suíça e plantou fábricas de amianto por vários países ao longo do século 20, inclusive no Brasil, semeando a morte. Em 1976, ele assumiu o comando dos negócios e, segundo sua versão, teria decidido abandonar a produção com amianto ao descobrir que a fibra causava doenças fatais. A Eternit suíça só saiu das mãos da família mais de uma década depois, no final dos anos 80. O grupo se retirou da produção quando o amianto já tinha se tornado um escândalo de saúde pública na Europa, com milhares de vítimas e pedidos de indenização. O primeiro país europeu a banir o amianto foi a Islândia, em 1983, logo seguida pela Noruega, em 1984. Em 2005, o material foi proibido pela União Europeia. Hoje, está banido de 66 países do mundo, uma lista da qual o Brasil não faz parte. Com a venda das participações do grupo suíço Eternit, todo o passivo ambiental e humano ficou para trás.

    Ao longo do processo da Justiça italiana, os promotores revelaram uma teia de centenas de mortos e doentes, a maioria deles de Casale Monferrato. Homens e mulheres contaram como perderam pais, mães, filhos e irmãos de câncer, alguns doentes só tiveram tempo de dar seu depoimento antes de morrer. Além do mesotelioma, a asbestose, conhecida como “pulmão de pedra”, é outra doença progressiva e fatal causada pelo amianto. Neste caso, a inalação da fibra provoca um ininterrupto processo de cicatrização que vai endurecendo o órgão até impedir o movimento de expiração e inspiração. As vítimas de asbestose morrem lenta e dolorosamente por asfixia. No Brasil, era neste momento que empresas como a Eternit despachavam seus representantes para os hospitais para que os operários em agonia assinassem um documento aceitando uma indenização irrisória em troca da vida que acabava, impedindo assim que suas famílias entrassem com ações judiciais após sua morte.

    O marido de Romana, Mario Pavesi, já sofria com a asbestose quando começou a sentir a pontada nas costas que anunciava o mesotelioma. Mario era um homem calado, guardava seu mundo dentro de si, e por meses manteve segredo sobre a ferroada persistente. Ele já tinha visto muitos colegas de fábrica terem esse mesmo sintoma e morrerem depois. Um dia, de repente, Mario deixou escapar um gemido. E Romana soube que a atmosfera da casa se alterava de forma inexorável, porque aquele homem não gemia.

    Mario tinha ficado órfão aos 16 anos, obrigado a sustentar a mãe e os irmãos menores. Em seguida, a Segunda Guerra incendiou a Europa e ele foi enviado como soldado a uma de suas frentes mais duras, a dos Balcãs. No dia em que ele se materializou diante de Romana, numa ousadia rara para aquele rapaz sério demais, fazia apenas um ano que retornara da Iugoslávia. Eles nunca haviam se falado e Mario já se apresentou com intenções de casamento. Dias depois, assistiram à Ninotchka no cinema. Mario já tinha visto o filme, mas como Romana era louca por Greta Garbo, fez de conta que era sua primeira vez. Casaram-se sete meses depois. Em 1957, já com os filhos Ottavio e Maria Rosa, Mario ingressou na Eternit, onde trabalharia por 20 anos. Quando sentiu a pontada nas costas, estava aposentado. Morreu de mesotelioma na noite de 15 de maio de 1983, aos 61 anos. Pouco antes de morrer, Mario saiu da sua inconsciência e estendeu a mão para Romana. Ela a segurou por um silêncio longo. Depois de uma vida, despediram-se assim. Romana não poderia adivinhar naquele momento que sua trajetória mudaria radicalmente de curso e o homem que amava seria apenas o primeiro da sua família sepultado pelo amianto. Nesse tempo, Romana ainda chorava.

    A família completa: Romana e Mario com os filhos Ottavio e Maria Rosa. / Reprodução/Arquivo Pessoal

    Como as doenças provocadas pelo amianto, como o mesotelioma, têm um longo tempo de latência, em alguns casos décadas, o pico da tragédia de saúde pública acontece às vezes com a fábrica já fechada. A Itália baniu o amianto em 1992, mas ainda hoje lida com o escândalo sanitário. No Brasil, a fibra só é proibida em seis estados brasileiros: Rio Grande do Sul, São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Minas Gerais. Atualmente, o país é o terceiro produtor mundial, o terceiro exportador e o quarto usuário de amianto. Enquanto a fibra vai desaparecendo dos bairros mais nobres das grandes cidades do centro-sul, segue perigosamente farta nas favelas e periferias, assim como nas casas de quilombolas, ribeirinhos, pequenos agricultores e indígenas.

    Desde as últimas décadas do século 20, o Brasil vem colecionando mortes de trabalhadores, assim como de familiares que tiveram contato com as roupas sujas de amianto, por asbestoses e mesoteliomas. Há várias ações na Justiça buscando banir o amianto do país, assim como indenizações para as vítimas, mas a indústria exibe um lobby poderoso atuando no atual governo, no congresso e no judiciário. As mortes de centenas de brasileiros, a maioria deles operários, e a tragédia de saúde pública que se avizinha com a contaminação ambiental têm muito menos visibilidade do que o bom senso e a responsabilidade pública permitiriam, o que torna a persistência do amianto no Brasil uma caixa-preta ainda por ser totalmente desvendada.

    Na Itália, as vítimas e familiares de vítimas levaram o bilionário suíço à Justiça e conseguiram condená-lo em duas instâncias. Em 13 de fevereiro de 2012, Stephan Schmidheiny foi condenado, pelo Tribunal de Turim, a 16 anos de prisão e ao pagamento de 100 milhões de euros. O crime foi descrito como “desastre ambiental doloso permanente e omissão dolosa de medidas de segurança para os operários”. Em 3 de junho de 2013, a sentença não só foi confirmada na corte de apelação, como foi ampliada de 16 para 18 anos de prisão. Tudo indicava um desfecho vitorioso para aqueles que perderam a própria vida ou a vida daqueles que amavam no julgamento de última instância, em Roma.

    E então, na quarta-feira, 19 de novembro de 2014, o inominável aconteceu. Diante das vítimas de Casale Monferrato e de outras regiões italianas, a corte italiana anulou a condenação de Stephan Schmidheiny: não por inocência do réu, mas porque o crime teria prescrito. Foi dito no tribunal que era uma opção pelo Direito – e não pela Justiça. “Às vezes o Direito e a Justiça tomam direções opostas, mas os juízes não têm alternativa: eles devem seguir o Direito”, disse Francesco Iacoviello, procurador-geral da Corte de Cassação de Roma. Em comunicado, a Corte afirmou que “a acusação era de desastre ambiental e não de homicídio”. E, portanto, “não poderia ignorar a expiração do prazo de prescrição, que começou a contar a partir de 1986, quando a Eternit fechou suas fábricas na Itália”.

    O choque durou apenas um segundo antes do primeiro grito, que logo virou um clamor. “Vergonha! Vergonha! Vergonha!”. Vítimas, familiares de vítimas e moradores da cidade contaminada pareciam feridos de morte. A cena era impressionante. Era para ser uma vitória histórica, que impactaria as vítimas do mundo e contribuiria para a aceleração do banimento do amianto de países como o Brasil. E de novo o poder econômico – e por consequência político – venceu. Para alguns, que observavam de fora, era claro que só poderia ser este o desfecho, já que essa sempre foi a lógica do mundo. Mas, nos últimos anos, os habitantes de Casale Monferrato e todos aqueles que perderam pais, mães, irmãs, filhos na brutal agonia provocada pelas doenças do amianto acreditaram que poderiam alterar o curso da História. “Não é possível que a demanda por justiça prescreva em alguns casos”, afirmou à imprensa Matteo Renzi, primeiro-ministro italiano. “Há feridas que não conhecem limites de tempo.” Em Casale Monterrato, os sinos de todas as igrejas tocaram ao mesmo tempo em sinal de luto. Uma das lideranças da luta das vítimas, Bruno Pesce, anunciou que, na semana em que o príncipe do amianto, Stephan Schmidheiny, venceu, dois moradores de Casale Monferrato morreram de mesotelioma. E morreram derrotados de todas as maneiras possíveis.

    Aos 85 anos, Romana Blasotti Pavesi descobriu-se vencida. Sua batalha contra Stephan Schmidheiny não foi a mais importante de sua existência. A morte de quem se ama é sempre a maior batalha perdida numa vida humana. E Romana viu primeiro seu marido, Mario, depois sua irmã, Libera, em seguida sua prima, Anna, o próximo foi Giorgio, seu sobrinho, e por fim, embora nunca se saiba se acabou, Maria Rosa, a filha. Todos mortos por mesotelioma, o câncer do amianto. “Não é vingança”, repetiu Romana. “Nossa luta contra Stephan Schmidheiny é por tudo o que ele representa.” A velha mulher desvia o extraordinário azul de seus olhos para dentro, para o lugar das memórias, e diz: “Não tenho rancor contra o responsável por toda essa tragédia, mas se ele tivesse a possibilidade de acompanhar um doente que lhe fosse caro, do princípio ao fim, talvez ele pudesse entender alguma coisa”.

    Foi com a morte de Maria Rosa, na bárbara subversão da lógica que obriga uma mãe a sepultar sua filha, que Romana perdeu a capacidade de chorar. Maria foi o nome que o pai escolheu, Rosa foi dado pela mãe. Maria Rosa nunca trabalhou com amianto. Nas lembranças de Romana, uma a sobressalta. Ela e Mario levando a então pequena Maria Rosa para passear nos arredores da fábrica onde o pai era um trabalhador orgulhoso. Redemoinhos de pó se levantavam do material descartado, era até bonito. E então Maria Rosa, já adulta e mãe de um filho, aparece na casa da mãe: “Estou com mesotelioma”. Ela tinha atribuído a dor nas costas a um tombo ocorrido quando esquiava. A radiografia revelou a verdade brutal. Seu último gesto, em agosto de 2004, foi vencer a fragilidade de seu corpo mastigado pelo câncer para abraçar o filho, Michele, com uma força que ninguém sabe de onde tirou.

    Família amputada: depois do amianto, restaram Romana e o filho Ottavio / Reprodução/Arquivo de Família

    Com metade da família amputada da vida pelo amianto, Romana dedicou as últimas décadas de sua existência à busca por justiça. Enquanto ela e seus companheiros de luta se organizavam, a maioria deles carregando atestados de óbitos de familiares e colegas de trabalho, Stephan Shmidheiny levava à frente uma das mais fascinantes e bem sucedidas operações de lavagem de biografia – ou de “greenwashing” – da história recente (leia artigo sobre isso aqui). Logo passou a ser chamado pela imprensa internacional de “filantropo” e, por paradoxal que pareça, de “ambientalista” e “ecologista”. Foi uma das estrelas da Rio-92, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, e criou, entre outras organizações, a Avina, uma fundação dedicada a programas ambientais e de redução da pobreza que atua também no Brasil. Entre as honrarias que lhe foram oferecidas, figuram o título de doutor “honoris causa” em letras humanas pela universidade americana de Yale e a Ordem do Cruzeiro do Sul, concedida a ele pelo então presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso.

    No site da Avina, o homem levado à Justiça pelas vítimas do amianto como um criminoso socioambiental é apresentado como “pioneiro da luta contra o amianto”. A notícia da anulação de sua sentença pela corte italiana é publicada sob a chamada “desenvolvimento sustentável”. Em posicionamento com data deste mês de novembro, a Avina assim manifesta-se: “(….) contrária a que se continue empregando amianto em qualquer tipo de indústria. Por isso, as autoridades públicas de todas as nações devem normatizar e regulamentar a proibição da produção e uso do amianto, além de desenvolver ações de proteção da cidadania das vítimas por ele afetadas”.

    Em sua defesa, o magnata suíço costuma afirmar que desconhecia o potencial destrutivo do amianto. Segundo sua versão, quando soube que a fibra era cancerígena, escolheu abandonar o setor. Em comunicado após a anulação da sentença, porta-vozes de Stephan Schmidheiny afirmaram: “A defesa espera que o Estado italiano proteja Stephen Schmidheiny de futuros processos criminais injustificados e encerre todos os processos correntes”.

    Lideranças da luta pelo banimento do amianto, vítimas e familiares contestam a inocência do herdeiro da Eternit suíça apresentando documentos que comprovam que a relação entre o amianto e doenças como a asbestose é conhecida desde o início do século 20. Nos anos 60 do mesmo século já estava documentada a ligação entre a fibra e o mesotelioma. No Brasil, a fábrica da Eternit no município paulista de Osasco foi instalada no começo da década de 40, quando já se conhecia o potencial destrutivo do amianto. Stephan Schmidheiny chegou a fazer uma espécie de estágio na fábrica brasileira, um dos argumentos que usa ao afirmar que desconhecia os males causadas pela fibra. No processo judicial italiano ficou claro que, em 1976, diante das crescentes notícias sobre a relação entre asbesto e patologias fatais, a indústria promoveu uma conferência na Alemanha para discutir estratégias para enfrentar o problema sem deixar de produzir amianto, da qual Stephan Schmidheiny participou.

    Segundo as vítimas, ainda que fosse possível aceitar que o desconhecimento sobre o caráter tóxico do amianto fosse de fato real, nada explica o grupo ter vendido a Eternit: uma transação comercial lucrativa que levou à continuidade das operações, ainda que nas mãos de outros donos, como acontece no Brasil e em outros países onde a fibra ainda não foi banida. Assinalam ainda a impossibilidade de justificar o abandono do passivo ambiental e humano consumado enquanto a fortuna da família Schmidheiny era construída. “Stephan Schmidheiny teve na Justiça uma vitória formal”, afirma a engenheira brasileira Fernanda Giannasi, auditora aposentada do Ministério do Trabalho no Brasil, e uma das lideranças mundiais na luta pelo banimento do amianto. “Para o resto de sua vida ele vai ter de conviver com essa marca. Não o deixaremos esquecer nem por um minuto o que ele fez contra a humanidade.”

    A voz das vítimas tem muito menos ressonância, porém, do que a poderosa operação de marketing internacional investida na mudança da imagem daquele que consideram seu algoz. O financiamento de ações de caridade e programas socioambientais por Stephan Schmidheiny tem silenciado várias pessoas histórica e profissionalmente ligadas à defesa dos direitos humanos e do meio ambiente no mundo e também no Brasil. É parte da explicação de por que as vítimas do amianto, considerado uma das maiores tragédias de saúde pública da história da humanidade, travam suas batalhas sozinhas, isoladas de parcelas da sociedade que, pela lógica, deveriam lutar ao seu lado.

    Romana, como uma personagem shakespeariana, viu-se jogada ao som e à fúria de forças poderosas. Ela, que iniciou a vida trabalhando como empregada doméstica na casa dos mais ricos, teve a ousadia de confrontar um bilionário homenageado por revistas como a Forbes e universidades como Yale. No tribunal, ao ver agigantar-se diante dela o espectro aniquilador da injustiça, Romana só conseguiu encontrar um adjetivo: “Abominável”. Depois, diria: “Estou cansada. Cansada de sofrer e de ver as pessoas morrerem ao meu redor. A decepção dói como eu jamais poderia imaginar.”

    Os anos se encurtam diante dela. Mas Romana sabe que, enquanto há vida, a escrita da História ainda pode ser disputada. Deixou a corte amparada pelo único filho que lhe restou, Ottavio. E não chorou.

    Em pé: Romana diante do que restou da fábrica de amianto da Eternit que contaminou a cidade e provocou centenas de mortes por mesotelioma / João Luiz Guimarães/2012

    Eliane Brum é escritora, repórter e documentarista. Autora dos livros de não ficção Coluna Prestes – o Avesso da Lenda, A Vida Que Ninguém vê, O Olho da Rua, A Menina Quebrada, Meus Desacontecimentos e do romance Uma Duas. Site: elianebrum.com Email: [email protected] Twitter: @brumelianebrum

     

  13. CAI DESIGUALDADE EM 16 REGIÕES METROPOLITANAS

    http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/161631/Cai-desigualdade-em-16-regi%C3%B5es-metropolitanas.htm

     :

    Indicadores socioeconômicos das regiões metropolitanas brasileiras melhoraram entre 2000 e 2010 e mostram redução das disparidades entre metrópoles do Norte e do Sul do país; dados constam do Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras, divulgado nesta terça-feira 25 em uma parceria entre Pnud, Ipea e a Fundação João Pinheiro; segundo o estudo, todas as regiões se encontram na faixa de alto desenvolvimento humano

     

     

     

  14. Laudo da PF engavetado no governo FHC ligava Youssef à caixa de

    Laudo da PF engavetado no governo FHC ligava Youssef à caixa de campanha de Serra e do próprio FHC

    http://www.jornali9.com/noticias/denuncia/laudo-da-pf-engavetado-no-governo-fhc-ligava-youssef-a-serra-e-o-proprio-fhc#.VGk6RFnOFHp.twitter………………………………………………………….. 

    De uma reportagem de Amaury Ribeiro Jr, autor de A Privataria Tucana, em 2003:

    “Documentos começam a esclarecer por que o laudo de exame financeiro nº 675/2002, elaborado pelos peritos criminais da PF Renato Rodrigues Barbosa, Eurico Montenegro e Emanuel Coelho, ficou engavetado nos últimos seis meses do governo FHC, quando a instituição era comandada por Agílio Monteiro e Itanor Carneiro.

    Nas 1.057 páginas que detalham todas as remessas feitas pelo doleiro por intermédio da agência do banco Banestado em Nova York está documentado o caminho que o caixa de campanha de FHC e do então candidato José Serra, Ricardo Sérgio Oliveira, usou para enviar US$ 56 milhões ao Exterior entre 1996 e 1997. O laudo dos peritos mostra que, nas suas operações, o tesoureiro utilizava o doleiro Alberto Youssef, também contratado por Fernandinho Beira-Mar para remeter dinheiro sujo do narcotráfico para o Exterior.

     

  15. Joaquim Levy subiu no telhado

    http://www.revistaforum.com.br/blogdorovai/2014/11/25/joaquim-levy-subiu-telhado/

    Joaquim Levy subiu no telhado

    Por Renato Rovai novembro 25, 2014 13:52

    Na bolsa de apostas palaciana o nome de Joaquim Levy para a Fazenda deixou de ser um palpite certo.

    Como houve o vazamento da composição da equipe econômica e a presidenta Dilma decidiu não confirmar as indicações, já há quem ache que ela está reavaliando a nomeação de Levy.

    Dilma nunca foi fã do ex-secretário do Tesouro Nacional da época de Antonio Palocci. E muitos ministros o consideram uma pessoa de difícil trato.

    Após o anúncio do seu nome, a pressão da imprensa para que isso viesse a se confirmar e a tentativa, também midiática, de atribuir-lhe superpoderes podem ter feito Dilma lembrar que quem teve 54 milhões de votos foi ela.

    Se isso vier a acontecer, o favorito para o cargo é Nelson Barbosa. O Planejamento poderia ser destinado a um nome da política. Jaques Wagner não estaria descartado.

    De qualquer forma, tem circulado muito mais especulação do que informação. Dilma estaria conversando com pouquíssimas pessoas sobre a formação do novo ministério, entre elas Lula e Mercadante.

  16. E o Metrô de São Paulo

    E o Metrô de São Paulo censura publicidade de livro sobre os black blocs.

     

    RAQUEL COZER COLUNISTA DA FOLHA
    O Metrô de São Paulo se recusou a veicular um anúncio da editora Geração Editorial ao tomar conhecimento de que o objeto da propaganda era um livro sobre os black blocs, ativistas associados à violência nas manifestações no país a partir de junho de 2013.

    O anúncio trazia o título da obra, “Mascarados: A Verdadeira História dos Adeptos da Tática Black Bloc”, junto à capa do livro, na qual aparece um jovem com o rosto parcialmente coberto. Ao fundo, entreviam-se imagens da PM atirando e de um black bloc em cima de um carro da polícia de ponta-cabeça.

    De acordo com a editora, as conversas para veiculação do anúncio do livro –de autoria da cientista social Esther Solano e dos jornalistas Bruno Paes Manso, que mantém um blog no jornal “O Estado de S. Paulo”, e William Novaes– começaram no dia 4.

    Foram negociados 20 espaços horizontais, localizados na parte superior das janelas, a serem fixados em trens das linhas verde e vermelha.

    No dia 19, a Geração Editorial enviou a arte do anúncio para aprovação –segundo a editora, seria apenas uma burocracia para checar se o tamanho estava adequado.

    Horas depois, o setor de marketing do Metrô informou, segundo a Geração Editorial, que a peça não foi autorizada pois poderia incitar a violência. O Metrô disse à editora ter autonomia para barrar anúncios que contrariem seu regulamento.

    Em nota, nesta segunda (24), a editora afirmou ter tido seu “anúncio censurado pelo Metrô de São Paulo, sem motivos plausíveis”. “A Geração Editorial não foi informada sobre as regras do regulamento e elas não constam no mídia kit”, diz o texto.

    Procurado pela Folha, o Metrô confirmou a recusa de veicular o anúncio, ressaltando, no entanto, ser “totalmente favorável a liberdade de expressão” e disponibilizar “diversos espaços para manifestações artísticas, culturais e publicitárias”.

    De acordo com a companhia, o anúncio foi recusado tendo como base seu regulamento para Exploração de Mídias em Áreas e Equipamentos de Propriedade –o mídia kit enviado à editora.

    O texto diz ser proibida “a veiculação de mensagens publicitárias que infrinjam a legislação vigente, atentem contra a moral e os bons costumes, possuam temas de cunho religioso ou político partidário, que possam prejudicar o desenvolvimento operacional do sistema metroviário ou a imagem da Companhia do Metrô e ou que possam suscitar comportamentos inadequados”.

    Bruno Paes Manso, um dos autores da obra, diz que a ideia é “desestereotipar” os black blocs, “sem qualquer tipo de engajamento”. “Ninguém está levantando a bandeira dos black blocs. Pelo contrário, buscamos contextualizar. É um livro que não faz nenhuma apologia.”

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